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Na próxima quinta-feira, 21, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) terá aulas apenas a partir do meio-dia. Depois disso, as atividades serão paralisadas para que professores, funcionários e alunos se reúnam numa marcha rumo ao Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na zona sul, sede do governo do Estado. O grupo quer apresentar ao governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) uma série de reivindicações, que inclui reajuste salarial de professores e funcionários, pagamento dos salários atrasados de funcionários terceirizados e regularização do repasse das bolsas para alunos e professores.

Ônibus com professores, funcionários e alunos sairão de três campus (Maracanã, na zona norte, São Gonçalo e Duque de Caxias) e do Colégio de Aplicação (Cap-Uerj) rumo ao Largo do Machado, na zona sul. Ali o grupo vai se concentrar a partir das 13 horas e seguirá em caminhada rumo à sede do governo estadual. O evento foi chamado "dia de luta em defesa da Universidade" pela Associação de Docentes da Uerj.

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Reivindicações

Segundo a Associação de Docentes, os professores não recebem reajuste salarial há 14 anos. Desde o final de 2014 são constantes os atrasos nos salários de funcionários terceirizados - existe lixo acumulado em alguns setores da Uerj.

Além de cobrar solução para esses e outros problemas, o ato de quinta-feira pede a inclusão do benefício da Dedicação Exclusiva na aposentadoria dos professores, que perdem boa parte de seus dividendos ao se aposentarem.

A Secretaria da Fazenda do Rio de Janeiro informou, nesta quinta-feira (05), que pagará até o fim da próxima semana, parte dos salários de dezembro e janeiro dos funcionários terceirizados da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). O governo do estado tem atrasado constantemente o pagamento de terceirizados.

Em 18 de dezembro do ano passado, a reitoria foi obrigada a antecipar o recesso das aulas após protesto dos trabalhadores, que espalharam lixo por toda a universidade. Em nota, a Secretaria da Fazenda diz que a Subsecretaria de Finanças tem se reunido “com os responsáveis pelas unidades gestoras do estado para tratar das prioridades de pagamentos de cada uma que ficaram sem os repasses previstos no orçamento do ano passado. A secretaria explicou que as áreas prioritárias são saúde, educação, assistência social e segurança.

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De acordo com a secretaria, será assinado um decreto, “em breve”, informando que se estabeleçam formas de pagamento que levem em consideração, principalmente, as áreas prioritárias.

Enquanto os salários dos terceirizados não é colocado em dia pelo governo, essas pessoas têm recebido ajuda de estudantes e professores. Os centros acadêmicos se reuniram no fim de janeiro para arrecadar dinheiro e alimentos. Aluna e integrante do centro acadêmico de Serviço Social, Ana Carolina Bondezam Nogueira informou que foram conseguidos R$1.600, que ajudaram na compra de 90 cestas básicas.

“Esperamos que o governo cumpra com a palavra de pagar o mais rápido possível porque muitos funcionários estão desesperados sem ter, inclusive, o que comer. A maioria dessas pessoas é de mães solteiras que não têm quem as ajude a dar conta das despesas e só contam com seu salário”, explicou a estudante.

Uma aluna do curso de Administração da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) teve sua matrícula cancelada após a instituição comprovar que ela forneceu informações socioeconômicas falsas para ingressar na graduação por meio do sistema de cotas. Cerca de outros dez alunos estão sendo investigados pela suspeita de que também tentaram fraudar o sistema.

Segundo a Uerj, 40% das vagas oferecidas pela universidade são distribuídas por meio de cotas. O candidato precisa declarar a cor da pele, e essa informação não pode ser questionada pela universidade. Mas também é preciso comprovar ter estudado em escolas públicas nos ensinos Fundamental e Médio, além de ter baixa renda. Essas informações são passíveis de investigação pela Uerj, que firmou um acordo com a Receita Federal.

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A universidade deve alterar as regras de autodeclaração para tentar coibir novas tentativas de fraude.

Balanço

Desde que a Lei de Cotas do Estado do Rio entrou em vigor, há 11 anos, cerca de 7.700 alunos ingressaram e se formaram nas universidades estaduais graças às cotas. O número foi divulgado nesta quarta-feira, 27, pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), durante audiência pública que avaliou os resultados do sistema de cotas na Universidade Estadual do Norte Fluminense, no Centro Universitário Estadual da Zona Oeste e na Uerj.

Os resultados foram considerados positivos em todos os aspectos. Em relação à evasão escolar, por exemplo, foi comprovado que os cotistas desistem menos dos cursos do que os estudantes da ampla concorrência. O índice de evasão dos cotistas na Uerj é de 23% e dos outros estudantes chega a 34%.

Durante a audiência, Davi Santos, diretor executivo da ONG Educafro, alertou a comissão para alguns dispositivos da lei que não estão sendo cumpridos, como a oferta de estágio no setor público. "Se essa exigência fosse cumprida, a evasão seria menor e a qualidade da formação, melhor", avaliou.

Às vésperas do início do ano letivo, previsto para a semana que vem, o corpo docente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) pode perder 900 professores. Uma liminar deferida pela Justiça, a pedido do Ministério Público do Rio (MP-RJ), proíbe a entidade de renovar contratos com professores substitutos ou contratar novos. A ação é de 2011 e a liminar foi concedida no dia 26 de fevereiro pela desembargadora Mônica Sardas, relatora do processo.

Na ação, a juíza diz que “não é possível a contratação temporária para o exercício de cargos e funções de natureza permanente, devendo ser realizado concurso público para tanto, conforme a necessidade do serviço e de modo a não prejudicar a prestação do serviço público”.

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Segundo o presidente da Associação de Docentes da Uerj (Asduerj), Bruno Deusdará, os temporários  correspondem a quase 25% dos 3.200 professores da Uerj. “Em relação ao atendimento à graduação eles representam quase 50% das mais de 20 mil horas dos cursos de graduação”, informou Deusdará, ao explicar que os professores titulares acabam se dedicando mais à pesquisa e aos cursos de mestrado e doutorado.

Deusdará ressaltou que muitos departamentos estão com grandes carências, mesmo com as contratações ainda vigentes de substitutos. De acordo com o presidente da Asduerj, isso ocorre sobretudo nos departamentos do Centro de Educação e Humanidades. “Hoje uma situação grave é a do CAp-Uerj [O Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira – CAp-Uerj], do Instituto de Letras da Faculdade de Educação, da Faculdade de Educação de professores de São Gonçalo e de Duque de Caxias, por exemplo”, citou.

Para Deusdará, a universidade precisa de aproximadamente mil professores para atender à demanda da graduação, mas os salários baixos e os poucos concursos tornam a carência de docentes um problema crônico. “O salário de um professor com doutorado é cerca de R$ 5,4 mil, menos de um terço do salário de um procurador do estado. Um professor de universidade federal ganha mais de R$ 8 mil”, comentou. “ Ao longo de 2008, 2009, houve um grande processo de exoneração e aposentadoria de pessoas que saíram para assumir empregos em outras universidades”, completou o professor.

Procurada pela Agência Brasil, a assessoria da Uerj não havia se pronunciado a respeito da liminar, até o fechamento da matéria.

Na tarde desta terça-feira (17) , um grupo de cerca de 40 estudantes e indígenas que estava na Aldeia Maracanã se encaminhou até a sede da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que fica próximo ao Estádio do Maracanã, no bairro da Tijuca, zona norte do Rio. O grupo iniciou uma ocupação da entrada do prédio da reitoria da Uerj e uma comissão foi recebida pelo reitor, Ricardo Vieiralves de Castro.

O grupo reivindicava participação de manifestantes da Aldeia Maracanã no Movimento Indígena - evento do governo federal que ocorreria na Uerj hoje (quarta) -, além do apoio da Uerj no repúdio às ações da Polícia Militar do Rio que culminaram na retirada dos ativistas, segunda-feira, das imediações do estádio do Maracanã. A reunião acabou sem acordo e o reitor determinou o início do recesso na Uerj para esta terça mesmo. O evento Movimento Indígena também foi transferido da sede da Uerj para o Teatro Gláucio Gill, em Copacabana.

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Até a noite desta terça-feira, os manifestantes permaneciam diante da porta da reitoria em protesto e prometiam não deixar o local até a quarta-feira.

A Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) suspendeu o pagamento de salários a professores substitutos e visitantes após a decisão do governo do Estado de bloquear os empenhos à universidade, depois que o Congresso derrubou o veto da presidente Dilma Rousseff (PT) à lei que redistribui os royalties do petróleo, na semana passada.

Segundo a Associação dos Docentes da Uerj (Asduerj), de 4 mil a 5 mil pessoas foram atingidas, entre professores não concursados e alunos e professores que recebem bolsas. Os salários de professores concursados não foram afetados. A medida foi confirmada pela universidade. "Os empenhos estão bloqueados. Como reitor, estou agindo no sentido de minimizar danos. Neste momento estou em tratativa com o governo do Estado para que a situação da universidade volte à normalidade o mais rápido possível", afirmou o reitor Ricardo Vieiralves em nota divulgada na sexta-feira (8).

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Conforme o presidente da Asduerj, Guilherme Mota, além de professores substitutos e visitantes, também foram afetados todos os docentes e alunos que recebem bolsas. "Só com os professores substitutos, o gasto retido foi de aproximadamente R$ 1,5 milhão", calcula.

Os professores farão uma reunião na próxima quarta-feira (13) para decidir o que fazer. "Estávamos a uma semana do fim do período (o segundo de 2012, atrasado por conta de uma greve de junho a setembro do ano passado). Muitos professores já concluíram seu trabalho, então creio que não é hora de fazer greve", diz Guilherme. "Mas já notificamos a reitoria para tentar uma solução e na quarta vamos decidir se tomamos alguma medida jurídica." Os alunos vão fazer na noite desta segunda-feira uma reunião para decidir se tomarão alguma atitude para cobrar o pagamento das bolsas.

A Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) ameaça suspender mais uma vez suas aulas. O motivo é o corte no pagamento, por dois meses, dos salários de professores substitutos que aderiram à paralisação anterior.

A universidade cortou o ponto dos professores substitutos que participaram do movimento por meio de uma manobra considerada “legalmente questionável”, segundo a Associação de Docentes da UERJ. A entidade afirma que o pagamento dos salários referentes aos três meses de greve fazia parte do acordo para a retomada das aulas no dia 19 de setembro.

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De acordo com o presidente da associação, Guilherme Mota, a falta de pagamentos fez com que acontecesse a paralisação. Nesta quinta-feira (11), os docentes vão se reunir com o conselho da instituição para resolverem algum acordo do pagamento dos salários atrasados.

A associação lançou uma campanha para arrecadar fundos e ajudar os professores que estão sem receber salário. Durante 15 dias, foi levantada uma quantia de R$ 7 mil que foi distribuída entre cerca de 70 dos 900 professores substitutos que se cadastraram para receber o apoio financeiro, em setembro.

*Com informações da Agência Brasil.

A Polícia Militar reprimiu uma manifestação de professores e estudantes no câmpus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, no fim da tarde desta quinta. De acordo com vizinhos do campus, no Maracanã, zona norte, foram lançadas bombas de efeito moral e houve pânico entre as pessoas que passavam na rua, próximo à universidade. Técnicos, professores e estudantes estão em greve desde 11 de junho.

A professora Márcia dos Passos Neves, que mora junto à UERJ, contou que os carros do Batalhão de Choque chegaram por volta das 18 horas. "Parecia barulho de tiro, bomba. As pessoas saíram correndo na calçada. A universidade também ficou completamente às escuras", disse.

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À tarde, havia ocorrido uma assembleia coletiva de técnicos professores e estudantes. Ao fim da reunião, houve uma passeata nos arredores da UERJ e o trânsito na Avenida Radial Oeste foi interrompido, provocando engarrafamento. O grupo voltou para a universidade e os estudantes se reuniram em frente a uma agência bancária, para outra assembleia. Nesse momento, os policiais militares chegaram. O grupo foi dispersado com spray de pimenta.

"Os professores já tinham se dispersado e os alunos estavam reunidos em frente à agência, que era o único lugar iluminado. A polícia entrou jogando gás lacrimogêneo. Foi uma coisa muito agressiva, uma repressão inútil, porque não teve depredação, nada", disse o professor de Comunicação Fábio Iório.

Em nota, a Polícia Militar informou que o 4.º Batalhão (São Cristóvão) foi acionado para conter manifestantes da UERJ, que tentavam fechar a Avenida Radial Oeste com pneus. O Batalhão de Choque foi chamado para auxiliar. "Os grevistas deixaram a via, entraram na universidade e depredaram um caixa eletrônico. Uma bomba de efeito moral foi lançada para dispersar o grupo", diz o texto. O movimento grevista nega que o caixa tenha sido depredado.

