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A Eletrobras, em resposta a oficio da BM&FBovespa, informou que antes do encerramento do prazo de adesão ao Plano de Incentivo ao Desligamento (PID) de funcionários não é possível mensurar com exatidão seu custo total. "Se considerarmos o salário médio dos empregados elegíveis ao PID, o custo do plano seria em torno de R$ 2 bilhões", estima a empresa.

"Reiteramos que o custo final do PID, assim como a redução do custo de pessoal do Sistema Eletrobras só poderá ser quantificado após o período de adesão", afirma a companhia em comunicado ao mercado.

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A Eletrobras definiu o prazo de 10 de junho até 10 de julho para a adesão dos empregados elegíveis ao PID. Em abril, a empresa previa uma provisão de R$ 1,4 bilhão para fazer frente aos custos associados ao PID de funcionários.

Segundo fontes ouvidas esta semana pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a Eletrobras irá provisionar R$ 3 bilhões para o pagamento de indenização a 5 mil funcionários, prioritariamente da Chesf e Furnas. A indenização será paga à vista, tendo como piso R$ 100 mil e teto R$ 600 mil para cada funcionário.

A Ampla Brasil, empresa especializada em treinamento empresarial, realiza nos dias 15 e 16 de maio, a partir das 19h, o curso "Análise de Custos e Formação de Preço de Venda" para orientar e esclarecer os conceitos básicos de custos, despesas e preço de venda. Os interessados devem se inscrever através do telefone (81) 4062.9964.

A capacitação, que será ministrada pelo economista e analista Naum Blumen Lacks, irá abordar pontos como despesas e investimentos, método de cálculo e gestão de preço de venda, lucratividade e rentabilidade, entre outros.

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O evento acontecerá no Hotel Onda Mar, que fica na Rua Ernesto de Paula Santos, 284, no bairro de Boa Viagem, no Recife.

O Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor de Pernambuco (Procon-PE) divulgou, nesta terça-feira (16), algumas medidas a serem seguidas em tempo de inflação. O órgão lembra a importância de economizar nas despesas gerais neste período.

Conforme o Procon-PE a redução dos custos, principalmente com os produtos da cesta básica que estão em alta, pode fazer a diferença no bolso do consumidor no final do mês. Confira abaixo as dicas do órgão:

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- Compre somente o que for necessário e indispensável. Reflita sobre a real necessidade em adquirir produtos ou serviços

- Pesquise antes de fazer as compras, você poderá economizar uma boa soma

- Use a criatividade, substituindo produtos mais caros por produtos mais em conta

- Não se deixe levar por marcas ou produtos considerados “da moda”

- Em caso de dívida junto aos bancos, tente renegociar. Evite atrasar pagamentos. Em caso de estar com alguma dívida, dê prioridade a saná-la

- Negocie aluguéis, juros bancários, dívidas de cartão de crédito, para que estes gastos fiquem dentro de seu orçamento

- Na necessidade de presentear alguém, use a criatividade, seja comprando produtos mais baratos ou fazendo você mesmo a lembrança

- Limite seus gastos dentro de suas despesas líquidas

- Sobrou dinheiro? Faça um investimento (poupança, CDB, CDI, etc...) para o futuro

- Na dúvida, consulte os órgãos pertinentes ou um profissional capacitado

Com informações da assessoria

 

Com o objetivo de diminuir custos, devido ao corte de cem milhões de reais no repasse do duodécimo, todas as unidades judiciárias do Estado terão o horário de funcionamento reduzido. A resolução, aprovada pela Corte Especial do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), entra em vigor 60 dias após sua publicação no Diário de Justiça Eletrônico (DJE).

A partir da mudança, as comarcas do Interior funcionarão das 8h às 14h. Já as unidades da Capital e Região Metropolitana (RMR) estarão abertas das 12h às 18h, com exceção dos Juizados Especiais e Centrais Jurisdicionais, das 7h às 19h, e do Tribunal de Justiça, que atenderá das 8h às 19h.

