Tópicos | Conjunto Residencial Beira-Mar

Construído há 31 anos, o bloco B1 do Conjunto Residencial Beira-Mar, no bairro do Janga, em Paulista, ainda está em processo de demolição. O laudo técnico da justiça sobre a necessidade do ato foi apresentando, nesta sexta-feira (11), pela Secretaria de Segurança Cidadã e Defesa Civil do município. O local é composto por 104 apartamentos e está interditado desde outubro de 2004 por apresentar rachaduras. As famílias que moravam no local ainda não receberam a indenização e o que ganham da seguradora responsável para pagar o aluguel, R$ 438 reias, é muito pouco, segundo os moradores.

A estrutura de quase 40 metros de altura contém 13 andares, ameaça desabar e comprometer os blocos ao lado dentro de um raio de 200 metros. Diante disso, no mês de setembro, a justiça decidiu pela demolição do prédio com o intuito de prevenir o “efeito dominó”. “A seguradora se comprometeu em contratar as empresas para a demolição, mas já se passaram quase um mês e nada foi feito”, afirmou o Secretário de Segurança Cidadã e Defesa Civil do Paulista, Manoel Alencar.

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De acordo com ele, o técnico responsável pela obra afirmou que não há nenhum risco de comprometer os prédios que ficam no entorno do B1. “Ele vai ser escorado, e a demolição vai acontecer por andar, apartamento por apartamento, primeiro as paredes e depois a estrutura”, explicou. Alencar ainda não tem uma data certa para o ato, mas contou que na próxima semana podem ter uma decisão concreta.

A presidente da associação dos moradores do Conjunto Residencial Beira-Mar, Janete Pereira, de 59 anos, afirma que a culpa pela demora da demolição é da segurada Sul-América. “Nosso sentimento é de descaso por parte da seguradora, porque desde 2004 eles não fazem nada. Todos os moradores estão à mercê da empresa. Ela se opõe a situação como um todo. Se ele tombar para o lado esquerdo vai comprometer mais de três blocos”, desabafou.

Ainda segundo Janete, os moradores não estão muito confiantes nessa técnica de demolição. “É muito difícil para um morador acreditar que esse método vai funcionar com eficácia sem comprometer nada, porque toda engenharia tem a sua falha”, conta. A mulher ainda disse que outros 10 blocos foram interditados por falta de manutenção, apresentando fissuras e infiltrações.

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