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As equipes de emergência da Indonésia encontraram nesta terça-feira os corpos de duas vítimas da erupção de um vulcão no oeste do país, o que eleva o balanço para 13 mortes, e prosseguem com as buscas por 10 desaparecidos.

Os corpos dos alpinistas mortos foram encontrados perto da cratera do Monte Marapi, na ilha de Sumatra, que em sua erupção de domingo provocou uma coluna de fumaça de 3.000 metros de altura.

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O número de mortos subiu nesta terça-feira para 13, depois que outros dois corpos foram encontrados, informou Abdul Malik, diretor da Agência de Busca e Resgate de Padang.

"O balanço de mortos subiu para 13. Continuamos procurando os 10 alpinistas desaparecidos", anunciou Malik.

"Enviaremos quase 200 pessoas, além daquelas que já estão no local. Até o momento conseguimos descer com cinco corpos", declarou à AFP Hendri, diretor de operações da agência.

"O vulcão permanece em erupção", informou Hendri, que utiliza apenas um nome, assim como milhões de indonésios.

As equipes de resgate também encontraram sobreviventes, que foram resgatados da montanha em uma operação complexa, dificultada por novas erupções.

Ahmad Rifandi, diretor do posto de monitoramento de Marapi, disse à AFP que observou cinco erupções entre 0h00 e 8h00 (horário local).

"Marapi continua muito ativo. Não podemos observar a altura da coluna porque está coberta por uma nuvem", disse.

O diretor da agência de vulcanologia da Indonésia, Hendra Gunawan, afirmou que desde 2011 o Marapi estava no nível de alerta dois (de uma escala que vai até quatro) e que foi imposta uma zona de exclusão de três quilômetros ao redor da cratera.

Ele pareceu culpar os alpinistas por terem se aproximado da cratera, ao destacar que a agência recomenda que as pessoas não visitem a área e que os "impactos graves" para as vítimas aconteceram em um raio de 1 a 1,5 quilômetro da cratera.

As autoridades afirmaram que os alpinistas fizeram registros em um serviço de internet, mas que alguns utilizaram rotas ilegais.

Os parentes aguardam por notícias em um centro de informações na base da montanha.

"Vou permanecer aqui até receber notícias", afirmou Dasman, pai do alpinista desaparecido Zakir Habibi, que viajou duas horas de Padang para tentar encontrar o filho.

Um total de 75 alpinistas estavam registrados para caminhar na montanha a partir de sábado. Alguns sobreviventes sofreram queimaduras ou fraturas.

As equipes de emergência informaram que as buscas devem continuar por sete dias.

Os falecidos sofreram queimaduras graves. Os legistas se preparam para identificá-los pelas arcadas dentárias ou por impressões digitais, ou com base em marcas nos corpos, explicou Eka Purnamasari, da unidade médica da polícia de Sumatra Ocidental.

O Marapi, que significa "montanha de fogo", é o vulcão mais ativo de Sumatra.

A Indonésia fica na região conhecida como Círculo de Fogo do Pacífico, área de encontro de placas tectônicas e de grande atividade vulcânica e sísmica.

O país tem quase 130 vulcões ativos.

O governo espanhol aprovou nesta terça-feira (28) um pacote de ajuda direta de 10,5 milhões de euros para adquirir casas e itens de primeira necessidade para quem perdeu tudo pela erupção do vulcão na ilha de La Palma (sudoeste).

É um pacote de "ajuda imediata para os moradores que continuam desolados pelo avanço da lava e perderam tudo", disse à imprensa a porta-voz do governo, Isabel Rodríguez

"Cerca de 5,5 milhões dos 10,5 milhões de euros (mais de 12 de dólares) serão destinados a 107 casas, sejam para venda ou aluguel, que possam ser imediatamente ocupadas", explicou a porta-voz.

O restante será dedicado à compra de itens necessários para a vida cotidiana, como eletrodomésticos.

"Precisamos dar uma resposta rápida e eficaz", acrescentou a ministra.

O auxílio se ampara na declaração de área de catastrófe para esta ilha de 85.000 habitantes do arquipélago das Canárias, afetada há oito dias pela erupção do vulcão Cumbre Vieja.