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Os setores de Protocolo e Distribuição Processual das comarcas da Capital, de Jaboatão dos Guararapes e de Olinda terão horários diferenciados. As unidades funcionarão das 8h às 18h.

De acordo com o TJPE, uma pesquisa identificou que no Recife e na RMR não há procura suficiente para justificar a realização do segundo turno. Conforme o órgão, um dia completo no Foro do Recife custa R$ 36 mil.

A medida também pretende atender aos interesses da administração pública, com vistas a uma maior efetividade na prestação jurisdicional. A alteração no horário engloba um pleito dos servidores, dos magistrados e da população do Interior.

Com informações da assessoria

Com prejuízos que somam, nos últimos dois anos, R$ 2,2 bilhões, a Gol acendeu o sinal de alerta nas operações. A companhia terá em 2013 um dos anos mais difíceis desde a criação, em 2001. A estratégia para tentar reverter o quadro será uma redução ainda maior de custos, que se refletirá em revisão da malha aérea, diminuição da oferta de assentos e, em última instância, mais demissões.

Em 2012, a Gol registrou prejuízo de R$ 1,512 bilhão, o dobro do assinalado em 2011. A dívida total da companhia também cresceu, chegando a R$ 5,191 bilhões, 4% superior ao total de 2010. O cenário desfavorável na economia local, com baixo crescimento, e a consequente retração do mercado de aviação civil, atingiu diretamente a companhia.

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"Foi, sim, um prejuízo maior que o esperado. Não é o fim do mundo, mas acendeu a luz amarela intensa", avalia o presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Transporte Aéreo (SBTA), Erivelton Pires. De acordo com Pires, a empresa ainda precisará de "muitos meses" para buscar rentabilidade nas operações. "É um prejuízo muito difícil de recuperar."

Analistas de bancos internacionais também destacaram a piora do cenário de operações da empresa. Para o Bank of America Merrill Lynch, o prejuízo de R$ 447,1 milhões no quarto trimestre foi 114% maior que o estimado pela instituição. Já o JP Morgan manteve recomendação neutra para a Gol justificando que "ainda não temos indicação de que o cenário de demanda tenha melhorado".

Causas

Entre os fatores que concorreram para a piora da empresa, estão a depreciação do real frente ao dólar, preços mais altos de combustíveis e ainda maiores taxas em aeroportos. A desvalorização da moeda causou impacto direto no valor dos financiamentos e o leasing dos aviões, por exemplo. "A empresa, talvez, consiga respirar um pouco no final do ano, com a melhora do crescimento da economia. Isso poderá significar uma redução do prejuízo, mas ela vai continuar tendo prejuízo", avalia o professor Respício Espírito Santo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Segundo os analistas, a Gol ainda pena com os efeitos da compra da Webjet, em 2011. A aposta, naquele momento, seria a herança dos slots (horário para uso dos terminais de embarque) nos principais aeroportos do País. "Com o cenário ruim, os slots não fizeram valer o investimento. Foi um mau negócio", avalia Pires. "Isso está refletido nos prejuízos."

A empresa deve apostar ainda mais fortemente na redução de custos para tentar uma recuperação, embora a margem de corte esteja cada vez menor. "Há anos as empresas já reduzem custos. Não tem mais gordura para queimar. A solução é voar com aviões maiores, cortar programas, readequar a malha. É um cenário difícil", avalia o consultor de aviação André Castellini.

A empresa deve recorrer à economia de combustível - o alto consumo dos aparelhos antigos foi determinante para o encerramento das operações da Webjet em 2012. Outra medida será uma redução mais forte da oferta de assentos nos voos, especialmente naqueles de menor rentabilidade. "É difícil dizer se a redução da oferta será necessária somente ao longo de 2013. Mas acredito que sim, teremos a necessidade de estender ao longo do próximo ano", afirmou o presidente Paulo Kakinoff, ao comentar os resultados do balanço.

