Tópicos | Estação de Tratamento

A região do Agreste começou a ser percorrida pela governadora Raquel Lyra com o Ouvir para Mudar. Na manhã desta quinta-feira (21), a gestora participou da plenária da iniciativa em Caruaru, no Agreste Central, e anunciou ações pedidas pela população local. A governadora assinou a autorização de licitação para implantação de uma nova estação de tratamento de água em Caruaru e a ordem de serviço para as obras da PE-95, entre os municípios de Limoeiro e Caruaru.

  “A água é uma das principais demandas do Agreste de Pernambuco e o nosso governo não vai sossegar até tirar esse sonho do papel, tornando realidade na vida do povo. Somado a isso, trazemos aqui o anúncio da conclusão da PE-95, obra que estava inacabada, e agora já tem recurso garantido. É assim que a gente muda Pernambuco, ouvindo as pessoas”, ressaltou a governadora Raquel Lyra.

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A implantação da estação de tratamento de água em Caruaru vai permitir a melhora do abastecimento de toda área leste do município, reduzindo o rodízio em bairros populosos. O equipamento vai atender cerca de 43 mil pessoas, com investimento de R$ 8,3 milhões.

A retomada das obras da PE-95, em um trecho de 80,1 quilômetros, vai facilitar a rota de integração dos Agrestes com a Zona da Mata Norte. A partir de recursos de empréstimos garantidos junto ao governo federal, a obra da estrada vai ser retomada no mês de outubro. O projeto também vai promover a duplicação do trecho urbano da via, com extensão de 4,5 quilômetros, que fará a conexão com a BR-104.  A escuta popular do Ouvir para Mudar é fundamental para a construção do Plano Plurianual (2024-2017), planejamento orçamentário do governo pelos próximos anos.

O secretário de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional do Estado, Fabrício Marques, destacou que o momento é de priorizar as necessidades da população. "O governo tem feito uma grande caravana que começou no dia 1° de setembro e, de lá para cá, já percorremos seis regiões de desenvolvimento. O objetivo é escutar a população, colocar o governo inteiro em contato com as demandas do povo. É uma oportunidade única, todas as equipes estratégicas do Governo do Estado estão abertas para colher sugestões e ajustar rotas, trazendo para o orçamento aquilo que o povo quer ver priorizado", afirmou.

Nas salas temáticas, as pessoas puderam explicar suas prioridades, que depois foram ouvidas pela governadora. Os temas das salas envolvem Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia; Segurança e Cidadania; Saúde e Qualidade de Vida; Agricultura e Meio Ambiente; Água e Habitação; e Infraestrutura e Dinamismo Econômico.

A participante da sala de infraestrutura e dinamismo econômico, Marília Motta, comentou que a retomada de obras paralisadas nas rodovias e a criação de novas estradas esteve entre os principais temas abordados. "A intervenção nas PEs já existentes, a criação de novas estradas que liguem pontos estratégicos, a abertura de novas vias de acesso que tenham potenciais turístico e cultural, podem trazer mais desenvolvimento econômico para os municípios. Falamos também da necessidade de retomada das obras de pavimentação que foram paralisadas no antigo governo”, pontuou.

“É uma felicidade participar de um ato em que ouvir é a principal ferramenta de um governo. Esse é o caminho percorrido com a união dos prefeitos com o Estado e do Estado com o governo federal, tudo para melhorar a qualidade de vida dos pernambucanos em todas as regiões”, destacou o ex-governador João Lyra Neto.  O prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, disse que o Ouvir para Mudar não é um movimento que vai ficar disperso. “Assim como aconteceu em Caruaru, sei que essas escutas já estão promovendo as mudanças significativas que o povo clama na nossa região”, afirmou.

Participaram do evento o corpo de secretários do Estado e os deputados estaduais Abimael Santos, Antônio Morais, Débora Almeida e Joãozinho Tenório. Os prefeitos Josafá Almeida (São Caetano), Alexandre Batité (São Bento do Una), César Freitas (Sanharó), Stênio Fernandes (Lagoa dos Gatos), Joselito Gomes (Gravatá), Fábio Aragão (Santa Cruz do Capibaribe), Edilson Tavares (Toritama), Orlando José (Altinho), Gildo Dias (Sairé), Dió Filho (Riacho das Almas), Dr. Marcos Ferreira (Pombos), Gustavo Adolfo (Bonito), Josué Mendes (Agrestina), Uilas Leal (Alagoinha), Luciele Laurentino (Bezerros), Diogo (Barra de Guabiraba), Gilvandro Estrela (Belo Jardim), José Maria de Macedo (Cupira), Izalta (Ibirajuba), Orlando Jorge (Limoeiro) e Juarez (Machados) também estiveram presentes.

*Da assessoria 

Até chegar às torneiras das casas para ser utilizada pela população, a água percorre um caminho não tão simples assim. Das nascentes dos rios que alimentam barragens, o elemento fundamental para a vida humana passa por vários processos de purificação. A reportagem do Portal LeiaJá visitou a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Sistema Pirapama, no Cabo de Santo Agostinho, para mostrar como funciona o controle do precioso bem natural. 

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Concluído em novembro de 2011, Pirapama tem a capacidade de produzir 5.130 litros de água por segundo, sendo o maior sistema de abastecimento de água de Pernambuco (em funcionamento através da bacia do Rio Pirapama). O manancial sofre a primeira intervenção na Barragem Pirapama; de lá, a água é encaminhada à Torre de Chegada, na Estação de Tratamento. Nesta primeira etapa, a água, em seu estado bruto, é intensamente bombeada, a fim de iniciar os procedimentos de eliminação de resíduos. 

Primeira intervenção química

De acordo com o engenheiro responsável pela coordenação da produção em Pirapama, Euris de Oliveira, o primeiro produto inserido na água é o sulfato de alumínio. “O sulfato é coagulante, serve como uma espécie de cola para aglutinar as impurezas e facilitar na separação”. Após a homogeneização do componente químico, a água segue para os quatro tanques decantadores instalados na ETA. 

O procedimento tem o objetivo de unir mais ainda as partículas até a formação de flocos. A técnica empurra o lodo para o fundo dos decantadores, logo no início do tanque; à medida que segue o curso, a água vai se tornando cada vez mais limpa, até alcançar as canaletas de coleta. E quanto ao lixo formado no fundo dos tanques? “Há um removedor de lodo que varre, automaticamente, todo o decantador e escorre as impurezas numa canaleta lateral”, explica Euris de Oliveira. 

Polimento final

Na sequência, a água é afluída para 16 filtros compostos por uma camada de areia e outra de seixo; a areia retém a sujeira ainda persistente. “Todos os filtros são lavados pelo menos uma vez por dia. Daqui, a água segue recebe, por fim, o cloro e segue para o reservatório”, afirma o coordenador de produção. Segundo Euris, o reservatório já libera a água diretamente para as adutoras que vão abastecer – no caso de Pirapama – o Cabo, parte do Recife e bairros de Jaboatão dos Guararapes. 

“À noite, quando o consumo de água é menor, o nível do reservatório fica alto. De dia, quando a população utiliza mais água, o nível diminui, ou seja, o reservatório fica nessa variação, funcionando como um pulmão”, ilustra Oliveira. Atualmente, segundo o engenheiro, o nível da Barragem Pirapama está em torno de 80%, situação indiscutivelmente mais tranquila que a de 2013, quando o nível decaiu para 13%.  

Sobre a poluição do rio, Euris afirma que o crescimento do polo industrial no Cabo contribui para mais lixo no manancial. “O Governo do Estado não tem uma política rígida de controle, não vejo muita evolução na preservação do rio”. Apesar de todo o trabalho de assepsia, parcela da água se mantém imprópria para uso e é despejada numa lagoa de descarte. Quando atinge a cota máxima de resíduos, o local é seco e o material formado é recolhido para algum aterro sanitário. 

Riscos e novas ações

Com os famosos boatos sobre o rompimento da Barragem de Tapacurá, a reportagem questionou a Euris de Oliveira se há, de fato, a possibilidade de uma tragédia desta proporção. “É praticamente impossível. Só se acontecer uma enchente extraordinária, um dilúvio que ultrapasse todas as previsões”.  De qualquer forma, para controlar os imprevistos possíveis e de menor gravidade, há uma sala específica onde técnicos fazem o controle remoto das operações da Estação.

Já sobre a possibilidade de fluoretação da água, projeto em vias de ser posto em prática na Região Metropolitana do Recife, o engenheiro afirma que ainda estão sendo definidas as empresas fornecedoras do produto. “Aqui já tem um reservatório para o flúor, mas em outras estações isso ainda precisa ser adquirido”. Regulamentada em lei, a fluoretação consiste no enriquecimento da água com o elemento químico no intuito de reduzir indicies de cárie na população dos municípios contemplados. 

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