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A Confederação Dinamarquesa de Futebol informou, na manhã desta quinta-feira (17), que Christian Eriksen vai implantar um desfibrilador no coração. No último sábado (12), o meio-campista comoveu o mundo quando sofreu um ataque cardíaco e foi reanimado em campo durante a estreia do país na Eurocopa.

O médico que acompanha Eriksen e os demais atletas da Dinamarca explicou que o procedimento serve para corrigir o desnível no ritmo dos batimentos. Desse modo, o aparelho evitaria outro mal súbito.

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"Após Christian ter sido submetido a diferentes exames no coração, foi decidido que ele deveria ter um ICD (sigla para cardioversor desfibrilador implantável). Esse dispositivo é necessário depois de um ataque cardíaco devido a distúrbios de ritmo cardíaco. Christian aceitou a solução, e o plano foi confirmado por especialistas nacionais e internacionais que recomendam o mesmo tratamento", publicou a Confederação em nome do médico Morten Boesen.

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A fama retranqueira da Itália parece ter ficado para trás. Após marcar três na Turquia, a tetracampeã mundial voltou a sair da defesa e repetiu a dose contra a Suíça. Aplicou 3 a 0, nesta quarta-feira, pela segunda rodada da Eurocopa. O triunfo conquistado no estádio Olímpico de Roma garantiu a classificação dos italianos às oitavas de final.

Com os seis gols marcados em apenas dois jogos, o time italiano surpreende ao exibir o melhor ataque da competição até agora, algo incomum na história da seleção europeia, conhecida pela forte vocação defensiva. De quebra, chegou aos seis pontos, na liderança do Grupo A, selando a vaga no mata-mata com uma rodada de antecedência. País de Gales está em segundo, com quatro. E a Suíça tem apenas um ponto, no terceiro posto.

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O grande nome da partida foi Manuel Locatelli, autor de dois gols. Antes deste jogo, o volante de 23 anos tinha apenas um gol com a camisa da sua seleção. Cria da base do Milan, ele defende o Sassuolo desde 2018. E só ganhou a chance nesta Eurocopa porque o titular Verratti ainda se recupera de lesão. Agora parece ter garantido sua vaga entre os 11.

Após surpreender com sua postura ofensiva, na estreia, a Itália manteve a sua nova vocação nesta quarta. Foram sete finalizações somente no primeiro tempo, contra apenas uma dos suíços. Até o zagueiro e capitão Chiellini se arriscou no ataque e mandou para as redes. Mas o lance, aos 18, foi anulado pelo VAR por toque de mão na bola.

A equipe italiana atuava com três atacantes - Insigne, Immobile e Berardi - e ainda tinha o jovem Locatelli vindo de trás e assustando a defesa suíça. Numa destas investidas, aos 25, ele não perdoou. Surgiu sozinho na pequena área e escorou com facilidade cruzamento rasteiro de Berardi, pela direita.

Insigne, aos 32, Berardi, aos 36, e Spinazzola, no mesmo minuto, quase anotaram o segundo dos italianos, que dominavam todos os setores do campo, diante da apatia da Suíça. Até o meia-atacante Shaqiri, conhecido pela boa movimentação, estava apagado na partida. Parecia que somente o goleiro Sommer e o zagueiro Akanji trabalhavam no time suíço.

No início do segundo tempo, a dupla não conseguiu evitar o segundo gol dos italianos, e o segundo de Locatelli. Novamente, ele contou com assistência de Berardi para finalizar de fora da área, no canto esquerdo do goleiro da Suíça.

Sem esboçar reação, o time suíço só levou perigo, de fato, uma vez ao longo dos 90 minutos. Foi aos 18, em jogada de Shaqiri e Zuber. O goleiro Donnarumma evitou o gol. A Itália não se assustou e quase anotou o terceiro logo em seguida, em jogadas de Insigne e Berardi.

A partir dos 24 minutos, a Itália voltou a lembrar sua vocação defensiva. O técnico Roberto Mancini sacou o atacante Berardi para a entrada do zagueiro Rafael Toloi - outro brasileiro naturalizado italiano, Jorginho já havia começado como titular. Com esta formação, o time da casa passou a contar com três zagueiros em campo e dois atacantes, invertendo a proporção do início do jogo.

Mais cautelosa, a equipe italiana passou a administrar a vantagem no placar. Mesmo assim, não deixou de buscar o ataque. Aos 43, Immobile aproveitou novo espaço dado pela defesa suíça e arriscou de fora da área. Sommer chegou a tocar na bola, mas não evitou o terceiro gol dos italianos, que festejaram a vitória e a classificação.

A seleção da Itália vai encerrar sua participação na fase de grupos no próximo domingo, contra País de Gales, de Gareth Bale, novamente em Roma. No mesmo dia, os suíços vão tentar conquistar a primeira vitória nesta Eurocopa, diante da Turquia, no Azerbaijão.

Entre o anúncio e a apresentação de Roberto Fernandes como novo treinador do Santa Cruz, nesta quarta-feira (16), foram apenas algumas horas. E na chegada, o técnico esbanjou bom humor. Roberto fez uma brincadeira com uma lata de cerveja durante a entrevista, lembrando o que fez Cristiano Ronaldo, na Eurocopa com uma garrafa de refrigerante. Mas, ao contrário do craque portugues, ele ‘se arrependeu’ e mandou ‘deixar a cerveja'. “Cerveja não, água, aliás, deixa a cerveja aí", brincou Roberto Fernandes. 

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Falando mais sério, o novo comandante Coral, que já passou pelo clube em 2018 e bateu na trave na tentativa de acesso à Série B, vê a nova passagem como uma segunda chance. “Me sinto motivado e privilegiado porque na minha cabeça é uma segunda oportunidade. Claro que a gente gostaria que essa oportunidade fosse de uma forma diferente, mas as coisas nem sempre são da forma que a gente quer”, disse.