As medidas, de acordo com Pires, podem se refletir em novos cortes de funcionários. Nos últimos quatro meses, a empresa já cortou cerca de 7% do quadro de funcionários, entre eles 850 colaboradores da Webjet, que já haviam sido demitidos e readmitidos por ordem judicial. "Redução da oferta se traduz em revisão de malha, com a desativação de aeronaves e, possivelmente, demissões. Não é tempo de alardes, ainda, mas é um período de ajuste amargo. A empresa vai ficar mais tempo demitindo sem recontratar", afirma Pires. (Colaborou: Beth Moreira)

O novo serviço de entregas MercadoEnvios foi elaborado em conjunto com os Correios, através de um comunicado oficial do MercadoLivre, a empresa afirma que a iniciativa foi criada para reduzir custos, já que negociará os valores com os Correios. O serviço é oferecido para vendedores e compradores de produtos do site de e-commerce.

Segundo a empresa, o MercadoEnvios foi criado para agilizar a vida do comprador, que não precisará perder tempo negociando a logística da entrega. Ao optar por ele, basta imprimir uma etiqueta do produto vendido (que é gerado na conclusão da negociação), colá-la no pacote e, por fim, ir até uma agência dos Correios para despachá-lo. Por conta dessa característica, ele é indicado para vendedores que têm um monte de pacotes para despachar todos os dias. O valor da entrega vai depender da distância entre comprador e vendedor.

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O serviço tradicional não será aposentado, onde vendedores e compradores negociam como será a entrega do produto, que pode ser feita pessoalmente, pelo Correios, por motoboy, entre outras modalidades.

Ir ao cinema é um programa legal para qualquer pessoa. Para o público estudantil não é diferente. Há pouco tempo um projeto de lei visava a criação de uma política nacional de incentivo, para que alunos oriundos da rede pública tivesse acesso a cinema com custos reduzidos. Porém, a Agência Câmara de Notícias divulgou nesta quarta-feira (26) que a Comissão de Educação e Cultura rejeitou, no mês passado, a criação dessa política, que seria de abrangência nacional.

De acordo com a agência, o projeto já estava tramitando de forma conclusiva, e agora, a proposta será arquivada. Segundo a proposta, União, estados, DF e municípios poderiam firmar convênios com empresas de cinema para a realização de sessões. Essas sessões seriam realizadas em horários especiais, conforme o calendário escolar dos estudantes.

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Além disso, não seria qualquer filme que os alunos iriam assistir. As obras seriam selecionadas levando em consideração vários aspectos, como por exemplo, pedagógicos.

O relator da proposta, o deputado Stepan Nercessian (PPS-RJ), até elogiou o projeto, entretanto, ele ressaltou que uma política estadual ou municipal não poderia ser criada por lei federal.

Com informações da Agência Câmara de Notícias

A Petrobras divulgou nesta quarta-feira (19) as metas do Programa de Otimização de Custos Operacionais (Procop), um dos programas estruturantes do Plano de Negócios e Gestão 2012-2016. Segundo a estatal, o Procop tem três objetivos principais: no plano financeiro, aumentar a geração de caixa no horizonte do PNG 2012-2016; no operacional, aumentar a produtividade de suas atividades a partir de benchmarks internos e externos; no organizacional, reforçar o modelo de gestão voltado para a eficiência em custos.

O escopo do programa abrange as atividades no Brasil, nas áreas de Exploração e Produção, Abastecimento e Gas e Energia, incluindo logística operada pela subsidiaria Transpetro, também atuando nos processos de suporte às operações, como suprimento de materiais, estoque de peças e combustíveis e tecnologia da informação.

