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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, elevou o tom contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e criticou a falta de diálogo com o presidente da instituição. Chamando-o de "cidadão", Lula sugeriu que Campos Neto mantém contato com "quem o indicou", em referência ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro.

"O presidente do Banco Central não foi indicado por nós, foi indicado pelo governo anterior e o Banco Central, agora, é autônomo, não tem mais interferência da presidência da República que podia chamá-lo para conversar", disse Lula. "Esse cidadão, se ele conversa com alguém, não conversa comigo. Ele deve conversar com quem o indicou e, quem o indicou, não fez coisas boas neste país", acrescentou.

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As declarações ocorreram durante a cerimônia comemorativa de 18 anos de criação do Programa Agroamigo, nesta sexta-feira, 1º, em Fortaleza, no Ceará.

Nas falas, o chefe do Executivo voltou a criticar a taxa básica de juros, a Selic, a 13,25%, após um corte do Comitê de Política Monetária (Copom) no início de agosto. Desde então, Lula ainda não havia comentado sobre a queda da Selic.

"O cidadão ao Banco Central precisa saber que ele é presidente do Banco Central do Brasil, e não do Banco Central de um país que não seja o Brasil", comentou, pedindo queda na taxa básica de juros.

Mencionando seu antecessor e principal adversário político, Bolsonaro, o presidente voltou a dizer que "o mandato para quem está no governo passa muito rápido, mas para quem está na oposição esperando, a vaga demora muito". "O Bolsonaro deve estar coçando as unhas e mordendo porque vai demorar para ele. Vai demorar e, certamente, ele não voltará", declarou.

Oferecimento de crédito

Lula disse que o governo precisa encontrar dinheiro para oferecer crédito a quem quer trabalhar e produzir, inclusive quando a demanda pelos empréstimos é maior que o orçamento original dos programas.

O presidente também se referiu aos programas Agroamigo e Crediamigo, do Banco do Nordeste. "Os juros estão altos, porque 2,16% ao mês é muita coisa", declarou. Segundo Lula, "precisamos baixar mais ainda", mas sem quebrar o banco.

De acordo com o presidente, a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Banco do Nordeste e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) "só têm sentido de existir se for para fazer as coisas diferentes do que fazem os bancos privados".

Em sua avaliação, o BNDES precisa de muito dinheiro, mas não lhe é oferece a quantidade necessária. "Precisamos de dinheiro para investir a juros baratos", afirmou.

Na esteira do oferecimento de crédito, Lula pontuou que os grandes produtores rurais são muito importantes, mas que são os pequenos que produzem mais alimentos.

Deputados federais tecem críticas ao governo Lula pela crise que atingiu mais da metade dos municípios brasileiros essa semana, devido aos cortes e atrasos no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). As manifestações nas redes sociais são para apoiar a decisão de diversas prefeituras, que dependem do recebimento da verba, de paralisar os serviços nesta quarta-feira (30)

A deputada federal Clarissa Tércio (PL-PE) declarou em suas redes sociais seu contragosto e apoio à decisão das prefeituras. “Considero vergonhosa a atitude do Governo Federal em reduzir repasses de recursos para os municípios, retirando dos prefeitos, meios para manter as cidades funcionando”, afirmou. 

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Publicação da deputada federal Clarissa Tércio nas redes sociais. 

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http://leiaja.com/politica/2023/08/30/alepe-adere-ao-protesto-contra-que...">Alepe adere ao protesto contra queda do repasse do FPM  

Seu correligionário, o federal Eduardo Bolsonaro (SP) publicou um vídeo onde o prefeito de Nova Cruz, Flávio César Nogueira (MDB), conhecido como Flávio de Beroi, chama a população para se manifestar contra os cortes. “Quando a arrecadação cai, vai dificultar a nossa vida”, diz o prefeito. 

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, comentou um meme que critica o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, indicado para a Corte neste ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No vídeo, postado na rede social X, uma foto borrada de Zanin aparece. Em seguida, o vídeo mostra Janja limpando os óculos e, quando olha novamente, a foto ganha foco e quem está na imagem é o ministro do STF André Mendonça.

Inicialmente, Janja respondeu apenas com um emoji de uma mulher colocando a mão nos olhos. Um internauta, então, sugeriu que ela não gostou da postagem e criticou a indicação de Zanin ao STF. O autor da postagem disse que era um meme e que não gostava das posições conservadoras de Zanin, motivo pelo qual cobraria o governo. Janja então escreveu que "o meme é engraçado, mas também tem um tantinho de trágico".

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Zanin vem sendo alvo de críticas de grupos da esquerda após votar contra a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal, em julgamento na semana passada. O voto de Zanin abriu divergência na Corte, e Mendonça acabou pedindo vista quando o julgamento estava em 5 votos favoráveis à liberação para uso pessoal contra posição contrária do novo ministro.

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Candidato ultraliberal à presidência da Argentina, Javier Mieli garante ter encontrado o antídoto para a trajetória descontrolada dos preços: a dolarização da economia. Em quadro de inflação anual superior a 100%, a promessa ajudou a levar o deputado ao surpreendente resultado nas eleições primárias da semana passada, no qual terminou na primeira colocação. Economistas, no entanto, avaliam que a proposta teria difícil execução e enfrentaria como principal obstáculo a escassez de dólares no país.

A controversa medida envolveria a extinção do Banco Central, que Milei chama de "o pior lixo que existe nesta Terra". As reservas da moeda americana mantidas pela autoridade monetária seriam colocadas em circulação, enquanto o governo implementaria uma drástica redução de gastos. Ainda assim, seriam necessários cerca de US$ 35 bilhões para completar o processo, de acordo com estimativas de assessores do candidato.

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Milei prevê que toda a transição levaria de 9 a 24 meses, o que significa até metade de um eventual mandato - isso sem considerar a incerta tramitação legislativa. Para os defensores do projeto, na prática, os argentinos já escolheram a dolarização, uma vez que a divisa americana funciona como reserva de valor. "O peso não vale excremento, porque não serve nem para adubo", disse Milei na semana passada.

As críticas ao programa começam no fato de que a Argentina perderia o controle da política monetária, conforme explica o professor Guido Zack, do Instituto Interdisciplinar de Economia Política de Buenos Aires (IIEP Baires) da Universidade de Buenos Aires. Segundo ele, o país abriria mão das ferramentas que permitem amortecer choques macroeconômicos e combater a inflação. "O remédio seria pior que a doença", avalia, em entrevista ao Broadcast(sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).