Roberto ainda avaliou que chega em uma situação bem parecida com 2018 mas, apesar das semelhanças, espera que o resultado final seja diferente. O treinador chegou a dizer que sente que tem uma ‘missão a ser cumprida’. 

“Tem coisas na nossa vida que são do destino, na minha primeira passagem eu pego o Santa Cruz na zona de rebaixamento, levou o time para o mata-mata, infelizmente paramos na equipe que foi campeã. E eu saio do Santa Cruz para o CRB, dois anos depois eu saio do CRB e volto para o Santa Cruz em uma situação similar: na zona de rebaixamento, com o elenco que já vem sofrendo bastante modificações. É o quarto treinador em seis meses. Novamente o mesmo desafio”, declarou.

Depois de Cristiano Ronaldo fazer a Coca-Cola perder $ 4 bilhões de dólares – em ações - ao retirar duas garrafas de cima de sua mesa na hora de dar entrevista, Paul Pogba fez ação parecida nessa terça (16) com uma garrafa de Heineken, antes de começar a responder as perguntas sobre a vitória contra a Alemanha, na estreia da Eurocopa de sua seleção.

O meio-campo foi escolhido melhor em campo na partida e teve a atitude de retirar a garrafa de cima da mesa por conta de sua religião.

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Pogba é mulçumano e por isso não consome álcool, o que o deixou incomodado. A Heineken é patrocinadora oficial da Eurocopa e a garrafa que estava a mesa do jogador era zero álcool, algo que provavelmente ele não sabia.

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A forma como foi tratado o caso do mal súbito que o meia Christian Eriksen teve no último sábado, na partida da Dinamarca contra a Finlândia, em Copenhague, na estreia pela Eurocopa, não foi bem aceito pelos dirigentes dinamarqueses. Nesta quarta-feira, a Associação Dinamarquesa de Futebol (DBU, na sigla em dinamarquês) pediu à Uefa que altere seus procedimentos após o ocorrido e a subsequente decisão de retomar o jogo.

O jogador da Internazionale, que teve que ser ressuscitado no gramado, passa bem, mas segue sob observação no hospital Rigshospitalet, em Copenhague. A seleção da Dinamarca teve a oportunidade de reiniciar a partida na mesma noite ou no dia seguinte, mas apesar de claramente abalados, voltaram ao jogo e perderam por 1 a 0. O técnico Kasper Hjulmand e seus jogadores disseram que preferiam não ter jogado.

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"Foi uma decisão errada e completamente insustentável que os jogadores tivessem que estar em campo logo após a terrível experiência. Essa é uma situação em que jogadores e treinadores não devem ser colocados porque não é e não deve ser decisão deles", disse o presidente da DBU, Jesper Moller, em comunicado oficial nesta quarta-feira.

"Agora queremos uma avaliação de todo o processo de tomada de decisão para que possamos colocar todos os fatos e informações relevantes sobre a mesa. Devemos olhar para uma mudança nas regras para garantir que nunca mais estaremos na mesma situação. Estamos prontos para apresentar uma resolução à Uefa", acrescentou o dirigente.

Nesta quinta-feira, a Dinamarca enfrentará a Bélgica, novamente em Copenhague, pela segunda rodada do Grupo B. Na entrevista coletiva, Hjulmand disse que Eriksen deve acompanhar pela televisão e até ouvir de longe a partida. "Acredito que o Christian vai assistir. É uma situação muito louca. O hospital é do lado de (estádio) Parken, quando ele olhar pela janela, vai poder ouvir tudo de lá. Acredito que ele vai estar de camisa da Dinamarca assistindo o jogo", declarou.

A seleção da Dinamarca terá um ônibus disponível nesta quarta-feira para os jogadores que quiserem voltar à arena e se prepararem emocionalmente para o retorno ao cenário do episódio traumático do último sábado. "Vai ser emocionante voltar ao estádio Parken. Sei que vamos ter um apoio sensacional da torcida, do nosso país. Temos que estar preparados para essa emoção. Temos que estar prontos para jogar, usar essa energia positivamente, mostrar a nossa identidade, como lutamos", afirmou Hjulmand.

Acusado de racismo pela Federação de Futebol da Macedônia do Norte, o atacante austríaco Marko Arnautovic foi suspenso por um jogo na Eurocopa, nesta quarta-feira. A Uefa puniu o jogador por "insulto a outro atleta", sem enquadrar Arnautovic na denúncia de racismo e discriminação.

Se tivesse sido denunciado por insulto com base em discriminação étnica, o jogador da seleção da Áustria poderia ter sido suspenso por até dez jogos, inviabilizando sua participação nesta Eurocopa. Antes da denúncia, Arnautovic já havia pedido desculpas publicamente e negou ser racista.

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A Uefa abriu investigação contra o austríaco na terça-feira após denúncia da federação da Macedônia do Norte, que criticou uma suposta "explosão nacionalista" de Arnautovic ao comemorar o terceiro gol dos austríacos na vitória por 3 a 1, no domingo. O atacante celebrou o gol demonstrando raiva e dirigindo gritos ao lateral Gjanni Alioski, do time adversário.

Em seguida, fez um gesto com as mãos, unindo o dedo indicador ao polegar, o que é conhecido como uma manifestação supremacista e racista. Arnautovic tem origem sérvia e Alioski, albanesa. A Sérvia e a Albânia têm histórico de relações tensas, na década de 90. Lideranças sérvias acusaram albanesas de estimular a separação de Kosovo. A Sérvia não reconhece a independência do território vizinho.

