Tópicos | Fiemg

O presidente Jair Bolsonaro foi recebido aos gritos de "mito" e teve seu nome entoado por empresários da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) na noite deste domingo em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (pelo horário local). Os industriais de Minas ofereceram um jantar com ares de apoio político ao presidente, e a ovação se estendeu também a ministros e ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).

O jantar ocorreu fora da agenda presidencial. Bolsonaro levou ministros como Tarcísio Freitas (Infraestrutura), que o presidente tenta lançar como candidato ao governo de São Paulo, Tereza Cristina (Agricultura). Ambos foram igualmente aplaudidos.

##RECOMENDA##

Os industriais de Minas fecharam uma unidade da churrascaria Fogo de Chão em Dubai para receber Bolsonaro e sua comitiva. O restaurante fica numa zona central nobre de Dubai, com vista para o icônico edifício Burj Khalifa. O arranha-céu com 828 metros é o mais alto do mundo e esteve no roteiro da comitiva do presidente mais cedo, em outra escapada da agenda oficial.

Na porta da churrascaria, o governador Zema e o presidente da entidade, Flávio Roscoe, aguardavam Bolsonaro e ministros. Roscoe disse que a entidade estava oferecendo o jantar ao presidente. Logo a gerência retirou jornalistas do local. O presidente da FIEMG também foi celebrado por seus afiliados pela noite com Bolsonaro.

Questionado pelo Estadão na saída do jantar se teria o voto dos industriais na campanha de 2022, Bolsonaro disse que não estava em busca apoio para a reeleição: "não vim atrás de apoio político, vim atrás de apoio para o Brasil".

O presidente disse que o adiamento de sua filiação ao Partido Liberal (PL) foi combinado com o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto.

Compuseram a mesa na churrascaria típica brasileira os ministros Braga Netto (Defesa), Paulo Guedes (Economia), Carlos França (Itamaraty), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Gilson Machado (Turismo). Também compareceram alguns deputados, entre eles Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho 01 do presidente, e Hélio Lopes (PSL-RJ).

Eles comeram ao som de "Água de Março", em meio a taças de vinho tinto e cortes nobres de carne bovina no espeto oferecida à mesa, no estilo do rodízio brasileiro.

A Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) divulgou um manifesto com críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e apoio a temas defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro. No documento, os industriais mineiros pedem que o Supremo revise sanções e a possibilidade de desmonetização de sites e portais de notícias acusados em inquéritos contra as fake news. Para a entidade, trata-se de uma luta pela "segurança jurídica e institucional" e contra o "cerceamento à liberdade de expressão".

A divulgação do manifesto ocorre dois dias depois de a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) suspender a divulgação de um manifesto assinado por mais de 200 entidades em defesa da democracia e contra o clima de tensão entre os Poderes às vésperas das manifestações organizadas pelos bolsonaristas no feriado da Independência, o 7 de Setembro. O recuo foi feito depois de o Banco do Brasil e a Caixa ameaçarem deixar a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

##RECOMENDA##

No manifesto, a Fiemg diz que a liberdade de expressão está sob ameaça no Brasil e precisa ser defendida com veemência. "Nas últimas semanas, assistimos a uma sequência de posicionamentos do Poder Judiciário, que acabam por tangenciar, de forma perigosa, o cerceamento à liberdade de expressão no País", diz o documento.

Sem citar especificamente as prisões determinadas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, a Fiemg diz que impor sanções sem o devido processo legal, contraditório e ampla defesa é uma precipitação e "inequívoca" afronta à Constituição. A entidade faz referência à citação do ex-ministro Marco Aurélio Mello, que, ao relembrar lição do professor Adilson Abreu Dallari, afirmou: "Supremo não é sinônimo de absoluto; é um dos Poderes que integra um dos Poderes da República".