O Equador, que tem o dólar como moeda de curso legal há mais de duas décadas, costuma ser citado como um exemplo de sucesso pelos proponentes da ideia. Zack, porém, lembra que os equatorianos demoraram muito tempo para domar a espiral inflacionária e até hoje incorrem em déficits fiscais insustentáveis - em 2020, Quito teve que fechar uma reestruturação da dívida externa.

O economista também considera improvável que o país sul-americano consiga atrair os dólares necessários para a conversão. Milei assegura que a postura de austeridade fiscal de um eventual governo ampliaria a confiança de investidores com a Argentina, o que impulsionaria a entrada da divisa norte-americana. Mas Zack rejeita essa lógica. "Os mercados não estão mais dispostos a financiar a Argentina", diz ele, que é diretor da organização Fundar na Argentina.

Há incertezas também sobre o impacto da dolarização na trajetória dos preços. O economista argentino Iván Werning, professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), analisou a dolarização em estudo conduzido em parceria com Pedro Martinez-Bruera e Tomás E. Caravello. De acordo com o estudo, o anúncio desse novo modelo, no curto prazo, tenderia a provocar uma escalada da inflação, principalmente num contexto de escassez de dólares.

'Caminho errado para a Argentina'

Na visão do presidente do Fórum Oficial de Instituições Monetárias e Financeiras (OMFIF, na sigla em inglês) para os EUA, Mark Sobel, a dolarização parece uma solução atraente na superfície, mas na verdade representa o "caminho errado para a Argentina". De acordo com ele, sob esse sistema, Buenos Aires precisaria manter um superávit comercial elevado para garantir o constante ingresso da moeda americana. "[Isso] Poderia semear as sementes de uma enorme contração e colapso, enquanto desviava a atenção do árduo trabalho de consertar a economia", alerta.

Sobel argumenta que os argentinos devem implementar um profundo ajuste das contas públicas, com a intenção de reduzir a dependência por empréstimos excessivos e financiamento monetário. Precisa ainda acabar com os controles de capitais e unificar o regime cambial. "Por mais doloroso que seja, é necessário para alcançar a sustentabilidade e uma transição para um futuro melhor", afirma.

Na mesma linha, o economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais (IIF), Robin Brooks, vê a dolarização como o caminho "errado". No entendimento dele, o tombo do peso reflete o desequilíbrio entre despesas muito elevadas e um fluxo de receitas incerto. Por isso, para solucionar o problema, o país deveria fazer cortes de gastos e entrar em uma recessão. "Como fazer isso de maneira justa é o que deveria [pautar] esta eleição. Não a dolarização", declara.

Os primeiros votos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin têm agradado a opositores do governo e lideranças evangélicas no Congresso e provocado descontentamento na base e entre militantes de esquerda. Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro tem se posicionado contra temas considerados progressistas e causas sociais, como descriminalização das drogas e equiparação de atos de homofobia e transfobia a crimes de injúria racial.

Zanin deu o primeiro voto contrário à descriminalização do porte de drogas para consumo próprio. No julgamento na quinta-feira, 24, o ministro afirmou que a liberação do ato poderia agravar a questão de saúde pública que envolve a drogadição. "Não tenho dúvida de que os usuários de drogas são vítimas do tráfico e das organizações criminosas, mas se o Estado tem o dever de zelar pela saúde de todos, tal como previsto na Constituição, a descriminalização, ainda que parcial das drogas, poderá contribuir ainda mais para o agravamento desse problema de saúde."

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Os ministros do STF analisam se quem porta maconha para uso pessoal está cometendo crime. Não está em discussão a liberação das drogas ou descriminalização da venda. O placar está 5 a 1 pela descriminalização.

Na segunda-feira, 21, Cristiano Zanin foi o único magistrado a votar não em um julgamento que avaliava estender aos crimes contra a honra de pessoas LGBTQIA+ o mesmo tratamento dado aos casos de injúria racial. O ministro foi voto vencido no STF. Agora, os responsáveis por atos de homofobia e transfobia não terão direito a fiança nem limite de tempo para responder judicialmente.

O caso é um desdobramento do processo em que, em 2019, a Corte decidiu aplicar a legislação do crime de racismo aos crimes cometidos contra pessoas LGBTQIA+. Uma entidade de defesa da comunidade apresentou um recurso pedindo que a decisão se estendesse para os crimes de injúria.

Zanin deu voto contrário com o argumento de que o recurso apresentado não admitia que o mérito da causa fosse rediscutido. Diante da proporção que o caso tomou nas redes sociais, a assessoria do ministro divulgou uma nota, afirmou que Zanin não é contra o mérito da questão e se pautou em questões processuais técnicas para proferir o voto.

Zanin é relator de um caso em que dois homens recorrem da condenação por furto de um macaco hidráulico, dois galões para combustível e uma garrafa de óleo diesel, avaliados em R$ 100. A Defensoria Pública da União pediu que fosse aplicado o princípio da insignificância, pelo baixo valor dos itens. O ministro votou contra.

Ele foi acompanhado pelo ministro Luiz Fux. Já os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Cármen Lúcia divergiram. Apenas a ministra votou pela aplicação da insignificância. Os outros divergentes abrandaram a pena dos dois homens.

Os posicionamentos desagradaram políticos e militantes de esquerda, que passaram a considerar Zanin como "conservador". Vice-líder do PSOL na Câmara, a deputada Sâmia Bonfim (SP) classificou o voto do ministro no caso da descriminalização das drogas como "lamentável" e apelou para que a próxima indicação de Lula para o Supremo traga um nome que represente "as lutas democráticas e progressistas".

A deputada Erika Hilton (SP), também da sigla, não citou nominalmente Zanin, mas no momento do voto dele contrário à descriminalização das drogas, pediu "uma ministra negra e progressista no STF".

Publicamente, parlamentares do PT silenciam, apesar de críticas nos corredores do Congresso e nos grupos de aplicativos de mensagens. Em entrevista ao Estadão, o líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PR), minimizou as reações e disse que é "muito cedo para fazer uma avaliação" do perfil do novo ministro na Corte e defendeu a atuação do magistrado. "Tenho plena confiança que ele será um excelente ministro."

