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Demônios, mortes, satanismo e muito sangue. Gritos guturais capazes de arrancar arrepios e, claro, aquela cara de mau. Muitos roqueiros fizeram e fazem sucesso explorando temas e aparências macabras. Fantasias, maquiagem e efeitos cênicos ão usados para criar o ambiente maléfico e violento necessário para este tipo de música.

Death metal, grind, gore, black metal e outros subtipos do mais pesado tipo de rock são terreno fértil para bandas que exploram o lado mais obscuro da humanidade. Nesta sexta-feira 13, que calhou de cair exatamente no Dia do Rock, nada melhor que mergulhar na música de algumas das mais macabras bandas que já foram criadas, começando por aquela encabeçada por ninguém menos que o 'Príncipe das Trevas', Ozzy Osbourne. Confira a lista (aos mais sensíveis, é recomendado cuidado, algumas imagens podem ser fortes):

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Black Sabbath - Black Sabbath

 

Slayer - Raining Blood

 

Cannibal Corpse - Kill or become


 

Exhumed - Night work

 

Cradle of Filth - From the Cradle Of Enslave


 

Behemoth - Blow Your Trumpets Gabriel


 

Mayhem - Watchers


 

Brujeria - Plata O Plomo

 

Marduk - Frontschwein

 

Deicide - To hell with god

 

Belphegor - Baphomet

 

Possessed- Pentagram

 

Gorgoroth - Carving a Giant


Quem disse que headbangers são insensíveis ou não se compadecem com a dor de seus semelhantes? Ledo engano. No início do ano, “Nick” (como ficou conhecido por metaleiros do mundo inteiro) morreu após complicações derivadas de uma pneumonia. Apaixonado por metal extremo, sonhava em ver suas bandas favoritas se apresentarem em 2016.

Abalado pela morte do amigo, mas obstinado em homenageá-lo, o jornalista estadunidense David Rich resolveu pedir um favor bastante especial aos integrantes das bandas que se apresentaram em um festival de metal em Chicago: espalhar as cinzas de Nick durante os shows para que sua presença se eternizasse entre os artistas que mais admirava.

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O que David não imaginava era que seu pedido seria aceito pelos membros das bandas Dying Fetus e Behemoth, expoentes do Black/Death Metal mundial. “Nós espalhamos suas cinzas no pit de sua música favorita, “Homicidal Retribution, Nick. Descanse em paz”, publicou a banda Dying Fetus em sua página oficial no Facebook.

Já a banda Behemoth prestou uma homenagem ao fã durante o show. Nerval, o vocalista do grupo agradeceu a admiração de Nick e de tantas outros fãs que já se foram e logo após espalhou as cinzas do fã pelo palco, sendo aclamado pelo público. Realizado, o melhor amigo de Nick agradeceu à banda pelo reconhecimento.

“Eu levo as cinzas de Nick comigo em todos os shows que eu vou porque assim sinto ele sempre se divertindo comigo. Eu te amo Nick. Muito obrigado, Adam Nergal e Behemoth, por fazer isto possível. Não poderia estar mais feliz”, concluiu Rich. Confira abaixo o vídeo com o momento em quem Nergal espalha as cinzas de Nick no palco do show em Chicago.

 

O cineasta chinês Zhao Liang viajou com a câmera a tiracolo através das vastas pradarias da Mongólia para denunciar, apenas com imagens, a devastação causada pelo desenvolvimento do planeta, no documentário Behemoth, uma poética aventura dantesca que estremeceu nesta sexta-feira o Festival de cinema de Veneza.

"E Deus criou a besta Behemonth no quinto dia. Era o maior monstro na terra", adverte fora de cena o autor, que se inspirou na Divina Comédia de Dante para descrever o Purgatório, o Inferno e o Paraíso, que simbolizam os estados em que a Terra se encontra devido ao seu desenvolvimento insano.

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A transformação de belos planaltos e campos em terras áridas cobertas de poeira e cinzas resultantes da exploração das minas de carvão, o barulho infernal das mineradoras, o calor abrasador das usinas, o silêncio das cidades-fantasma, resultam em um manifesto ecológico e poético.

"Como Dante conseguiu criar uma obra que combina inferno e paraíso, alcançando um conjunto e um contraste, o mesmo foi o que eu quis fazer. Fui inspirado por uma obra de 800 anos para explicar o que eu queria transmitir", declarou Liang, de 44 anos, em entrevista à AFP.

Autor de inúmeros documentários sobre a face obscura da China, da burocracia kafkiana até a discriminação injusta contra os pacientes com AIDS, Liang oferece desta vez, com imagens reais, um trabalho artístico, com uma fotografia espetacular, que resulta também numa denúncia esmagadora da destruição do planeta pelo homem e sua ideia de desenvolvimento econômico.

Na obra, dividida em três partes, como a Divina Comédia, Liang emprega o vermelho para entrar no inferno das usinas, com operários que trabalham em altas temperaturas sem qualquer proteção, o cinzento das minas de carvão cobrindo as grandes planícies e provocando doenças pulmonares e o céu azul para o paraíso de Ordos, uma gigantesca cidade completamente desabitada.

"Eu me inspirei em Dante porque a visão asiática do inferno é muito diferente daquela do poeta italiano", confessou.

Todo filmado na Mongólia, com uma equipe de apenas quatro pessoas, coproduzido pela ARTE France, Liang trabalhou em condições muito difíceis, e sem autorização.

"A maior dificuldade que tive foi filmar no interior das minas, porque os proprietários não queriam nos deixar entrar. Nós filmamos escondidos", revelou.

"Em algumas ocasiões queríamos gravar tomadas muito precisas. Tive que escalar montanhas sem ser visto para conseguir o que queria, com a câmera quase escondida. Por vezes, precisei trabalhar muito rapidamente", reconheceu.

"Os proprietários das minas estão conscientes de que estão destruindo o país e, portanto, não nos dão a permissão para entrar", disse o diretor, cujo documentário deve ser sujeito do chamado "controle" ou censura das autoridades chinesas.

"Eu não acredito que vão me impedir de voltar, a China não é o Irã. Não chega a estes nível, trata-se de uma obra de arte", ressaltou o diretor.

"O que eu queria era denunciar uma situação global, porque o mesmo ocorre nos Estados Unidos, ou no Canadá. A Mongólia é apenas um exemplo entre tantos. Porque o problema é da Humanidade, estamos destruindo nosso meio ambiente", afirma o cineasta, autor, entre outros, do premiado "Crime and Punishment" no Festival dos Três Continentes (2007) e "Petition", exibido no Festival de Cannes (França) em 2009.

"Claro que eu gostaria de ganhar um prêmio, mas há muitas obras belas e o nível é muito elevado. Não tenho expectativas particulares", confessou o cineasta.

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