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No comando da seleção italiana desde maio de 2018, o técnico Roberto Mancini entrou para a história ao levar o time ao segundo título da Eurocopa, neste domingo, com uma vitória por 3 a 2 sobre a Inglaterra nos pênaltis, após o empate por 1 a 1 que persistiu até a prorrogação. Já comemorando o título no gramado de Wembley, o treinador elogiou os jogadores italianos e destacou o quanto a Itália evoluiu desde que ele chegou.

"Eles jogaram bem, nós levamos um gol logo no início, tivemos dificuldades, mas depois dominamos o jogo. Os rapazes foram maravilhosos", avaliou o Mancini, valorizando a maneira como sua equipe reagiu ao gol feito por Shaw com apenas um minuto de jogo. "Há três anos ninguém teria apostado em nós. Estamos felizes por isso", completou.

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Antes da partida, o técnico italiano disse que queria vencer jogando bem. Agora com o título nas mãos, disse acreditar que a missão foi concluída com sucesso. "Fizemos as duas coisas. Estamos contentes por isso", afirmou Mancini, que trouxe uma filosofia mais ofensiva a um país com fama de retranqueiro, não à toa o time terminou com o melhor ataque do torneio continental, com 14 gols marcados.

Apesar disso, o grande destaque da final foi um jogador de defesa: o goleiro Donnarumma, que pegou as cobranças de Sancho e Saka, além de ter visto Rashford acertar a trave. Bastante eufórico no gramado durante a comemoração do título, Donnarumma reforçou o discurso de Mancini, dizendo que a Itália foi desacreditada, e revelou que entrou em desespero quando o ítalo-brasileiro Jorginho desperdiçou a cobrança.

"É um sonho incrível. O que eu posso dizer? Entramos para a história, nós merecemos porque somos um grupo espetacular. Sabemos de onde nós partimos e poucas pessoas acreditavam em nós. No final, nós estamos aqui festejando. Parecia um filme, Jorginho nunca tinha perdido um pênalti, eu mesmo achava que era o fim. Tive que me concentrar de novo e defender mais um pênalti. Eu estava tranquilo, sei do que sou capaz, onde posso chegar", comentou o goleiro, entre sorrisos.

Tetracampeã mundial, a Itália não vencia uma Eurocopa desde 1968, quando conquistou seu único título do torneio, por isso o bicampeonato foi muito valorizado. Do outro lado, a Inglaterra perdeu a chance de vencer a primeira competição desde o título da Copa do Mundo de 1966.

A única certeza que se tinha sobre a disputa da final da Eurocopa deste domingo, em Wembley, era de que o vencedor faria história, já que dois jejuns, cada um com um peso diferente, estavam em jogo. Por fim, o momento histórico foi protagonizado pela Itália. Após empate por 1 a 1 no tempo normal, o time comandado por Roberto Mancini, articulador de uma revolução no futebol italiano, superou a Inglaterra por 3 a 2 nos pênaltis, com atuação decisiva do goleiro Donnarumma, e voltou levantar a taça do torneio continental após 53 anos.

Vice-campeã em 2000 e 2012, a seleção italiana havia vencido a Eurocopa apenas uma vez, em 1968, na mesma década em que os ingleses comemoraram o único título de sua história: a Copa do Mundo de 1966. Por isso, a derrota dói muito para a Inglaterra, que chegou pela primeira vez à disputa da final do torneio e sucumbiu diante da própria torcida, em um estádio cheio.

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Mais do que o fim do jejum, os italianos coroam o grande momento que vivem desde 2018. Com uma mudança na filosofia de jogo, a equipe termina a Eurocopa como dona do melhor ataque, com 14 gols marcados durante a campanha. Além disso, atinge a incrível marca de 34 jogos de invencibilidade.

O cenário da grande decisão parecia resgatado de um passado não tão distante, quando o mundo ainda não havia sido tomado pela pandemia de covid-19. Para quem se acostumou a ver, de casa, finais de futebol com estádios vazios ou público bastante limitado, foi um choque de realidade ligar a TV e se deparar com mais de 67 mil torcedores nas arquibancadas de Wembley, número ainda maior que os já impressionantes 64.950 presentes na semifinal entre Inglaterra e Dinamarca.

Não há como descrever o sentimento de quem estava ali, mas é certo que se criou uma atmosfera que contagiou os donos da casa, não à toa eles precisaram de menos de dois minutos para abrir o placar. Tudo começou quando Kane se apresentou no campo de defesa, avançando em velocidade antes de acionar Trippier. O lateral-direito esperou Shaw se projetar em direção à área para fazer o lançamento ao companheiro, que foi de encontro com a bola e bateu de primeira. Assim, Shaw marcou o gol mais rápido da história em uma final de Eurocopa.

A postura ofensiva que vem colocando os holofotes sobre Roberto Mancini, por subverter a ideia de que os italianos só sabem jogar na retranca, esbarrou em uma Inglaterra bem armada defensivamente por Gareth Southgate. A formação com três zagueiros adotada pelo treinador britânico se justificou com resultados na defesa e no ataque, até porque o gol foi marcado em jogada com assistência e conclusão dos dois laterais.

Diante de tal configuração, não foi muito comum ver o goleiro Pickford trabalhando durante o primeiro tempo. A Itália dominou a posse de bola e contou com investidas pontuais, principalmente em jogadas de Chiesa, mas não foi o suficiente, e o árbitro apitou o fim da etapa inicial em meio a cantos empolgados e ansiosos da imensa maioria dos presentes no estádio, formada por torcedores ingleses.

A Inglaterra foi para o intervalo com uma única finalização, a que originou o gol, e voltou para o segundo tempo sem demonstrar interesse em aumentar esse número. A Itália, por outro lado, entrou em campo sentindo a mesma dificuldade de antes para encontrar espaços no campo adversário. De qualquer maneira, fizeram, em 15 minutos, o que não conseguiram fazer em toda a etapa anterior: colocar Pickford para trabalhar, interceptando finalizações perigosas de Insigne e Chiesa.

Sem abrir mão da postura extremamente defensiva, com raros momentos de alívio, a seleção inglesa se acostumou a ter a Itália em seu campo e não manteve a solidez. Aos 21 minutos, momento no qual os italianos tinham cerca de 70% de posse de bole, Bonucci aproveitou o rebote depois de um cabeceio de Verratti, que acertou a trave após cobrança de escanteio, e empatou o jogo.

A partir da segunda metade do segundo tempo, o jogo ficou mais truncado e ganhou ares de tensão. Toda a adrenalina teve que ser contida aos 41 minutos, quando um torcedor invadiu o gramado e forçou a interrupção da partida. Os minutos finais, com direito a seis de acréscimo, correram com a Itália no campo de ataque tocando a bola com paciência e certa hesitação, o que provocou uma avalanche de vaias da torcida até o árbitro apitar o fim do tempo regulamentar.

As vaias que encerraram o segundo tempo subiram novamente assim que a Itália tocou na bola no início da prorrogação. Como no resto da partida, os italianos mantiveram o domínio, só que encontraram uma Inglaterra mais disposta a buscar jogadas no campo de ataque, o que deixou o jogo mais aberto, com chances para os dois lados. Os primeiros 15 minutos, no entanto, terminaram sem gols.

A etapa final foi de muito nervosismo. Do lado italiano, o sangue subiu em um lance no qual os jogadores clamarem pela marcação de um pênalti após um toque de Stones, com o braço junto ao corpo, mas o árbitro mandou seguir. O tempo foi passando, a torcida praticamente se calou diante da tensão e a história ficou para ser feita na disputa de pênaltis.