Por outro lado, lideranças da direita se dizem surpresas positivamente com a atuação do novo ministro da Suprema Corte. "Essa decisão das drogas e da homofobia veio bem na esteira do que ele (Zanin) havia falado que são suas convicções morais", disse o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), integrante da Frente Parlamentar Evangélica, em referência à conversa com Zanin antes da apreciação do nome dele pelo Senado. "Se continuar da mesma forma, vai ser um ministro do STF com perfil de valores morais adequado ao padrão católico."

Antes da sabatina que chancelou a indicação do presidente Lula, Zanin se reuniu com membros da bancada evangélica. Na ocasião, ele defendeu que o STF não deveria legislar sobre assuntos como aborto e drogas. O ministro conquistou o apoio da bancada e arrancou elogios da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que foi ministra de Jair Bolsonaro. Depois de almoçar com Zanin, ela disse que "gostou muito" do advogado.

O deputado Eli Borges (PL-TO), também integrante da Frente, avalia que, entre os evangélicos, Zanin está "preenchendo a expectativa". O parlamentar lembrou que o ministro foi aprovado no Senado com o apoio dos conservadores e disse que recebeu "com louvor" a notícia do voto contrário proferido por Zanin no caso da descriminalização das drogas para consumo pessoal. "Ele está conseguindo manter a linha de um conservador. Que Deus o abençoe e que ele continue assim."

O senador Magno Malta (PL-ES), outra liderança evangélica, gravou um vídeo parabenizando Zanin pelo voto no caso da criminalização da homotransfobia. "Parabéns, é um voto acertado. Pela vida, pelos valores e pelos princípios. Ele não seguiu ideologicamente o que pensam o partido do presidente e seus 'puxadinhos'."

Ainda no Senado, Eduardo Girão (Novo-CE) diz que no voto do caso da descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal Zanin foi "coerente e respeitoso com o parlamento" e "responsável com o Brasil". O senador votou contra a indicação do ministro e defende que o Supremo mantenha o porte de entorpecentes como crime.

Na sua sabatina no Senado, Zanin disse que via "com otimismo" a revisão do tema da descriminalização das drogas pelo Congresso, mas deu poucos detalhes sobre a sua posição a respeito do tema. Quando foi questionado a respeito do que pensava sobre aborto, ele disse que o Brasil já tem um "arcabouço normativo consolidado" sobre o tema e defendeu a proteção do direito à vida. "Nessa perspectiva, temos que enaltecer o direito à vida, porque aí estamos cumprindo o que diz a Constituição da República", afirmou na ocasião.

O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), respondeu nesta quinta-feira, 24, no plenário, às críticas que recebeu pelo voto para descriminalizar o consumo de drogas para uso pessoal.

O posicionamento gerou forte reação entre parlamentares da bancada evangélica, líderes religiosos e bolsonaristas. "O evento foi objeto de muita desinformação, potencializada pelas disputas ideológicas e moralismos que orbitam esta delicada controvérsia", disse o ministro ao acrescentar que as críticas ao tribunal são "absolutamente infundadas".

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também chegou a se manifestar publicamente contra o julgamento. O senador defende que a regulação das drogas cabe ao Congresso e não deveria estar sendo discutida no STF.

Antes da retomada da votação, Gilmar defendeu o "diálogo institucional" e negou uma invasão de competências do Legislativo: "Não houve, em nenhum momento, um gesto do tribunal em direção à liberação de entorpecentes, nem mesmo qualquer espécie de avanço indevido sobre as competência do Congresso Nacional quanto ao reconhecimento do caráter ilícito do porte drogas, ainda que para consumo próprio."

O ministro também afirmou que o julgamento tem sido alvo de fake news. "Como se a proposta apresentada representasse um aceno do Poder Judiciário à liberação das drogas ou um salvo-conduto para o uso indiscriminado em vias públicas de substância psicotrópicas", reagiu. "Não há um direito a drogar-se e permanecer drogado."

O decano também voltou a defender que os esforços no combate às drogas drogas sejam deslocados do campo penal para o da saúde pública. "É necessário conjugar esforços para, sem moralismos ou preconceitos, arquitetar uma solução multi-disciplinar que reconheça a interdependência e a natureza complementar das atividades de prevenção ao uso de drogas, atenção especializada e reinserção social", sugeriu. "O que se busca é uma solução eficaz e constitucionalmente adequada desse grave drama social."

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin publicou uma nota nesta quarta-feira, 23, rebatendo as críticas feitas em relação ao seu voto no caso da equiparação da homotransfobia ao crime de injúria racial. Único a votar contra, o novo magistrado justificou que não é contrário ao mérito da causa e que seu voto teve razões técnicas. "O mérito do julgamento não poderia ser alterado por embargos de declaração (tipo de recurso que estava em análise), que servem apenas para esclarecer omissão, obscuridade, contradição ou erro material no julgado", diz a nota veiculada pelo seu gabinete.

Nesta terça, 22, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou um mandado de injunção (tipo de ação constitucional usada para questionar lacunas da lei) e equiparou a ofensa à honra de pessoas LGBT+ ao crime de injúria racial. Em 2019, a Corte decidiu aplicar a legislação do crime de racismo à homofobia e à transfobia. O argumento da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT), autora do pedido julgado nesta terça, é de que a decisão de 2019 não era clara sobre os crimes contra a honra - calúnia, injúria e difamação.

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A ABGLT opôs embargos de declaração sobre a decisão de 2019. Por isso, o julgamento desta terça é um desdobramento dentro do mesmo processo. Nove ministros votaram a favor do pedido da Associação. André Mendonça se declarou impedido e não votou. Apenas Zanin foi contra. O placar foi de 9 a 1.

"O recurso em julgamento busca, a meu ver, rediscutir e ampliar o mérito do presente writ (mandado) injuncional, extrapolando a própria decisão então proferida pelo Plenário desta Corte e os limites dos pedidos fixados na petição inicial", diz o voto dissidente. Em outro trecho, Zanin disse que os embargos da ABGLT são "clara hipótese de rejulgamento e ampliação do mérito do julgado".

O voto de Zanin foi alvo de duras críticas nas redes sociais. Usuários apontaram que o novo ministro seria contra a tipificação dos crimes contra a honra de pessoas LGBT+. "O voto deixa clara a importância que o ministro confere ao tema", diz a nota.

