Tópicos | BNDES

No primeiro dia de trabalho legislativo, deputados recém-empossados protocolaram na Mesa Diretora da Câmara dois pedidos de instauração de comissões parlamentares de inquérito (CPIs). São solicitações de investigação sobre o rompimento da barragem de Brumadinho (MG); e contratos do BNDES.

Um dos pedidos foi registrado pelo deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) com o objetivo de auditar contratos internacionais firmados pelo governo brasileiro nos últimos anos. “Queremos avaliar contratos feitos com Cuba, com ditaduras africanas e empréstimos do BNDES com a Venezuela que foram muito mal explicados. Quanto se gastou? Que tipo de benefício o Brasil teve?”, disse Macris.

##RECOMENDA##

Brumadinho

Deputada de primeiro mandato, Joice Hasselmann (PSL-SP) protocolou pedido para criar uma CPI sobre o rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), que causou a morte de 134 pessoas até o momento. “Trabalhei rapidamente e coletei mais de 200 assinaturas, mais do que as 171 necessárias”, disse.

Segundo ela, o objetivo é iniciar as investigações por Brumadinho e estendê-las a todas as regiões do País onde existam barragens do mesmo tipo. “É um tipo de crime que não pode mais acontecer”, finalizou.

Trâmite

Depois de protocolados os pedidos, o primeiro passo agora é conferir se não há duplicidade de assinaturas. São necessárias assinaturas de 171 deputados (1/3 do total de 513 parlamentares). A Constituição exige ainda que as comissões tenham fato determinado e prazo certo de funcionamento para serem instaladas.

*Da Agência Câmara

O presidente Jair Bolsonaro divulgou nesta sexta-feira (18), na sua conta pessoal do Twitter, uma lista onde o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) identifica os 11 países que usaram recursos do banco e as razões para esse empréstimo.

“Ainda vamos bem mais a fundo! BNDES divulga interessante link identificando os países que usaram os recursos financeiros do Brasil e os motivos dos empréstimos. Tire suas conclusões", escreveu na rede social.

##RECOMENDA##

A página do BNDES apresenta o detalhamento de contratos com Angola, Argentina, Costa Rica, Cuba, Equador, Gana, Guatemala, Honduras, México, Moçambique, Paraguai, Peru, República Dominicana, Venezuela. Segundo o banco, o país ou empresa importadora assume a responsabilidade de pagar o financiamento ao BNDES, com juros, em dólar ou euro. Por isso, os contratos de financiamento à exportação envolvem três partes: a empresa brasileira exportadora, o importador e o BNDES.

Durante a campanha eleitoral Bolsonaro, afirmou que iria "abrir a caixa preta do BNDES e de outros órgãos". No início deste mês, o presidente foi às redes sociais reafirmar o compromisso de "revelar ao povo brasileiro o que feito com seu dinheiro nos últimos anos" e disse que muitos contratos seriam revistos.

Empréstimos

Segundo o BNDES, o órgão financia exportações de engenharia brasileira para obras no exterior desde 1998. Os recursos do BNDES envolvidos nessas transações são sempre liberados no Brasil, em reais, para a empresa brasileira exportadora.

Em coletiva após a cerimônia de transmissão de cargo, o novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, foi reticente em relação à venda da Eletrobras, mas se mostrou otimista em relação à privatização das estatais federalizadas do setor elétrico. "A privatização da Eletrobras continua em discussão e vamos apoiar a política que se fixar", disse.

Por outro lado, de acordo com o novo presidente do banco, a venda das empresas federalizadas é assunto resolvido. "O departamento de desestatização do banco não aparecia, mas continua ativo. Privatização das empresas estaduais de energia elétrica se arrastava há 20 anos e hoje é um tema resolvido", disse.

##RECOMENDA##

Levy defendeu o modelo de desestatização como saída "diante dos desafios fiscais de muitos Estados". Questionado sobre as declarações do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que é contrário à privatização da Cedae, Levy disse que a experiência em outros Estados é de que a venda das estatais ajudou a reduzir perdas e ineficiências "que se arrastavam", mas prometeu apoiar as decisões tomadas.

"Cada Estado tem que avaliar sua situação e ver as implicações jurídicas de suas decisões", afirmou. "Nosso papel é de apoiar as decisões tomadas. Somos prestadores de serviço, temos que apoiar o cliente", completou.

Transparência

Levy disse que o aumento da transparência nas operações da instituição de fomento é um compromisso com a sociedade e uma promessa do governo Jair Bolsonaro.

"Parte importante disso vai ser organizar melhor os dados", disse Levy. "Alguns dados estão disponíveis, mas de uma maneira que fica difícil para as pessoas entenderem", completou Levy.

Segundo o novo presidente do BNDES, as medidas de aumento da transparência não podem "ficar só olhando para o passado", mas devem ter foco na clareza. "Uma caixa preta é preta enquanto você não decripta o que está ali dentro", disse Levy, ressaltando que "isso tem que ser feito de maneira institucional".

