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O governo do presidente Joe Biden renovou nesta segunda (27) os esforços para proteger da deportação centenas de milhares de imigrantes levados para os EUA ainda criança, chamados de "dreamers", na mais recente manobra de um drama sobre a legalidade dessa política. A Casa Branca propôs reformular o programa elaborado na presidência de Barack Obama, que protege os imigrantes, depois que um juiz o declarou ilegal. Biden defende uma solução legislativa definitiva para o tema.

O Departamento de Segurança Interna (DHS) informou que a iniciativa, que será submetida a consultas 60 dias antes da sua adoção, busca preservar e fortalecer o programa batizado de Ação Diferida para os Chegados na Infância (Daca, na sigla em inglês), que protege da deportação cerca de 600 mil pessoas, a maioria do México.

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Há dois meses, o juiz federal do Texas Andrew Hanen decidiu que Obama excedeu sua autoridade quando instaurou o Daca, em 2012, informando que só o Congresso tem poder em temas migratórios. Ele também destacou problemas de implementação do programa. A decisão, de 16 de julho, manteve os benefícios para os dreamers, mas bloqueou a inscrição de novos solicitantes.

O governo Biden, que apelou da decisão, informou que a proposta de regulamentação é um passo importante para proteger os "sonhadores" e reconhecer as contribuições que eles dão ao país, mas insistiu na necessidade de uma solução legislativa definitiva. "Só o Congresso pode dar proteção permanente", disse o secretário do DHS, Alejandro Mayorkas, pedindo que os legisladores aprovem rapidamente uma solução.

O Daca foi um decreto emitido por Obama quando a Lei de Fomento para o Progresso, Alívio e Educação para Menores Estrangeiros (Dream Act), não foi aprovado, em 2010, no Congresso, então dominado pelos republicanos. O acrônimo em inglês desta lei deu origem ao termo "dreamers" (sonhadores, em português).

Em 2017, o então presidente republicano, Donald Trump, buscou por fim ao Daca, alegando que ele era inconstitucional, o que provocou uma longa batalha judicial que terminou na Suprema Corte. O Daca sobreviveu às tentativas de desmonte gradual e foi reinstaurado em dezembro passado.

A norma anunciada ontem pelo governo Biden, que era vice-presidente de Obama, introduz mudanças no processo de solicitação do Daca, incluindo novos custos. Mas mantém as condições do programa original, que protege da deportação e dá visto de trabalho por dois anos, passíveis de renovação.

Para estar amparados pelo Daca, os imigrantes em situação irregular levados ainda crianças devem estar residindo nos EUA desde 2007 e ter chegado antes dos 16 anos ao país. Além disso, eles devem estar estudando, ter se formado ou ser veteranos das Forças Armadas e não podem ter sido processados por um crime, entre outros requisitos.

Até 30 de junho, cerca de 600 mil pessoas eram protegidas pelo Daca, a maioria do México (81%), seguidas de El Salvador (4%), Guatemala (3%) e Honduras (2%). No entanto, calcula-se que os "sonhadores" elegíveis ao Daca, que fazem parte da população total de quase 11 milhões de ilegais estimada no país, chegariam a uns 2 milhões.

Selo legal

Na tentativa de reforçar o programa por meio de uma regra formal - que é um processo mais rigoroso do que o memorando original, embora ainda não seja uma legislação - o governo Biden espera obter um selo legal de aprovação dos tribunais. É possível que o caso seja decidido novamente pela Suprema Corte, a menos que o Congresso aja primeiro.

A decisão do governo Biden ocorre no momento em que os congressistas democratas lutam para incluir cláusulas de imigração em seu pacote de dez anos e US$ 3,5 trilhões de iniciativas sociais e ambientais.

A linguagem nesse projeto de lei, ajudando milhões de imigrantes a permanecerem permanentemente nos EUA, tem sido o principal objetivo dos legisladores progressistas e pró-imigração. Os democratas, no entanto, não podem perder muitos votos, já que têm uma maioria apertada na Câmera dos Deputados. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não tomou qualquer decisão sobre o programa DACA, que permitiu a milhares de jovens obter visto de residência no país, informou nesta quinta-feira a Casa Branca. "A decisão final ainda não foi tomada", declarou a porta-voz Sarah Sanders.