Em outro trecho, o gabinete de Zanin explica: "o mérito do julgamento não poderia ser alterado por embargos de declaração, que servem apenas para esclarecer omissão, obscuridade, contradição ou erro material no julgado. E, na visão do Ministro Zanin, não haveria a obscuridade apontada pelo Ministro Fachin, relator do recurso".

Leia a íntegra da nota do gabinete do ministro Cristiano Zanin:

Foi publicado em algumas matérias que o voto do Ministro Cristiano Zanin no recurso de embargos de declaração opostos contra decisão do Plenário do STF no julgamento do Mandado de Injunção 4733 foi contrário a tipificação da homotransfobia como injúria racial.

Tal informação não procede!

O voto deixa claro a importância que o Ministro confere ao tema, no entanto, ele entende, e transcreve de forma fundamentada em seu voto, que o mérito do julgamento não poderia ser alterado por embargos de declaração, que servem apenas para esclarecer omissão, obscuridade, contradição ou erro material no julgado. E, na visão do Ministro Zanin, não haveria a obscuridade apontada pelo Ministro Fachin, relator do recurso.

O novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, foi criticado pela militância nas redes sociais após ser o único contrário ao reconhecimento de atos de homofobia e transfobia como crime de injúria racial, que foi aprovado nesta segunda-feira, 21, por nove votos a um. Além de Zanin, o outro a não se posicionar a favor da proposta foi o ministro André Mendonça, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se declarou impedido e não depositou o seu voto.

Com a decisão, condenações por transfobia e homofobia poderão ser tipificadas como injúria racial, cuja pena é de dois a cinco anos de reclusão, além do pagamento de uma multa. Em junho de 2019, o STF já havia criminalizado estas formas de preconceito enquadrando-as no crime de racismo.

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O novo ministro do STF, que foi a primeira indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no seu terceiro mandato, argumentou, em um parecer técnico, que o reconhecimento das ofensas à comunidade LGBTQIA+ como injúria racial não teria sido o "objeto da demanda e do julgamento" que equiparou o delito ao crime de racismo em 2019 . "É clara hipótese de rejulgamento e ampliação do mérito do julgado, extrapolando os limites fixados na petição inicial", disse.

Nas redes sociais, militantes da causa LGBTQIA+ criticaram o voto de Zanin, colocando o nome do magistrado entre os assuntos mais comentados do X (antigo Twitter). A maioria dos comentários faziam alusão ao fato de que o ministro Kassio Nunes Marques, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, não votou contra a proposta diferentemente do apontado por Lula.

Quem não comentou sobre a decisão do ministro indicado por Lula foram os deputados e senadores da esquerda, que celebraram a decisão do STF, mas não opinaram sobre o parecer dado pelo magistrado. Nas redes sociais das deputadas Erika Hilton (PSOL-SP) e Duda Salabert (PDT-MG) - representantes da causa trans no Congresso Nacional - internautas pediram por posicionamentos sobre a orientação de Zanin, mas as parlamentares ainda não haviam feito isso publicamente até a publicação deste texto.

Ministro também foi criticado por manter condenação por furto de itens que valem R$ 100

Essa não foi a primeira vez em que Zanin votou contra um tema considerado progressista pelos militantes de esquerda. Com menos três de semanas no STF, o novo ministro também foi criticado por votar para manter a condenação de dois homens que furtaram um macaco hidráulico, dois galões para combustível e uma garrafa de óleo diesel, avaliados em R$ 100.

Um recurso da Defensoria Pública da União pediu o reconhecimento do princípio da insignificância, devido ao baixo valor e o fato dos itens terem sido posteriormente recuperados pela polícia. Um dos acusados foi condenado a 10 meses e 20 dias de prisão, em regime aberto, enquanto o outro recebeu uma pena de 2 anos e 26 dias de reclusão, em regime semiaberto. Zanin é o relator do julgamento e o único que votou até o momento da publicação desta reportagem.

Zanin citou um entendimento da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou que o crime de furto qualificado e a reincidência de um dos autores do roubo impediriam a aplicação do princípio de insignificância. "Tais condutas denotam total desprezo pelos órgãos de persecução penal, como se as suas condutas fossem criminalmente inalcançáveis", afirmou.

Anitta concedeu uma entrevista para o podcast Podpah na noite da última segunda-feira (21). Durante a conversa, a cantora relembrou dos momentos difíceis que passou após realizar intervenções cirúrgicas no rosto - ainda no começo de sua carreira.

A Girl From Rio contou que, nessa época, ainda não havia aprendido a não se importar com as críticas - principalmente nas redes sociais - e sofreu bastante com a repercussão de suas polêmicas.

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"Cheguei em casa pele e osso, acabada. Perdi o brilho. Por dentro, estava destroçada, achava que a minha vida estava destruída... Quando fiz plástica e fui para TV pegar meu prêmio, todos os lugares só falavam disso. Minha mãe me proibiu de ligar a TV. Em todas as entrevistas, eu falava: Não estou nem aí. Mas eu dava muita atenção a isso. Agora é: não gostou, próxima página", disse.

Mas, com a experiência, isso foi mudando. Anitta precisou aprender a balancear sua vida profissional com a pessoal para encontrar a felicidade.

"Eu nunca mais vou ser a pessoa que trocava a vida pelo sucesso profissional. É uma falsa ilusão que ter muitos fãs, ter muito dinheiro e ser muito bem-sucedida vai preencher a gente. Se você não estiver por dentro resolvida com as suas sombras, você não vai ser feliz", afirmou.

Focada em sua saúde e bem-estar, a cantora está apenas em busca de viver bons momentos com a família, amigos e o atual namorado, o ator italiano Simone Susinna.

"Minha música era número um e eu não estava feliz. Agora, estou tão plena e completa que amanhã, se eu perder tudo, não acaba com a minha vida. Agora tiro férias o tempo inteiro, tenho folga... Mesmo que o mundo inteiro me odeie, eu me admiro e me amo tanto que não existe ninguém melhor que eu. Se eu que sou a mais f**a do mundo, na minha opinião, me amo, não importa mais nada. Estou caminhando para esse lugar", declarou .