Diretoria

Levy disse que os novos nomes que comporão sua diretoria serão anunciados "nos próximos dias". Levy não citou nomes, mas disse que "tem a possibilidade" de manter alguns executivos da atual diretoria.

Conforme Levy, os nomes dos futuros diretores, inclusive no caso de eventuais nomes que manterão seus cargos, serão anunciados em conjunto. As indicações, contudo, ainda dependem de aprovação da Casa Civil, disse Levy.

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira, dia 7, que vai tentar eliminar a bonificação por volume (BV) na mídia, incentivo direcionado para agências publicitárias. A lei que trata do assunto foi sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010. O oferecimento da bonificação é facultativo.

Bolsonaro também falou que quer a imprensa livre, cada vez mais forte e isenta, mas ressaltou que "alguns (veículos) foram parciais até pouco tempo". Bolsonaro constantemente critica setores da mídia em suas redes sociais e os acusa de propagarem mentiras.

##RECOMENDA##

"Parece simples, mas não é. Vamos democratizar as verbas publicitárias. Nenhum órgão de imprensa terá direito a mais ou menos daquilo que nós viremos a gastar. Queremos que vocês sejam cada vez mais fortes e isentos, como alguns foram até pouco tempo", disse. "Vamos acreditar em vocês, mas verbas publicitárias não serão mais para privilegiar a empresa A, B ou C."

Durante cerimônia de posse dos novos presidentes dos bancos públicos, Bolsonaro também falou sobre a destinação de verba pública para Organizações Não Governamentais (ONGs). "Recursos que forem liberados para ONGs, como é da esperança de todos, terão rígido controle para que possamos fazer com que o recurso público seja bem utilizado", destacou o presidente.

O novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, afirmou que a instituição precisa mudar para responder às novas condições do Brasil, às expectativas da nação e às promessas do governo.

"Estamos na antessala de um novo ciclo de investimentos em uma economia que será mais aberta, mais vibrante, com mais espaço para o setor privado e para os mercados de capital. O papel do BNDES é contribuir nesse ambiente desenvolvendo novas ferramentas, novas formas de trabalhar, próximos e em parceria com o mercado", explicou Levy ao tomar posse nesta segunda-feira (7).

##RECOMENDA##

O novo dirigente do banco de fomento acrescentou que a instituição vai trabalhar no combate do patrimonialismo e das distorções já verificadas. "Isso tem que continuar mudando, evitando o voluntarismo. A ferramenta para isso tem que ser ética, a transparência, a responsabilidade e a responsabilização", afirmou.

Segundo Levy, sua gestão também vai continuar a ajustar o balanço do BNDES. "O nosso balanço hoje depende em uma proporção talvez exagerada de recursos do Tesouro, e que tem que ser adequado para que se tenha retorno do capital que é de cada um da população", complementou.

Levy tomou posse no Palácio do Planalto, em cerimônia comandada pelo presidente Jair Bolsonaro, com presença do ministro da economia Paulo Guedes. Também tomaram posse hoje os novos presidentes do Banco do Brasil, Rubem Novaes, e da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.

O presidente Jair Bolsonaro disse que a transparência será marca de seu governo e reforçou a missão aos novos dirigentes de bancos estatais que assumiram nesta segunda-feira (7) o comando do Banco do Brasil, da Caixa Econômica e do BNDES. Segundo ele, essa tarefa terá que abranger inclusive atos do passado promovidos pelos “amigos do rei” dentro destas instituições.

“Transparência acima de tudo. Todos os nossos atos terão que ser abertos para o público. E o que aconteceu no passado também. Não podemos admitir qualquer cláusula de confidencialidade pretérita. Esses atos e ações tornar-se-ão públicos”, afirmou.

##RECOMENDA##

Bolsonaro destacou que a escolha dos três novos presidentes de bancos foi feita exclusivamente pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo ele, essa liberdade dada a todos os ministros de seu governo inaugura um novo modelo de gestão.

“Há pouco, o que mais se ouvia era uma verdadeira briga para definir qual partido ficaria com esta ou aquela diretoria de banco”, afirmou o presidente, destacando que essa era uma sinalização clara de que a economia não iria bem. O presidente voltou a alertar sua equipe da responsabilidade de sua administração e reiterou: “Nós não podemos errar”.

Verbas Publicitárias

Ao retomar a orientação para que todo seu governo trabalhe com transparência, Bolsonaro aproveitou o discurso de posse na solenidade, que ocorreu no Palácio do Planalto, para anunciar a democratização de verbas publicitárias. O assunto, segundo ele, foi tratado com a equipe econômica.

