Tópicos | Fernando Spencer

A trajetória do cineasta e jornalista Fernando Spencer pode ser celebrada em um livro. Desenvolvida pelos professores e pesquisadores Alexandre Figueirôa e Cláudio Bezerra, a obra Fernando Spencer: o crítico-cineasta das mil faces destaca as contribuições do pernambucano no cenário da comunicação.

"A partir da leitura dos seus artigos e vendo os filmes por ele realizados, encontramos traços de sua presença em quase tudo que aconteceu no cinema pernambucano nesse período", afirmou Figueirôa.

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Bezerra emendou: "Além dos filmes sobre os quais escreveu e das obras que concebeu, por meio do seu legado, descobrimos e conhecemos diversos aspectos da vida cultural do Recife, desde como era a relação do público recifense com a sétima arte, o apogeu e a decadência das nossas salas de exibição localizadas tanto no centro da cidade, quanto nos subúrbios".

O lançamento do livro será realizado no próximo dia 30, na Universidade Católica de Pernambuco, área central do Recife, com conversa dos autores com o crítico Ernesto Barros. Alexandre Figueirôa ressaltou que o título chega para reparar lacunas.

"Entre os vários méritos que o livro resgata a Spencer está a sua contribuição na formação de dezenas de interessados por arte no estado. E não apenas como um jornalista cuja proposta era difundir e promover reflexão sobre esse campo – e sempre com um pé (ou os dois) fincado(s) na responsabilidade social da arte-, mas também como curador e programador de cinema", pontuou.

Idealizador de mais de 30 filmes e documentários, Fernando Spencer foi coordenador da Cinemateca da Fundação Joaquim Nabuco por 20 anos, onde se aposentou em 2000. Em 2007, ele ganhou o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco. Spencer morreu em março de 2014, aos 87 anos.

Confira a capa do livro:

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O premiado filme Tatuagem, do diretor pernambucano Hilton Lacerda, foi exibido na noite desta sexta-feira (8) durante a programação da sétima edição do Festival de Cinema de Triunfo, realizado no Sertão de Pernambuco e como parte do Festival Pernambuco Nação Cultural. Com a presença do diretor do longa, que foi recentemente indicado ao Grande Prêmio da Academia Brasileira de Cinema em várias categorias, a noite contou também com a presença de cerca de 180 pessoas, incluindo vários profissionais da sétima arte que participam do festival e lotaram o Cine Teatro Guarany - onde acontecem as sessões principais. Durante a sessão, algumas famílias chegaram a se retirar do local. 

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Para Hilton Lacerda, é sempre uma surpresa chegar a uma sessão do Tatuagem e ser recebido por uma plateia lotada. “Eu fico impressionado como após um ano de lançamento o filme ainda continua em alta e em discussão. Mais a gente também pensa em coisas inovadoras para manter o projeto de pé. Recentemente lançamos, por exemplo, o CD da trilha sonora do filme durante uma edição do Som na Rural. Seria bom que essa repercussão se desse com todos os filmes de Pernambuco”, comenta Hilton Lacerda, que convidou DJ Dolores para produzir a parte musical do longa.

Ao lado de O som ao redor, de Kleber Mendonça Filho, Tatuagem concorre ao prêmio de Melhor Longa-metragem de Ficção no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Além disso, tanto Kleber como Hilton, bem como o também pernambucano Heitor Dhalia, disputam a final na categoria Melhor Diretor.

Festival de Cinema leva sessões às praças de Triunfo

Homenagem de Hilton a Spencer

Em conversa com o LeiaJá, Hilton Lacerda se mostrou arrependido de no seu discurso de abertura da sessão não ter citado a importância de Fernando Spencer, um dos homenageados do festival, ao cinema pernambucano. Spencer teve uma participação muito grande na minha vida. Principalmente na época das gravações do Baile Perfumado. Ele era muito amigo de Lírio (Ferreira), do Cláudio (Assis), era muito próximo de Paulo (Caldas) também. E acho que o Spencer abria uma discussão cinematográfica fluida. Ele era muito generoso, nesse sentido, mas ao mesmo tempo muito picuinha com as coisas que ele defendia”, relembra Hilton Lacerda. “A perda de Spencer só não é maior do que a marca dele no cinema”, concluiu o diretor.