Nas penalidades, após Berardi e Harry Kane converterem, Belotti foi o interceptado por Pickford e a Inglaterra se colocou na frente quando Maguire acertou a cobrança na sequência. Logo depois, foi a vez de Rashford, que entrou justamente para a disputa de pênaltis, acertar a trave, antes de Bernadeschi converter para os italianos.

Então, veio uma sequência de erros: Sancho viu sua cobrança defendida por Donnarumma e Jorginho parou em Pickford. A responsabilidade de encerrar o jejum histórico da Inglaterra caiu nos pés de Saka, que não conseguiu completar a missão. Donnarumma foi preciso ao pular no canto esquerdo e deu o título para a Itália, novamente campeã da Eurocopa após 53 anos.

FICHA TÉCNICA

ITÁLIA 1 (3) X 1 (2) INGLATERRA

ITÁLIA - Donnarumma; Di Lorenzo, Bonucci, Chiellini e Emerson (Florenzi); Jorginho, Barella (Cristante) e Verratti (Locatelli); Chiesa (Bernardeschi), Immobile (Berardi) e Insigne (Belotti). Técnico: Roberto Mancini.

INGLATERRA - Pickford; Walker (Sancho), Stones e Maguire; Trippier (Saka), Phillips, Rice (Henderson, depois Rashford), Shaw, Mount (Grealish) e Sterling; Harry Kane. Técnico: Gareth Southgate.

GOLS - Shaw, no primeiro minuto do primeiro tempo. Bonucci, aos 21 do segundo tempo.

ÁRBITRO - Bjorn Kuipers (Holanda).

CARTÕES AMARELOS - Barella, Bonucci, Chiellini, Insigne, Jorginho e Maguire.

PÚBLICO - 67.173 torcedores.

LOCAL - Estádio de Wembley, em Londres (Inglaterra).

Com a presença das pessoas liberada quase depois de dois anos de pandemia da Covid-19 nos estádios, durante a aglomeração de torcedores europeus no estádio para ver a bola rolar na final da Eurocopa entre Inglaterra e Itália, um tumulto foi registrado e pessoas querendo entrar no estádio sem ingresso.

O caso aconteceu na tarde deste domingo (11) em Wembley. A tão esperada disputa entre Inglaterra e Itália movimentou milhares de pessoas, sem qualquer tipo de distanciamento e cumprimento das medidas restritivas de saúde para combater o novo coronavírus. Na Europa, o relaxamento das medidas ocorreu após a vacinação em massa. 

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Segundo o Daily Mail, na Inglaterra o clima foi de final da Copa do Mundo, tendo em vista o tempo de reclusão. Ainda conforme anunciado pelo site inglês, dentro do estádio o governo britânico liberou a lotação máxima de 60 mil torcedores. Ainda assim, muitos torcedores sem ingressos foram à porta do estádio para tentar pular as catracas, como mostra os vídeos que circulam na internet.

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O gol da vitória da seleção inglesa contra a Dinamarca, na última quarta-feira (7), custou caro para a produtora de conteúdo digital Nina Farooqi. Ela mentiu para os chefes e disse que estava doente para acompanhar a semifinal da Eurocopa no estádio de Wembley, em Londres. Contudo, foi flagrada por emissoras de TV celebrando o desempate na prorrogação e acabou demitida.

Na manhã seguinte após a funcionária aparecer vibrando nas transmissões da partida, o chefe ligou para Nina e comunicou o desligamento. Era por volta de 6h e ela já estava na estação de metrô a caminho do serviço.

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"É uma mistura de emoções: chegamos à final, ainda estou tão eufórica, mas perdi o meu emprego. Minha amiga ganhou os ingressos no trabalho e sabia que eu faria qualquer coisa para ir ao jogo. Não havia como recusar", tentou se explicar em entrevista ao Telegraph.

Ainda que ponha na balança, para ela, a oportunidade de fato era única. Por isso, afirma que mentiria de novo para ver de perto da vitória da Inglaterra que credenciou a equipe a sua primeira final de Euro.

"Eu me arrependo um pouco, ninguém quer ser demitido, mas eu também teria odiado o arrependimento de ficar fora (do jogo). Eu faria tudo de novo", ressalta.

O diretor da Composite Prime e ex-chefe de Nina, Charles Taylor, contou ao The Sun que “ela mentiu. Violou as regras do contrato. Não tivemos escolha".

Os atletas da seleção inglesa decidiram que irão doar o prêmio financeiro que receberam pela participação na Eurocopa para o serviço público de saúde do Reino Unido, o National Health Service (NHS), que tem sido crucial no combate à pandemia de covid-19 no país. Na final, a Inglaterra enfrentará a Itália.

Os valores, mesmo em caso de segunda colocação, não são pequenos. O grupo de jogadores campeões da Eurocopa receberá 9,6 milhões de libras esterlinas (R$ 70,1 milhões) para dividir entre os 26 atletas, enquanto o vice receberá 8,5 milhões de libras (R$62,1 milhões). A federação do país vencedor receberá 24 milhões de libras (R$ 175 milhões).

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"Depois de discussões positivas com a FA, os jogadores da seleção masculina principal estão satisfeitos em confirmar que uma doação significativa dos jogos internacionais será feita à NHS Charities Together através da iniciativa Players Together. Esta contribuição será retirada de um fundo já reservado para apoiar uma variedade de causas sociais usando todo o dinheiro recebido de jogos desde setembro de 2018", afirmaram os jogadores em um comunicado oficial. Os planos ainda estão finalizados por conta de questões relativas à tributação.

O Players Together é um fundo de caridade dos jogadores que atuam na Inglaterra, criado no ano passado por iniciativa de Jordan Henderson, capitão do Liverpool e um dos jogadores da seleção.

A final da Eurocopa será no próximo domingo, às 16h, em Wembley, estádio histórico em Londres. A Inglaterra chegou à decisão após superar a Dinamarca na prorrogação, enquanto a Itália empatou com a Espanha e conquistou a vaga na disputa de pênaltis.

A Uefa anunciou nesta sexta-feira uma punição a Hungria pelo "comportamento discriminatório de seus torcedores" nos três jogos disputados pela seleção na Eurocopa. Uma multa no valor de 100 mil euros (cerca de R$ 625 mil) foi aplicada à Federação de Futebol Húngara, além de três jogos com portões fechados.

Gritos racistas contra jogadores negros da França foram proferidos da arquibancada onde estavam os 'ultras' húngaros em Budapeste no dia 19 de junho. A Uefa também investigou faixas homofóbicas usadas pelos torcedores durante as outras partidas da fase de grupos, contra Portugal e Alemanha.

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Em 20 de junho, o órgão que comanda o futebol europeu nomeou "um inspetor ético e disciplinar" para investigar "potenciais incidentes discriminatórios na Arena Puskas em Budapeste". A investigação foi ampliada após supostos gritos e faixas homofóbicas no duelo Alemanha e Hungria em 23 de junho em Munique.

Na sexta-feira, o órgão de controle, ética e disciplina ordenou a Federação Húngara "que dispute com portões fechados os seus próximos três jogos das competições da Uefa em casa. O terceiro está em suspenso em seu cumprimento, sujeito a um período de teste de dois anos a contar da data da decisão.

Esta sanção não se aplica aos jogos de classificação para a Copa do Mundo de 2022, que são organizados pela Fifa e não pela Uefa, disse a organização sediada em Nyon.

A Federação Húngara também terá que "exibir uma faixa com a expressão #EqualGame, com o logotipo da Uefa na parte superior" nos jogos disputados com portões fechados, afirma o comunicado.