“Nenhum órgão de imprensa terá direito a mais ou menos daquilo que nós viermos a gastar com nossa imprensa. Queremos que cada vez uma imprensa mais fortes e isenta. A imprensa livre é a garantia da nossa democracia. Vamos acreditar em vocês, mas estas verbas não serão mais privilegiadas para a empresa A, B ou C”, disse.

O recado também foi transmitido para as organizações não governamentais (ONGs) que, de acordo com Bolsonaro, terão o repasse de recursos submetido a um “rígido controle, para que possamos fazer com que recursos públicos sejam melhor utilizados”.

Ao empossar nesta segunda-feira (7), no Palácio do Planalto, os novos presidentes do Banco Brasil, Rubem Novaes, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, e da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a tarefa dos novos dirigentes será “fazer a coisa funcionar direito” e eliminar associações “perversas” como ocorreram nos últimos anos.

Segundo ele, essas associações corromperam a economia brasileira e paralisaram o mercado de crédito.

##RECOMENDA##

"A Caixa foi vítima de saques e assaltos de recursos públicos", afirmou o ministro. "Falamos do que já aconteceu com o Banco do Brasil que recebeu aumento de capital e mantém mercado de crédito segmentado", acrescentou.

Durante a cerimônia, no Palácio do Planalto, Guedes afirmou que a posse dos novos presidentes dos bancos estatais marca um novo olhar sobre as atividades destas instituições. “As instituições financeiras são como lubrificantes para o crescimento econômico que depende de crédito”, alertou.

Paulo Guedes reforçou a mensagem do presidente Jair Bolsonaro no início da manhã de hoje (7), quando, por sua conta pessoal no Twitter, o presidente comemorou a abertura do que classifica como “caixa-preta” das instituições, como o BNDES. Segundo Guedes,  operações danosas feitas no passado por meio desses bancos trouxeram fortes prejuízos para a população.

“Você não pode usar a desculpa que há transações para concentrar o poder. Você desvirtua o funcionamento dessas instituições”, afirmou, ao criticar o uso de regras de crédito para o que chamou de “falcatruas para ajudar amigos que chegam mais perto do poder econômico em Brasília”.

O presidente Jair Bolsonaro participa, na manhã desta segunda-feira (7), da cerimônia de posse do novos presidentes do Banco do Brasil, Rubem Novaes, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, e da Caixa, Pedro Guimarães. O evento começa às 11 horas no Palácio do Planalto.

Às 15 horas, Bolsonaro recebe o deputado Fábio Ramalho (MDB-MG), que é primeiro-vice-presidente da Câmara. Em seguida, às 16 horas, reúne-se com o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes.

##RECOMENDA##

Em sua primeira manifestação do dia, o presidente Jair Bolsonaro prometeu abrir e divulgar a chamada "caixa-preta" do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de outros órgãos, promessa feita após sua eleição. Nesta segunda-feira (7), Bolsonaro dá posse ao novo presidente do BNDES, Joaquim Levy.

"Com poucos dias de governo, não só a caixa preta do BNDES, mas de outros órgãos estão sendo levantados e serão divulgados", escreveu o presidente no Twitter.

##RECOMENDA##

Como exemplo de contratos desfeitos, Bolsonaro exemplificou um assinado pela Funai a três dias do fim do ano passado com a Universidade Federal Fluminense (UFF) no valor de R$ 45 milhões para criação de uma criptomoeda indígena. A contratação foi alvo de um pedido de suspensão pela ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves.

O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, quer a devolução de R$ 100 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao Tesouro Nacional já em 2019. A medida, defende a nova equipe econômica, vai reduzir mais rapidamente o estoque da dívida pública.

O valor a ser acertado já começou a ser negociado pela equipe de transição com o futuro presidente do BNDES, Joaquim Levy. Foi ele quem deu o pontapé inicial na política de devolução dos empréstimos em 2015, quando ocupou o cargo de ministro da Fazenda. Mas, à frente do BNDES, tem preocupação com o comprometimento que a devolução pode provocar na capacidade do banco de fazer novos desembolsos.

##RECOMENDA##

O banco de fomento tem ainda uma dívida de R$ 260 bilhões para pagar ao Tesouro e tinha acertado um cronograma de devolução que prevê uma parcela de R$ 26 bilhões no ano que vem.

O acerto final do montante adicional a ser pago antecipadamente dependerá, porém, da evolução dos desembolsos de empréstimos, na avaliação da área técnica do banco.

A dívida do BNDES com o Tesouro tem origem nos empréstimos de R$ 500 bilhões que o banco recebeu da União durante os governos dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e que foram responsáveis pela explosão da dívida pública.

Segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, técnicos do BNDES já tinham sinalizado que haveria espaço maior para a devolução no ano que vem, mas o volume demandado é maior que o cogitado inicialmente pelo banco.