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta quinta-feira, 17, que a Eletrobras, agora privatizada, não tem demonstrado respeito ao governo e à sociedade. Ele se referia à divulgação de informações sobre o apagão que atingiu o País na terça-feira, 15. Costa deu as declarações em entrevista ao SBT.

"Ela não demonstrou nem para o ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia nem para a sociedade brasileira a facilidade em demonstrar exatamente onde ocorreu a falha", declarou o ministro da Casa Civil. "Normalmente, quando a empresa era pública, rapidamente a sociedade sabia exatamente o que aconteceu", afirmou Rui Costa.

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"Hoje é uma empresa privada, o governo depende da informação da empresa e a empresa infelizmente não só não tem demonstrado respeito ao governo, e nesse episódio, não está demonstrando respeito à sociedade", disse Rui Costa.

"Estamos, em relação à Eletrobras, discutindo no STF a presença do governo no Conselho. Porque o Governo detém ainda 46% das ações. E eu pergunto, em que lugar do mundo alguém que é sócio, é dono de 46% das ações não participa do Conselho de Administração daquela empresa?", declarou o ministro.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teve de se movimentar nesta segunda-feira (14) para conter danos políticos após afirmar que a Câmara estaria com "um poder muito grande" e que não poderia usá-lo para "humilhar" o Senado e o Executivo. Diante do mal-estar, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), cancelou reunião marcada para ontem à noite com líderes de partidos para debater o novo arcabouço fiscal - uma das prioridades do governo.

"As minhas declarações foram tomadas como uma crítica (à atual legislatura). Eu estava falando sobre o fim do presidencialismo de coalizão", afirmou Haddad, a jornalistas, logo depois de ligar para Lira.

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Em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo, o ministro disse que a negociação dos projetos do governo na Câmara "não está fácil". "Não pense que está fácil. A Câmara está com um poder muito grande, e não pode usar esse poder para humilhar o Senado e o Executivo. Mas, de fato, ela está com um poder que eu nunca vi na minha vida. Tem de haver uma moderação, que tem de ser construída", disse. Gravada na sexta-feira, a conversa foi divulgada ontem.

Haddad disse ainda que o País vive uma situação "estranha" em um tipo de parlamentarismo sem primeiro-ministro. "A gente saiu do presidencialismo de coalizão e, hoje, vive uma coisa estranhíssima, que é um parlamentarismo sem primeiro-ministro. Não tem primeiro-ministro, ninguém vai cair, quem vai pagar o pato político é o Executivo."

O governo tem dificuldades para avançar pautas sem o apoio do Centrão, comandado por Lira. O cenário aumentou o apetite do grupo por cargos, levando a uma reforma ministerial que está na mesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

'Manifestações enviesadas'

Sem citar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), usou ontem as redes sociais para dizer que "manifestações enviesadas e descontextualizadas" não contribuem para o "processo de diálogo" e para a "construção de pontes" entre os Poderes.

Logo depois de conhecer as declarações dadas por Haddad ao jornalista Reinaldo Azevedo, Lira cancelou reunião que estava marcada para ontem à noite com o relator do novo arcabouço fiscal, deputado Claudio Cajado (PP-BA), líderes partidários e técnicos da equipe econômica para discutir as mudanças feitas no texto durante sua tramitação no Senado. O encontro ocorreria na residência oficial do presidente da Câmara, em Brasília.

Lira também disse que a "formação de maioria política" é uma missão do governo, e não do presidente da Câmara, mas que, mesmo assim, tem se empenhado nesse sentido. O presidente da Casa ainda afirmou ser equivocada a avaliação de que a formação de consensos no Congresso revela uma concentração de poder "de quem quer que seja". "A formação de maioria política é feita com credibilidade e diálogo permanente com os líderes partidários e os integrantes da Casa."

A declaração do ministro foi classificada como "infeliz" nos bastidores da Câmara, o que teria deixado a reunião sobre o arcabouço "sem ambiente". As lideranças partidárias têm reforçado que a Câmara aprovou todas as pautas de interesse do governo no primeiro semestre, e que Haddad sempre teve uma boa relação com os deputados.

A relação do governo com a Câmara já estava desgastada por conta da pressão do Centrão por uma reforma ministerial, mas o que mais pesou na reação das lideranças foi o fato de a fala ter partido justamente de Haddad, que tem sido elogiado e recebido apoio nas votações.

'Cavalo de batalha'

Diante da reação, Haddad teve de ligar para Lira e dar a sua versão sobre o teor da entrevista. "Falei com Lira, fiz questão de ligar a ele", disse o ministro, a jornalistas. Ele descreveu a conversa com o presidente da Câmara como "excelente". Segundo o ministro, Lira indicou que caberia um esclarecimento por parte do chefe da Fazenda, porque, da forma como foi colocada, a declaração poderia soar como uma crítica direcionada.

"Não vamos fazer disso um cavalo de batalha. A primeira providência que tomei foi ligar para o presidente Arthur Lira e esclarecer o contexto das minhas declarações. As minhas declarações não dizem respeito à atual legislatura. Eu sou só elogios para a Câmara, o Senado e o Judiciário. Nós não teríamos chegado até aqui sem a concorrência dos Poderes da República", disse Haddad.

Ainda segundo o ministro, a exposição tinha como contexto os dois primeiros mandatos do presidente Luiz Inácio Lulla da Silva, enquanto funcionou o chamado presidencialismo de coalizão. Na avaliação de Haddad, o modelo não foi substituído por uma relação institucional mais estável e, portanto, existiria a necessidade de se estabelecer um sistema mais harmônico. "Longe de mim criticar a atual legislatura", disse o ministro.

Além da pressão pela reforma ministerial, outros dois pontos têm desgastado a relação entre Congresso e o governo. Um deles é a estratégia dos parlamentares de aumentar o poder sobre o Orçamento, por meio da ampliação das emendas impositivas (de pagamento obrigatório) e com a criação de um cronograma para o pagamento desses montantes, como adiantou o Estadão. Isso iria, portanto, na contramão dos interesses do governo, que quer aumentar os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), inclusive usando os valores reservados para as emendas.

Outro ponto que já começa a causar atrito é o pacote de medidas arrecadatórias defendidas por Haddad, que vem sendo chamado de "Robin Hood", por mirar a fatia mais rica da população. Há resistências na Câmara para aumento de impostos e preocupação com "a criação de narrativas", por parte do governo, de que o Parlamento estaria protegendo os mais ricos.