O fluxo de lava já destruiu 589 edifícios - nem todos eles de moradia - e cobriu 258 hectares nesta ilha de 85.000 habitantes que vive do cultivo de bananas e do turismo, segundo o sistema de medição geoespacial europeu Copernicus. Mais de 6.000 pessoas tiveram que abandonar suas casas, mas não há registro de feridos ou mortos até o momento.

Nesta terça-feira, a lava estava a cerca de 800 metros do mar, um encontro que não é certo de acontecer, mas que desperta preocupação porque pode gerar explosões, ondas de água fervente ou nuvens tóxicas, de acordo com a página do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).

A chuva de cinzas chegou a deixar sem funcionar por 24 horas o aeroporto de Santa Cruz de Palma no fim de semana. Embora agora esteja teoricamente funcionando, não está recebendo voos.

Sánchez prometeu na semana passada na ilha que iria aprovar "auxílios imediatos destinados a facilitar a moradia para afetados (...) e adquirir itens e objetos necessários que tenham perdido, para seu dia a dia".

Esses auxílios devem "garantir a manutenção e abastecimento de algo muito importante nesta ilha, como o sistema de irrigação", acrescentou.

Ele afirmou que permitiria "o restabelecimento da mobilidade e do transporte de pessoas", após a destruição - nesta terça-feira - de 21 quilômetros de estradas e a concessão de seguro-desemprego para aqueles que perderam seu emprego pela catástrofe.

A Nova Zelândia observou um minuto de silêncio nesta segunda-feira (16) em homenagem às vítimas da erupção vulcânica da Ilha Branca, uma semana após o desastre que deixou 18 mortos.

Em todo o arquipélago, os moradores respeitaram um minuto de recolhimento às 14h11 (22h11 de domingo no horário de Brasília), hora em que a dramática erupção começou.

As bandeiras foram hasteadas a meio mastro do lado de fora do Parlamento da Nova Zelândia em Wellington, onde a primeira-ministra Jacinda Ardern interrompeu uma reunião de seu governo antes de se levantar e observar o minuto de silêncio.

"Nossos pensamentos continuam com as famílias daqueles que morreram e com os que ficaram feridos", disse ela. Muitas das vítimas eram australianas e o primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, anunciou que seus compatriotas também observaram esse minuto de silêncio.

O prefeito de Whakatane, a cidade mais próxima da Ilha Branca, anunciou que as autoridades levaram de barco algumas famílias de vítimas a uma distância segura do vulcão para este momento de meditação.

A catástrofe deixou 18 mortos, incluindo dois guias da Nova Zelândia e 16 turistas de vários países. Pelo menos oito australianos e dois americanos com residência permanente na Austrália estão entre os mortos.

No momento da erupção, 47 pessoas estavam na ilha, vindos, além da Nova Zelândia, da Austrália, Estados Unidos, Alemanha, China, Malásia e Reino Unido. Muitos feridos continuam internados em hospitais na Nova Zelândia e na Austrália, em unidades de terapia intensiva devido a queimaduras graves.

O chefe de polícia da Nova Zelândia, Mike Bush, disse que a prioridade é identificar todos os corpos encontrados e localizar os dos dois últimos desaparecidos, que podem estar submersos ao largo da ilha vulcânica.

"Estamos trabalhando com todos os especialistas, incluindo o oficial do porto que conhece essas águas melhor do que ninguém, para tentar descobrir onde essas pessoas podem estar", disse ele na rádio RNZ.

"Continuaremos esta operação enquanto houver uma chance de recuperar esses corpos", acrescentou. Em outra rádio, ele disse que o trabalho pode "levar dias ou semanas", mas ressaltou que está confiante nas chances de identificar todos os corpos e devolvê-los às famílias.

"É realmente importante que façamos isso bem e o mais rápido possível", destacou. Vários turistas que estavam na Ilha Branca navegavam a bordo do cruzeiro "Ovation of the Seas", que chegou a Sydney nesta segunda-feira de manhã.

A travessia do mar de Tasman foi "um pouco sombria", disse à emissora Channel Nine Troy, um passageiro que se recusou a dar seu sobrenome. "A equipe foi muito bem, tentando manter nosso ânimo, mas pudemos ver que era difícil para eles".

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