O efetivo policial destinado a garantir a segurança das eleições municipais deste ano é 11% menor que em 2014. A redução, apresentada nesta quinta-feira (29) durante coletiva de imprensa, se dará especificamente, segundo o secretário de Defesa Social Alessandro Carvalho, na guarda de urnas eletrônicas e dos prédios de votação sem índice de ocorrências nos últimos dois pleitos (2012 e 2014).
"A decisão não apresenta prejuízo algum ao policiamento, quanto menos policiais em prédios e guardando urnas, mais nas ruas das cidades. A redução se deu pela melhoria da logística", explicou, pontuando estar em articulação com o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco desde o ano passado para tratar do assunto.
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Uma das medidas adotadas para reduzir o número de agentes foi a logística para a distribuição das urnas. “Antes tínhamos um polo com 100 urnas e disponibilizávamos 200 policiais, agora centralizamos tudo e dois policiais vão guardá-las. As urnas agora estarão chegando no dia da votação, em vez de um dia antes, e isso reduz a necessidade de policiamento”, detalhou Alessandro.
Um total de 13.056 agentes das polícias Militar e Civil começam a atuar a partir de hoje e seguem em atividade até a próxima segunda-feira (3). Em todo o Estado, serão 3.302 locais de votação.
Apesar da redução geral do efetivo, na capital e Região Metropolitana 22 delegacias estarão de plantão durante o período. Já no interior, 102 unidades vão estar disponíveis, 80 a mais que no último pleito. Nos últimos dias, casos de violência com teor eleitoral vêm sendo registrados pela polícia. Indagado se o aumento de delegacias tem relação com isto, o secretário disse que não.
“Posso afirmar, sem medo de errar, que os problemas deste ano são 20% menores que em 2012”, pontuou. “Temos reforços em determinadas cidades, mas nada que chame muita atenção. Este caso de Camutanga já há um delegado especial para fazer a apuração”, emendou, citando o caso do prefeito e candidato à reeleição de Camutanga, na Mata Norte, Armando Pimentel (PSB), foi alvejada por tiros na madrugada de hoje.
A Polícia Federal (PF) também vai operar durante o pleito para combater crimes eleitorais, como a compra e venda de votos. Eles estarão espalhados em três polos principais: Recife, com 73 agentes; Caruaru com 69 e Salgueiro 39. A atuação será por meio de delegacias itinerantes. "A PF tem como atribuição investigar todo e qualquer crime eleitoral quando a Justiça Eleitoral mandar, independente se é eleitor ou candidato", frisou o superintendente da PF em Pernambuco, Marcello Barros. No domingo (2), os eleitores votam para prefeito e vereador do seu município.
Este ano também não haverá emprego de tropas federais em municípios pernambucanos. “O presidente do tribunal recebeu alguns pedidos de tropas federais, mas juntamente com o coronel Gondim [assessor de segurança do TRE], foi analisado que no momento não seria necessário o envio de tropas federais, porque a Polícia Militar tem condições de dar garantias ao pleito, segundo nosso presidente”, explicou o assessor da presidência do TRE, Henrique Melo.