Pelas redes sociais, Arnautovic negou qualquer intenção racista em seu gesto e pediu desculpas pelas ofensas ao rival da Macedônia do Norte. "Proferi algumas palavras mais acaloradas ontem (domingo), motivo pelo qual gostaria de pedir desculpas, especialmente aos meus amigos da Macedônia do Norte e da Albânia. Gostaria de dizer uma coisa e deixar muito claro: eu não sou racista. Tenho amigos em todos os países e defendo a diversidade. Qualquer pessoa que me conhece sabe disso", declarou.

Com a suspensão, o atacante virou desfalque certo no time austríaco para o jogo contra a Holanda, nesta quinta. Técnico da equipe holandesa, Frank de Boer comemorou a baixa. "É uma pena para a Áustria, porque ele é um jogador muito bom. Nesse sentido, para nós, será uma vantagem", declarou.

Apontada como a grande favorita para ganhar a Eurocopa, a França fez o que dela se esperava e estreou com vitória na competição. Em um duelo equilibrado que opôs os dois últimos campeões mundiais, os franceses derrotaram a seleção alemã por 1 a 0 nesta terça-feira, em Munique. O único gol da partida saiu dos pés do zagueiro Hummels, que marcou contra no primeiro tempo.

O resultado manteve de pé a escrita. A Alemanha não vence a França há sete anos, ou seis jogos. A última vitória foi nas quartas de final da Copa do Mundo de 2014. Em duelo no Maracanã, em 4 de julho de 2014, os alemães venceram por 1 a 0, com gol de Hummels, de cabeça. Nesta terça, o zagueiro foi infeliz ao marcar contra.

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França e Alemanha estão no Grupo F, considerado o mais equilibrado da Eurocopa. Os franceses largaram na frente no duelo direto pela vaga e dividem a liderança com Portugal, que mais cedo fez 3 a 0 na Hungria com dois gols de Cristiano Ronaldo.

Na próxima rodada, os franceses encaram a Hungria, seleção mais fraca da chave, sábado, às 10 horas (de Brasília), em Budapeste. Em Munique, os alemães fazem o jogo decisivo pela permanência no torneio diante de Portugal, no mesmo dia, mas às 13 horas.

Em Munique, venceu o time com mais recursos e jogadores capazes de decidir uma partida e que hoje está pronto. Embora a França tenha conquistado a vitória com um gol contra, a qualidade técnica do estrelado elenco fez a diferença. Com um meio de campo equilibrado, capaz de ajudar na marcação e na construção das jogadas, composto por Pogba, Kante e Rabiot, e um ataque cheio de talento, com Griezmann, Mbappé e Benzema, este de volta à seleção após quase seis anos, o que se viu em campo foi uma equipe mais madura e organizada, hoje, do que a Alemanha.

Também foi determinante para o resultado a postura dos atuais campeões mundiais. Enquanto a Alemanha rodou a bola, teve grande volume de jogo, mas pecou na objetividade a na criatividade para chegar ao gol, o time treinado por Didier Deschamps foi mais contundente e efetivo. Dentro de sua estratégia, foi superior, abriu o placar cedo, e ficou ainda mais à vontade para executar sua proposta de jogo.

Os alemães tiveram mais a bola, mas Lloris não fez nenhuma defesa na primeira etapa. Os franceses construíram duas boas oportunidades. Na primeira delas, Neuer defendeu finalização de Mbappé. Na segunda, saiu o gol aos 19 minutos do primeiro tempo.

Pogba descolou lindo lançamento de três dedos para Lucas Hernández na esquerda. O lateral cruzou em direção a Mbappé e Hummels mandou contra o próprio gol ao tentar afastar a bola.

Na etapa final, a Alemanha melhorou no início e quase empatou com Gnabry, que recebeu cruzamento na área e bateu de pé direito muito perto do travessão. No entanto, a equipe do técnico Joachim Löw, que se despede da seleção após a Eurocopa, seguiu presa na estratégia do rival. Tinha mais a bola, mas não encontrava espaços para furar o forte bloqueio defensivo francês. A bola ia de um lado para o outro e, no fim, a zaga francesa levava a melhor.

Foram os franceses, aliás, que ficaram mais perto de marcar. Até balançaram as redes mais duas vezes, com Mbappé e Benzema, mas nas duas ocasiões o árbitro invalidou os gols, com ajuda do VAR, por impedimento. No fim, a França segurou os alemães e estreou com triunfo na Euro pela nona edição consecutiva. Já a Alemanha sofreu seu primeiro revés numa rodada de abertura da competição e terá que reagir para brigar pela classificação ao mata-mata.

Cristiano Ronaldo bateu recordes e Portugal estreou com vitória por 3 a 0 na Eurocopa, nesta terça-feira. Mas o placar e os dois gols do atacante português não refletiram como foi o suado triunfo sobre a Hungria, em Budapeste. Longe de brilhar, o time e o jogador só desencantaram no fim, com os três gols marcados somente nos últimos dez minutos de partida.

A partida consagrou Cristiano Ronaldo, apesar da sua atuação abaixo do esperado. O atacante se tornou o maior artilheiro da história da Eurocopa, agora com 11 gols, superando Michel Platini, com nove. Além disso, o português é o primeiro jogador a entrar em campo em cinco edições da Eurocopa, balançando as redes nas cinco competições que disputou.

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Com o resultado, Portugal despontou no equilibrado Grupo F, o chamado "grupo da morte", que tem ainda Alemanha e França. Os portugueses são os atuais campeões da Eurocopa e também os vencedores da primeira edição da Liga das Nações da Uefa.

Nesta terça, diante de uma quase lotada Arena Puskas, com capacidade para 67,2 mil torcedores, os portugueses sofreram para confirmar o favoritismo. Dominaram o jogo desde o início, mas falharam no ataque. Só brilharam nos minutos finais, quando contaram com um gol de sorte, uma penalidade e o belo gol de Cristiano Ronaldo que selou o placar. Até então, o melhor jogador da partida era o goleiro húngaro Gulácsi.

O primeiro tempo em Budapeste foi pegado, truncado, de muita vontade, principalmente do lado húngaro, e de poucos lances empolgantes. Favorito, o time visitante gerava a maior expectativa. Afinal, contava com a liderança de Cristiano Ronaldo e de jogadores que brilharam na última temporada europeia, como Bernardo Silva, pelo Manchester City, e Bruno Fernandes, pelo United.

A seleção da casa, contudo, deu pouco espaço aos destaques portugueses. A marcação era dura e eficiente. Não havia bola perdida para os anfitriões. Na base da raça, se defenderam bem, mas quase não se arriscaram no ataque. Na única boa oportunidade que tiveram, Ádám Szalai cabeceou quase de costas e deu pouco trabalho para Rui Patrício, que praticamente não suou nos primeiros 45 minutos.

Do outro lado, Cristiano Ronaldo sofria com a marcação forte. Quase sempre tinha dois húngaros por perto. Mas isso não facilitou a vida para os demais jogadores de Portugal. Apesar de exibir maior volume de jogo e 70% de posse de bola no primeiro tempo, foram apenas três chances de gol, duas delas com Diogo Jota.

A primeira surgiu aos 4, em finalização forte da entrada da área. Gulácsi evitou o gol. Aos 40, ele girou rápido para bater quase da pequena área, parando novamente no goleiro húngaro. Nos dois lances, o jogador do Liverpool tinha a opção de dar passe para os companheiros, mas preferiu finalizar ele mesmo ao gol. Incomodado com a falta de chances e com a marcação forte, Cristiano Ronaldo não pôde reclamar. Aos 42, perdeu chance incrível, cara a cara com Gulácsi, dentro da pequena área. Mandou por cima do gol, longe de lembrar seu instinto matador dos tempos de Real Madrid.

No segundo tempo, a equipe portuguesa passou a sofrer ainda mais com a falta de armação. Bruno Fernandes, Diogo Jota, Bernardo Silva e Cristiano Ronaldo formavam um quarteto ofensivo, distantes dos volantes Danilo Pereira e William Carvalho, que quase não contribuíam na criação. O desequilíbrio entre as duas linhas abria espaço para o contra-ataque da Hungria e facilitava a marcação.

Fernando Santos, então, fez a primeira mudança. Mas o técnico surpreendeu ao sacar Bernardo Silva, o único do quarteto que voltava para tentar articular as jogadas, para a entrada de Rafa Silva. Ou seja, nada mudou no time português, que seguia na expectativa por um arroubo individual para abrir o placar. Aos 22, Bruno Fernandes fez a sua tentativa em finalização de fora da área. Gulácsi se esticou para fazer bela defesa.

Com dificuldades no ataque, Portugal contou com uma ajuda da sorte para abrir o placar. Aos 38, Rafa Silva cruzou rasteiro da direita e viu o desvio do marcador deixar a bola nos pés de Raphael Guerreiro. A finalização do lateral também desviou na zaga e enganou o goleiro húngaro: 1 a 0.

Dois minutos depois, Orbán fez falta no mesmo Rafa Silva dentro da área. Cristiano Ronaldo bateu no canto esquerdo de Gulácsi e se tornou o maior artilheiro da história da Eurocopa. Os dois gols em apenas dois minutos acabaram com o ânimo dos húngaros, que até balançaram as redes aos 34, mas o lance foi anulado por impedimento.

Sem reação, a Hungria viu Cristiano Ronaldo marcou mais um aos 46, com direito a drible sobre o goleiro, confirmando a vitória por 3 a 0.

As duas seleções voltam a campo no sábado. Os portugueses vão enfrentar a Alemanha, enquanto os húngaros terão pela frente a França.

A República Checa começou em grande estilo a sua campanha na Eurocopa. Nesta segunda-feira, pelo Grupo D, mesmo jogando no estádio Hampden Park, em Glasgow, na Escócia, derrotou a seleção da casa por 2 a 0, com direito a um belo gol do meio de campo marcado pelo meia Patrik Schick, o craque do time, no segundo tempo, para completar a vitória que ele mesmo havia ajudado com um gol de cabeça na primeira etapa.

Aos sete minutos do segundo tempo, Schick viu que o goleiro da Escócia, Marshall, estava adiantado e chutou do meio do campo, um pouco depois da linha que divide o gramado, com a perna esquerda. A bola fez uma curva no ar, encobriu Marshall e estufou as redes da Escócia.

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O meia checo fez o famoso "gol que Pelé não fez" nesta segunda-feira. A frase é usada para ilustrar um gol marcado do meio de campo, em referência ao lance que o Rei do Futebol tentou na Copa do Mundo de 1970, no México, contra a Checoslováquia. Na ocasião, o chute do camisa 10 brasileiro foi para fora.

O gol histórico de Schick foi o de maior distância já registrado na Eurocopa (desde 1980). De cinco finalizações do meia contra a Escócia, quatro foram no alvo. O jogador esteve envolvido diretamente em 10 gols nos últimos nove jogos que disputou como titular da seleção checa.

Com a vitória por 2 a 0, a República Checa termina a rodada inaugural na liderança do Grupo B. Tem os mesmos três pontos da Inglaterra, mas leva vantagem no saldo de gols (2 a 1), já que os ingleses derrotaram a Croácia por 1 a 0, no último domingo, no estádio de Wembley, em Londres, no primeiro jogo da chave.

A segunda rodada será disputada nesta sexta-feira. Novamente no estádio Hampden Park, em Glasgow, a República Checa enfrentará a Croácia, a partir das 13 horas (de Brasília). Um pouco mais tarde, às 16 horas, será a vez de Inglaterra e Escócia fazerem um duelo britânico no estádio de Wembley.

HOMENAGENS - Estável e se recuperando do mal súbito que sofreu no último sábado, o meia dinamarquês Christian Eriksen recebeu mensagens de apoio dos torcedores da Escócia nesta segunda-feira. Inúmeras pessoas, dos mais de 12 mil fãs que foram ao estádio em Glasgow, levaram cartazes para mostrar solidariedade com o jogador da Internazionale.

"Obrigado a todos, não vou desistir". Estas são as primeiras palavras do meia Christian Eriksen, da seleção da Dinamarca, através de seu empresário Martin Schoots, após ter desmaiado em campo no jogo do último contra a Finlândia, em Copenhague, na estreia pela Eurocopa. O atleta da Internazionale, de 29 anos, fez uma breve declaração ao jornal italiano Gazzetta dello Sport, na qual agradece tudo o que fizeram por ele e garantiu que não vai desistir.

O jogador dinamarquês afirmou que se sente melhor e que quer entender o que aconteceu no estádio Parken. O jogo contra a Finlândia foi interrompido aos 43 minutos do primeiro tempo, depois do meia ter tido um mal súbito e recuperado a consciência ainda no gramado. A partida foi retomada mais de uma hora depois.

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Schoots afirmou que o jogador está bem disposto, mas ansioso para descobrir o que provocou a parada cardíaca. O empresário recordou a conversa que teve com Eriksen na manhã de domingo. "Ele estava bem disposto, o achei bem", disse à edição desta segunda-feira do Gazzetta dello Sport. "Todos nós queremos saber o que aconteceu, ele também. Os médicos estão fazendo exames detalhados, vai demorar", afirmou.

Eriksen, contou o empresário, ficou sensibilizado com as demonstrações de carinho que recebeu. "Chegaram mensagens de todo o mundo", disse Schoots, afirmando que o jogador ficou especialmente sensibilizado pelas mensagens da Internazionale. Não só dos companheiros de equipe, mas também dos torcedores.

"Metade do planeta está em contato conosco, todos estão preocupados", acrescentou. "Agora, deve simplesmente descansar", disse o empresário confirmando que a mulher e os pais de Eriksen estão com ele no hospital em Copenhague.

De acordo com Schoots, o jogador irá permanecer em observação no hospital até pelo menos esta terça-feira. "Mas, em qualquer caso, ele quer apoiar os companheiros da seleção no jogo contra a Bélgica", completou.

Um porta-voz da Associação Dinamarquesa de Futebol (DBU, na sigla em dinamarquês) afirmou que a condição de Eriksen era "estável", mas que iria continuar hospitalizado para efetuar exames complementares.

Foi registrado neste domingo o primeiro caso de covid-19 da Eurocopa. O lateral-direito João Cancelo, de Portugal, testou positivo e desfalcará a seleção na competição. Ele será substituído por Diogo Dalot, da equipe sub-21 e atualmente jogador do Milan.

De acordo com o protocolo de covid-19 definido pela UEFA antes dos jogos do Euro 2020, todos os jogadores e integrantes do staff da seleção portufuesa realizaram testes PCR no sábado. João Cancelo, do Manchester City, foi o único que testou positivo.

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"Diogo Dalot vai substituir João Cancelo, que deu positivo para Covid-19 na sequência de um rápido teste do antígeno realizado neste sábado pela unidade de saúde e desempenho da FPF. As autoridades sanitárias húngaras foram imediatamente informadas e o jogador, que está bem, foi colocado em isolamento", informou a Federação Portuguesa.

A seleção do astro Cristiano Ronaldo está em Budapeste fazendo a preparação para a estreia de terça-feira, diante da Hungria. Neste domingo pela manhã, Cancelo já não esteve nas atividades em campo. Será um destaque de peso, pois o atleta de 27 anos, era uma das apostas do esquadrão luso pelo forte apoio ao ataque.

"O resultado do teste efetuado pela unidade de saúde e performance foi confirmado por um teste RT-PCR efetuado em João Cancelo também no sábado e cujo resultado foi conhecido na manhã de domingo."

Depois do susto durante o jogo entre Dinamarca e Finlândia, em que o meia dinamarquês Eriksen caiu desacordado e precisou receber massagem cardíaca dentro de campo em decorrência de um mal súbito, a UEFA atualizou a situação médica do jogador. Segundo a entidade, ele está estável e foi direcionado a um caminho do hospital. 

O jogo deste sábado (12) estava sendo disputado no estádio Parken, em Copenhaga, pela primeira rodada da Eurocopa. Por volta dos 40 minutos do primeiro tempo, Eriksen foi cambaleando em direção à bola e caiu desacordado. Imediatamente, a equipe médica foi chamada para socorrer o atleta.

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O estádio foi tomado por angústiam, mas depois da atualização do estado de saúde do jogador por parte da UEFA, a situação se acalmou. A federação dinamarquesa também confirmou que Eriksen estava acordado e sob cuidados médicos. Sobre o jogo suspenso, a entidade que controla o futebol europeu promete ainda neste sábado divulgar uma nova data. 

O meia dinamarquês Christian Eriksen caiu desacordado durante partida da Eurocopa entre Finlândia e Dinamarca neste sábado (12). O jogador recebeu massagem cardíaca ainda no gramado. A UEFA confirmou que o jogo foi suspenso.

O incidente ocorreu aos 42 minutos do primeiro tempo. Após receber a bola de um arremesso lateral, Eriksen caiu desacordado. Os jogadores ficaram visivelmente aflitos enquanto a equipe médica realizava as manobras de reanimação. 

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Após alguns minutos, Eriksen foi retirado de maca. A esposa do meio-campista estava no estádio e foi consolada durante o atendimento médico. O atleta tem 29 anos e é a principal estrela da seleção dinamarquesa.

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Com apresentação do tenor Andrea Bocelli e presença dos lendários Alessandro Nesta e Francesco Totti, diante de 12.916 espectadores no Estádio Olímpico de Roma, a Itália mostrou sua força, ao vencer a Turquia, por 3 a 0, nesta sexta-feira, na partida de abertura do Grupo A da Eurocopa. O segundo duelo da chave será neste sábado entre País de Gales e Suíça.

O primeiro tempo foi todo da Itália, que praticamente atuou os 45 minutos no campo turco. Com Berardi, Immobile e Insigne formando o trio de ataque, a seleção da casa pressionou o tempo todo, mas faltou criatividade para furar o bloqueio defensivo do rival.

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Além de várias finalizações erradas, os italianos ainda viram Insigne errar chute colocado e Chiellini forçar Çakir a fazer bela defesa, aos 21 minutos. O artilheiro Immobile também teve sua oportunidade, mas cabeceou, livre, para fora.

A Turquia só incomodou o goleiro Donnarumma aos 34 minutos, assim mesmo em um cruzamento de Yilmaz, que tinha como objetivo a chegada de Tufan. Uma postura muito diferente daquele que venceu França e Holanda nas Eliminatórias Europeias para a Copa do Mundo.

A primeira etapa também foi marcada por um lance polêmico, no qual o árbitro holandês Danny Makkelie não marcou a mão na bola de Celik, após cruzamento de Spinazzola. Os jogadores italianos foram para o vestiário reclamando muito da atitude do juiz.

Depois de tentar tanto no primeiro tempo, a Itália foi recompensada logo aos sete minutos. Berardi fez rápida jogada pela direita e cruzou forte. A bola explodiu no peito de Demiral e entrou. O primeiro gol desta edição da Eurocopa.

Com a vantagem, os italianos permaneceram no ataque e exigiram boas defesas de Çakir. A Turquia até tentou sair mais para o jogo, mas acabou sufocada pela Azurra. A situação piorou aos 21 minutos, após jogada de todo o ataque, Spinazzola disparou, Çakir defendeu parcialmente e Immobile não perdoou no rebote: 2 a 0.

Se a Turquia estava mal na partida, a situação ficou ainda pior, aos 33 minutos, após falha do goleiro Çakir na saída de bola. Berardi, tocou para Immobile, que acionou Insigne. O chute foi bonito para fazer 3 a 0 no placar.

A vontade da Itália pode ser exemplificada pelo veterano Chiellini, de 36 anos, que em um carrinho bloqueou um ataque turco e festejou como um gol.

As seleções voltam a atuar na quarta-feira. A Itália recebe a Suíça, em Roma, enquanto os turcos enfrentam o País de Gales,, em Baku, no Azerbaijão.

A Eurocopa 2020 atrasou em um ano por conta da pandemia por Covid-19, mas terá o pontapé inicial nesta sexta-feira (11), na partida entre Turquia x Itália. Mesmo a competição sendo em um continente distante, o Brasil terá seu pezinho nas partidas, seis brasileiros jogarão o torneio, naturalizados e distribuídos por quatro seleções.

Itália

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A Azzurra tem o maior plantel de brasileiros. O experiente volante Jorginho já compõe o elenco há alguns anos e é peça importante para o técnico Roberto Mancini. Naturalizados recentemente, o lateral Emerson, do Chelsea, e o conhecido zagueiro Rafael Tolói, atualmente na Atalanta, também foram convocados. A Itália chega para tentar pôr fim ao jejum de 53 anos sem vencer a Eurocopa, a única vez foi em 1968.

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Portugal

Talvez o brasileiro naturalizado mais conhecido da lista, o zagueiro Pepe sempre foi famoso por ser um pouco grosso, mas desde 2014 calou os críticos, diminuindo a quantidade de expulsões e se tornando uma referência na zaga. Foi destaque no Real Madrid por anos e hoje é unanimidade no Porto. Pela Seleção Portuguesa, foi um dos principais nomes do título da Eurocopa 2016 e da Liga das Nações em 2019.

Rússia

A Rússia tem o lateral brasileiro Mário Fernandes no elenco como um dos seus principais nomes. Inclusive na Copa do Mundo de 2018, foi de herói a vilão nas quartas de final contra a Croácia, quando marcou um dos gols da partida, mas desperdiçou sua cobrança na disputa por pênaltis.

Ucrânia

Pela seleção treinada pelo ídolo Shevchenko, desde 2016, temos o brasileiro Marlos, que começou a carreira no Coritiba, passou pelo São Paulo, e defende o Shaktar Donetsk desde 2014. O jogador tirou a cidadania Ucraniana em 2017 e uma semana depois já recebeu a primeira convocação.

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A edição comemorativa dos 60 anos da Eurocopa teve uma série de percalços por causa da pandemia e acontecerá um ano depois da previsão inicial. Mas, desde o início, mesmo antes do coronavírus, a competição foi pensada para acontecer espalhada pelo continente. No total, serão 11 cidades-sede, com diferentes protocolos em relação a presença de público e com possibilidade de mudanças ao longo da competição.

O torneio começa nesta sexta-feira (11) com o confronto entre Turquia e Itália, às 16h (de Brasília), no estádio Olímpico, em Roma. Para esse jogo foi permitida a venda de 25% dos ingressos. A final está programa para acontecer em 11 de julho, no estádio de Wembley, em Londres, com expectativa de 45 mil torcedores.

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Serão 24 seleções em seis grupos. Atual campeão, Portugal, do astro Cristiano Ronaldo, está na chave F, a mais difícil1, que conta também com a campeã do mundo França, Alemanha e Hungria. Só dois avançam.

Controlar a circulação das pessoas e evitar o aumento de casos de coronavírus na Europa será o principal desafio da competição. A primeira fase terá 51 partidas, com limitação de público e uma promessa de monitoramento de todos os torcedores para evitar aglomeração. Só poderão comprar ingressos moradores do país onde acontece a partida. Torcedores das seleções visitantes não poderão adquirir os bilhetes.