Empréstimos

No quadro atual, a avaliação é de que o BNDES teria condições de ampliar em mais R$ 50 bilhões a devolução, se o desembolso de empréstimos do banco a empresas não ultrapassar R$ 80 bilhões em 2019. Nesse cenário, a equipe técnica trabalhava com a possibilidade de devolver R$ 76 bilhões.

Para ampliar o pagamento, seria necessário um quadro mais favorável para venda de ações que o banco detém e de pré-pagamento das empresas dos empréstimos atrelados à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que corrige os financiamentos antigos do banco.

Em 2018, as empresas pagaram antecipadamente R$ 25 bilhões ao BNDES por seus financiamentos. Em 2019, a expectativa é de que, com um cenário de queda de juros, o pré-pagamento poderia chegar a R$ 20 bilhões. A perspectiva de melhora da Bolsa no ano que vem também favoreceria uma venda maior das ações do banco. Neste ano, a venda deve fechar em R$ 10 bilhões.

Até agora, o BNDES já devolveu R$ 309 bilhões, o que ajudou a reduzir a dívida bruta do governo, um dos principais indicadores de sustentabilidade da dívida pública.

Pelas projeções do Tesouro Nacional, a dívida bruta do governo vai entrar numa rota de crescimento até chegar ao pico de 81% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. O cenário seria pior se não fossem as devoluções antecipadas dos empréstimos. Os dados mostram que as devoluções já feitas pelo banco e as acertadas com o BNDES para os próximos anos vão permitir uma redução de 9 pontos porcentuais da dívida bruta até 2027.

Sem esse cronograma de pagamento, a dívida chegaria em 2027 ao patamar de 82,2% do PIB, considerado já explosivo, de acordo com os padrões internacionais de avaliação de sustentabilidade para países emergentes, como o Brasil.

Se houver um pagamento adicional no ano que vem, o endividamento poderá cair mais rapidamente do que se fossem consideras as privatizações para abater a dívida - processo bem mais demorado. Procurado, o BNDES não quis comentar o assunto. A equipe de transição não respondeu os questionamentos da reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou nesta semana empréstimo de R$ 1,25 bilhão para a concessionária do Aeroporto de Porto Alegre, controlada pela alemã Fraport. Com isso, foi fechado o pacote de financiamento aos quatro terminais privatizados em março de 2017. O BNDES financiará dois - além de Porto Alegre, a concessionária do Aeroporto de Florianópolis, controlada pelo Grupo Zurich, cujo empréstimo, de R$ 376 milhões, foi aprovado há duas semanas.

O diretor de Infraestrutura e Governos do BNDES, Marcos Ferrari, chamou a atenção para o aumento da eficiência do banco na análise desses pedidos de crédito. O empréstimo para Florianópolis foi aprovado após 196 dias de análise e o de Porto Alegre, em 202 dias. Segundo Ferrari, o tempo médio de análise dos pedidos no setor de infraestrutura é 500 dias.

##RECOMENDA##

O financiamento para Porto Alegre corresponde a 60% dos investimentos totais na concessão, previstos em R$ 1,8 bilhão. Conforme dados do BNDES, as principais obras de infraestrutura previstas são a ampliação do terminal de passageiros 1, a adequação das vias de taxiamento, melhorias no sistema de drenagem, a construção de edifício-garagem para estacionamento de veículos e a extensão da pista de pouso e decolagem de 2.280 metros para 3.200 metros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) fechará 2018 com o menor número de empréstimos contratados dos últimos dez anos. É o que mostra um documento enviado para o governo de transição e apresentado nesta quinta-feira (13) pelo presidente da instituição Dyogo Oliveira.

Considerando a previsão para o encerramento do quarto trimestre, o desembolso do banco deve somar R$ 71 bilhões, o equivalente a 0,99% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

##RECOMENDA##

O montante ficou pouco acima do valor contratado em 2017, de R$ 70,8 bilhões, mas menor que o percentual em relação ao PIB, que foi de 1,08% no ano passado. "Isso tem sua relevância, mas tem outros indicadores que são tão importantes quanto, como, por exemplo, o prazo para conclusão das transações e o número de operações em análise. As aprovações, por exemplo, estão crescendo 20% na comparação com o ano passado", afirmou o presidente do BNDES, que acrescentou que a queda do desembolso da instituição está relacionada à recessão econômica do país e o ajuste no tamanho dos bancos nos últimos anos.

Por outro lado, na área de infraestrutura houve aumento nos desembolsos feitos pelo BNDES. Segundo o diretor da área, Marcos Ferrari, os empréstimos para projetos de infraestrutura nas áreas de saneamento, transporte e energia somam, até a primeira semana de dezembro, aproximadamente R$ 19 bilhões, uma alta de 14% na comparação com 2017, quando somaram R$ 17,5 bilhões.

Já as aprovações de projetos de infraestrutura cresceram 80%, de janeiro a novembro, somando R$ 32 bilhões, ante R$ 21 bilhões no mesmo período do ano passado.