Convite

A reunião que aconteceria ontem à noite estava marcada desde a semana passada - Haddad chegou a ser convidado por Lira antes da divulgação das declarações do ministro. A expectativa era de que Cajado e a cúpula da Câmara chegassem a um consenso sobre as alterações feitas pelo Senado no arcabouço, e indicassem uma data para votação em plenário.

No Senado, os parlamentares deixaram fora dos limites fiscais despesas com ciência e tecnologia, com o Fundeb e o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF). Também aprovaram uma emenda que garante uma folga em torno de R$ 30 bilhões para o governo, ao autorizar a previsão de despesas condicionadas no Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2024 - que precisa ser enviado ao Congresso até o fim de agosto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou as redes sociais nesta domingo, 13, para responder o ator hollywodiano Mark Ruffalo pelas críticas sobre a ausência de "metas concretas" na Declaração de Belém, aprovada na última semana durante a Cúpula da Amazônia. Lula disse ao artista que interpreta o personagem Hulk nos cinemas que os compromissos estabelecidos no fórum são "o ponto de partida para a construção de um consenso em torno da proteção da Amazônia".

"Ao reunir os países da região Amazônica, e iniciarmos uma aliança com os dois Congos e a Indonésia, um grupo que junto detém quase 80% das florestas tropicais do mundo, estamos dando mais um passo rumo a uma agenda comum de preservação de ecossistemas fundamentais para o clima e a biodiversidade do planeta", escreveu o presidente em sua conta oficial na plataforma X, antes chamada de Twitter.

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Na última quinta-feira, 10, Ruffalo mencionou Lula em um publicação no X, na qual escreveu que o presidente brasileiro é um de seus heróis, mas que estava de "coração partido" pela falta de concretude dos objetivos estabelecidos pelo oito países amazônicos que participaram da Cúpula na região norte do País. "A emergência para proteger a Amazônia é uma emergência climática - e nós não temos tempo a perder", escreveu o ator.

Ao criticar os resultados do encontro de líderes de países amazônicos, Ruffalo usou como exemplo de sucesso as ações do presidente colombiano, Gustavo Petro. "A Colômbia, sob comando de Petro, é a primeira nação amazônica a seguir o que a ciência recomenda - a meta de proteger 80% da floresta até 2025, e um pedido para interromper a extração de petróleo na Amazônia", disse o ator.

A Declaração de Belém, criticada por Ruffalo, é um protocolo de metas assinado por países membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OCTA), da qual fazem parte Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. O documento não colocou o desmatamento zero como meta nem elencou o fim da exploração do petróleo na região como horizonte. Esses pontos geraram críticas de especialistas e ambientalistas pela falta de ambição das propostas em frear o desmatamento e a exploração de recursos naturais na região.

A essas e outras críticas endossadas pelo ator que interpreta o Hulk nos filmes produzidos pela Marvel, Lula escreveu que "proteger a floresta é realmente um desafio imenso" e que a Cúpula "foi um passo a mais em uma trajetória para transformar a região com um modelo que combina desenvolvimento sustentável e preservação ambiental".

Lula ainda usou a publicação para criticar a política ambiental do governo Jair Bolsonaro e apresentar algumas de suas realizações na região Amazônica em oito meses de mandato, a redução em 33% do desmatamento na floresta durante o primeiro semestre deste ano. "A vitória nas eleições de 2022 foi fundamental para acabar com a anarquia e promoção de crimes ambientais na região pelo governo anterior. O povo brasileiro se manifestou de forma soberana pelo fim da destruição da Amazônia", escreveu.

O ator hollywodiano Mark Ruffalo, que fez campanha a favor de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022, criticou nesta quinta-feira, 10, o presidente e as deliberações que resultaram da Cúpula da Amazônia. Para o intérprete do Hulk nos filmes dos estúdios Marvel, faltam "metas concretas" para combater o desmatamento da floresta amazônica.

"O senhor é um dos meus heróis, Lula, mas me parte o coração ver que a Declaração de Belém da Cúpula da Amazônia não tem metas concretas para proteger a floresta. A emergência para proteger a Amazônia é uma emergência climática - e nós não temos tempo a perder", disse nas redes sociais.

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O evento começou na última terça-feira, 8, e reuniu todos os países em que está a Floresta Amazônica - Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, além do Brasil. No primeiro dia, foi lançada a Declaração de Belém, um protocolo com metas para os países signatários. O documento não colocou o desmatamento zero como meta e tampouco elencou o fim da exploração do petróleo na região como horizonte.

Ruffalo usou como exemplo as ações do presidente colombiano, Gustavo Petro. "A Colômbia, sob comando de Petro, é a primeira nação amazônica a seguir o que a ciência recomenda - a meta de proteger 80% da floresta até 2025, e um pedido para interromper a extração de petróleo na Amazônia", disse o ator.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, falou sobre a postura da Colômbia. "A posição da Colômbia não é divergente, não temos posições diferentes, mas cada país deve seguir (a descarbonização) no ritmo que estiver a seu alcance."

No Brasil, a exploração do petróleo na foz do rio Amazonas foi mote de uma queda de braço entre a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. O Ibama, órgão vinculado à pasta de Marina, indeferiu em maio o pedido de licenciamento feito pela Petrobras para perfurar a região. A companhia segue recorrendo da decisão e o impasse permanece sem um desfecho.

A própria ministra minimizou a falta de consenso entre os países da Cúpula da Amazônia sobre a meta de zerar o desmatamento. "O Brasil já tem esse compromisso e nós vamos continuar o perseguindo. O processo de negociação é sempre um processo mediado, porque ninguém pode impor sua vontade a ninguém, então os consensos são progressivos. À medida em que temos alguns consensos, a gente vai botando no documento. Todos os países, todos os presidentes concordam que a Amazônia não pode passar do ponto de não retorno", disse Marina no programa "Bom dia, ministro", da EBC.

Nas publicações feitas nesta quinta, Ruffalo pediu a Lula que leve as demandas de proteção à Amazônia para a Assembleia Geral da ONU, marcada para o dia 15 de setembro, e cobrou ação do presidente. "Seja corajoso."

