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Na última década, Pernambuco e a Região Metropolitana do Recife (RMR) registraram um avanço muito pequeno na situação dos domicílios, segundo o tipo de esgotamento sanitário. Conforme pesquisa realizada pela Consultoria Econômica e Planejamento (Ceplam), o crescimento da rede geral de esgoto ou pluvial no Estado foi de 9,5%, enquanto a da RMR ficou em 7,1%.

Segundo dados do “Informe Especial: saneamento básico Brasil e Região Nordeste”, no ano 2000, um total de 34,2% dos domicílios possuíam rede de esgoto, enquanto em 2010 o número saltou para 43,7%. Já no Grande Recife, durante o mesmo período, o aumento foi de 34,3% para 41%. 

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De acordo com o sócio diretor da Ceplam, Jorge Jatobá, situações como esgoto a céu aberto, facilmente identificadas no Recife e RMR, provocam problemas como alto índice de mortalidade. “Na capital, os casos de mortalidade não diminuem por conta da falta de saneamento”, explicou. 

Segundo Jatobá, a falta de saneamento também provoca inúmeros tipos de doenças. “As crianças brincam nas ruas, com águas contaminadas, que causam várias viroses. Por ser pouco saneada, Recife pode ser considerada uma cidade insalubre”. 

Para o diretor, a lenta evolução de Pernambuco e da RMR pode ser explicada pela falta de prioridade e criação de políticas públicas por parte do governo. “Por ser um problema que está enterrado no chão e ninguém vê, muitos políticos não são atraídos para resolvê-lo. A rede de saneamento do nosso estado também é muito antiga, e isso contribui negativamente”, afirmou.

No entanto, Jatobá acredita que Pernambuco tenha começado a trilhar o caminho certo para resolver os atuais problemas de saneamento. Segundo ele, a solução teria sido encontrada através da parceria público-privada, assinada com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). A proposta é elevar a cobertura do esgoto de 30% para 90%, num prazo de 12 anos. “Foi uma decisão acertada. Quando o governo não tem recurso ele deve recorrer ao setor privado”, concluiu.

Confira alguns números da pesquisa do Ceplam:





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