A Justiça Federal do Amazonas concedeu uma liminar suspendendo o leilão de privatização da distribuidora de energia do Estado, a Amazonas Energia, da Eletrobras. A decisão também suspende a anuência dada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) à desverticalização da companhia, que teve sua atividade de distribuição (Amazonas D) separada das atividades e geração e transmissão (Amazonas GT), processo que era necessário para a venda da distribuidora.

O juiz Ricardo A. De Sales atendeu aos pedidos de ação popular proposta por Edney da Silva Martins contra a União, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o diretor da autarquia Sandoval Feitosa, que questionava o processo de desverticalização da Amazonas Energia, em especial no que diz respeito à validade de um instrumento de assunção de direitos e obrigações relacionado ao preço do gás fornecido à usina térmica da companhia, assinado entre a Amazonas D e a Amazonas GT. O documento era necessário para a conclusão do processo de desverticalização e foi aceito pela Aneel.

##RECOMENDA##

O magistrado destacou que o instrumento não teve anuência da distribuidora de gás local, a Cigás, e considerou que o documento foi feito "de forma ilegal" e "com vistas a burlar a referida ausência". "Nestes termos, restou evidente que o ato de anuência do instrumento entabulado entre Amazonas Distribuidora e Amazonas Geração e Transmissão é com vista a 'blindar' (termo utilizado pela União e Aneel) a Amazonas Distribuidora (a ser privatizada em leilão) quanto a qualquer ônus financeiro prejudicial que viesse a ser experimentado em virtude da manutenção do contrato de suprimento de gás. Entendo, contudo, que tal 'blindagem' feita sem lei formal específica não apenas causa aparente risco aos credores da Amazonas Energia SA, como também aos eventuais investidores que venham a adquirir a nova empresa Amazonas Distribuidora a ser leiloada, na medida em que poderão, na qualidade de sucessores da empresa originária, vir a responder por seus débitos, na ordem de bilhões de reais", escreveu o juiz.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) "é o mais transparente do mundo", afirmou nesta terça-feira (27) o presidente da instituição, Dyogo Oliveira, ao assinar um acordo de cooperação para troca de dados com o Tribunal de Contas da União (TCU). A afirmação vem no momento em que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, acusa o banco de ser uma "caixa preta" e promete quebrar todos os sigilos existentes. "Fizemos uma pesquisa, e não há instituição que forneça, no mundo, o nível de detalhe que estamos fornecendo", afirmou Dyogo.

Ele anunciou nesta terça mais uma etapa do processo de abertura de dados do banco e afirmou que, ao final, ficarão sob sigilo apenas aquelas informações que são protegidas por lei: as avaliações que o banco faz sobre as condições financeiras das empresas que solicitam financiamento, informações comerciais e estratégicas e dados que as próprias empresas fornecem ao banco. "As informações não são nossas, e sim dos clientes, mas esses sigilos não prejudicam em nada a análise dos impactos da forma como os recursos são aplicados."

##RECOMENDA##

O acordo foi o ponto final de um longo processo de discussão entre o TCU e o BNDES sobre o aumento da transparência dos dados da instituição, comentou o presidente da corte, Raimundo Carrero.

A cerimônia de assinatura teve um momento de constrangimento. Antes de iniciá-la, Carrero contou que havia convidado o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, para estar presente ou enviar um representante. E questionou a plateia se havia algum integrante da equipe de transição. Não havia. O próprio presidente do TCU tratou de explicar que o futuro presidente do banco, Joaquim Levy, se encontrava retido em compromissos em São Paulo.

Em seu discurso, Carrero contou que o processo de abertura dos dados do BNDES havia se iniciado em 2009, quando o TCU detectou falhas na prestação de dados pelo banco e fez uma série de recomendações. Mesmo com as recomendações implementadas, ainda restaram divergências de dados entre o banco e o TCU.

Relator dos processos referentes ao banco no período de 2013 a 2014, o ministro do TCU Augusto Sherman contou que, na época, os técnicos do tribunal não tinham acesso a grande parte das informações do BNDES. A instituição alegava sigilo bancário e comercial para não fornecê-los. "Essa falta de transparência inibia a ação fiscalizadora do TCU", afirmou. "Ao meu ver, não condizia com a condição de um banco público que recebe recursos da União ter um sigilo tão amplo." Foi nesse período que a instituição recebeu aportes da ordem de R$ 500 bilhões do Tesouro Nacional.

O tema foi debatido em "longas, desgastantes e infrutíferas reuniões", disse Sherman. "Foram tempos muito difíceis." Esse quadro só foi rompido depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) foi chamado a opinar sobre o alcance dos sigilos. O entendimento, relatou Sherman, foi que o sigilo não poderia ser oposto à corte de contas. Com isso, o banco mudou sua postura.

