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O novo advogado de Fabrício Queiroz, Paulo Emílio Catta Preta, também presta serviços à ex-mulher de Frederick Wassef. Atualmente, ele consta como advogado de Maria Cristina Boner Leo em uma ação cível, além de ter defendido a empresária entre 2012 e 2018 no caso em que ela é acusada de pagar propina a integrantes do governo do Distrito Federal em troca de contratos, o chamado mensalão do DEM.

Ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, Queiroz foi preso na semana passada em Atibaia, no interior de São Paulo, num imóvel de Wassef, que até ontem defendia o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). A localização do ex-assessor na casa do advogado do parlamentar levantou suspeitas de autoridades sobre uma possível tentativa de obstrução de Justiça.

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Wassef se afastou do caso após a repercussão negativa da descoberta de que abrigava Queiroz em seu imóvel.

Embora Wassef e Cristina estejam separados, segundo o próprio advogado, os dois mantêm boa relação. No dia da prisão de Queiroz, por exemplo, Wassef estava em uma casa em Brasília que pertence à ex-mulher.

A reportagem questionou Catta Preta sobre um potencial conflito de interesse nos casos. "Se em algum momento se identificar potencial conflito, terei que avaliar", respondeu o advogado ao Estadão. Segundo ele, embora ainda conste na Justiça como representante de Cristina na ação cível, ele deixou de atuar no processo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Câmara dos Deputados entrou na sexta-feira (7) com uma interpelação judicial contra a advogada criminalista Beatriz Catta Preta, para que ela informe à Justiça os autores da ameaça que ela relatou estar sofrendo. Caso ela não apresente suas informações, a Câmara deverá entrar com uma ação judicial por danos morais contra a advogada, informou o procurador da Casa, deputado Cláudio Cajado (DEM-BA).

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo no último dia 30, Catta Preta afirmou que renunciava à defesa dos delatores da Operação Lava Jato porque "teme sofrer algum tipo de violência". "Sou ameaçada de forma velada, insistentemente, por pessoas que se utilizam da mídia para tanto, bem como pelas declarações de políticos membros da CPI", disse. A criminalista fez a mesma afirmação em entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo, na mesma noite.

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Especializada em delações premiadas, Catta Preta tinha diversos delatores da Lava Jato na sua carta de clientes. Entre eles estava o lobista Júlio Camargo, que afirmou ter sido ameaçado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para pagar propinas de US$ 5 milhões. Cunha nega a afirmação de Camargo e a autoria das ameaças.

A interpelação contra Catta Pretta foi protocolada na Justiça Federal de Barueri, município de domicílio da advogada, que ainda não foi citada.

O procurador da Câmara, Cláudio Cajado, nega que a medida seja mais uma ameaça à advogada. Segundo ele, a criminalista não é obrigada a responder, apesar de se tornar alvo de ação por danos morais se não prestar as informações. "Não estamos ameaçando, mas queremos clarear essa história e mostrar quem a ameaçou."

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), anúncio na tarde deste sábado (1°), no Facebook, que a partir da próxima semana irá pedir que a advogada Beatriz Catta Preta preste esclarecimentos sobre supostas ameaças por parte de membros da CPI da Petrobras. A denúncia da graduada em direito foi feita na última quinta-feira (30), ao Jornal Nacional. 

Na reportagem em rede nacional Catta Preta afirmou que decidiu deixar os casos dos clientes que defendia na Operação Lava Jato e encerrar a carreira porque se sentia ameaçada e intimidada por integrantes da CPI da Petrobras.

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No Facebook, o presidente da Câmara comentou o caso neste sábado. “Com relação à entrevista da advogada citando supostas ameaças por parte de membros da CPI, independente de qualquer ação autônoma da CPI, a mesa diretora da Câmara tem a obrigação de interpelá-la judicialmente, para que diga quais ameaças sofreu e de quem sofreu”, postou na rede social.

Cunha também revelou que irá fazer um pedido para que a advogada esclareça os fatos. “A sua acusação atinge a CPI e a Câmara como um todo, devendo ela esclarecer ou ser responsabilizada por isso. Determinarei à Procuradoria Parlamentar da Câmara que ingresse com a interpelação judicial semana que vem, independente da CPI”, anunciou o peemedebista. 

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