Ao Estadão, o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, disse que o manifesto é "apolítico" e foi aprovado por unanimidade em apoio ao direito de expressão. Segundo ele, não houve consenso na federação para adesão ao manifesto da Fiesp. "A Fiemg é um entidade que tem posição. O que aconteceu é que pediram nossa assinatura no manifesto da Febraban e decidimos não ser signatários e fazer o nosso próprio manifesto", afirmou Roscoe.

Segundo ele, há pluralidade política na federação e o único tema que houve convergência foi o de liberdade de expressão e individual. "Estão afrontando a Constituição. Não interessa de quem seja o site. Não foi feito o rito jurídico adequado. O mesmo que abre o inquérito, faz a investigação e sentencia", disse. "Qual é crime de defender o voto auditável? Tem gente que defende a maconha. Expressar opinião é o maior patrimônio de uma democracia."

Roscoe negou, porém, que a entidade esteja apoiando o movimento do 7 de Setembro, organizado pelos aliados do presidente Bolsonaro. Em grupos de WhatsApp, surgiram informações de que a Fiemg estaria fretando ônibus para levar manifestantes pró-Bolsonaro em Brasília.

O presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Júnior, entregou nesta quarta-feira (5), ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro, e ao governador do Estado, Fernando Pimentel (PT), um documento contendo sugestões de ações de ampliação do comércio entre a indústria mineira e o Paraguai. Segundo ele, as oportunidades abrangem setores como energia, alimentos, calçados, couro, entre outros.

"Acreditamos que Minas tem muitas sinergias com o Paraguai e há o espírito paraguaio de nos receber. É um País, por exemplo, que tem energia elétrica a preços muito melhores que o nosso e Minas possui empresas que estão precisando de energia elétrica", citou o executivo a jornalistas. Segundo ele, além desse setor e de outros, como alimentos, calçados e couro, Minas Gerais pode levar uma escola Senai para capacitar o trabalhador do Paraguai. "Nós temos tecnologia e desenvolvimento e podemos levar isso ao país", ressaltou.

##RECOMENDA##

Na manhã desta quarta-feira, o MDIC, em parceria com a Fiemg e o governo estadual, lançou o Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE), braço do Plano Nacional de Exportações (PNE). O objetivo é aumentar o número de empresas mineiras exportadoras. "O universo inicial do PNCE é trabalhar com duas mil empresas, num prazo de até dois anos, dentre as que já exportam e as que já acessaram o mercado externo para retomada dessas vendas. Vamos gradualmente aumentando esse número. Hoje, há 1,5 mil empresas mineiras vendendo seus produtos no exterior", informou o secretário de Comércio Exterior do Ministério, Daniel Godinho.

Conforme ele, o trabalho será, primeiramente, identificar empresas com potencial exportador, além de tornar habituais as vendas externas de quem as fazem de forma esporádica e diversificar a pauta das exportadoras consolidadas. "E nesse sentido está a criação do comitê gestor do PNCE em Minas Gerais para fortalecimento da governança dessa estratégia e seguir uma 'trilha de internacionalização das companhias", explicou.

Machado Júnior informou que a primeira região-alvo do PNCE é a América Latina. "Nesse contexto, então, está o Paraguai. O PNCE ajudará as exportações de Minas em 2015 serem maiores do que 2014", destacou. Até junho, as exportações do Estado somam US$ 11,009 bilhões, queda de 26,6% ante o mesmo período de 2014. Entretanto, há superávit comercial de US$ 6,433 bilhões, mas 23,3% menor do que o saldo do ano passado.

Minas Gerais é o primeiro Estado a receber o comitê gestor do PNE e a fazer o lançamento do PNCE. No Estado, o programa conta com o apoio de 20 parceiros, dentre eles o Banco do Brasil, Correios, Apex-Brasil, Sebrae e ACMinas. A Fiemg já possui algumas inscrições no plano, como a cervejaria Kud; pão de queijo Seu Ninico; cachaça Taverna de Minas; LC Eletrônica; Paiva Piovesan Software; Nansen Instrumentos de Precisão; Pollyrubber, entre outros.

