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A Câmara dos Deputados publicou nesta quinta-feira, 21, um edital de licitação para reformar 48 apartamentos funcionais destinados à residência dos próprios parlamentares. O documento prevê que as obras tenham o custo de até R$ 100 milhões.

Os imóveis ficam nos bairros da Asa Sul e da Asa Norte da capital federal e estão atualmente desocupados e "em avançado estado de deterioração", segundo consta no edital.

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Na justificativa da reforma, a Câmara diz que os imóveis em questão foram construídos há mais de 40 anos e desde então não teriam passado por reformas significativas.

Há 10 anos, em 2013, foi previsto o gasto de R$ 280 milhões para reformar todas as unidades, que receberiam equipamentos como banheiras de hidromassagem e ar condicionado.

Os parlamentares não residentes em Brasília têm direito a ocupar um dos 432 apartamentos funcionais de 225m² ou de receber o auxílio aluguel no valor de R$ 4.253,00 para deputados e R$ 5,5 mil para senadores. Em 2023, os gastos de todos os deputados com o auxílio foi de quase R$ 5,6 milhões.

Entre os deputados, 409 ocupam os apartamentos funcionais neste ano. Outros 224 optam pelo auxílio-moradia e 39 não recebem o benefício.

As unidades têm quatro quartos e outros dois aposentos para empregados na área de serviço. Há ainda hall de entrada, sala de estar, sala de jantar, hall de distribuição. Um dos quartos é suíte com closet. Laudos de avaliação da Câmara feitos nos últimos cinco anos apontam que algumas unidades valem cerca de R$ 2,5 milhões.

Os imóveis podem ser acessado por meio de uma lista de interessados. A previsão de entrega dos imóveis reformados é de 840 dias após a assinatura do contrato.

A Câmara dos Deputados vai renovar o mobiliário dos apartamentos funcionais dos parlamentares. Está aberto um edital para a compra de novas camas e sofás para os imóveis, sem previsão de gastos.

Segundo o colunista Guilherme Amado, da Revista Época, o edital prevê a compra de 60 camas box de solteiro, 96 sofás com apoia-braço, 24 sofás sem apoia-braço e 24 camas box queen size. 

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Ainda de acordo com o jornalista, o edital não estipula valores para os móveis. Tais valores só serão fixados depois que as empresas apresentarem suas propostas, no dia 16 de setembro.

A Câmara dos Deputados excluiu cinco prédios inteiros de seu planejamento de reformas de imóveis funcionais para economizar cerca de R$ 80 milhões nos próximos anos. Apesar da economia, a Casa vai gastar R$ 198 milhões com as mudanças.

Nesta segunda-feira, 23, a Casa oficializou no Diário Oficial da União um contrato de R$ 41 milhões para fazer a reforma de três prédios. Ao mesmo tempo, recebeu a autorização do governo do Distrito Federal para realizar, em quatro blocos, a divisão de cada apartamento em dois, ao custo estimado em R$ 80 milhões. O edital de licitação deve sair no primeiro semestre de 2014.

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Desde 2007, a Casa já gastou R$ 76,9 milhões em reformas. Algumas obras arrastam-se há seis anos devido à falência das empreiteiras contratadas. Com o contrato publicado nesta segunda e mais a reforma de divisão dos imóveis, a Casa totalizará despesas de R$ 198,6 milhões. O gasto será de quase R$ 500 mil por apartamento reformado.

A nova versão do plano de reformas tem orçamento inferior aos R$ 280 milhões previstos no início do ano porque houve a exclusão de cinco blocos do planejamento, além de alteração no projeto dos apartamentos que serão divididos.

O objetivo das obras é acabar com o auxílio moradia pago atualmente a 197 deputados devido à falta de imóveis para todos. Cada um recebe R$ 3,8 mil mensais. Como o gasto com a manutenção dos apartamentos é, em média, de R$ 2,2 mil por mês, a Casa conseguiria fazer uma economia anual de R$ 3,8 milhões ao final do processo.

Ao todo, a Câmara administra 18 prédios de imóveis funcionais na capital federal, que são de propriedade da União. A reforma de três dos prédios deve ser retomada em janeiro após a empresa que tocava a obra ter quebrado tendo feito menos de 20% da obra. Ela prevê uma reforma completa na fachada e no interior dos apartamentos, inclusão de sistema de gás encanado e de aquecimento de água por sistema de captação de energia solar e até banheira de hidromassagem, ao custo unitário estimado em R$ 4 mil.

Atualmente são 432 apartamentos. Com o projeto de divisão em quatro dos blocos, este número saltará para 528, 15 a mais do que o número de parlamentares na Câmara. Atualmente, 298 deputados moram em imóveis funcionais. Alguns não recebem auxílio nem ocupam os imóveis funcionais.

Os apartamentos que serão divididos têm atualmente 208 metros quadrados de área privativa. Eles contam com quatro quartos, sendo uma suíte e um closet, dependência completa de empregada e quatro banheiros. As novas unidades terão aproximadamente 95 metros quadrados, com dois quartos, sendo uma suíte, dependência completa de empregada e três banheiros. A estimativa da área técnica é que a divisão seja concluída em até oito anos.

O deputado Biffi (PT-MS), quarto-secretário da Câmara, admitiu que, com a divisão, vai ocorrer disputa entre os parlamentares pelos apartamentos maiores. "Quem tiver mais tempo de Câmara, vai ter prioridade", disse o deputado, espécie de síndico. Para ele, a concorrência não se justifica, uma vez que os apartamentos divididos ainda assim são grandes e serão novos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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