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Anitta divulgou que a sua mala de figurinos foi perdida durante a viagem para Portugal, onde ela está para fazer uma apresentação no Rock In Rio em Lisboa neste domingo (26). Na mala estavam todas as roupas personalizadas para as apresentações, tanto da cantora, quanto dos seus bailarinos.

Em seus stories no Instagram, a artista falou em tom de desagrado sobre o imprevisto. “Agora começou a tour, porque só começa quando tudo começa a dar errado. Sumiu minha mala com todos os figurinos do balé, meu tudo. Sumiu, desapareceu. A Airfrance não acha minha mala, ninguém acha”, contou.

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De acordo com Anitta, a mala foi despachada com todas as roupas, de todos os shows da sua turnê.

“A companhia Aérea não encontra, não sei como não encontra uma mala imensa, cheia de fitas de identificação, não se encontra. Socorro, Deus. Só essa música que vai definir. Sumiu gente, tipo, tinha roupas e roupas e roupas para todos os shows”, desabafa.

O Rock In Rio Lisboa teve início no dia 18 de junho e vai até este domingo (26). Além de Anitta, outros artistas brasileiros como Ivete Sangalo, IZA, Rebecca, Ney Matogrosso e Johnny Hooker já passaram ou ainda vão se apresentar no evento.

 

A casa de leilões Julien’s Auctions anunciou a venda de mais de 100 figurinos do acervo do grupo pop Destiny’s Child. As peças foram utilizados pelas integrantes Beyoncé, Kelly Rowland e Michelle Williams no final dos anos 1990 e início dos anos 2000. O vestuário será leiloado de 11 a 13 de junho, na Califórnia (EUA).

Cada traje custará de US$ 600 a US$ 10 mil dólares. Parte dos lucros será revertido para o MusiCares, um programa de caridade em parceria com a Recording Academy, que ajuda músicos. No momento, a organização apoia aqueles que passam por dificuldades financeiras por causa da pandemia de Covid-19.

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Além do auxílio aos artistas, os fãs saudosistas terão motivos para comprar as peças, pois o Destiny’s Child foi um dos grupos mais influentes da música pop. A formação se separou em 2006, quando Beyoncé iniciou carreira solo. Os figurinos leiloados incluem peças de couro douradas que foram usadas pelas cantoras durante o tributo à Diana Ross no VH1, em 2000, além dos macacões em prata e vermelho metálico do videoclipe "Independent Women Part 1" (2000). As roupas estavam guardadas no acervo das cantoras, e a maioria das peças foram desenhadas pela designer de moda Tina Knowles Lawson, mãe de Beyoncé.

Além das peças do Destiny's Child, a casa também colocará a leilão um vestido dourado da marca italiana Versace usado pela cantora Whitney Houston (1963-2012) em 1998; a peça tem valor inicial de US$ 30 mil. Outro destaque a ser arrematado é o maiô e a jaqueta usada pela atriz, cantora e apresentadora Cher no final dos anos 1980, no videoclipe da música "If I Could Turn Back Time". Também haverão figurinos doados pela cantora Lady Gaga.

Por Thaiza Mikaella

Os grandes nomes da moda sempre visitaram as artes cênicas. Desde que Chanel concebeu os trajes de várias produções do Ballets Russes, no início do século 20, os estilistas são chamados a assinar figurinos para dança, ópera e teatro. Christian Lacroix, Valentino, Versace e Stella McCartney são apenas alguns dos representantes desse intenso trânsito entre palco e passarela.

Por aqui, porém, a prática nem sempre foi bem vista. E só agora o panorama começa a mudar. "A moda sempre esteve próxima das artes cênicas. No Brasil é que sempre houve um preconceito muito grande - e que ainda existe - com o diálogo entre esses dois setores da cultura", considera Ronaldo Fraga.

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Autor de figurinos para importantes companhias - como a 1º Ato, o grupo Corpo e a São Paulo Companhia de Dança -, o mineiro pode ser frequentemente visto em cena. "Acaba sendo um exercício de liberdade. Quando crio uma coleção, preciso pensar no mercado, no cliente. No teatro, não tenho esse compromisso", diz ele. "Me organizo para fazer ao menos três ou quatro produções por ano. Queria ter tempo para fazer mais", diz ele.

Quem também pode ser facilmente encontrado nos teatros é Fause Haten. Reconhecido por suas apresentações na SPFW, o estilista diz-se um apaixonado pelo palco. "Ele possibilita que você faça mágica", acredita ele, que já assinou trajes de uma série de títulos recentes, entre eles A Madrinha Embriagada, O Mágico de Oz e Alô, Dolly.

Os musicais, aliás, têm sido um dos motores desse diálogo com o mundo dos desfiles. Em expansão, trata-se de um mercado em que as vestimentas são particularmente importantes à transmissão da trama.

Mesmo demonstrando-se um entusiasta da presença fashion nas artes, Haten faz ressalvas. "No palco, não basta a roupa ser bonita. Ela tem que estar em diálogo com tudo o que está acontecendo, com a luz, com o cenário."

Para Fabio Namatame, respeitado figurinista, a aproximação com a moda pode trazer inúmeros benefícios. "Sempre tentei entender o raciocínio do estilista. Eles têm um olhar para o corpo que é diferente", diz. No entanto, ele também indica elementos a que o profissional da moda deve estar atento quando estiver criando para a cena. "Parece que é simples, basta escolher uma roupa. Mas não é assim. O figurino diz muito do personagem que o ator vai interpretar", pontua ele, que se formou em publicidade.