"Ser o primeiro Estado nos traz uma responsabilidade enorme, mas nos dá condições de enfrentar os desafios para até ser uma referência nacional", destacou o governador Pimentel.

O vice-presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e presidente da Câmara da Indústria da Construção (CIC/Fiemg), Teodomiro Diniz Camargos, afirmou que os preços dos imóveis no País tendem a aumentar neste ano, mesmo diante de uma fraca demanda. Segundo ele, os custos de produção (insumos, mão de obra e terrenos) não vão arrefecer e as construtoras terão que repassar esse aumento de custos para os imóveis, para preservar margens que já estão "apertadas".

"Os preços, faz um tempo, estão estagnados e os lançamentos parados. É impensável falarmos em queda de valores, porque os custos estão subindo. A tendência é de aumento", disse em coletiva de imprensa na semana passada para o lançamento do Minascon/Construir Minas 2015, a ser realizado entre os dias 24 e 27 de junho, na capital mineira. Camargos também comentou que esse é o momento ideal para se comprar imóveis, já que ainda há estoque e os repasses de custos ainda não foram feitos.

##RECOMENDA##

O vice-presidente da Fiemg afirmou que o envolvimento das grandes construtoras no País em esquemas de corrupção que estão sendo investigadas pela Operação Lava Jato atrapalha o desempenho do setor. "As grandes acabam passando seus projetos para as pequenas e médias empresas, que acabam postergando os seus", explicou.

Conforme dados apresentados pelo especialista, com base em informações da Fundação João Pinheiro, órgão ligado ao governo estadual, o Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil em Minas Gerais retraiu 4,9% em 2014. "Para 2015, estamos caminhando para o segundo ano negativo. Mas a queda do PIB do segmento mineiro não será maior do que o nacional. Devemos acompanhar o País", afirmou. Conforme projeções da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o PIB da construção civil deve recuar 5,5% em 2015 ante 2014. No ano passado ante 2013, a retração foi de 2,6%. O desempenho pior em Minas do que no Brasil foi justificado, em parte, pelo especialista, pela utilização de metodologias diferentes.

O mau desempenho está sendo refletido na geração de empregos. De acordo com o executivo, com base em dados do Caged, no primeiro trimestre, o Estado demitiu 2.131 no setor (saldo líquido) ante contratação de 16.591 pessoas do mesmo período do ano passado. Em março de 2015, Minas Gerais tinha 359.876 trabalhadores da construção civil com carteira assinada, ante 361.466 de dezembro de 2014.

Ainda para este ano, Camargos não espera o lançamento do Minha Casa Minha Vida 3. Para ele, a aprovação do pacote de ajuste fiscal e a sanção da nova lei da terceirização podem dar um viés positivo ao setor, minimizando a performance ruim esperada para o ano. "Uma solução para que se retome os investimentos em infraestrutura é a realização intensa de Parcerias Público-Privadas (PPPs). Mas o setor precisa vencer questões burocráticas, legislações urbanas e trabalhistas ineficientes, falta de mão de obra qualificada e avançar em programas de requalificação urbana", ressaltou.

Confiança e Minascon

A Fiemg também na semana passada o Índice de Confiança do empresário mineiro da construção (ICEICON-MG). Em abril, o indicador ficou em 31 pontos, queda de um ponto ante fevereiro (32 pontos) e menor do que o indicador nacional que ficou em 39,2 pontos. Na comparação com abril de 2014, o índice diminuiu 15,2 pontos. Esse foi o 13º mês consecutivo no qual o ICEICON-MG apareceu abaixo da linha dos 50 pontos e registrando novo recorde de menor patamar da série histórica iniciada em janeiro de 2010.

Sobre o Minascon/Construir Minas 2015, o vice-presidente da Fiemg informou que, por conta da crise atual, espera-se o mesmo volume financeiro e visitantes obtidos na edição do ano passado, de R$ 100 milhões em negócios e cerca de 30 mil pessoas circulando no evento.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando