Google dá aos usuários mais controle sobre anúncios
A nova ferramenta chamada 'Minhas preferências de anúncio' deve facilitar a alteração do que se quer ver, no mecanismo de busca e no YouTube em particular
O Google, líder mundial em publicidade digital, lançou nesta quinta-feira (20) um novo recurso para dar aos usuários mais controle sobre os anúncios que aparecem enquanto navegam na Internet.
"Os anúncios online não devem confundir ou frustrar os usuários da Internet", disse Jerry Dischler, vice-presidente de publicidade, em um comunicado.
A nova ferramenta chamada "Minhas preferências de anúncio" deve facilitar a alteração do que se quer ver, no mecanismo de busca e no YouTube em particular.
Os usuários da Internet devem ser capazes de "escolher quais temas e marcas serão mostradas e ocultas" e "gerenciar (suas) preferências de publicidade sem interromper (suas) atividades online", disse Dischler.
O grupo californiano busca assim oferecer aos seus bilhões de usuários anúncios mais relevantes, integrados ao seu design, diante de uma maior concorrência de plataformas como o TikTok, onde os anúncios são misturados com conteúdo original.
O Google está dando esse passo em um momento em que enfrenta uma série de críticas, desde acusações de abuso de domínio até reclamações de consumidores sobre a privacidade de dados pessoais.
E assim como a Meta (dona do Facebook, Instagram, WhatsApp), a número dois do setor, o Google teve que cumprir as regras recentes da Apple sobre iPhones, que exige que os aplicativos peçam o consentimento do usuário antes de rastreá-lo.
O novo recurso do Google também facilita a desativação da personalização de anúncios, que os consumidores às vezes acham abusivos, além de excluir publicidade com temas delicados, como álcool, namoro, perda de peso ou gravidez.
Os internautas também poderão desativar determinados critérios de segmentação, como histórico de vídeos visualizados no YouTube, estado civil ou setor profissional.
Google e Facebook já tiveram que mudar suas práticas de segmentação de anúncios várias vezes, principalmente para dar mais controle sobre "cookies", programas que rastreiam a navegação online para a segmentação de anúncios.
As vendas de anúncios personalizados em grande escala geram dezenas de bilhões de dólares a cada ano para esses gigantes do Vale do Silício.
“O Google está a caminho de gerar US$ 174,81 bilhões em receita publicitária em 2022, um aumento de 17,3% em relação ao ano anterior”, segundo estimativas da consultoria Insider Intelligence.