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Vinte civis morreram na madrugada de domingo para segunda-feira (30) em um ataque do grupo Forças Democráticas Aliadas (ADF) em Beni, leste da República Democrática do Congo (RDC), informaram autoridades locais.

"Houve uma incursão das ADF em Apetina-Sana na noite de domingo para segunda-feira. Essas ADF mataram com arma branca 18 civis", declarou à AFP Donat Kibwana, administrador do território de Beni.

"Suspendemos as buscas porque anoiteceu. Vamos retomá-las amanhã (terça). Encontramos outros dois corpos. O balanço é, portanto, de 20 corpos", declarou à AFP Lewis Salikoko, um dos encarregados da sociedade civil de Oicha, que supervisiona as buscas.

No ataque, várias casas foram incendiadas. "Contudo, as autoridades já tinham sido postas em alerta desde domingo à noite pela presença de homens suspeitos no oeste de Oicha", lamentou Teddy Kataliko, um dos responsáveis da rede de organizações da sociedade civil de Beni.

"Continuamos a pedir às Forças Armadas da RDC (FARDC) que lancem operações pelo oeste a fim de salvar os civis", acrescentou.

Apetina-Sana é uma localidade situada 16 km a oeste de Oicha, capital do território de Beni, que fica na rodovia nacional número 4, no que os habitantes chamam de "triângulo da morte": Mbau-Eringeti-Oicha.

Desde 28 de novembro, o chefe do Estado-Maior das FARDC, o general Célestin Mbala, está instalado com sua equipe em Beni. Outro general do Exército, John Numbi, inspetor-geral das FARDC, ligado ao ex-presidente Joseph Kabila, foi enviado como reforço alguns dias depois.

Originariamente, as ADF são rebeldes muçulmanos ugandeses que se instalaram em 1995 no leste do atual Congo para efetuar ataques contra Kampala.

Atualmente já não atacam a vizinha Uganda e se instalaram entre a população congolesa. São acusados de ter massacrado centenas de civis na região de Beni desde outubro de 2014.

Desde o lançamento, em 30 de outubro, de operações militares contra seus bastiões, mataram mais de 200 civis, segundo uma contagem feita por organizações locais da sociedade civil.

Autoridades congoleses disseram que ao menos 10 pessoas foram mortas no norte do Congo por rebeldes ugandenses que pertencem a um grupo conhecido como ADF. O administrador local Amisi Kalonda disse que a ação ocorreu durante a noite, a cerca de 20 quilômetros da cidade de Beni.

O porta-voz das Forças Armadas, capitão Mak Hazukay Mongba, informou que houve uma operação na área como parte dos esforços para neutralizar o grupo rebelde, mas não deu detalhes sobre o número de mortos.

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A organização internacional Human Rights Watch disse que rebeldes da ADF já mataram cerca de 1 mil pessoas na região de Beni ao longo dos últimos três anos. O exército congolês capturou dezenas de rebeldes, incluindo uma dúzia que foi sentenciada à morte. Fonte: Associated Press

Apesar dos apelos de partidos da base aliada para adiar o envio da reforma da Previdência ao Congresso Nacional, o presidente Michel Temer decidiu que vai mandar a proposta este mês, antes das eleições municipais.

A reforma da Previdência tem sido anunciada pelo governo desde que Temer assumiu a Presidência como interino, em maio deste ano. Parlamentares de partidos aliados, porém, argumentavam que o envio agora poderia atrapalhar as disputas eleitorais por ser uma medida impopular.

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De acordo com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, Temer manifestou-se nesta terça-feira (6) no sentido de enviar ainda neste mês a proposta, como havia prometido em ocasiões anteriores.

"Nós temos que entender que temos uma base parlamentar que tem posição diferente e está dialogando com o presidente. O segredo agora do presidente Michel é fazer com que a base tenha um consenso mínimo. Ele quer mandar antes [das eleições]", disse. Segundo Padilha, que não quis estipular uma data para o envio, o "diálogo" para o envio da proposta será feito “assim que tivermos quórum".

Para o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, a dúvida sobre a data era mais uma questão de estratégia do que eleitoral. Ele informou que teve nesta terça conversas com o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, sobre o assunto.

"É uma questão de estratégia parlamentar e não de mérito. O governo já tomou a decisão, acha que não tem condição de manter do jeito que está. A base defende, a reforma é necessária para colocar o Brasil nos trilhos", disse. Para Geddel Vieira Lima, Temer analisou os "custos e benefícios" e achou melhor "sinalizar claramente" para a necessidade do envio imediato da proposta até por uma questão "simbólica".

Vieira Lima disse também que os pontos mais polêmicos, como idade mínima aos 65 anos e transição aos 50 anos, estão sendo fechados "provavelmente esta semana" para que sejam encaminhados ao Congresso. "Basicamente não tem discordância, agora é levar à apreciação do presidente da República".

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