Mesmo com a indicação de classificação para maiores de 18 anos e toda a repercussão que Tatuagem já teve, o que não deixa dúvidas de que o conteúdo a ser exibido era de conhecimento geral, algumas famílias deixaram a sala do Cine Teatro Guarany no meio da sessão. Nelson Triunfo, artista local que alcançou o mundo ao ser um dos fundadores do Movimento Hip Hop, estava no local para assistir ao filme pela primeira vez (e o viu do começo ao fim) e comentou o caso com o LeiaJá. “Eu não sei nem o que falar direito porque ele imprime uma liberdade, mas também eu acho que de uma certa forma foi muito forte para um pessoal conservador do interior. Mas faz parte das aberturas das portas e da mudança de uma sociedade preconceituosa. Talvez muito vão achar que foi ‘beleza’, outros vão achar que foi exagerado, mas está dada a polêmica e quando ele é dado é valida pela discussão”, opina Nelson Triunfo.

Foi lançada a convocatória do 7º Festival de Cinema de Triunfo. Cineastas brasileiros poderão se inscrever nas categorias longa-metragem nacional, curta-metragem nacional, curta-metragem pernambucano, curta-metragem infanto-juvenil e curta-metragem dos sertões. O festival, que vai acontecer entre os dias 4 e 9 de agosto, é promovido pela Secretaria de Cultura e Fundarpe.

Na edição de 2014, o evento vai contar com o Troféu Fernando Spencer, em homenagem ao cineasta que faleceu na última terça-feira (17), para premiar o melhor curta-metragem filmado em Pernambuco. No total, serão R$ 50 mil destinados à premiação das diversas categorias.

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A convocatória já pode ser acessada no site da Fundarpe, mas as inscrições só começam no dia 2 de maio.

O Prêmio Rucker Vieira de Roteiros para Documentários chega a sua 10ª edição com o tema Africantos: histórias e memórias do povo afro-brasileiro. A iniciativa premiará dois roteiros com o valor de R$ 80 mil para realização de dois documentários de 26 minutos cada. As inscrições podem ser feitas, via sedex, até o dia 30 de maio. Os vencedores terão pouco mais de 200 dias para realizar o produto audiovisual cujo lançamento acontece na programação da TV Brasil.

O tema proposto para 2014 busca fomentar a produção de obras audiovisuais que abordem a cultura negra no Brasil, visto que existe a Lei 10.639/03, que também completa 10 anos em 2014 e ressalta a importância dessa linha cultural na formação da sociedade brasileira. De acordo com Silvana Meireles, diretora de Memória Educação Cultura e Arte (MECA) da Fundação Joaquim Nabuco, a escolha do tema também tem relação com o histórico da Fundaj. “É um edital que chama a sociedade para trabalhar e refletir a cultura afro-brasileira”, completa Silvana, que também analisa a falta de ensino sobre o assunto, principalmente nas escolas.

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O Prêmio Rucker Vieira é realizado pela Massangana Multimídia Produções. A coordenadora da instituição, Cynthia Falcão, ressalta que a inscrição deve ser feita através de um pseudônimo para que não haja alguma influência, além do projeto, para a comissão julgadora. “Só sabemos quem é o dono do roteiro quando abrimos o envelope. Pessoas como Marcelo Lordello (diretor de Eles Voltam) já foi contemplado, assim como estudantes de graduação”, destaca Cynthia.

Para se inscrever, é preciso que o roteiro seja original e seu responsável deve residir no Brasil há pelo menos dois anos. Junto com o projeto e a ficha de inscrição, é necessário enviar também uma planilha de orçamento, carta de anuência, plano de produção e termo de autorização. Toda a documentação necessária pode ser encontrada no site da Fundaj e deve ser enviada para o endereço da Massangana Multimídia Produções: Rua Henrique Dias, 609, Derby- Recife (Pernambuco). Outras informações podem ser adquiridas AQUI ou através do e- mail concursos.multimidia@fundaj.gov.br.

