Primeira-ministra italiana nega 'simpatia' com o fascismo

Giorgia Meloni tentou acabar com as dúvidas sobre sua militância desde a juventude nos movimentos fundados pelos herdeiros do fascismo

ter, 25/10/2022 - 08:28
Andreas SOLARO A primeira-ministra italiana Giorgia Meloni discursa no Parlamento Andreas SOLARO

A nova primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, líder do partido pós-fascista 'Fratelli d'Italia' (Irmãos da Itália), negou nesta terça-feira (25) qualquer "simpatia ou proximidade" com o fascismo.

"Nunca tive qualquer simpatia ou proximidade com regimes antidemocráticos. Por nenhum regime, incluindo o fascismo", afirmou em seu primeiro discurso como chefe de Governo na Câmara dos Deputados.

Em seu governo, o Executivo mais à direita da Itália desde a Segunda Guerra Mundial, Meloni garante que "não se desviará um centímetro" dos valores democráticos e que "lutará contra qualquer forma de racismo, antissemitismo, violência política, discriminação".

Durante o discurso no Parlamento, que deve votar a moção de confiança a seu governo, Meloni tentou acabar com as dúvidas sobre sua militância desde a juventude nos movimentos fundados pelos herdeiros do fascismo.

"Venho de uma história política que foi relegada por anos", declarou, em tom pessoal.

A líder da extrema direita também mencionou as mulheres que marcaram a história da Itália, da jornalista Oriana Fallaci até a líder antifascita Tina Anselmi, e criticou com veemência a máfia, prometendo uma linha "inflexível".

Também disse que pretende "frear as saídas ilegais" de migrantes da África para a península.

"Este governo quer acabar com as saídas ilegais (a partir da África) e acabar com o tráfico de seres humanos no Mediterrâneo", destacou.

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