O problema da pandemia não está apenas entre o público. A Espanha e a Suécia enfrentam avanço da pandemia. Os jogadores espanhóis Busquets e Diego Llorente testaram positivo para a doença nesta semana e entraram em isolamento. A comissão técnica não informou quando serão reintegrados, mas já se precaveu. Eles divulgaram uma lista com 11 atletas sub-21 que vão ficar treinando em uma bolha paralela no CT da equipe, em Madri, na Espanha.

"É uma situação desagradável para qualquer um", disse o zagueiro espanhol Jordi Alba, novo capitão da Espanha na ausência de Busquets. "Estamos muito calmos e cumprindo todos as normas. Temos que continuar e nos adaptar. Esperamos que não tenha novos contaminados", acrescentou.

Apesar de em alguns países europeus a vacinação estar adiantada, nem todos os jogadores chegarão para disputar a Euro vacinados. Por isso que cada cidade-sede tem sido chamada de super bolha, para que as seleções fiquem completamente isoladas. Mesmo assim haverá grandes deslocamentos, pois haverá delegações que terão de ir da Escócia para o Azerbaijão, por exemplo, ou da Rússia para o sul da Itália.

A Inglaterra, que abrigará a final no lendário Wembley, estreará no estádio contra a Croácia no domingo. Com Harry Kane no comando do ataque, o time inglês tentará erguer a primeira taça desde a Copa do Mundo de 1966.

A equipe chega com apoio dividido dos torcedores. No amistoso contra a Áustria, os jogadores se ajoelharam em campo antes do início em uma campanha contra o racismo. Parte dos torcedores que estava no local vaiou a atitude. Um dos líderes do time, Jordan Henderson, condenou as críticas. "Se ainda tem gente que vaia o que denunciamos, quer dizer que continuamos tendo problemas e precisamos seguir lutando juntos."

A seleção croata também afirma que o gesto de se ajoelhar não tem significado algum no contexto do país. No último amistoso contra a Bélgica, os belgas fizeram o gesto, enquanto o time da Croácia ficou em pé. Outra polêmica foi o uniforme da Ucrânia (leia abaixo).

A expectativa é que os problemas extracampo parem por aí e que a partir desta sexta ganhem destaque no noticiário apenas o que astros como Mbappé, Lewandowski e De Bruyne façam em campo. E, claro, que também as estreantes Finlândia e Macedônia do Norte surpreendam as grandes seleções.

A Federação Croata de Futebol (HNS, na sigla em croata) anunciou nesta quinta-feira, através de uma nota oficial em seu site e nas redes sociais, que a seleção da Croácia que seus jogadores não vão se ajoelhar em forma de protesto contra o racismo antes do início das partidas da Eurocopa, que começa nesta sexta. De acordo com o comunicado, os croatas se reuniram e decidiram em conjunto não fazer parte desta ação, já que, segundo eles, esse gesto não teria representatividade no contexto da cultura e da tradição do país.

No último domingo, a Croácia perdeu para a Bélgica por 1 a 0, em Bruxelas, em um amistoso de preparação para a Eurocopa. Antes do jogo começar, os jogadores belgas se ajoelharam enquanto que os rivais ficaram de pé. Na nota oficial, os croatas também afirmam que, apesar de eles não se ajoelharem, respeitam o direito de cada indivíduo e cada organização de se manifestar como quiser.

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"A Federação Croata de Futebol e a seleção nacional da Croácia condenam veementemente toda e qualquer forma de discriminação. Também respeitamos o direito de cada indivíduo e de cada organização de selecionar as circunstâncias e a maneira como se posicionará contra o racismo e/ou outras formas de discriminação", iniciou a nota oficial.

"A Federação Croata de Futebol acredita que os jogadores têm direito à sua própria opinião sobre estes tópicos e que também têm o direito de escolher se querem ou não participar. Os jogadores da seleção croata decidiram em conjunto, antes do amistoso contra a Bélgica, que não iriam se ajoelhar e respeitosamente permaneceram em silêncio durante o ação de seus colegas belgas", prosseguiu.

"A Federação Croata de Futebol não irá impor aos jogadores croatas a obrigação de ajoelhar-se, visto que este gesto não guarda quaisquer laços simbólicos com a luta contra o racismo e a discriminação no contexto da cultura e tradição croatas", completou o comunicado.

O jogo de estreia da Croácia na Eurocopa será neste domingo contra a Inglaterra, no estádio de Wembley, em Londres, em partida válida pelo Grupo D. A equipe comandada pelo técnico Gareth Southgate se ajoelhou nos dois amistosos que disputou antes do início da competição. No último, contra a Romênia, muitos torcedores presentes no estádio Riverside, em Middlesbrough, vaiaram os jogadores por causa do gesto antes do apito inicial. Mas a manifestação vai continuar acontecendo nos jogos da Eurocopa.

"É muito simples. Nós tivemos discussões sobre isso, escolhemos o que fazer e decidimos que era a coisa certa a fazer. Nós vamos continuar ajoelhando, nós acreditamos nisso e não vamos parar", declarou o lateral-esquerdo inglês Luke Shaw.

O gesto de se ajoelhar foi inspirado no jogador de futebol americano Colin Kaepenick, que em 2016 negou-se a ficar de pé durante a execução do hino dos Estados Unidos em um jogo da NFL (liga de futebol americano). A ação pretendia chamar atenção para a violência policial contra a população negra. O gesto foi adotado pelos jogadores de futebol do Campeonato Inglês durante a temporada 2019/2020 após o assassinato de George Floyd.

Interpelada pelas reclamações da Rússia, a Uefa determinou nesta quinta-feira uma modificação no uniforme da Ucrânia um dia antes da abertura da Eurocopa, por considerar "política" a frase "Glória aos heróis" denunciada por Moscou.