Com cada estilista, a experiência de se aproximar dessa outra arte tem um ritmo distinto. Glória Coelho já havia criado figurinos para Daniela Mercury e Os Mutantes, quando foi chamada a participar de montagens teatrais. Recentemente, seu trabalho esteve presente em The Pillowman e em Trágica.3. "No caso da primeira, o diretor tinha muita consciência do que queria e eu executei as peças nesse sentido. Já em Trágica.3, utilizei trajes que já existiam e fui adequá-los aos personagens. Foi mais uma troca ideias do que um processo de criação."

Em outros casos, o entusiasmo de quem atravessa a "fronteira" é tamanho que o figurino torna-se apenas o primeiro passo de uma relação mais aprofundada. Haten chegou a se formar na Escola Célia Helena de Teatro e hoje, além de assinar figurinos, também se lançou como ator. Atualmente, está em cartaz com o espetáculo A Feia Lulu, no qual conta a história de Yves Saint-Laurent. "Percebi que o teatro me interessava de uma outra maneira. Eu queria estar no palco", comenta. "O desfile é uma noite e acabou. Com o teatro, você fica em cartaz."

Para Fraga, os figurinos também serviram de porta de entrada para outras funções dentro da encenação. Em Fonchito e a Lua, espetáculo infantil inspirado na obra de Mario Vargas Llosa e dirigido por Daniel Herz, ele passa a responder pela "direção criativa", que compreende não só o figurino, mas a cenografia e o projeto gráfico.

"Tudo foi acontecendo muito naturalmente. O processo de criação das minhas coleções já é no fundo muito similar a esse dos espetáculos", explica. "As minhas criações de moda seguem um texto, a construção de personagens, de uma história. E isso é exatamente o que acontece no teatro e na dança."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quando, na última sexta-feira, o elenco do musical Alô,Dolly! fazia sua estreia para convidados em São Paulo, após temporada de sucesso no Rio, um grande detalhe da montagem do clássico da Broadway adaptado e dirigido por Miguel Falabella se fazia notar: os belos figurinos.

"Depois do vestido dourado que Dolly usa, pensa-se que não vai ter mais como se superar. E então ela surge para receber os aplausos vestindo um robe de chambre vermelho incrível", dizia um fã na plateia enquanto aplaudia efusivamente. "De quem é o figurino?", perguntava.

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De Fause Haten. O estilista que circula, como pouquíssimos, pela arte da moda, do teatro, da música. Ele, que fez sua estreia nos musicais quando criou todo o guarda-roupa de Jekyll and Hyde, o Médico e Monstro", em 2010, firma-se como um dos mais tarimbados figurinistas dos palcos brasileiros. "Fico feliz que meu trabalho venha sendo reconhecido e respeitado. É um desafio novo, que me permite criar e me reinventar", comentou o estilista na tarde da última quinta-feira, quando recebeu a reportagem em seu QG no bairro de Pinheiros, zona oeste de São Paulo. "Aqui funciona loja, escritório, ateliê, oficina e serve até de local de ensaios e audições", explicou ele, referindo-se ao pequeno palco que mantém no espaço. "Posso ensaiar com a banda, quando preciso", contou. Haten viajaria na sexta para Vitória, onde faria show da turnê de seu primeiro disco, CDFH, de 2011.

Foi justamente sua carreira como cantor que o impediu de receber ao vivo os elogios pelo belo trabalho em Alô, Dolly! na sexta. Mas já está acostumado a equilibrar as agendas e, vez ou outra, abrir mão de alguns momentos para construir outros. "Na verdade, sinto que só agrego. A música e os shows me permitem vivenciar diretamente a relação com o público. Na moda, esta relação existe, mas é diferente. E também no teatro, em que há outra dinâmica", explicou Fause, que é formado em atuação na Escola de Teatro Célia Helena, e ainda faz aulas de canto e técnica vocal.

Para ele, a experiência como estilista acrescentou ao figurino dos trabalhos que fez a eficiência industrial e sistemática da moda, além da atenção especial sobre a personalidade e os movimentos de cada personagem. "Levei para o teatro meu método de trabalho com moda. Otimizamos o processo. Desde a forma de organizar as provas de roupa, que fazia em temas em vez de um personagem por vez, até a entrega, como se faz uma coleção, com tudo embalado, etiquetado, com anotações. Facilita o trabalho de todos."

Já o palco, por sua vez, deu a Fause a oportunidade de desenhar não só roupas, mas movimentos. "Quando criava só moda, imaginava quem poderia usar as peças. No teatro, sei para quem estou criando. Estudo movimentos, penso nas cores das roupas de acordo com a personalidade do ator e do personagem, no momento dramático em que uma peça vai ser usada", comenta.

Um bom exemplo desta sinergia entre as paixões de Fause é a cena em que Dolly Levi (Marília Pêra) volta, após anos de ausência, a frequentar o tradicional restaurante Jardim das Delícias. "Ela surge em um longo dourado belíssimo, mas que nitidamente está fora de moda, pois o comprou antes de ficar viúva, nos tempos áureos. Agora, em crise financeira, mantém a classe, mas seus modelos ficaram datados", explica.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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