Assim como outras edições, a comissão julgadora é formada por cinco integrantes. Um membro representante da TV Brasil; um da área de Audiovisual da Fundação Joaquim Nabuco; e três especialistas com experiência na área, sendo dois deles representantes da sociedade civil.

Premiação

Na última edição, em 2012, o prêmio recebeu um total de 71 projetos inscritos, sendo 45 da região Nordeste, 21 do Sudeste, um do Norte e um do Centro-Oeste. De acordo com Silvana Meireles, Pernambuco se destaca por ter um grande número de inscrições. Os vencedores da IX edição foram Aracati, de Julia De Simone (RJ); Canavieiros, de Andréia de Arruda Ferraz (PE); e O Touro, de Larissa Figueiredo Mendes (DF).

Rucker Vieira

A escolha do nome da premiação não foi à toa. Pernambucano, Rucker Vieira foi diretor de fotografia de Aruanda (1960), do paraibano Linduarte Noronha. O filme é um marco na história do cinema brasileiro, visto que contribuiu esteticamente para o futuro Cinema Novo. Vieira também foi diretor da filmoteca da Fundação Joaquim Nabuco ao lado do cineasta Fernando Spencer, que faleceu na última segunda-feira (17).

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O corpo do cineasta pernambucano Fernando Spencer, que morreu aos 87 anos, foi enterrado no Cemitério de Santo Amaro, no bairro homônimo, na tarde desta segunda (17). Compareceram ao local amigos, familiares e profissionais da área, como o diretor Kleber Mendonça Filho. Spencer faleceu na madrugada desta segunda, em decorrência de um câncer no pulmão.

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Há seis anos ele foi diagnoticado com a doença e foi internado na quarta-feira (12), no Hospital Capibaribe, na Boa Vista, em decorrência de uma infecção. Viúvo de seu segundo casamento, o cinesta deixa seis filhos, oito netos e três bisnetos.

Carreira como cineasta- Fernando José Spencer Hartmann nasceu no Recife, em 1927, e foi cronista de cinema por 40 anos, além de ter presidido a Associação Brasileira de Documentaristas e ocupado o cargo de diretor da Divisão de Teatro e Cinema da Secretaria de Educação e Cultura da Prefeitura do Recife, na década de 1970. Entre 1980 e 2000, Fernando foi coordenador da Cinemateca da Fundação Joaquim Nabuco e em 2007, ganhou o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco.

Considerado um dos primeiros cineastas do Recife, Spencer se destacou pela produção em super 8 e realizou filmes como Nossos Ursos Camaradas (2009) e Caboclinhos do Recife (1974). 

Recife perde um dos pioneiros do cinema pernambucano, o jornalista e cineasta Fernando Spencer, 87 anos. Seis anos atrás ele foi diagnoticado com câncer de pulmão e foi internado quarta-feira (12) no Hospital Capibaribe, na Boa Vista, em decorrência de uma infecção.

Fernando José Spencer Hartmann nasceu no Recife, em 1927, e foi cronista de cinema por 40 anos, além de ter presidido a Associação Brasileira de Documentaristas e ocupado o cargo de diretor da Divisão de Teatro e Cinema da Secretaria de Educação e Cultura da Prefeitura do Recife, na década de 1970. Entre 1980 e 2000, Fernando foi coordenador da Cinemateca da Fundação Joaquim Nabuco e em 2007, ganhou o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco.

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Considerado um dos primeiros cineastas do Recife, Fernando Spencer se destacou pela produção em super 8 e realizou filmes como Nossos Ursos Camaradas (2009) e Caboclinhos do Recife (1974). Viúvo de seu segundo casamento, o cinesta deixa seis filhos, oito netos e três bisnetos. O velório começou às 5h no Cemitério de Santo Amaro, e o enterro será na tarde desta segunda, porém o horário ainda não foi definido.

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