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Cada atirador deveria matar um desafeto antes de dar início ao massacre na Escola Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo. Para Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, o alvo seria um vizinho. Já o de G.T.M., de 17 anos: o próprio tio. A série de ataques fazia parte do plano traçado para o último dia 13, quando a dupla promoveu a chacina dentro do colégio.

Segundo as investigações, um eletricista de 25 anos estaria marcado para morrer após brigar com Luiz Henrique no início deste ano. Na manhã do crime, o atirador chegou a ir atrás dele, mas o possível ataque acabou não acontecendo.

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Como eram vizinhos, os dois se conheciam desde a infância. "Luiz Henrique vinha agredindo o próprio pai, pois ele o aconselhava a não fazer 'coisas erradas', tais como gastar dinheiro à toa", relata o homem em depoimento à Polícia Civil, obtido pela reportagem. "O depoente precisou intervir para separar a briga entre Luiz e seu pai, quando precisou agredir Luiz."

Depois disso, o atirador tinha "raiva" do vizinho, segundo o documento. Menos de uma semana antes do massacre, eles se cruzaram, por acaso, em um shopping - G.T.M. também estava no local. "Ambos não falaram com o depoente, apenas balançaram a cabeça quando o viram, em sinal negativo."

Às 8h10 do dia 13, cerca de 1h30 antes da tragédia na Raul Brasil, Luiz foi até a casa do eletricista e encontrou o portão trancado. O atirador começou a chamá-lo insistentemente. Ele, no entanto, não atendeu à porta e continuou dormindo. Luiz decidiu ir embora.

Familiares do homem relatam que, quando ele soube que o massacre foi promovido por Luiz, ficou "apavorado". Presumindo que também seria um alvo, fez um boletim de ocorrência e deixou a casa onde mora. "Resolveu comparecer nesta delegacia pois tem medo de que haja mais pessoas engajadas (no massacre)", diz o registro.

O depoimento fundamenta a tese da polícia de que os assassinos planejaram cometer dois homicídios antes de chegar à escola, armados com um revólver 38, uma machadinha e uma besta. O segundo ataque, de fato, aconteceu: Jorge Antônio de Moraes, de 51 anos, recebeu três tiros pelas costas, em uma revendedora de carros, a 750 metros de distância do colégio. Segundo testemunhas, o sobrinho dele, G.T.M., foi o responsável pelos disparos, mas Luiz estava do seu lado na execução.

Moraes era o proprietário da agência e empregou o adolescente. Ele também dava conselhos para o sobrinho, segundo pessoas próximas. À polícia, um familiar declarou que G.T.M. foi demitido após "fazer coisas erradas" na revendedora e "ficou revoltado". Depois, chegou a jurar o tio de morte.

Massacre

Para agentes que atuam no caso, o assassinato de Moraes pode ter evitado que o número de vítimas fosse maior - os primeiros PMs a chegarem à Raul Brasil, na verdade, haviam sido acionados para o caso na agência de carros. Ao todo, sete pessoas morreram no colégio, além dos dois atiradores.

Segundo a investigação, o ataque foi inspirado no massacre de Columbine, nos EUA, que terminou com 15 mortos em 1999 - a meta dos atiradores seria superar esse número. Jogos de videogame e fóruns de ódio na dark web, a parte mais escondida da internet, também teriam influenciado. Um jovem de 17 anos está internado desde a semana passada na Fundação Casa, sob acusação de ajudar no planejamento do atentado. A defesa nega sua participação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito de Garanhuns, no Agreste, Izaías Régis (PTB), justificou através de nota, nesta quarta-feira (12), o motivo pelo qual não vai comparecer a agenda do governador de Pernambuco e presidenciável, Eduardo Campos (PSB), na cidade nesta quinta (13). Régis é agora oposição a Campos, já que o líder do PTB no Estado, o senador Armando Monteiro, decidiu pleitear a vaga de governador nas eleições deste ano. 

No texto, o prefeito afirma que não foi comunicado oficialmente sobre a visita - o que normalmente ocorre entre as prefeituras e o governo - e pontua que até entende se a agenda tiver o tom de apresentação do pré-candidato da Frente Popular à sucessão, o secretário da Fazenda Paulo Câmara (PSB). No entanto, Régis questiona a falta de respeito a gestão e diz que mesmo em campos políticos opostos, a relação institucional permanece. 

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A agenda oficial do governador para esta quinta só será divulgada no fim da tarde. A expectativa é que em Garanhuns, Campos inaugure o novo bloco cirúrgico e a emergência de adultos do Hospital Regional Dom Moura, além de realizar uma vistoria nas obras de pavimentação da estrada de São Pedro. 

Veja a nota na íntegra:

“Quero dizer que não há nenhuma atitude de vingança ou de soberba (como foi noticiado) na minha ausência amanhã na Visita do Governador Eduardo Campos a Garanhuns. A minha ausência é justificada por estar em Brasília, em busca de convênios e ações para o nosso município, por meio do Governo Federal, que tem prestigiado Garanhuns com recursos nas áreas da saúde, infraestrutura, educação, assistência social, entre outros. Apenas questionei o fato da Prefeitura de Garanhuns não ter sido comunicada oficialmente da visita. Quero aqui ressaltar que vivemos uma nova conjuntura política, porém a institucional permanece.

O Governador tem o nosso respeito, pela pessoa que é, e pelo cargo que ocupa, e da mesma forma esperamos o respeito à instituição Prefeitura de Garanhuns, que representa todo o nosso povo, povo este que deu uma expressiva votação ao Governador em suas eleições. Entendemos que estamos entrando em um ano eleitoral, de disputa, onde cada um tem o seu lado, o que é justo e democrático.

Eu até penso que se a visita do Governador tiver mais um tom de pré-campanha, de apresentação do seu pré-candidato, do que de visita oficial, ele foi extremamente elegante em não nos convidar, até por saber que eu tenho um lado, sou do PTB e irei caminhar junto ao Senador Armando Monteiro, como sempre o fiz. Mas, se a visita é institucional, não podemos deixar que partidarismos se sobressaiam ao respeito pelas instituições. Até o fim de 2014 teremos eventos, onde a atual Gestão do Governo de Pernambuco dividirá a organização conosco, como o nosso grandioso Festival de Inverno.

O que nos assusta em um momento como este é: será que seremos os últimos a saber de decisões que precisam ser conjuntas? Fica o alerta. Temos as nossas convicções e escolhas políticas e elas devem e serão evidenciadas nos palanques, no momento oportuno, mas as deixemos de fora do dia a dia das administrações. Em um Governo as atenções têm que estar voltadas para o bem comum da população que nos conferiu o cargo, que momentaneamente, ocupamos.” 

Com clima pesado e recheado de trocas de farpas, a roça especial d'A Fazenda 6 deste domingo (15) eliminou Andressa Urach da disputa pelo prêmio de R$ 2 milhões. Ela concorria com Bárbara Evans e Denise Rocha, dois de seus maiores desafetos no programa, e recebeu apenas 10% dos votos de preferência do público.

Denise e Bárbara comemoraram o resultado e foram correndo para a sede, sem se despedir da ex-companheira de reality. Recebidas com festa por Gominho e Mateus Verdelho, as duas participam nesta segunda (16) da última prova do fazendeiro, que decidirá a liderança na reta final da atração. Além das duas, restam apenas Gominho, Marcos Oliver, Mateus Verdelho e Yani de Simone na disputa.

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