Na fase de grupos da Eurocopa, a Uefa foi criticada por ter vetado as autoridades de Munique, na Alemanha, que iluminassem o estádio Allianz Arena com as cores do arco-íris da comunidade LGBT em protesto contra uma lei húngara considerada homofóbica, por ocasião do jogo Alemanha x Hungria.

A Uefa invocou então uma obrigação de neutralidade política, afirmando que tem um "firme compromisso" na luta contra a homofobia.

Com a Eurocopa prestes a terminar, algumas coisas começam a ser repensadas na competição. Por exemplo, o presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, reconheceu que o atual formato do torneio não foi justo com a maioria dos participantes, alegando que múltiplas sedes e medidas sanitárias tornaram viagens desgastantes e impróprias para boas condições físicas para jogar futebol.

Pela primeira vez em 60 anos de história, a Eurocopa foi realizada em diversos locais ao redor do Velho Continente. Foram 11, para ser exato. O plano inicial previa 12 cidades que receberiam os jogos, mas Dublin, na Irlanda, acabou por ser retirada do cronograma e algumas partidas tiveram de ser realocadas.

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Então, os compromissos foram realizados nas seguintes cidades: Londres (Inglaterra), São Petersburgo (Rússia), Baku (Azerbaijão), Munique (Alemanha), Roma (Itália), Amsterdã (Holanda), Bucareste (Romênia), Copenhage (Dinamarca), Glasgow (Escócia) e Sevilha (Espanha). Isso significa que seleções tiveram de fazer longos percursos em espaço de tempo curto, além do fato de que a pandemia de covid-19 atrapalhou grande parte dos torcedores que tentaram acompanhar as viagens de seus times.

Para Ceferin, isso foi inviável e não deve se repetir. "Eu não apoiaria isto novamente", declarou o dirigente. "Eu acho muito desafiador, isto de certa forma não é correto com alguns times que tiveram de viajar mais de 10 mil quilômetros enquanto outros fizeram apenas mil, por exemplo."

"Não é justo com os torcedores", acrescentou Ceferin. "Alguns fãs tiveram de estar em Roma e no dia seguinte ou alguns poucos dias depois tiveram de estar em Baku", disse. Para efeitos de comparação, a distância entre as cidades é de aproximadamente 4,5 mil quilômetros, com voos com cerca de 4 horas e meia de duração. O dirigente, por fim, reconheceu que a ideia é interessante, mas inviável. "Eu não acho que faremos de novo."

Apesar das adversidades encontradas pelo caminho, Ceferin reconheceu que esta foi uma Eurocopa que entrará para a história. "Foi uma Euro especial, não tenho dúvidas. Eu ainda vou lembrar desta Euro como uma das mais interessantes, no início da normalidade, eu espero, do mundo."

A grande decisão da Eurocopa será entre Itália e Inglaterra, neste domingo, às 16 horas (horário de Brasília). A partida será realizada no estádio Wembley, em Londres.

A Inglaterra vai disputar pela primeira vez a final da Eurocopa, domingo, diante da Itália. Nesta quarta-feira, a seleção inglesa, diante de 64.950 espectadores, em Wembley, derrotou a Dinamarca, na prorrogação, por 1 a 0, após empate no tempo normal, por 1 a 1. O English Team vai tentar ser campeão pela primeira vez desde o título da Copa do Mundo de 1966.

Como se esperava, a Inglaterra iniciou a partida no ataque. Com Kane fora da área, os anfitriões armaram suas jogadas pela direita, cujo objetivo era servir o rápido Sterling, que entrava em diagonal pela esquerda. Aos cinco minutos, o atacante do Manchester City chegou atrasado.

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Aos 12, a Dinamarca errou na tentativa de contra-atacar e propiciou boa oportunidade para Sterling, que parou na defesa de Schmeichel. Mas o domínio inglês durou pouco.

Com uma defesa bem postada, uma saída rápida em contra-ataque e uma marcação não tão forte no campo do rival, a Dinamarca foi se impondo no jogo e passou a ser mais perigosa, graças à inteligência de Damsgaard, que, aos 24 minutos, por pouco não surpreendeu Pickford.

Mas aos 30 não teve jeito. Damsgaard bateu forte a falta e Pickford demorou para ir na bola: 1 a 0, Dinamarca, que, com o placar favorável, se fechou atrás, mas não conseguiu segurar a vantagem por muito tempo. Sempre pela direita, os ingleses pressionaram até que Saka cruzou da direita e Kjaer fez contra. No minuto anterior, Schmeichel havia impedido gol de Sterling, em jogada semelhante.

O segundo tempo teve a Inglaterra com a iniciativa, enquanto os contra-ataques ficaram para a Dinamarca. Mas as oportunidades surgiram dos dois lados. Aos nove minutos, Maguire cabeceou, mas Schmeichel fez bela defesa. Aos 13, Dolberg também fez Pickford trabalhar.

Os minutos seguintes foram marcados por muita precaução das duas equipes, receosas com a possibilidade de sofrerem um gol e terem pouco tempo de reação. Com isso, os lances mais perigosos foram escassos. A tensão foi notada na fisionomia dos torcedores nas arquibancadas de Wembley.

Nos últimos minutos, a Inglaterra pressionou, mas não conseguiu finalizar na meta de Schmeichel. A Dinamarca deu a impressão de estar cansada e abdicou do ataque.

Na prorrogação, o domínio inglês foi ainda maior. Schmeichel fez bela defesa em chute de Kane e também en finalização de Grealish. Sterling também tentou, mas errou. Os dinamarqueses estavam acuados e pouco ficaram com a bola.

Aos 13, o juiz deu pênalti em Sterling, após jogada individual do atacante. A marcação foi confirmada pelo VAR. Kane bateu, Schmeichel defendeu parcialmente, mas o atacante aproveitou o rebote: 2 a 1, Inglaterra. Até o príncipe William festejou demais nas tribunas.

O panorama mudou na etapa final do tempo extra, com a Dinamarca no campo de ataque, enquanto a Inglaterra, com mais espaço, passou a se utilizar dos contra-ataques. As oportunidades foram poucas, mas ainda deu tempo de mais um duelo entre os dois nomes da partida: Sterling x Schmeichel, com vantagem do goleiro.

A Eurocopa foi eleita pela Rede Globo para minimizar uma eventual perda de audiência causada pela transmissão exclusiva da Copa América no SBT e nos canais Disney. Sem o torneio sul-americano de seleções, a emissora carioca aposta tudo na competição europeia. A aposta vem dando certo. Os jogos europeus têm levado vantagem na guerra da audiência. Por outro lado, o clássico sul-americano entre Brasil e Argentina terá apelo maior no final de semana, dizem os especialistas.

No final de semana, os dois torneios vão conhecer os campeões. No sábado, às 21h, Brasil e Argentina decidem a Copa América no Maracanã. O torneio europeu será decidido no domingo, às 16h. Não haverá, portanto, uma disputa direta por audiência. O maior clássico sul-americano deverá ter grande apelo no SBT.

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"A final da Copa América entre Brasil x Argentina, com a rivalidade histórica e tantos craques e os fenômenos Neymar e Messi, vai resultar em bons índices", aposta o professor Marcelo Palaia, especialista em marketing esportivo.

Para o estudioso, as diferenças das condições dos jogos também influenciam no interesse do público. Os jogos da Copa América são disputados sem a presença da torcida para conter a disseminação do novo coronavírus. Na Eurocopa, por sua vez, o público pode assistir às partidas, com limitações, em virtude do avanço da vacinação.