"Tornar acessíveis as informações é um primeiro, relevante e necessário passo para conferir transparência à administração pública, mas não basta", afirmou. A transparência, disse ele, implica tornar claro à sociedade como a instituição atuou. O TCU conduz, no momento, auditorias sobre o financiamento à JBS e às obras no exterior. Em ambas, já encontrou indícios de favorecimento e desvio de finalidade. Segundo Sherman, faltaram dados sobre o impacto que as operações causaram nos mercados interno e externo e a geração de empregos proporcionada por eles.

Dyogo disse que o BNDES já vem divulgando relatórios analisando os impactos sobre as operações que trazem dados sobre geração de emprego. Ele orientou sua equipe a elaborar relatórios específicos para as operações mencionadas por Sherman.

O BNDES anunciou ontem a aprovação de crédito de R$ 5,2 bilhões para a construção do sistema de transmissão elétrica que vai conectar a Estação Conversora Xingu, em Altamira (PA), à Estação Conversora Terminal Rio, em Nova Iguaçu (RJ).

Prevista para ficar pronta em dezembro de 2019, essa é a segunda linha de transmissão para escoar a energia gerada pela Hidrelétrica de Belo Monte. A primeira, que também recebeu empréstimo de R$ 2,6 bilhões do BNDES, começou a operar em dezembro do ano passado.

##RECOMENDA##

O segundo linhão está em construção pela Xingu Rio Transmissora de Energia S.A. (XRTE), empresa controlada pelo grupo chinês State Grid. A empresa que opera a primeira linha, a Belo Monte Transmissora de Energia, também tem participação do grupo chinês.

Embora a XRTE ainda trabalhe com o prazo de conclusão previsto no edital, a construção do novo linhão precisa passar por terras da Agropecuária Santa Bárbara Xinguara, pertencente ao banqueiro Daniel Dantas que tem resistido a dar autorização de passagem. A questão foi parar no Judiciário.

A segunda linha de Belo Monte terá 2,5 mil km, entre Altamira e Nova Iguaçu, mais do que os 2,1 mil km da primeira linha. O linhão atravessará 79 municípios de Pará, Tocantins, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Segundo o BNDES, o empréstimo anunciado ontem representa 61% dos investimentos totais do projeto, de R$ 8,5 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Venezuela, Moçambique e Cuba devem R$ 1,7 bilhão (US$ 459,2 milhões) ao BNDES em pagamentos atrasados. A maior parte das dívidas é de empréstimos para obras tocadas nesses países por construtoras brasileiras, como Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa. Como os financiamentos têm garantia do Tesouro, a conta poderá ficar em Brasília. O projeto de Orçamento de 2019 já prevê R$ 1,4 bilhão de gastos para cobrir calotes.

O caso que mais preocupa é o da Venezuela, que enfrenta crise política, recessão e hiperinflação, e começou a atrasar o pagamento da dívida em setembro do ano passado. O país vizinho tem um total de US$ 274 milhões de pagamentos da dívida em atraso com o BNDES - US$ 159 milhões atrasados há mais de 180 dias. Pelo câmbio médio do terceiro trimestre, o total atrasado há mais de 180 dias equivale a R$ 628 milhões.

##RECOMENDA##

No caso de Cuba, os atrasados somam US$ 71,2 milhões - US$ 26 milhões em financiamentos de exportação do BNDES e cerca de US$ 40 milhões no Proex Financiamento, linha com subsídios federais para apoiar exportações de empresas de menor porte -, mas o quadro piorou recentemente.

A ilha caribenha chegou a pagar, com atraso, a parcela de maio, mas agora deve parcelas desde junho. A economia cubana foi atingida neste ano pela crise da Venezuela, que subsidiava o fornecimento de petróleo à ilha. Também foi afetada pela reversão de parte da distensão diplomática com os EUA, após a posse de Donald Trump.

Já os atrasos de Moçambique são mais antigos, começaram em novembro de 2016. O país da Costa Leste da África está com US$ 114 milhões em atraso superior a 180 dias.

Calote

Os atrasos fizeram o BNDES elevar as provisões para crédito duvidoso - o montante que os bancos separam em seus balanços financeiros para fazer frente a possíveis calotes. O diretor de Estratégia e Transformação Digital da instituição de fomento, Ricardo Ramos, frisou que esses empréstimos têm garantia do Tesouro, por meio do Seguro de Crédito à Exportação (SCE), bancado pelo Fundo de Garantia às Exportações (FGE). Por causa da Venezuela, o BNDES já foi indenizado em US$ 139 milhões pelo FGE.

As indenizações por conta dos atrasos de Moçambique somam US$ 29,7 milhões. Os atrasos de Cuba ainda não excederam o prazo necessário para executar a garantia. Quando aciona o SCE, o BNDES retira aquele valor do provisionamento e quem cobra o país devedor é o governo. "Esses países, de forma muito semelhante aos Estados da federação, não quebram. Países passam por ciclos econômicos", disse Ramos.