O programa em questão, conhecido por seu acrônimo "DACA", foi criado por um decreto do ex-presidente democrata Barack Obama, em junho de 2012, com o objetivo de tirar da clandestinidade imigrantes que chegaram aos Estados Unidos com menos de 16 anos.

As condições para aderir ao programa eram, especialmente, ter menos de 31 anos em junho de 2012, residir de maneira contínua no país a partir de 2007 e não ter condenações graves na justiça. Os beneficiários recebem a garantia de que não serão expulsos do país e que poderão trabalhar legalmente. O Daca tem duração de dois anos e é renovável.

Até 31 de março passado, cerca de 800 mil pessoas haviam recebido o benefício, com renovação quase total, segundo estatísticas oficiais.

Segundo o canal de TV Fox News, Donald Trump deverá anunciar o fim do DACA, mas não anulará as permissões em vigor, deixando que sigam até o final do prazo, o mais tardar em 2019.

A polícia de Bangladesh prendeu cinco pessoas neste sábado em decorrência do desabamento de um edifício construído em condições precárias e que matou pelo menos 348 pessoas. Entre os detidos estão dois proprietários da fábrica de roupas New Wave Apparels, Bazlus Samad e Mahmudur Rahman Tapash, além de dois engenheiros do governo, Imtemam Hossain e Alam Ali. A esposa do proprietário do prédio também foi levada sob custódia, em uma tentativa de forçar que o dono edifício, Mohammed Sohel Rana, foragido desde o desastre, também se entregue.

Violentos protestos continuaram ocorrendo na cidade, Daca, e se espalhou para o sudeste da cidade de Chittagong, onde vários veículos foram incendiados.

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As equipes de resgate admitiram neste sábado que as vozes dos sobreviventes estão ficando cada vez mais fracas, depois de quatro dias presos sob os escombros. Ainda assim, em um fato motivador para as equipes, 29 sobreviventes foram encontrados neste sábado, disse o porta-voz do exército, Shahinul Islam. Ao todo já são 2.429 sobreviventes.

A maioria das vítimas morreu quando a estrutura de oito andares caiu na quarta-feira pela manhã - em um horário em que as fábricas de roupas estavam cheias de trabalhadores. Os últimos três andares foram construídos de forma ilegal.

Trabalhando de forma ininterrupta desde quarta-feira, em meio ao forte calor e a tempestades, as equipes de resgates finalmente atingiram neste sábado o andar térreo por meio de 25 estreitos buracos escavados desde o topo do edifício, disse o chefe dos bombeiros, Ali Ahmed Khan.

"Ainda estamos recebendo respostas de sobreviventes, mas elas estão se tornando mais fracas e espaçadas", disse ele, acrescentando que as equipes de resgate já são capazes de ver carros que estavam estacionados no nível do solo.

"O edifício é muito vulnerável. A todo o momento o chão pode entrar em colapso. Estamos realizando uma tarefa impossível, mas estamos contentes que conseguimos resgatar tantos sobreviventes." Ele disse que as operações vão continuar durante a noite, mas as chances de encontrar sobreviventes vão diminuído à medida que se chega ao quinta dia e também por conta dos possíveis ferimentos e do forte calor.

Foi a pior tragédia que atingiu a enorme indústria de vestuário do Bangladesh e chamou a atenção para as más condições de trabalho dos funcionários, que recebem US$ 38,00 por mês para produzir roupas para marcas internacionais. A indústria de vestuário do Bangladesh é a terceiro maior do mundo, segundo dados de 2011, atrás apenas da China e da Itália, tendo crescido rapidamente na última década. As informações são da Associated Press.

Um novo incêndio foi registrado nesta segunda-feira em Daca, em um edifício com várias empresas de confecção, informou a polícia local, menos de 48 horas depois de um gigantesco incêndio que matou 110 pessoas em outra unidade têxtil perto capital de Bangladesh.

"O edifício de 12 andares abriga quatro unidades diferentes e o incêndio aconteceu no terceiro andar. Podemos ver pessoas no telhado", declarou à AFP o policial Nisharul Arif.

O incêndio de sábado em uma fábrica de roupas para exportação deixou 110 mortos, incluindo várias mulheres, segundo as autoridades locais. Outras 100 pessoas ficaram feridas.

As vítimas morreram asfixiadas ou ao saltar do prédio.

O incêndio, de causas ainda desconhecidas, aconteceu em uma confecção no térreo da fábrica Tazreen Fashion, 30 km ao norte de Dacca.

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