"Milhões de anos de uma evolução preciosa nos levaram até esse momento sem precedentes, quando semanas antes da Assembleia Geral, o senhor (Lula) pode mudar o nosso destino. Seja corajoso. Nós estamos com você – e estamos de olho. Vamos fazer isso."

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a política de segurança pública do Rio de Janeiro ao lamentar que Thiago Menezes Flausino, de 13 anos, foi morto a tiros pela Polícia Militar durante uma operação na Cidade de Deus no domingo, 6. Ao lado do governador do Estado, Cláudio Castro, o petista afirmou que os agentes precisam ser preparados para "diferenciar o que é um bandido e o que é um pobre que anda na rua".

"Precisamos criar as condições para a polícia combater o crime, mas, ao mesmo tempo, essa ser eficaz e saber diferenciar o que é um bandido e o que é um pobre que anda na rua", afirmou Lula.

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O presidente evitou culpar Castro e a PM do Rio pela morte do adolescente, e disse que o governo federal precisa assumir a responsabilidade de auxiliar os governadores na Segurança Pública.

"O governo federal tem que assumir responsabilidade de ajudar os governadores no combate à violência porque o crime organizado está tomando conta do País", disse.

Moradores da Cidade de Deus e parentes acusam a PM de atirar contra Thiago sem qualquer abordagem ou critério. De acordo com testemunhas, a polícia "chegou atirando".

Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Castro foi vaiado pelos apoiadores do presidente durante o evento de anúncio de investimentos na capital fluminense. Lula chegou a defender Castro e disse que "a eleição acabou".

Os aportes na capital fluminense, além de atender a um dos principais cabos eleitorais do petista na eleição passada, o prefeito Eduardo Paes (PSD), buscam "sufocar" o bolsonarismo.

Para ampliar a influência no berço político do ex-presidente Bolsonaro, Lula e Paes escolheram Campo Grande, o bairro mais populoso do País, com cerca de 400 mil moradores, para a cerimônia da manhã desta quinta.

Marcos Mion é o grande comandante dos sábados na Rede Globo por conta do Caldeirão com Mion, e por lá o apresentador sempre recebe vários famosos em diferentes quadros que tem no programa. E durante o último sábado, dia 29, não foi diferente.

Eis que o apresentador decidiu chamar no palco a artista Val Pinheiro que é sósia de Marília Mendonça, e no momento em que a cantora pisou no palco um espanto gigantesco veio de Marcos Mion por conta da aparência da cantora ser muito parecida com Marília Mendonça.

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Logo em seguida, Robson Nunes também ficou incrédulo com o quanto Val Pinheiro parece a cantora que morreu em 2021. Durante uma breve entrevista antes de começar realmente a cantar, a artista comentou que não se acha tão parecida assim com Marília.

"Faço cover há nove meses. Já cantava Marília, mas o projeto mesmo faço há nove meses. É meu timbre, minha personalidade aqui. Deus me deu um propósito que é levar adiante o legado da nossa rainha", disse.

E parece que a web ficou bem dividida sobre Marcos Mion trazer um cover de Marília Mendonça para o programa, teve uns fãs que acharam algo bem desrespeitoso e outros que adoraram e elogiaram a performance de Val.

Durante assembleia extraordinária, realizada na manhã desta segunda-feira (24), na área central do Recife, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe) reforçou as críticas à governadora Raquel Lyra (PSDB) e classificou como autoritária a forma como a gestora estadual vem conduzindo a questão do pagamento de reajuste do piso salarial, previsto por lei federal, na carreira exigido pela categoria.

Na última sexta-feira (21), o sindicato foi informado que o Governo de Pernambuco entrou com um pedido de antecipação de tutela, junto ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), contra a entidade. No documento há, além da proibição da greve antes dela ser deflagrada, uma multa diária, no valor de R$ 50 mil, e desconto imediato na folha salarial dos profissionais que aderissem à mobilização. Durante a assembleia, a categoria optou por acatar a decisão do TJPE.

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Ao LeiaJá, Ivete Caetano, presidenta do Sintepe, falou sobre a decisão de recuo da greve e teceu críticas à governadora. "Os trabalhadores e trabalhadoras em educação, reunidos em assembleia, decidem acatar a suspensão da greve, que estava marcada pra iniciar no dia 25 de julho, tendo em vista da ilegalidade e a imposição de uma multa milionária", iniciou. 

À reportagem, ela reforçou que o pedido de Raquel Lyra, junto ao TJPE, "demonstra o autoritarismo dela, a forma de diálogo com a categoria".  "Mais uma vez, fica comprovado que ela [governadora] não faz opção pelo diálogo, pela mesa de negociação, mas faz opção por medidas judiciais, nas quais a categoria não pode se colocar contra, tendo em vista que a decisão judicial também abre a possibilidade para o desconto do salário", criticou.

Mesmo com a suspensão da greve, Ivete Caetano ressaltou que a mobilização do sindicato e da categoria vai continuar. "A luta vai continuar, inclusive, com medidas judiciais junto ao Conselho Nacional de Justiça, em conjunto com a OAB e outros sindicatos, para garantir o direito de greve. Também vamos entrar no Ministério Público com uma ação para garantir o nosso plano de cargos e carreira. Queremos dizer que nesse momento, apesar de acatar a decisão judicial, a governadora não sai ganhando, porque quem faz uma ofensiva dessa contra a educação, na realidade, perde".

Jackson Vilar, autointitulado pastor evangélico, que organizou em 2022 motociatas em apoio ao então presidente Jair Bolsonaro (PL), fez um vídeo criticando o governo anterior, comparando o preço de alguns produtos no supermercado. 

Segurando uma garrafa de óleo de soja, ele diz que costumava pagar até R$ 15,00, e hoje em dia, custa R$ 5,00. “Viu, Paulo Guedes, pilantra, por que no seu governo você não conseguia baixar essa p****?”, declara, mencionando o ex-ministro da Economia. 

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Vilar ainda vai à seção de carnes e mostra o preço do contrafilé. Pagando R$ 30,93 pelo quilo da peça, ele comentou que estava levando três. “Esse Paulo Guedes tinha que ser preso, tinha que pagar pelo que ele fez com o país, ele ferrou o país”, afirmou. 

[@#video#@] 

Em outro trecho do vídeo, Vilar critica o ex-presidente, que tanto apoiou no passado, lembrando de quando ele disse que a carne se tornaria um artigo de luxo. 

 

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticaram, nessa quarta-feira (12), a decisão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de encerrar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares. O programa era uma dos principais pilares do Ministério da Educação na gestão anterior.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) chamou a decisão de Lula de "revanchista" e disse que ao atual governo "o que interessa é doutrinação ideológica". O filho do ex-mandatário fez coro à fala do também senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente de Bolsonaro.

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"Pais e mães, militares e carentes, que podiam matricular seus filhos nas exemplares escolas cívico-militares são as mais novas vítimas dos "vingadores" (vingativos)", escreveu Flávio no Twitter.

O filho de Bolsonaro usou o termo em referência à resposta do ministro da Justiça, Flávio Dino, após ter sido acusado, pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES), de se omitir durante atos de 8 de janeiro. "Se o senhor é da Swat, eu sou dos Vingadores", disse à época.

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro, considerou o encerramento como "vingativo". "O 'V' da vingança venceu, mesmo que seja contra alunos inocentes e o lindo futuro que lhes está sendo tomado", escreveu também nas redes sociais. "Nossa solidariedade aos alunos, às mães e aos pais por esse atentado de um governo que mostra não ser capaz de se libertar dos radicalismos de ideologias contra o povo. Vai passar."

O senador Rogério Marinho (PL-RN) considerou a medida um "retrocesso". "Lamentável retrocesso de uma política pública ideológica, que teima em desconhecer os resultados excelentes da educação baseada na disciplina, valores, e conteúdos conectados com a sociedade", afirmou.

A decisão foi definida como "absurda" pela deputada federal Bia Kicis (PL-RJ). O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) gravou um vídeo criticando o fim do programa. Ele afirmou que "as escolas cívico-militares foram uma forma de o governo Bolsonaro de remediar um processo de destruição acadêmica." Num posicionamento similar ao de Flávio Bolsonaro, o parlamentar disse ainda que "a educação brasileira se tornou um ambiente de doutrinação" durante a gestão de Lula.

O deputado federal Daniel Freitas (PL-SC) disse que a decisão teria sido tomada por "caprichos e vinganças meramente políticas da pasta da educação".

O encerramento do projeto foi criticado também pelo deputado estadual do Rio Grande do Sul Rodrigo Lorenzoni (PL), filho de Onyx Lorenzoni (PL-RS), que esteve à frente dos ministérios da Casa Civil, da Cidadania e do Trabalho e Previdência durante a gestão de Jair Bolsonaro. Para Rodrigo, o encerramento "é a prova de que Lula e a esquerda estão dispostos a destruir nosso país através da educação e da economia".

O deputado estadual Carmelo Neto (PL-CE) também classificou a decisão do governo Lula como "retrocesso". O parlamentar, eleito como o mais votado nas eleições estaduais do Ceará, afirmou que essa era "a única agenda" do governo Lula.

Fim do programa

O fim das escolas cívico-militares foi decidido pelo MEC em conjunto ao Ministério da Defesa. Nesta quarta, a pasta enviou um ofício a todas a Secretarias de Educação com a ordem de finalização do programa, que deve ser executada de maneira gradual até o fim deste ano letivo. O MEC pede que a transição seja feita de forma "cuidadosa" para não comprometer o "cotidiano das escolas e as conquistas de organização que foram mobilizadas pelo programa".

Como você vem acompanhando, Neymar Jr. é um verdadeiro imã para confusões e polêmicas, e durante a passagem do jogador de futebol pelo Brasil não está sendo diferente - até porque toda semana tem algo novo relacionado ao nome dele.

A mais nova polêmica é que Bianca Biancardi, irmã de Bruna e noiva de Neymar, decidiu colocar no ventilador tudo o que pensa sobre o cunhado e postou um enorme texto nas redes sociais apontando algumas críticas para ele.

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Até porque, caso você não saiba, a noiva de Neymar Jr. está grávida dele e apareceu nas redes sociais que o astro teria traído a amada na época do Dia dos Namorados. Ele não assumiu a culpa com todas as linhas, mas fez questão de soltar um texto nas redes sociais pedindo perdão para a amada.

Já Bianca, não esquivou e soltou todos os cachorros pra cima do Menino Ney. Após ver a nova polêmica se instalar nas redes sociais, Neymar Jr. mais do que depressa decidiu dar um unfollow na cunhada no Instagram. Fugiu?

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste sábado (24) que considera normal a divergência de pensamento entre ele e líderes europeus, como o presidente francês Emmanuel Macron, sobre como abordar a guerra na Ucrânia. Lula afirmou que os europeus estão nervosos por vivenciar a guerra de perto.

O jornal Libération estampou a manchete "A decepção" em matéria sobre a postura de Lula a respeito da guerra provocada por uma invasão da Rússia, em fevereiro de 2022. Ele também foi definido como "falso amigo do Ocidente".

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"Eu não fico chateado quando um europeu, no caso da guerra, pensa diferente de mim. Eles estão no centro da guerra, eu estou a 14 mil quilômetros de distância. É muito normal que eles estejam muito nervosos porque estão vivenciando a guerra e sofrendo as consequências mais imediatas e com preocupação do que vai acontecer", disse Lula, ao fazer um balanço à imprensa sobre a viagem, antes do voo de retorno a Brasília.

"Vai chegar um inverno e a energia vai ficar mais cara. Eles vão comprar de quem? Eles têm que estar mais preocupados, mais nervosos, e ter um pensamento diferente do meu".

Lula voltou a repetir um raciocínio que incomodou e provocou duras reações dos Estados Unidos e da União Europeia. O petista disse que "mesmo quem defende a guerra, mesmo quem ajuda a Ucrânia, quer a paz". Essa declaração ecoa uma anterior de Lula, no retorno de viagem à China, quando afirmou que o Ocidente incentivava a continuidade do confronto ao fornecer armas e dinheiro para a Ucrânia se defender das tropas russas.

Lula disse que, embora o Brasil tenha votado condenando a invasão russa no âmbito das Nações Unidas, isso não implica em fomentar a guerra. Lula se propõe a facilitar negociações de paz entre Kiev e Moscou, mas avalia que os dois governos no momento entendem ser capazes de vencer a guerra no campo de batalha.

"Em algum momento eles vão sentar e vão precisar de interlocutores com muita responsabilidade para tentar negociar. O Brasil está participando", disse Lula.

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