"Após uma análise mais profunda, o slogan presente na gola da camisa ucraniana é claramente de natureza política" e, portanto, deve ser retirado (...) em vista das partidas de competição da Uefa", afirmou a entidade.

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"Sejam heróis esportivos e terão a glória, é assim e não com slogans nacionalistas que honrarão a pátria", reagiu no Telegram Maria Zakharova, porta-voz do ministério das Relações Exteriores da Rússia, que elogiou o pedido da Uefa. "O esporte não é um campo de batalha, e sim de competição, não é uma arena política", acrescentou.

A entidade europeia, no entanto, validou o contorno do mapa da Ucrânia que aparece na camisa, que inclui a Crimeia - anexada por Moscou em 2014 -, assim como territórios do leste, controlados por separatistas pró-Rússia, recordando que a forma corresponde às fronteiras do país reconhecidas internacionalmente.

A Uefa também rejeitou o protesto russo pela frase "Glória à Ucrânia", aprovada pela entidade desde 2018 e que "pode ser considerada como uma frase genérica e apolítica". Mas o problema vem da combinação com o slogan "Glória aos heróis", adicionado mais recentemente à parte interna da camisa e que não havia sido levado em consideração quando a entidade validou o uniforme ucraniano em dezembro de 2020, reconheceu a a Uefa.

As frases "Glória à Ucrânia" e "Glória aos heróis", que começaram como um canto patriótico, se transformaram em um grito de adesão durante a revolta popular pró-Ocidente da praça Maidan, em 2014, que derrubou o presidente apoiado pelo Kremlin, Viktor Yanukovich. Moscou associa as frases a grupos nacionalistas da Segunda Guerra Mundial que lutaram contra os soviéticos e apresentou uma reclamação à Uefa.

"Esta combinação específica de dois slogans é considerada claramente de natureza política, com um significado histórico e militarista", afirmou a Uefa, que pediu a retirada da menção "Glória aos heróis". A Ucrânia está no Grupo C da Eurocopa, ao lado de Hoalnda, Macedônia do Norte e Áustria. A Rússia está no Grupo B, com Bélgica, Finlândia e Dinamarca. Ucrânia e Rússia não podem se enfrentar antes das quartas de final.

A conturbada relação entre Ucrânia e Rússia ganhou um novo capítulo a poucos dias do início da Eurocopa. A camisa oficial da seleção ucraniana divulgada para o torneio traz o mapa do país estampado na parte frontal do uniforme, e chama a atenção por incluir a Crimeia no desenho, península anexada pelos russos em 2014.

A ocupação da região ocorreu após os protestos que derrubaram Viktor Yanukovich, apoiado por Vladimir Putin, do governo ucraniano, em 2013. O presidente russo enviou tropas ao local sob o pretexto de proteger a população da região, tomada por disputas entre apoiadores da Rússia com cidadãos pró-Ucrânia. Em março do ano seguinte, um referendo realizado pelo parlamento da Crimeia aprovou a anexação da península ao território russo.

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Outro detalhe polêmico do traje é a presença do slogan nacionalista "Glória aos heróis!", presente na parte interior da gola. A frase é associada ao movimento ucraniano partidário aos nazistas durante a Segunda Guerra e foi proibida na União Soviética. Porém, voltou a ser utilizada durante a independência da Ucrânia, em 1991, e também durante os protestos que culminaram na queda de Yanukovich e na crise envolvendo a Crimeia.

Caso a Ucrânia se classifique para as oitavas da Euro, existe a possibilidade da equipe jogar em São Petersburgo, uma das sedes do torneio. A Federação Russa de Futebol (FRS) enviou uma carta à Uefa nesta terça-feira, dia 9, chamando atenção para o uso do uniforme de para "motivos políticos", o que seria "contrário aos princípios básicos dos regulamentos de kit esportivos" da entidade.

O presidente ucraniano Volodimir Zelenski elogiou o uniforme em um publicação no Instagram na terça-feira. Na legenda da publicação, acompanhada de uma imagem da nova camisa, o mandatário escreveu que a peça possui "vários símbolos importantes que unem os ucranianos".

A Uefa afirmou que os kits da seleção ucraniana foram aprovados "de acordo com os regulamentos". O regulamento da entidade afirma que nenhum uniforme deve "violar a decência comum ou transmitir mensagens políticas, religiosas ou raciais".

A Eurocopa começa nesta sexta-feira com o duelo entre Turquia e Itália, em Roma, válido pelo Grupo A. No sábado, a Rússia joga em casa contra a Bélgica, em São Petersburgo. No dia seguinte, a Ucrânia enfrenta a Holanda, em Amsterdã.

Foi lançada nesta sexta (4) a música oficial da Seleção Portuguesa de Futebol para Eurocopa 2020, que por conta da pandemia será realizada este ano, em 2021, com início na sexta (11). "Vamos com tudo" é cantada por quatro artistas, sendo um português David Carreira, dois brasileiros, Ludmilla e Giulia Be, e pelo angolano Preto Show.

O videoclipe tenta demonstrar um sentimento de união entre as torcidas dos países para seleção portuguesa e cheio de dança e lances dos títulos da Eurocopa 2016 e da Liga das Nações de 2019, remete o sentimento de vitória para tentar embalar a seleção a bicampeonato europeu.

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Veja videoclipe de "Vamos com tudo":

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Grupo da morte

Portugal caiu em grupo difícil na Eurocopa e estreia contra a Hungria na terça (15). França e Alemanha completam a chave F da competição.

Polêmica

Ludmilla foi uma das artistas flagradas em uma festa clandestina no Rio de Janeiro, no dia 15 de maio, onde eram desobedecidas as normas sanitárias vigentes. A cantora e jurada do The Voice +, que dias antes havia criticado o governo Bolsonaro por recusar a compra da vacina da Pfizer - não se pronunciou sobre o caso.

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