Os debates envolvendo as cotas no ensino superior esbarram sempre em duas questões principais: a capacidade dos alunos acompanharem o ritmo das aulas e a possível queda na qualidade do ensino. Pioneira a adotar o sistema de cotas no acesso à educação pública no ensino superior, a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) elaborou um relatório de desempenho acadêmico que avaliou os estudantes entre os anos de 2004, quando as cotas foram implantadas, e de 2010, ano de formação da primeira turma dentro do novo modelo.

A instituição analisou a trajetória dos alunos do primeiro ano do curso de Estatística, para avaliar se os requisitos básicos adquiridos no Ensino Médio foram suficientes para o desempenho universitário. Das cinco disciplinas consideradas essenciais na formação acadêmica, em quatro delas os alunos cotistas obtiveram índice de aprovação superior ao dos não cotistas. O relatório mostrou que o grande desafio para os alunos cotistas não está relacionado à defasagem no ensino, mas sim à evasão escolar.

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Por isso, desde 2004 a Uerj mantém o Programa de Iniciação Acadêmica (Proiniciar), uma estratégia com o objetivo principal de apoiar a permanência do estudante cotista na instituição. O programa é subordinado à Sub-reitoria de Graduação, e desenvolve projetos de apoio acadêmico e financeiro.

Gerenciado pelo Departamento de Desenvolvimento Acadêmico e Projetos de Inovações (Deapi), oferece auxílio como a bolsa-permanência no valor de R$ 300 e a distribuição de livros didáticos. O programa traz ainda opções de cursos extraclasse, como reforço escolar em matérias como português, matemática e língua estrangeira, e também as chamadas "atividades instrumentais", cursos modulares de 30 horas nas três grandes áreas do conhecimento, além de oficinas culturais e projetos de ensino, pesquisa e extensão.

O Senado aprovou terça-feira projeto de lei que prevê que 50% das vagas em universidade federais sejam reservadas para quem cursou o ensino médio integralmente em escolas públicas, unificando assim a divisão das vagas por cotas sociais e raciais. O texto vai ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff em até 15 dias e passará a valer assim que for publicado. As universidades federais terão até quatro anos para se adaptar às novas regras.

A Uerj reserva 20% de suas vagas para estudantes negros e indígenas, 20% para alunos egressos da rede pública de ensino e 5% a pessoas com deficiência e a filhos de policiais civis, militares, bombeiros militares e inspetores de segurança e administração penitenciária que tenham sido mortos ou incapacitados em razão do serviço. O critério é cumulativo ao da análise socioeconômica de restrição de renda familiar. Por isso, o vestibulando deve ainda comprovar ser aluno carente.

Desde a implementação do sistema, 7.059 alunos já ingressaram na Uerj por meio das cotas. Desse total, 2.131 alunos concluíram a graduação e 1.462 abandonaram ou desistiram do curso. Atualmente, 3.466 alunos cotistas estão vinculados à Uerj. A primeira turma com alunos admitidos pelo sistema de cotas formou-se em 2010.

Cerca de 40 funcionários da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em greve desde o dia 5 de junho, fizeram um protesto na manhã deste domingo na praia do Leblon, perto do prédio onde mora o governador Sérgio Cabral. Os servidores levaram faixas da campanha "Negocia, Cabral!", pela qual requerem reajuste salarial de 22%, recuperação de perdas acumuladas desde 2001, reforma nos planos de carreira e melhorias no Hospital Universitário Pedro Ernesto e no campus do Maracanã, entre outras demandas antigas.

Eram professores, funcionários administrativos e também alunos da Uerj. Eles reclamam que o governo não aceita recebê-los, tampouco apresenta contrapropostas. A concentração foi às 10 horas e os manifestantes andaram pela pista que é fechada ao trânsito aos domingos. Soltaram balões de gás e distribuíram panfletos à população.

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Policiais militares que faziam o policiamento na orla, além de um efetivo do Batalhão de Choque, se deslocaram para acompanhar o protesto, declaradamente pacífico, o que irritou os manifestantes. A PM já estava avisada, uma vez que os organizadores da campanha usam redes sociais na internet para propagá-la.

O grupo, convocado pela Associação de Docentes da Uerj, tentou chegar à porta do prédio de Cabral, na Rua Aristides Espínola, mas foi retido. A assessoria de imprensa do governador informou à tarde que ele não se pronunciaria sobre o assunto.

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