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De acordo com o comunicado da empresa, o Programa foi conduzido em três fases. A primeira foi de junho a agosto de 2012, e teve como objetivo formar uma visão preliminar das áreas de foco e do potencial de otimização. Nesta fase, uma lista de oportunidades foi identificada, qualificada e priorizada. A fase dois ocorreu de setembro a novembro e foi dedicada ao aprofundamento e detalhamento das oportunidades identificadas na fase I, e à quantificação precisa do ganho associado. Já a última etapa foi marcada pela implementação, consolidando as metas, responsáveis e marcos de cada iniciativa.

"A partir da base de gastos gerenciáveis de R$ 63 bilhões realizada em 2011, foram priorizadas 39 grandes oportunidades de otimização nos processos produtivos e de suporte, que são diretamente relacionadas a uma base de custos de R$ 43 bilhões, ou seja, 70% do total de R$ 63 bilhões", informou a empresa. Os R$ 20 bilhões em gastos não abrangidos pelo programa estão relacionados às atividades de P&D, Engenharia, Exploração, Comunicação, Responsabilidade Social, Área Financeira e outros processos de gestão, além de gastos referentes a transações internas ao Sistema Petrobrás (eliminações entre empresas do grupo). "Desta forma, as 39 oportunidades foram detalhadas e traduzidas em 515 iniciativas de otimização de custos, com metas operacionais e plurianuais, consolidadas em planos de trabalho detalhados para cada iniciativa".

Com esse conjunto de iniciativas, foi fixada meta de redução de R$ 8 bilhões, ou 19% dos gastos gerenciáveis sob escopo (R$ 43 bilhões). "Esse potencial será agora capturado gradativa e progressivamente a partir de 2013, segundo ações detalhadamente planejadas, permitindo que a companhia reduza o crescimento dos seus custos operacionais na ordem de R$ 32 bilhões no período de 2013 a 2016", informou a estatal.

Prefeituras do interior de São Paulo estão encerrando o atendimento público mais cedo para reduzir custos. Muitas já funcionam em regime de meio expediente. Os prefeitos culpam a queda nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) pelo governo federal. O problema está afetando principalmente as 402 cidades paulistas com menos de 20 mil habitantes, mais dependentes dos recursos repassados pela União. Algumas registram queda de até 20% no volume em comparação com o ano passado.

Em Itaberá, no sudoeste paulista, a população passou a ter acesso aos serviços da prefeitura durante apenas três horas por dia. O expediente começa às 8 horas e termina às 11 horas. O prefeito Walter de Souza Almeida (DEM) diz que os serviços internos podem ir além desse horário, se for preciso. A Prefeitura de Ribeirão Branco, na mesma região, está com meio expediente desde o dia 12 de novembro. Um decreto assinado pelo prefeito Sandro Sala (PT) alega "necessidade de contingenciamento de despesas".

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Porto Feliz, na região de Sorocaba, reduziu a jornada dos servidores de 40 para 30 horas semanais para diminuir as despesas diárias. O público passou a ser atendido das 8 horas às 12 horas. "O município vem sofrendo com a crise que se arrasta desde 2009 e a consequente diminuição nos repasses tantos estaduais quanto federais", justificou o prefeito Claudio Maffei (PT).

Na região de Presidente Prudente, oeste paulista, pelo menos 15 cidades reduziram o horário de funcionamento para cortar despesas. Em Lucélia, o atendimento que se estendia até 17 horas, agora vai das 8 horas às 13 horas. O prefeito João Pedro Morandi (PT) admite que alguns serviços foram prejudicados, mas alega que é por pouco tempo. Em Presidente Venceslau, a prefeitura tomou medidas de contenção de gastos com viagens e dispensou estagiários remunerados. O fim do expediente passou para as 13h30. Na prefeitura de Tarabai, o atendimento ao público caiu de oito para três horas diárias.

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) prevê que muitos prefeitos podem encerrar o mandato no dia 31 deste mês sem conseguir fechar as contas e ficarão sujeitos a enquadramento na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). De acordo com a entidade, as prefeituras trabalharam com uma expectativa de receita do FPM que não se realizou. Enquanto se esperava um aumento nessa receita, o que ocorreu foi uma diminuição de 2% no volume total ao longo do ano. Nas prefeituras menores, o percentual de redução foi maior. A desoneração determinada pelo governo no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o fim da participação dos municípios na Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) causaram a queda nos repasses.

O bombardeio de oito dias de Israel contra a Faixa de Gaza pode custar mais de US$ 1,2 bilhão em danos diretos e indiretos, afirmou neste domingo Taher al-Nunu, porta-voz do grupo islâmico Hamas.

Em entrevista coletiva concedida na Cidade de Gaza, ele disse que os danos diretos causados pelos ataques aéreos israelenses provocaram custo de US$ 545 milhões, enquanto os custos indiretos já somam US$ 700 milhões.

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Segundo Nunu, a operação israelense destruiu 200 casas e danificou cerca de 8 mil residências, além de destruir 42 edifícios não residenciais, incluindo a sede do governo da facção islâmica.

De acordo com o Ministério de Saúde do Hamas, o conflito deixou 166 moradores de Gaza mortos, a maioria civis, e outras 1.235 pessoas feridas. Em Israel, o lançamento de foguetes a partir de Gaza matou seis israelenses e deixou mais de 240 feridos. As informações são da Dow Jones.

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, anunciou nesta terça-feira que a eleição municipal deste ano teve o menor custo por voto desde 1996, quando começou a funcionar o sistema eletrônico de votação. Conforme dados divulgados em entrevista coletiva realizada após uma reunião com presidentes de tribunais regionais eleitorais (TREs), neste ano a eleição custou R$ 395.270.694,00 para a Justiça Eleitoral, o que equivale a R$ 2,81 por eleitor. Esse valor é 27% inferior ao de 2010, que foi de R$ 3,86. No ano 2000, o custo do voto tinha sido de R$ 4,45 e em 2002, de R$ 4,82.

Cármen Lúcia atribui a queda nos custos a fatores como a diminuição dos gastos com o envio de forças federais para reforçar a segurança em municípios. Tropas foram enviadas para 401 cidades no primeiro turno e para duas, no segundo turno. A presidente do TSE não quis comentar a eleição norte-americana. Mas disse que no primeiro turno da votação municipal ocorreram 197,2 milhões de acessos à página do tribunal na Internet, em 167 países além do Brasil. "Significa que a eleição brasileira, o nosso modelo, a nossa formulação, é observada por todos os lugares do planeta", afirmou.

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As empresas brasileiras comprometem em média 13,14% de sua receita bruta com os custos logísticos. É o que aponta o estudo "Custos Logísticos no Brasil", divulgado nesta quarta-feira pelo Núcleo CCR de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral (FDC). A pesquisa, realizada com 126 empresas que juntas representam 20% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, revela que o maior peso dos custos logísticos ocorre no setor de bens de capital (22,69% da receita), seguido por construção (20,88%) e mineração (14,63%).

O transporte de longa distância, como o feito por meio de ferrovias e rodovias, é responsável pela maior parte das despesas com transporte no Brasil, aproximadamente 38% do total, seguido pelas despesas com armazenagem (18%), distribuição urbana (16%) e custos portuários e aeroportuários (13%).

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Segundo o coordenador do Núcleo CCR de Infraestrutura e Logística da FDC, professor Paulo Resende, responsável pela pesquisa, apesar de esse estudo ter sido feito pela primeira vez, ou seja, não permite comparações com anos anteriores, é possível afirmar que os custos com logística são crescentes na participação das despesas das empresas.

"Verificamos que, há dez anos, as viagens de caminhão eram, em média, de 50 quilômetros e hoje estão em 120 quilômetros", afirmou. "Isso ocorre porque o mercado de consumo está se interiorizando e tem acompanhado muito o avanço das fronteiras agrícolas e o desenvolvimento do consumo nas regiões Nordeste e Centro-Oeste." O problema, de acordo com Resende, é que a ampliação da distância a ser percorrida acontece em estradas em péssimas condições.

Na opinião das empresas consultadas, além das más condições das estradas, entre as principais causas dos custos logísticos elevados estão também a burocracia governamental, a restrição de carga e descarga nos grandes centros urbanos e a falta de concorrência entre diferentes modais. A principal solução sugerida é a "melhor gestão das ferrovias com integração multimodal".

Com relação à burocracia governamental, Resende destacou que, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos e na Europa, no Brasil os empresários não reconhecem nenhuma adição de valor nesse processo. "Em outros países, a burocracia é vista como um procedimento que garante a origem e a qualidade do produto, mas no Brasil a percepção é de inutilidade, de apenas adição de custo", diz.

Segundo ele, a pesquisa divulgada nesta quarta será feita anualmente. "A ideia é verificar se os projetos de infraestrutura anunciados recentemente vão de fato ajudar a reduzir os custos logísticos que temos hoje."

Diferentemente do que planejaram, as companhias aéreas brasileiras não têm conseguido repassar para o preço das passagens a explosão de custos que o setor atravessa. Com um primeiro semestre ainda com excesso de oferta de assentos, as empresas não puderam elevar muito o valor dos bilhetes, sob risco de ver a ocupação dos voos cair. Prova de que as passagens aéreas ainda não estão pesando mais no bolso do brasileiro este ano é que o item acumula queda de 5,3%, até setembro, no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A inflação oficial, aferida pelo indicador, tem alta de 3,77% no ano.

Os números, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referem-se basicamente a passagens compradas para turismo e lazer. Em trechos em que o movimento de passageiros que voam a negócios é mais intenso, como na ponte aérea Rio-São Paulo, o consumidor se depara com bilhetes caros. A percepção do setor é de que, se os preços subirem amplamente, a nova classe média, que puxou o boom da demanda nos últimos anos, voltará a andar de ônibus. A combinação indigesta para as companhias - bilhetes muito baratos e dólar, combustível e taxas aeroportuárias em alta - resultou em prejuízos bilionários em 2011, cenário que persiste.

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"Estamos num momento em que o passageiro incorporado com a última redução de preço está chegando no limite de sua capacidade. Se o preço subir, muita gente sai do avião e volta para o ônibus", diz o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz. Cálculo da entidade aponta que, para cada 1% de aumento de preço, a demanda por transporte aéreo cai 1,4%.

Líder no segmento doméstico, a TAM admite que não foi possível fazer o repasse como pretendia no primeiro semestre, mas vê espaço para as passagens subirem na segunda metade de 2012. A principal base para isso seria uma maior disciplina na oferta vista desde meados do ano. A TAM planeja reduzir a oferta em 2% agora, e em cerca de 7% em 2013. Na Gol, vice-líder no mercado doméstico, a meta de redução é de entre 2% e 4,5%. A empresa não divulgou projeção para o ano que vem.

Além disso, o segundo semestre é historicamente mais aquecido do que o primeiro, com a presença de feriados importantes. "Agora, sim, conseguiremos ver essa retomada no crescimento do preço das passagens. A partir de julho, já começamos a ver isso acontecer mais fortemente", afirma a vice-presidente da unidade de Negócios Domésticos da TAM, Cláudia Sender.

A executiva diz que as passagens mais baratas não vão desaparecer do mercado, mas ressalta que o consumidor terá de planejar sua viagem com tempo para conseguir preços baixos. "Ainda existem disponíveis no mercado tarifas de lazer, mas vai ser cada vez mais importante o passageiro se programar com antecedência para comprar", explica Cláudia.

Sobre as atribulações do setor, a Gol diz que a combinação de demanda e preço no primeiro semestre ainda não foi o suficiente para fazer um resultado positivo. A Azul também reconhece que o ano está sendo complicado, mas aposta no ganho de escala que a fusão com a Trip lhe dará para atravessar o período de turbulências. Juntas, as duas empresas se consolidam como a terceira colocada nas rotas domésticas, com participação de 15% no mercado.

A companhia diz que o último trimestre, especialmente, foi complicado para o setor no que diz respeito à recuperação dos yields (valor pago por passageiro por quilômetro transportado), e só vê um cenário menos nublado nestes últimos três meses do ano. "Vemos um quadro melhor agora para o quarto trimestre", diz o diretor de Comunicação da Azul, Gianfranco Beting.

Mesmo que o aumento das passagens de fato venha, não deve ocorrer na proporção que gostariam as companhias aéreas. Na avaliação da Abear, a saída para que as aéreas voltem a dar lucro está na redução de custos. Para isso, a entidade tem mantido conversas constantes com o governo. Entre os interlocutores estão pelo menos quatro ministros e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

O governo tem demonstrado preocupação com a saúde financeira das aéreas e, no mês passado, as incluiu na lista de setores que tiveram desoneração da folha de pagamento. Com isso, as cinco maiores empresas do setor no Brasil (TAM, Gol, Azul, Trip e Avianca) devem ter uma economia de R$ 300 milhões.

De acordo com Sanovicz, o próximo alvo é o combustível de aviação, que acumula alta de 18,9% este ano até 1.º de outubro. Além de o querosene custar mais que em outros países, as aéreas reclamam da alta carga de ICMS sobre o insumo. As conversas devem começar nas próximas semanas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq) aponta que a mão de obra foi o principal item dos custos de produção de citros no Estado de São Paulo na safra 2011/2012, com 22% das despesas nos pomares. Se forem considerados somente os desembolsos e forem excluídos os custos financeiros, despesas gerais e depreciações, a proporção da mão de obra sobe para 38% dos gastos totais.

Segundo a pesquisadora Margarete Boteon, do Cepea/Esalq, a colheita manual é o que mais onera o citricultor. Dados apontam que, em 2001, o produtor tinha que vender à indústria 22 caixas de laranja para pagar um salário mínimo. Em 2011, essa relação subiu para 47 caixas. Segundo a pesquisadora, o peso da mão de obra sobre o custo de produção da laranja deve crescer, já que as projeções para o salário mínimo apontam valores de R$ 667,75 para 2013, R$ 729,20 para 2014 e R$ 803,93 para 2015, ou 30% superior ao deste ano.

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Ainda segundo a pesquisadora, paralelamente ao encarecimento da mão de obra, o setor produtivo enfrenta também a escassez de trabalhadores, sobretudo devido à competição com a construção civil. Enquanto isso, a colheita mecânica da fruta ainda é lenta nos pomares.

O levantamento aponta ainda o impacto do aumento do uso de defensivos, principalmente de inseticidas para o controle do greening (HLB) e de doenças como a pinta-preta. Para a safra 2012/2013 - com a restrição ao uso do fungicida carbendazim após os Estados Unidos proibirem a entrada de suco da fruta tratada com o produto -, o custo de produção deve crescer diante da necessidade do uso de fungicidas com ingredientes ativos mais caros.

Os dados apontam ainda que riscos da citricultura e os seus custos em alta podem fazer com que o produtor considere a opção de diversificar suas atividades ou até migrar integralmente para a cana-de-açúcar em boa parte dos polos citrícolas de São Paulo. Segundo Margarete, em 2008/2009 o arrendamento da cana valia em torno de R$ 500,00/hectare nas regiões citrícolas e atingiu R$ 1.200,00/hectare, em média, em 2011/2012.

"Isso significa que, no mínimo, a laranja deve proporcionar lucro líquido (receita bruta menos custo total - despesas e depreciações) acima do arrendamento da cana para tornar a atividade sustentável", informou a pesquisadora.

Na safra 2011/2012, uma tonelada de cana-de-açúcar equivaleu a 5,8 caixas de laranja (de 40,8 quilos) comercializadas com a indústria. Esse é o maior patamar de valorização da cana em relação à laranja nos últimos 11 anos. Em 2001/2002, uma tonelada de cana valia 3,6 caixas de laranja.

O governo cobrará dos prefeitos cassados nos últimos anos as despesas geradas pelas eleições suplementares convocadas justamente porque os mandatos dos candidatos eleitos são posteriormente suspensos por crimes eleitorais ou seus registros de candidatura definitivamente indeferidos.

Desde 2008, os eleitores de aproximadamente 180 municípios tiveram de voltar às urnas para substituir os prefeitos que cassados, cujos crimes acabaram por gerar também a anulação das eleições. Os gastos com essas votações suplementares podem chegar a R$ 5 milhões.

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A Advocacia-Geral da União (AGU) vai processar os prefeitos cassados e tentará tirar do bolso deles os gastos que a União teve com as novas eleições. O acordo entre TSE e AGU, que vale por cinco anos, serve também de recado para os candidatos que disputarão as eleições municipais deste ano.

O candidato que for eleito em outubro, mas que tiver praticado crimes eleitorais e for cassado por isso, será processado e ter de arcar com os custos de uma nova eleição. Pelo convênio, depois que prefeitos forem cassados em definitivo pela Justiça Eleitoral, os tribunais regionais eleitorais ou o TSE acionarão a AGU para que adote as medidas necessárias para cobrar judicialmente as despesas geradas pela nova votação.

"Trata-se de mais um instrumento de penalização para quem viola a cidadania e a própria democracia e através de fraudes obtém um resultado favorável no processo eleitoral", afirmou o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams. "O contribuinte brasileiro não pode ser responsabilizado por pagar os custos que o Estado não deveria ter, gerados por fraude no processo eleitoral", acrescentou.

As eleições suplementares são convocadas sempre que o candidato eleito com mais de 50% dos votos tiver o registro de candidatura indeferido ou tiver seu mandato cassado por algum crime eleitoral, como compra de votos, abuso de poder político ou econômico.

Neste ano, os eleitores de quatro municípios escolherão o prefeito que terá um mandato tampão de menos de um ano. No dia 29, os eleitores de Colônia do Gurgueia (PI) e de Eliseu Martins (PI) escolherão os novos prefeitos. No dia 5 de fevereiro, o novo prefeito de Teresópolis (RJ) será escolhido. E no dia 4 de março, será eleito o novo prefeito de Madre Deus (BA). No ano passado,ouve eleições suplementares em 44 municípios.

A realização de nova licitação no valor de R$ 1,2 bilhão para tentar concluir a transposição do São Francisco, obra símbolo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mobilizou a oposição que quer investigar o aumento de 40% no custo inicial do projeto no Congresso.

"É vergonhoso, quem conhece a obra sabe que não vai parar por aí", disse o líder do DEM, deputado ACM Neto (BA). Na reabertura do Congresso, em fevereiro, os oposicionistas reapresentarão requerimentos de convocação do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, para que ele dê explicações sobre o descontrole de gastos com a principal obra do PAC.

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"Vamos fazer uma sabatina da incúria governamental", avisa o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), para quem a transposição das águas do São Francisco é o maior exemplo de má gestão, projetos defeituosos e licitações equivocadas do atual governo. Ele ressalta que o aumento de gastos é tão exorbitante que nem aditivos contratuais podem ser feitos porque excedem o limite legal de 25%.

O custo inicial da transposição, orçado em R$ 5 bilhões, já saltou para R$ 6,9 bilhões, incluindo as novas licitações, como revelou ontem o Estado. Até o momento, já foram gastos R$ 2,8 bilhões, a partir do início da obra, em 2007. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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