Venezuela

O BNDES contratou US$ 2,7 bilhões em empréstimos para a Venezuela, entre 2001 e 2015. O maior, de US$ 865 milhões, de 2010, foi para a construção de uma fábrica da Usina Siderúrgica Nacional, tocada pela Andrade Gutierrez. As obras do Metrô de Los Teques, tocadas pela Odebrecht, receberam US$ 862 milhões. Já a expansão de linhas do Metrô de Caracas, também da Odebrecht, teve US$ 605 milhões. Nem todos os valores foram liberados - sete operações tiveram desembolsos suspensos pelo BNDES em maio de 2016, por suspeitas de corrupção. Segundo a Transparência Venezuela, entidade de combate à corrupção, a pedra fundamental da Linha 5 do Metrô de Caracas foi lançada por Hugo Chávez em 2006, mas, até hoje, só uma estação foi inaugurada.

Cuba

O destaque é o empréstimo de US$ 682 milhões, contratado em cinco operações entre 2009 e 2013, para o Porto de Mariel, a 45 km da capital, Havana. As obras, tocadas pela Odebrecht, foram inauguradas em janeiro de 2014, com a presença da então presidente Dilma Rousseff. Em maio, a agência 'Reuters' noticiou que a administração do porto aguarda o término de obras de dragagem, em 2019, para converter o terminal em centro regional.

Moçambique

O maior empréstimo contratado com Moçambique é de US$ 320 milhões, para a construção da hidrelétrica de Moamba Major, mas essa operação foi suspensa em maio de 2016 pelo BNDES, por suspeitas de corrupção. Os atrasos se referem ao financiamento de US$ 125 milhões para o Aeroporto de Nacala, no norte do país, construído pela Odebrecht. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O economista Joaquim Levy aceitou hoje (12) o convite para presidir presidir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele foi convidado pela equipe de Paulo Guedes, confirmado para o superministério da Economia, e a informação divulgada por sua assessoria.

É o primeiro na equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro. Com experiência na administração pública, Levy foi ministro da Fazenda de janeiro a dezembro de 2015, no segundo mandato de Dilma Rousseff, com a promessa de realizar um ajuste fiscal para conter os gastos públicos.

##RECOMENDA##

Na semana passada, Bolsonaro afirmou que pretende "abrir a caixa-preto do BNDES" em referência a empréstimos suspeitos negociados em gestões anteriores. Segundo ele, a sociedade tem direito de saber como é utilizado o dinheiro público.

Histórico

Engenheiro naval de formação, Levy possui doutorado em economia da Universidade de Chicago (EUA), a mesma de Paulo Guedes. Ele também foi secretário do Tesouro Nacional entre 2003 e 2006, durante o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

De 2010 e 2014, Levy foi diretor do banco Bradesco. Para assumir a presidência do BNDES, Levy deixará a diretoria financeira do Banco Mundial, cargo que ocupa atualmente.

O atual presidente do Banco Central, Ilan Goldjfan, também foi convidado para continuar no próximo governo, mas ainda não se pronunciou. Paralelamente, Guedes trabalha para ver aprovado o mais rápido o possível o projeto que garante a independência do Banco Central.

Há, ainda, expectativas sobre os novos comandos para a Petrobras e o Tesouro Nacional.

Ministros

O presidente eleito Jair Bolsonaro desembarca nesta terça-feira (13) em Brasília para intensificar a agenda de transição, definindo inclusive mais nomes para compor a equipe de governo.

Entre as prioridades da semana estão a definição de estratégia para a reforma da Previdência e a definição de, pelo menos, quatro nomes de ministros para as áreas de Meio Ambiente, Defesa, Saúde e Relações Exteriores.

O ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy será o novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Atual diretor financeiro do Banco Mundial, Levy já está esvaziando suas gavetas na sede da instituição multilateral, em Washington (EUA), para se mudar para o Rio, substituindo Dyogo Oliveira no comando do banco de fomento brasileiro.

Segundo uma fonte que acompanha a formação da equipe de governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, Levy assumiria o cargo sob promessa de ampliar a interação do BNDES com os organismos multilaterais, como o próprio Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Eventuais parcerias para o banco brasileiro captar recursos junto a essas instituições permitiriam ampliar o montante a ser devolvido ao Tesouro no próximo ano.

##RECOMENDA##

A oficialização do nome de Levy para o cargo deve sair entre esta segunda (12) e terça-feira (13). O economista, que mora hoje nos Estados Unidos, estava em dúvida se aceitava o convite por conta da família - que não deve voltar ao Brasil de imediato -, mas acabou dizendo sim.

Liberal

A indicação de Levy pode ser considerada uma vitória da visão econômica mais liberal, capitaneada pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, dentro do governo. O grupo formado por militares na equipe de Bolsonaro, com visão um pouco mais estatizante, defenderia um BNDES menor, mas com alguma função no financiamento à inovação e aos investimentos em infraestrutura.

