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O cônsul britânico no Nordeste, Graham Tidey, lançou recentemente um canal de entrevistas no Youtube com o intuito de entrevistar pessoas que possam inspirar o público. O "In Conversation" foi inaugurado há quatro meses e já passaram pelo programa figuras conhecidas como Dráuzio Varela, Maria da Penha, Alceu Valença, Pedro Mariano, Silvio Meira, Monalysa Alcântara e Janguiê Diniz.

A ideia do programa é dar voz a figuras públicas que possam passar algum ensinamento atatrés dos vídeos publicados na plataforma. "O In Conversation é para pessoas como eu, que encontram inspiração aprendendo com os comportamentos, mentalidades e experiências de pessoas bem sucedidas", destaca Graham, logo na abertura de seus vídeos.

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O cônsul, que vive no Brasil desde 2013, aponta que sua função propicia e facilita encontros com essas personalidades e por isso sempre alimentou o desejo de passar o mesmo conhecimento ao público. “As conversas motivam, inspiram e ensinam. Elas fazem você ter ideias que não teria sozinho”, comenta. Tidey sempre foi fascinado pelo autodesenvolvimento profissional e pessoal.

“Certo dia achei que poderia haver mais pessoas interessadas nessas conversas inspiradoras como eu. Resolvi gravá-las para que todo mundo pudesse aprender como eu e aplicar esse conhecimento em suas vidas”, detalha Tidey. O programa foi colocado em prática em agosto deste ano, mas o insight aconteceu em janeiro, quando assistia um programa de entrevistas norte-americano na TV.

O bate-papo com os convidados é leve, descontraído e passeia por temas como história de vida, desafios, mudanças, metas e sonhos. O planejamento é que dar voz às histórias de personalidades do Nordeste. O diplomata diz que não há um perfil específico para participar do programa, mas que certamente o entrevistado precisa estar em um patamar fora do normal.

Confira uma de seus entrevistas:

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Histórico

O filho de uma aldeia no interior da Inglaterra é o atual cônsul britânico para o Nordeste do Brasil. A ambição do rapaz nascido em 1984 em Boroughbridge, vila com 3.500 habitantes, era apenas ter uma casa na maior cidade mais próxima: York. Mas a paixão pela leitura, os estudos, a vontade de conhecer o mundo e conhecer pessoas, crescendo com todas essas experiências, levaram Graham Tidey a um dos cargos mais importantes da diplomacia britânica. Casado com uma brasileira, tem dois filhos e mora no Brasil há seis anos. 

Dos 15 até 18 anos atuou como vendedor de loja, entregador de eletrodomésticos, jardineiro, atendente de loja, assistente de construção, estoquistas, garçom, caixa de supermercado, e cozinheiro. Na adolescência também aprendeu a tocar violão, bateria e piano, o que o levou a optar por estudar música na Universidade. A instituição escolhida foi a London Metropolitan University, sua primeira grande aventura fora da vila aos 18 anos.

Enquanto estudava, trabalhou como digitador por dois anos no porão de um prédio comercial no coração de Londres. Entregava as suas tarefas rapidamente para poder passar o resto do tempo descobrindo o mundo pela internet. Fez uma viagem de mochilão e, Portugal, planejada naquele porão. De alguma forma, sabia que lá estava o seu destino. Assim, mudou-se uma semana depois de formado para a cidade de Lisboa. Mesmo com a dificuldade inicial da língua, diferentes costumes e solidão, entre outras dificuldades, morou no país por dois anos ganhando a vida como professor de inglês. Como todo imigrante, a sua experiência o fortaleceu e o deixou mais resiliente, confiante e determinado.

Ao seu muder para o Brasil, seu objetivo continuava no empreendedorismo porém, inicialmente voltou a dar aulas de inglês. Percebeu na prática as diferenças de ter um negócio no país e de prosperar, se comparado com Portugal e com a Inglaterra. Pensou em se candidatar a vagas em grandes corporações. Fez uma lista com o que chamou de “os empregos do sonho” que teve o papel de cônsul britânico em primeiro lugar. Cogitou a se candidatar a algumas vagas até que ficou sabendo de uma oportunidade para gerente comercial do consulado britânico. Foi admitido depois de passar por uma seleção criteriosa.

O conhecimento e a experiência anterior com o empreendedorismo lhe credenciaram para a vaga, que ocupou por quase dois anos. Em 2016, soube de outra oportunidade: a seleção para a função de cônsul no Nordeste. Já adaptado a toda rotina no Recife, onde morava desde 2013, quando veio para o Brasil, Tidey participou da seleção via análise curricular e entrevista e, desde que foi admitido em dezembro daquele ano, exerce a função de cônsul britânico para o Nordeste.

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