"O público está mais seletivo e gosta do futebol bem jogado. Tecnicamente falando, e também em termos estruturais e com a festa do público nas arquibancadas, a diferença entre Euro e Copa América é visível e reflete os números", diz Palaia.

Os números têm sido favoráveis ao torneio europeu no mês de junho. Na TV aberta, a competição transmitida pelo SBT ficou atrás em audiência da Globo na maioria das praças do país nos jogos do Brasil, seja competindo contra o Domingão do Faustão ou contra reprises de novela. Já na TV fechada, a exibição pelos canais ESPN e FOX Sports foi ultrapassada pela Eurocopa, mostrada pelo SporTV. No último mês, os jogos europeus registraram 47 das 50 maiores audiências da televisão paga.

Essa diferença ficou clara no primeiro final de semana de disputa dos dois torneios. No domingo, 13 de junho, as duas competições foram mostradas na TV aberta. A Euro teve Inglaterra x Croácia, às 10h (horário de Brasília) na Globo, e Brasil x Venezuela abriram a Copa América no SBT, às 18h (também horário de Brasília). Pela manhã, a Globo liderou o Ibope em todas as praças do país com o jogo europeu, tendo 9 pontos de média em São Paulo e 10 no Rio de Janeiro.

Já a partida da seleção brasileira no SBT, oito horas depois, teve pico de 15,6 pontos em São Paulo, mas também ficou atrás da Globo, que teve 16 pontos de média com o Domingão do Faustão apresentado por Tiago Leifert no mesmo horário.

Os dados da internet seguem a mesma lógica. Segundo o Google Trends, a Eurocopa foi um termo de pesquisa buscado em média quatro vezes mais que a Copa América durante o mês de junho.

Bruno Maia, especialista em inovação e novos negócios na indústria do esporte, afirma que a expertise da Globo na promoção do futebol é um fator importante. "A Globo trabalha o produto em muitas plataformas e pontos de contato. O espectador é atingido, desde a TV aberta até as chamadas em portais, na cobertura de todos os jogos feitas pelo Sportv e seu jornalismo. Até na tela de abertura do Globoplay gratuito tem chamada para a Eurocopa. Mesmo sendo um produto sem o Brasil, a promoção é mais forte e é natural que isso traga resultado em interesse e audiência", analisa o autor do livro "Inovação é o Novo Marketing".

Para diminuir a migração de espectadores para os jogos da seleção brasileira, realizados à noite, a emissora carioca tem feitos pequenas alterações nos horários dos programas. O Jornal Nacional, carro-chefe de audiência, tem tido 10 minutos a mais de duração. O mesmo acontece com a novela Império. Com isso, a Globo se mantém na liderança. Na última segunda-feira, a ponta foi mantida com 25,6 de média.

Para os jogos diurnos, a Globo vem modificando a programação de forma significativa, até com o cancelamento de atrações, como Sessão da Tarde e Malhação. A aposta tem dado resultados. A emissora registrou 22 pontos de audiência na Grande São Paulo na primeira semifinal da Eurocopa, disputada entre Itália e Espanha. No Rio de Janeiro e Porto Alegre, a emissora registrou picos de quase 30 pontos. No horário, a transmissão da emissora carioca apresentou média de 14,6 pontos em São Paulo, contra 7,3 do SBT, vice-líder.

Embora distante da liderança, o SBT tenta se consolidar na segunda posição na medição de audiência. Na transmissão da vitória do Brasil sobre o Peru por 1 a 0, no estádio Nilton Santos, na segunda-feira, 5, a emissora registrou a maior audiência – na Grande São Paulo - desde o início do torneio. Entre 20h e 21h57, o SBT marcou 14,7 pontos de média, com 17,3 pontos de pico. De acordo com os dados divulgados pela emissora, o índice foi 49% superior ao registrado pela emissora terceira colocada que marcou apenas 9,9 pontos de média. Considerando apenas o horário da partida, o SBT alcançou impactou 2,7 milhões de pessoas.

A Itália está na final da Eurocopa. O time do técnico Roberto Mancini venceu a Espanha, nesta terça-feira, em Wembley, nos pênaltis, por 4 a 2, após empate no tempo normal por 1 a 1 e 0 a 0 na prorrogação. O adversário dos italianos na final sai no confronto desta quarta-feira entre Inglaterra e Dinamarca, também em Wembley, às 16 (de Brasília). O pênalti decisivo foi convertido pelo brasileiro naturalizado italiano Jorginho.

A Itália começou tentando impor uma marcação forte e ficar no campo de ataque. Barella acertou a trave de Simón em um lance impugnado pela posição de impedimento. Mas com o passar do tempo a Espanha retomou a bola e passou a dominar a partida.

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Mesmo com a forte zaga italiana, os espanhóis encontraram espaço para levar perigo è meta de Donnarumma. Oyarzabal teve duas oportunidades, mas não teve sucesso.

A Itália só conseguiu respirar aos 20 minutos, quando Emerson surgiu pela esquerda diante de Simón. A bola ficou com Immobile, que rolou para Barella. Sem goleiro, ele perdeu a chance. A Espanha respondeu rápido e Olmo obrigou Donnarumma a fazer a melhor defesa dos primeiros 45 minutos.

Depois dos 30, a Itália voltou a pressionar a Espanha e por pouco não abriu o placar com Emerson, que, em nova escapada pela esquerda, acertou forte chute na trave de Simón.

Dois detalhes importantes no primeiro tempo: apenas 14 faltas foram cometidas (Itália 8 x 6 Espanha), enquanto os espanhóis trocaram mais do dobro de passes que os italianos 324 a 152.

O início do segundo tempo foi eletrizante. Em menos de dez minutos, cada seleção já havia ameaçado a meta rival. Busquets bateu na entrada da área e errou por pouco. Já Chiesa forçou bela defesa de Simón.

Mas o placar foi aberto aos 14 minutos. E doo jeito que a Itália gosta de jogar. Donnarumma interceptou um cruzamento e lançou rápido Barella na esquerda. Em velocidade impressionante, a bola foi para Immobile, que se enroscou com a defesa espanhola. O rebote ficou para Chiesa, que bateu com extrema categoria: 1 a 0.

A partida pegou fogo. A Espanha se lançou ao ataque e quase empatou com Oyarzabal e Olmo. A Itália não se intimidou e Berardi só não fez o segundo gol italiano porque Simón fez grande defesa. Tudo isso visto por um Wembley quase lotado e repleto de energia.

Um segundo gol na partida poderia sair de qualquer lado. E saiu aos 34, após bela jogada de Morata, que tabelou com Olmo e finalizou com enorme tranquilidade diante de Donnarumma.

Os times não diminuíram o ritmo nos últimos dez minutos mesmo com o perigo de sofrer um gol decisivo no final. O placar ficou igual e a disputa foi para a prorrogação, a terceira consecutiva para os espanhóis na competição.

O primeiro tempo extra mostrou uma Espanha mais organizada e bem fisicamente, apesar dos desgastantes jogos anteriores. Por duas vezes teve oportunidade de ficar à frente no placar. A Itália, sem Insigne e Immobile (substituídos na segunda etapa), não apresentou força para buscar os contra-ataques.

A Itália voltou melhor nos últimos 15 minutos. Berardi até teve um gol anulado, mas faltou regularidade. Cansados, os times optaram em levar a decisão para os pênaltis. Gerard Moreno, Thiago converteram para a Espanha, enquanto Belotti, Bonucci, Bernardeschi e Jorginho marcaram para a Itália. Simón pegou o pênalti de Locatelli, mas Olmo mandou para fora e Donnarumma defendeu a cobrança de Morata.

Pressionada após a repercussão das imagens de seguranças tomando uma bandeira LGBTQIA+ das mãos de um torcedor, a Uefa divulgou um comunicado para afirmar que está investigando o caso, registrado durante a partida entre Dinamarca e República Tcheca, pelas quartas de final da Eurocopa, em Baku, no sábado. No texto, a entidade se defende das acusações de ter sido conivente e diz que jamais "deu indicações aos seguranças do estádio de Baku, ou de qualquer outro estádio, para confiscarem bandeiras com o arco-íris".

A Uefa relatou, também, que o torcedor que teve a bandeira confiscada "estava embriagado" e que "alguns torcedores locais estavam ficando agressivos para com ele". Isso teria motivado a intervenção dos seguranças que aparecem nas imagens. Ainda segundo o comunicado, a bandeira foi devolvida ao torcedor, mas o confisco não foi justificado.

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"A bandeira do arco-íris é um símbolo que representa os valores fundamentais da Uefa, promovendo tudo aquilo em que acreditamos - uma sociedade mais justa e igualitária, tolerante com todos e a Uefa garantiu que a bandeira fosse devolvida ao torcedor", diz outro trecho da nota.

A exibição do símbolo com as cores do arco-íris vem causando polêmica desde o início da Eurocopa, já que o torneio começou justamente em junho, quando é celebrado o Mês do Orgulho LGBTQIA+. Diante desse cenário, foram articuladas algumas mobilizações para dar visibilidade à causa durante a disputa das partidas, e alguns episódios terminaram em polêmica.

Ainda durante a fase de grupos, o goleiro alemão Manuel Neuer usou a braçadeira de capitão com as cores do arco-íris na vitória por 4 a 2 sobre Portugal, no dia 19 de junho. Um dia depois, a Uefa disse que chegou a abrir uma investigação contra o goleiro, mas arquivou a apuração após a conclusão de que a atitude tinha "uma boa causa".

Em outro episódio, a entidade recusou o pedido do prefeito de Munique, Dieter Reiter, para iluminar a Allianz Arena com as cores do arco-íris antes da partida entre Alemanha e Hungria. A justificativa foi de que a Uefa tinha o compromisso de se manter "politicamente neutra", já que o ato proposto por Reiter era um protesto contra uma lei anti-LGBTQIA+ aprovada na Hungria.

A Inglaterra, considerada uma das favoritas para o inédito título da Eurocopa, confirmou a condição e avançou neste sábado à semifinal do torneio ao golear a Ucrânia por 4 a 0, no estádio Olímpico, em Roma, na Itália. A seleção inglesa mantém, assim, a invencibilidade e impressiona também por ainda não ter levado um gol sequer durante esta edição.

Em um jogo com pouca desenvoltura e tecnicamente fraco no primeiro tempo, sobressaiu o pragmatismo inglês na etapa final para definir a partida ante à surpresa ucraniana, com destaque para Harry Kane, autor de dois gols na vitória que deu a classificação.

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O atacante, logo aos três minutos, marcou o primeiro em finalização cara a cara com o goleiro, após receber lindo passe de Sterling.

A euforia com o gol logo se arrefeceu por causa da forte marcação de ambos os lados, mas com maior posse de bola por parte dos ingleses. A Ucrânia não teria incomodado em nada a Inglaterra no primeiro tempo, não fosse um chute do atacante Yaremchuk, aos 15 minutos, espalmado por Pickford.

A Inglaterra era melhor na partida, mas também não chegava com muito perigo. Os primeiros 45 minutos passaram devagar, mas o restante compensaria. Em outro gol fulminante dos ingleses, o marcador foi ampliado, no primeiro minuto do segundo tempo, em uma cobrança de falta que contou com o desvio do zagueiro Maguire.

Três minutos depois, Sterling achou Shawn pela esquerda com um passe de letra. Em condições favoráveis para o cruzamento, o lateral acertou na medida e Harry Kane apenas teve o trabalho de fazer um simples cabeceio para fazer o terceiro da Inglaterra e o seu segundo no jogo.

Aos 16 minutos, Kane, o grande destaque da partida, quase fez o seu terceiro em um belo chute defendido por Bushchan. Um minuto depois, o volante Jordan Henderson fechou a conta e a goleada na capital italiana com um gol de cabeça em cobrança de escanteio.

Com quatro gols de vantagem no placar, a Inglaterra passou a tocar a bola com tranquilidade sob gritos de "Olé!" por parte da torcida presente no estádio Olímpico de Roma. A Ucrânia só acompanhava, mas já sem esperanças e sem qualquer reação.

Com uma contundente vitória contra a Alemanha, nas oitavas de final, e agora com uma goleada nas quartas em cima da Ucrânia, a Inglaterra enfrentará a Dinamarca, de volta para casa, no estádio de Wembley, em Londres, na próxima quarta-feira, às 16 horas (de Brasília). O confronto vale vaga para a final da Eurocopa, situação que o país nunca vivenciou na competição disputada desde 1960.

Entidade que organiza o futebol europeu e, consequentemente, a Eurocopa, a Uefa anunciou neste sábado que duas das quatro partidas das quartas de final da competição foram proibidas manifestações e bandeiras que contenham o arco-íris, símbolo da luta LGBTQIA+ por igualdade. Os compromissos estavam marcados para ser realizados na Rússia e no Azerbaijão.

Em São Petersburgo, nesta sexta-feira, a Espanha derrotou a Suíça nos pênaltis após empate no tempo regular em 1 a 1. Neste sábado, no Estádio Olímpico de Baku, República Checa e Dinamarca medem forças para ver quem avança e se classifica entre os 4 finalistas da atual edição da Eurocopa. Nenhum dos dois duelos foram autorizados a conter manifestações contra a homofobia. A Uefa diz, em comunicado oficial, que a decisão é baseada na legislação de cada local.

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"A Uefa apoia totalmente o significado e a causa das mensagens de tolerância e respeito pela diversidade, o que já foi mostrado em todos os estádios das oitavas de final", diz um trecho do comunicado. Em seguida, a entidade confirma que as bandeiras estão permitidas a serem erguidas em Munique (nesta sexta) e em Roma, neste sábado.

Porém, a mensagem continua, dizendo que a Uefa "exige que os seus patrocinadores garantam que as suas obras de arte estão em conformidade com a legislação local e compreendemos que este não é o caso em Baku e São Petersburgo."

Apesar de obedecer as leis locais para não estampar imagens sobre a causa em questão, o informativo da Uefa destaca que continuará a apoiar e divulgar a luta contra todos os tipos de discriminação através da campanha Equal Game em todos os estádios em todos os jogos restantes. Por fim, informa que todos os patrocinadores decidiram por não usar mais o arco-íris em suas ações, visto que "o mês do orgulho gay está chegando ao fim".

A Uefa já enfrentou duras críticas durante a Eurocopa, como quando rejeitou o pedido para que a Allianz Arena estampasse as cores do arco-íris mesmo após a insistência, dizendo que isto seria um ato político contra as novas leis implementadas pelo governo da Hungria.

A Dinamarca segue sua saga de superação na Eurocopa. Depois de perder seu astro Eriksen na primeira rodada, após um mau súbito em campo, e com vaga nas oitavas garantida apenas na rodada final, a seleção nórdica se garantiu nas semifinais da Eurocopa ao espantar uma maldição em confrontos contra a República Checa. Então freguesa da rival, ganhou por 2 a 1, em Baku, no Azerbaijão, se vingou da eliminação de 2004 e agora aguarda por Inglaterra ou Ucrânia.

Foi apenas a terceira vitória contra os checos em 26 confrontos na história. A freguesia, porém, teve um desfecho diferente neste sábado. Graças a dois gols na primeira etapa, soube se segurar após reação rival e avança com méritos.

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Depois de duas derrotas no começo da competição, a Dinamarca despertou, ganhou o terceiro jogo seguido, com 10 gols marcados nesta sequência, e chega empolgada à semifinal. Após o drama com Eriksen, o time agora mostra união e enorme força para seguir bem. Está entre os quatro melhores do continente.

Foi um jogo duro, desgastante, e com enorme festa com na torcida em um "abraço coletivo" após o apito final. Venceu quem melhor se postou em Baku. E tudo começou de um erro da arbitragem.

Em um escanteio inexistente, pois seria tiro de meta, surgiu o primeiro gol em Baku. Logo aos 5 minutos, a cobrança encontrou a cabeça de um livre Delaney, que não teve trabalho para fazer 1 a 0. Forte no jogo aéreo, a República Checa deixou o camisa 8 sem marcação.

Apesar da vantagem no marcador, os dinamarqueses seguiram tomando as ações do jogo. No campo ofensivo, seguiam atrás de vantagem ainda maior. Foram 15 minutos se impondo. Os checos demoraram para assimilar o golpe. Mas, aos poucos, equilibraram o duelo.

O goleiro Schmeichel trabalhou bem duas vezes e evitou o empate. A República Checa não empatou e acabou castigada nos contragolpes. No primeiro, se safou com Damsgaard parando no goleiro. No

segundo, nada pôde fazer quando Maehle foi à linha de fundo e cruzou com estilo para Dolberg, sozinho, ampliar.

A festa em vermelho e branco era bonita nas arquibancadas do estádio Olímpico de Baku. Virou apreensão apenas com a lesão de Maehle, que saiu mancando pouco antes do intervalo. Com o apito final, ele teria 15 minutos para se recuperar no vestiário. E se recuperou.

Em um confronto em que os checos apostavam muito em seu artilheiro Schick, o jogo coletivo dos dinamarqueses se sobressaiu na primeira etapa, com a melhor técnica sendo refletida em 2 a 0 no marcador.

Descontente com a apresentação de sua seleção, Jaroslav Silhavy fez duas trocas no intervalo. E a República Checa renasceu no jogo. Voltou com tudo e foi logo exigindo milagre de Schmeichel. No segundo ataque, diminuiu com o artilheiro Schick, agora com os mesmo cinco gols de Cristiano Ronaldo.

Os então barulhentos dinamarqueses se calaram nas arquibancadas com a reação rival. O silêncio transmitia a apreensão após volta bem melhor dos checos.

Era um time no ataque em busca da igualdade diante de outro tentando segurar vantagem no placar e explorando contragolpes para tentar ampliar. Aos checos faltou calma para igualar o marcador, enquanto os dinamarqueses não tiveram capricho para ficar em situação mais tranquila ao sair na cara do goleiro.

O placar, contudo, não foi modificado mais, para festa dos dinamarqueses, maioria entre os 16 mil trocadores presentes. Os jogadores terminaram a partida exaustos e,no fim, ninguém mais tinha pernas e forças para um algo a mais. Melhor para quem iniciou melhor e espantou o fantasma de ser um freguês dos checos.

O técnico Tite considerou justa a expulsão de Gabriel Jesus no início da etapa final da partida contra o Chile, nesta sexta-feira, pelas quartas de final da Copa América, mas não viu maldade do atacante no lance. O treinador aproveitou para ressaltar a postura da equipe, ao ficar com um atleta a menos por todo o restante do duelo, que acabou vencido pelo Brasil por 1 a 0.

"Um dos nosso objetivos é antecipar situações de jogo. A gente antecipa estar com um a menos. Não que queiramos isso, mas às vezes por um acidente, como expulsão. A expulsão do Gabriel Jesus foi justa, mas foi acidental, não por maldade. Com um a menos, tem duas possibilidades. Treinamos um 4-4-1 ou um 4-3-2, conforme a necessidade do jogo. Como estávamos com o placar à frente, abrimos os dois externos deixando o Neymar em uma situação mais avançada. Tem de marcar mais baixo. São as duas equipes com mais posse, mais trocas de passe, mais propositivas, mais jogos. Aí ficamos com situação mais atrasada, controlando o Chile e procurando contra-ataque, tanto que tivemos mais finalizações nesse período mesmo tendo menos a bola", disse Tite, em entrevista coletiva.

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Gramado

O técnico aproveitou para criticar mais uma vez o gramado do Engenhão, que será palco também da disputa da semifinal, segunda-feira, diante do Peru.

"Quero fazer um agradecimento a vocês, funcionários da Conmebol. E eu falei isso sem estar ao vivo. A gente vê o quanto vocês se doam para que o espetáculo, a entrevista, a organização, seja feito da melhor maneira possível. E nisso está outro detalhe. Inclusive de tentar fazer o campo em boas condições. Eu, enquanto técnico, fiquei contente com a classificação, contente porque uma equipe do outro lado, a bicampeã anterior da Copa America, poderia ser um espetáculo muito mais bonito. Duas equipes que propõe o jogo, posse de bola. E fiquei triste com o espetáculo. Fiquei triste. Se eu tivesse em casa assistindo, diria: "que jogo bom que poderia acontecer". Porque até para bater tiro de meta teve dificuldade, o Ederson."

Tite sugeriu que a sede da próxima partida seja alterada. "Por favor. Eu faço um reconhecimento a todos vocês, mas, por favor, quem tem a responsabilidade, eu peço: encontre um campo melhor. Uma sede. Tudo vai ser melhor. O espetáculo vai ser melhor. Estou falando de uma forma muito despojada. Entenda o futebol como algo... É perigoso machucar! Atletas de alto nível. Por favor, encontre um campo melhor. Para o espetáculo."

Em um jogo à altura da qualidade técnica de duas das equipes apontadas como favoritas à conquista da Eurocopa, a Itália derrotou a Bélgica por 2 a 1 nesta sexta-feira, em Munique, na Alemanha, e garantiu seu lugar entre os quatro semifinalistas do torneio. Foi uma das melhores partidas da competição até o momento e decidida a favor dos italianos com dois belos gols de Barella e Insigne, ambos no primeiro tempo.

Centroavante da Inter de Milão, Lukaku conhece muito bem o futebol italiano. Ele foi o destaque da Bélgica. Lutou muito, se movimentou, incomodou a defesa rival e marcou de pênalti o gol dos belgas, mas não foi suficiente para evitar a eliminação em Munique em um duelo equilibrado e de alto nível.

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Os italianos querem acabar com o jejum de títulos. O primeiro - e único - troféu conquistado da Eurocopa foi erguido em 1968. Para isso, terão de passar pela Espanha nas semifinais. O duelo será na próxima terça-feira, às 16 horas (de Brasília), no Wembley, em Londres. Os outros dois semifinalistas serão conhecidos neste sábado.

Já a Bélgica se despede do torneio do qual nunca foi campeão sem ser capaz de desfazer a freguesia diante dos italianos.

Bélgica e Itália fizeram o melhor primeiro tempo da competição europeia até o momento. Os belgas foram protagonistas no início, com boa atuação de De Bruyne e Lukaku, os craques da equipe. O meia do Manchester City parou em excelente defesa de Donnarumma com a mão direita aos 21. Aos 25, o atacante da Inter de Milão exigiu outra linda intervenção do arqueiro. Ele chutou cruzado, rasteiro, mas Donnarumma espalmou no canto direito.

A Itália, que havia tido um gol anulado de Bonucci por impedimento com o auxílio do VAR, cresceu a partir da metade do primeiro tempo e foi mais eficiente que o rival. Chiesa tentou em chute desviado, Insigne arriscou o arremate cruzado da entrada da área, por cima do travessão. Até que Barella abriu o placar aos 30 minutos.

Vertonghen saiu jogando errado e deu de presente para Verratti, que acionou Barella. O meia passou entre dois marcadores e bateu cruzado para o fundo das redes. Festa da Azzurra, que aproveitou o momento de instabilidade do rival e continuou em cima até ampliar o marcador. Chiesa finalizou com perigo e Immobile acabou sendo travado pela marcação.

O segundo gol, então, saiu dos pés de Insgine. E foi uma pintura. Aos 43 minutos, o camisa 10 driblou um marcador, avançou pelo meio do campo com a bola e foi muito feliz ao acertar um lindo chute da entrada da área, perto do ângulo esquerdo de Courtois. No minuto seguinte, a combalida Bélgica renasceu depois que Doku foi deslocado por Di Lorenzo dentro da área. O juiz assinalou a penalidade. Lukaku converteu com categoria aos 46 minutos e deu esperança à torcida de que a virada poderia ser possível. Ele é o vice-artilheiro da Euro, com quatro gols - empatado com Benzema, Schick e Forsberg.

A etapa final não foi tão boa tecnicamente, até pela circunstâncias do duelo. O que se apresentou, como esperado, foi o time belga todo no ataque em busca do empate e a sólida defesa italiana se protegendo das investidas do rival.

A seleção belga tem um meio de campo talentoso e um ataque poderoso comandado por Lukaku. Ocorre que a Itália, como é sabido, conta com uma defesa muito sólida, algo tradicional em sua história vitoriosa. E esta retaguarda, liderada por Bonucci e Chiellini - o brasileiro naturalizado italiano Rafael Toloi entrou no final da partida -, levou a melhor diante dos ataques de Thorgan Hazard, Mertens, De Bruyne, Doku, Chadli e Lukaku para sustentar a vantagem e avançar às semifinais.

Foi mais um jogo sofrido, desta vez com direito a pênaltis, mas a Espanha se superou novamente e se tornou a primeira semifinalista da Eurocopa. Nesta sexta-feira, os favoritos saíram na frente, permitiram o empate dos suíços em 1 a 1, mantido na prorrogação. E precisaram das penalidades para avançar, por 3 a 1, diante de 24.764 torcedores presentes na Arena de São Petersburgo, na Rússia.

Nas oitavas, a Espanha já tinha contado com a prorrogação para superar a Croácia. Nesta sexta, os riscos foram maiores. Os espanhóis foram surpreendidos pela postura ofensiva da Suíça durante a maior parte do jogo e tiveram dificuldade para superar a famosa retranca quando os rivais ficaram com um a menos em campo, na reta final do segundo tempo.

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Na semifinal, a Espanha vai enfrentar Bélgica ou Itália, na terça, dia 6, em Wembley. Belgas e italianos se enfrentam ainda nesta sexta-feira.

Com a torcida contra em São Petersburgo, a equipe espanhola Espanha contou com os retornos do zagueiro Pau Torres e do lateral Alba ao time titular. Do outro lado, a Suíça tinha a baixa do capitão e meia Xhaka, por suspensão. Apesar deste importante desfalque, o time suíço surpreendeu ao fazer um duelo bom e equilibrado até os 7 minutos de jogo.

Foi quando Alba pegou sobra na entrada da área e bateu para o gol. A bola desviou em Zakaria e acabou com qualquer chance de defesa de Sommer. O gol precoce obrigou a Suíça a sair em busca do ataque, deixando a partida aberta. Mesmo assim, a Espanha controlava as ações, com até 75% de posse de bola.

O bom jogo em solo russo contou com números improváveis no primeiro tempo. Confiante após eliminar a França nas oitavas, a Suíça finalizou mais que a Espanha (4 a 3) e registrou até maior número de escanteios e impedimentos, exibindo uma ofensividade que não se vê historicamente nas equipes suíças. Shaqiri e Widmer foram os principais nomes da seleção nos primeiros 45 minutos.

Preocupado com crescimento suíço em campo, o técnico Luis Enrique apostou na velocidade e agilidade do jovem Olmo, para o lugar de Sarabia. O ataque também foi reforçado por Gerard Moreno, na vaga do criticado Morata. As alterações, contudo, enfraqueceram o poder ofensivo espanhol.

Sem pressionar, a equipe de Luis Enrique viu a Suíça crescer no jogo e tomar conta do seu campo de defesa. As chances começaram a se multiplicar. Aos 10, Zakaria quase marcou de cabeça. Zuber, aos 18, deu trabalho para o goleiro Unai Simón. E, aos 22, os zagueiros Torres e Laporte se atrapalharam e Shaqiri não perdoou: 1 a 1.

Diante do forte ritmo do adversário, a Espanha pouco fazia. A Suíça só parou nela mesma quando, aos 31, o volante Freuler acertou um carrinho violento em Moreno e levou o cartão vermelho direto. Com a menos, os suíços precisaram recompor a defesa, abdicando do ataque. Do outro lado, a Espanha parecia cada vez mais lenta.

Até que veio a prorrogação e o ataque espanhol renasceu em campo. Foram diversas chances de gol, com Moreno, no 1º minuto e também aos 10, e Alba, aos 5. O goleiro Sommer, apoiado pela retranca suíça, foi o grande destaque do tempo extra, em que os suíços apenas administraram o empate, à espera dos pênaltis.

Nas cobranças, o experiente Busquets mandou no pé da trave e Pedri parou em Sommer. Mas Olmo, Moreno e Oyarzabal converteram. Pelo lado suíço, Gavranovic foi o único que balançou as redes. Schär e Akanji tiveram suas cobranças defendidas por Simón e Vargas mandou para fora, selando a classificação dos espanhóis.

O meio campo alemão Toni Kroos anunciou, nesta sexta (2), que não jogará mais pela seleção do seu país. Segundo o jogador do Real Madrid, a decisão já estava tomada antes da Eurocopa começar e que já não planejava jogar a Copa do Mundo em 2022. Kross ainda agradeceu ao técnico Joaquim Low por tê-lo tornado um campeão mundial.

“Eu havia tomado a decisão de desistir após este torneio por um longo tempo. Há muito tempo estava claro para mim que eu não estaria disponível para a Copa do Mundo de 2022 no Catar. Principalmente porque quero me concentrar totalmente nos meus objetivos com o Real Madrid nos próximos anos”, diz um trecho do texto postado por Kroos em suas redes sociais.

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O alemão agradeceu por todo o apoio de seus fãs e também aos críticos, que segundo o volante, geraram uma “motivação extra” em sua passagem pela seleção. Toni Kroos jogou 106 partidas pela Alemanha, mas confessou que esperava melhor resultado em seu último jogo, na eliminação diante da Inglaterra.

“Eu desejei muito, e dei tudo de novo em campo para que houvesse 109 internacionais no final e que este grande título, a Eurocopa, tivesse sido adicionado no final”, disse ainda.

Confira a postagem:

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A Ucrânia é a última seleção a garantir vaga nas quartas de final da Eurocopa. Nesta terça-feira, com um gol nos acréscimos do segundo tempo da prorrogação, os ucranianos derrotaram a Suécia por 2 a 1, em Glasgow, na Escócia, após empate em 1 a 1 no tempo normal, e garantiram seu lugar na próxima fase.

Zinchenko foi o grande destaque da partida. O jogador do Manchester City marcou o primeiro gol e achou um cruzamento perfeito para Dovbyk marcar de cabeça o gol da classificação nos instantes finais do tempo extra. Forsberg, camisa 10 e craque dos suecos, teve ótima atuação e fez o gol de sua equipe, mas a Suécia ficou com um a menos na prorrogação e sucumbiu no final.

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A seleção ucraniana vai enfrentar nas quartas a Inglaterra, que nesta terça eliminou a Alemanha. O confronto será sábado, às 16 horas (de Brasília), no estádio Olímpico de Roma, na Itália.

No duelo entre as duas únicas seleções cujas cores da bandeira são azul e amarelo, o equilíbrio prevaleceu. As semelhanças entre os dois param nas cores que adotam. As duas equipes não têm jogos espelhados e jogam com modelos diferentes.

Os suecos, que haviam avançado ao mata-mata como líder de seu grupo, contam com jogadores mais técnicos, tiveram menos a bola no primeiro tempo, mas finalizaram mais. Mas os ucranianos são organizados e também têm atletas talentosos, como Yaremchuk, Yarmolenko e o meio-campista/lateral Zinchenko, treinado por Pep Guardiola no Manchester City. Foi dele o primeiro gol da partida.

No lance, Yarmolenko recebeu na ponta da área e lançou de trivela para Zinchenko, que chutou de primeira, com a canhota, e viu a bola morrer no fundo das redes. O goleiro Olsen ainda chegou a tocar na bola, mas não evitou o gol do time do Leste europeu aos 26 minutos.

A Ucrânia se retraiu demais após o gol e a Suécia passou a ser mais agressiva e chegou ao empate com o craque e artilheiro da equipe, Emil Forsberg, do RB Leipzig. O camisa 10 recebeu de Isak, dominou e soltou a bomba de fora da área. A bola pegou no joelho de Zabarnyi, enganou Bushchan e entrou. Tudo igual aos 42 minutos da etapa inicial. Forsberg é o vice-artilheiro da Eurocopa, com quatro gols. Apenas Cristiano Ronaldo, já eliminado com Portugal, balançou as redes mais vezes.

Na volta do intervalo, o panorama seguiu semelhante, com equilibro em Glasgow e duas bolas na trave, uma para cada lado. Pela Ucrânia, Sydorchuk acertou o poste esquerdo de Olsen aos cinco minutos. Aos dez, a seleção nórdica respondeu com Forsberg, sempre ele. O meia bateu colocado, mas a bola "beijou" o pé da trave esquerda de Bushchan.

Em um jogo de muito estudo, os suecos deixaram o que restava de cautela de lado e foram mais agressivos a partir dos 20 minutos. Um dos melhores em campo, Forsberg acertou a trave mais uma vez aos 23. O camisa 10 passou por dois marcadores e arriscou uma bomba que explodiu no travessão para a sua lamentação. A preocupação em tirar o espaço do adversário, a falta de inspiração e o desgaste físico foram determinantes para que não houvesse mais gols e o jogo foi à prorrogação.

A Suécia seguiu melhor nos primeiros minutos do tempo extra. Mas o cenário mudou depois que Danielsson deixou a sola da chuteira em Besedin. O árbitro italiano Daniele Orsato primeiro apresentou o amarelo. Mas mudou de ideia ao rever o lance no monitor do VAR e mostrou o vermelho ao zagueiro sueco, que deixou sua equipe com um a menos. A Ucrânia insistiu até encontrar o gol salvador nos acréscimos do segundo tempo da prorrogação.

O herói da classificação foi o atacante Dovbyk. Ele recebeu cruzamento perfeito da esquerda de Zinchenko, se enfiou no meio dos dois zagueiros e cabeceou para as redes.

A Inglaterra enfim convenceu na Eurocopa. Em sua primeira grande atuação, o time inglês superou a tradicional Alemanha por 2 a 0, nesta terça-feira, e avançou às quartas de final. Em um estádio de Wembley com capacidade limitada, mas que parecia lotado, os ingleses desencantaram no segundo tempo, com gols de Sterling e Harry Kane.

Até o príncipe William, presente nas tribunas, vibrou com a boa atuação dos seus compatriotas, principalmente Sterling. O atacante do Manchester City marcou três dos quatro gols ingleses na competição. Outro destaque da partida foi Grealish, que entrou somente no segundo tempo, e participou dos dois gols da partida.

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O resultado eliminou a Alemanha, hesitante e sem convencer nesta Euro, e marcou a despedida precoce do técnico Joachim Löw. Ele já havia avisado que deixaria a equipe ao fim da Euro - Hansi Flick será o seu substituto. Jogadores, como Thomas Müller, também podem ter feito sua despedida pela seleção.

Nas quartas de final, a seleção inglesa vai enfrentar o vencedor do duelo entre Suécia e Ucrânia, que se enfrentam ainda nesta terça. O confronto das quartas está marcado para sábado, no Estádio Olímpico de Roma, na Itália.

O equilíbrio dominou o primeiro tempo entre ingleses e alemães desde a escalação. Cada time entrou com três zagueiros e três atacantes em campo, com quatro jogadores de meio-campo para cada lado. Com a bola rolando, a Alemanha tomou a iniciativa no começo e foi melhor nos primeiros 15 minutos.

Mas a equipe da casa deixou tudo parelho a partir dos 20, quando adotou postura mais ofensiva. Os anfitriões foram ligeiramente superiores durante a maior parte do tempo. Porém, levaram sustos na defesa nos minutos finais da etapa.

Mesmo assim, os primeiros 45 minutos foram mais de estudo do que de jogadas mais ousadas. Tanto Neuer, aos 15, em bela finalização de Sterling, quanto Pickford, em jogada de Timo Werner aos 41, fizeram uma defesa decisiva cada. A etapa inicial acabou com três finalizações para cada seleção. E a posse de bola de 53% para os anfitriões.

O segundo tempo começou com a Alemanha mais atenta no ataque. Aos 2, Haverts já acertava forte chute da entrada da área, exigindo linda defesa de Pickford. Mas os ingleses reequilibraram o jogo sem dificuldades. O duelo se concentrava mais no meio-campo, novamente com prudência dos dois lados.

A partir dos 20 minutos, os dois treinadores resolveram apostar em novos homens em seus setores ofensivos. Gnabry substituiu Werner, enquanto Grealish entrou na vaga de Saka. Gareth Southgate foi mais feliz que Joachim Löw. Aos 29, a Inglaterra abriu o placar em jogada típica do Manchester City. A troca de passes perto da área teve participações de Grealish, Shaw, Kane e finalização de Sterling, dentro da pequena área. Foi o terceiro gol do atacante do City nesta Euro.

O gol elevou a intensidade do jogo para ambos os lados. E a Alemanha criou chance incrível para empatar. Após falhar do próprio Sterling, o ataque alemão lançou Müller que, cara a cara com Pickford, mandou rente ao pé da trave, aos 35.

O ataque inglês, por sua vez, era mais eficiente. E novamente com Grealish, que cruzou na área para Kane, de cabeça, escorar para as redes e anotar seu primeiro gol na competição, aos 40 minutos.

Cada vez mais solto em campo e mais confiante, o time inglês administrou a vantagem com facilidade nos minutos finais e sacramentou a vaga nas quartas de final.

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