Já para o grupo mais liberal, o BNDES poderia se dedicar apenas às privatizações de estatais e estruturação de projetos de concessões de infraestrutura à iniciativa privada. Essa função teria prazo de validade. Vendidas as estatais e concedidos os principais projetos de infraestrutura em carteira, o BNDES poderia até mesmo ser extinto.

Assim como Guedes, Levy, que é engenheiro naval, tem doutorado na Universidade de Chicago, mais importante centro do pensamento liberal em economia. Secretário do Tesouro Nacional no governo Lula, integrando a equipe montada pelo então ministro da Fazenda Antônio Palocci, foi também secretário de Fazenda no primeiro governo de Sérgio Cabral no Estado do Rio.

Antes de voltar ao governo federal, no segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, foi presidente da Bram, a gestora de recursos do Bradesco.

Quando assumiu o Ministério da Fazenda, em 2015, Levy comandou uma primeira rodada de contenção no BNDES, com elevação de taxas de juros. O economista Luciano Coutinho seguiu no comando do banco de fomento, mas o então ministro foi nomeado presidente do Conselho de Administração da instituição, ampliando a vigilância sobre suas ações.

Procurados, Levy e Guedes não responderam aos contatos.

Recursos

A atual programação do BNDES prevê a devolução de R$ 26,6 bilhões ao Tesouro em 2019, conforme o cronograma da reestruturação da dívida com a União, firmada em julho. Mas, na semana passada, o diretor financeiro do BNDES, Carlos Thadeu de Freitas, confirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que o banco poderia devolver R$ 40 bilhões a mais, se os desembolsos de 2019 ficarem entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões e não houver necessidade de devoluções ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Ampliar os montantes a serem devolvidos a cada ano significaria acelerar a estratégia de diminuir o BNDES para devolver antecipadamente os R$ 416 bilhões aportados pelo Tesouro entre 2008 e 2014. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse na tarde desta quarta-feira (07) que em sua primeira semana de governo abrirá os sigilos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A jornalistas, afirmou que trata-se do dinheiro do povo e que a população precisa saber como está sendo usado.

"Da minha parte, vamos abrir todos os sigilos do BNDES, sem exceção. É o dinheiro do povo e nós temos que saber onde está sendo usado."

##RECOMENDA##

"Na primeira semana já é possível, até para dar matéria para vocês se preocuparem com outra coisa a não com o presidente", brincou.

Além da Petrobras, o BNDES também esteve no alvo das investigações da Polícia Federal. Em agosto deste ano, a PF indiciou os ex-ministros da Fazenda Guido Mantega e Antonio Palocci, o empresário Joesley Batista, da JBS, e o ex-presidente da instituição Luciano Coutinho por supostas operações ilícitas na instituição financeira. Este inquérito apontou que houve o oferecimento de propinas para viabilizar a compra de ações e a liberação de financiamentos às empresas da J&F, holding que controla a JBS.

O nome do próximo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ainda não está definido, mas o economista Rubem de Freitas Novaes, que já foi diretor do banco em 1982, é o "favorito" para o cargo, conforme uma fonte que pediu para não ser identificada.

Na terça-feira, após a primeira reunião da cúpula do governo Bolsonaro, no Rio, o economista Paulo Guedes, futuro ministro da Economia, disse que as discussões sobre a equipe ainda não haviam chegado às estatais. Segundo a fonte ouvida nesta quinta-feira (1º), as discussões estão concentradas em torno da estrutura dos ministérios e dos nomes dos ministros.

##RECOMENDA##

A definição sobre o comando das estatais, incluindo BNDES, Petrobrás e Banco do Brasil (BB), poderá se estender por todo o mês de novembro. A indicação dos nomes depende, em parte, do papel que essas estatais terão no futuro governo.

No caso do BNDES e da Petrobrás, a definição desses papéis passa pela disputa por influência, dentro da equipe de governo, entre o grupo formado por militares, com visão mais estatizante, e o grupo liderado por Guedes, com visão mais liberal.

Se o grupo militar prevalecer na disputa pela indicação do comando do BNDES, o banco poderia diminuir, mas ter alguma função no financiamento à inovação e aos investimentos em infraestrutura.

Já para o grupo mais liberal, o BNDES poderia se dedicar apenas às privatizações de estatais e estruturação de projetos de concessões de infraestrutura à iniciativa privada. Essa função teria prazo de validade. Vendidas as estatais e concedidos os principais projetos de infraestrutura em carteira, o BNDES poderia até mesmo ser extinto.

Também foram ventilados para o comando do BNDES os nomes de Carlos da Costa, de Joaquim Levy, e de Eduardo Centola, sócio e copresidente do Banco Modal.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando