Tópicos | Flávia Arruda

Aliados e ex-aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro estão procurando se acomodar agora que o presidente Lula (PT) tomou posse para seu terceiro mandato. O caso que mais chamou atenção foi o inesperado abraço que a ex-ministra da Secretaria de Governo de Bolsonaro, Flávia Arruda deu no novo chefe do Executivo federal na cerimônia de posse dele no Congresso Nacional, no último domingo (1). O gesto causou um tumulto no meio político e a saída dela do partido do ex-presidente Bolsonaro, o PL. Agora a ex-ministra está sem legenda. 

Com o perfil de Lula que sempre manteve diálogo aberto e conseguiu formar uma frente ampla para se eleger em outubro do ano passado, a ponto de ter dois dos seus ministros que mantiveram relação bem próxima com Bolsonaro. 

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O primeiro nome criticado pela aproximação com o ex-chefe do Executivo é o da ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União-RJ). A ex-deputada federal integrou a base eleitoral do ex-presidente em sua cidade de origem. Ela é esposa do prefeito de Belfor Roxo, na Baixada Fluminense, Wagner Carneiro, ficou até conhecida na Câmara como "Daniela do Waguinho". Após sua posse, ela ainda foi criticada por sua relação com milicianos do Rio de Janeiro. Após o assunto repercutir nacionalmente com as pessoas compartilhando as fotos das redes sociais dela acompanhada pousando com milicianos, ela apagou as publicações. 

A segunda indicação polêmica é a do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União-DEM) que integrava a base do presidente na Câmara dos Deputados. As críticas pela indicação apontam para o fato dele ter sido um dos parlamentares a pedir a prisão de Lula e outras ações extremistas em seu mandato. Outra questão que pesou foi ele ter votado pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e ter o nome associado ao aparelhamento da comunicação pública. 

União Brasil

Mas a lista de parlamentares do União Brasil alinhados ao bolsonarismo e que tentam conseguir espaço no novo governo só tem aumentado. A posse do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) como ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio foi um dos sinais. Na cerimônia, quatro deputados que se elegeram na onda bolsonarista e se afastaram dela após sua saída do PSL, Junior Bozzella (União-SP), Dayane Pimentel (União-BA), Heitor Freire (União-CE) e Julian Lemos (União-PB) participaram da posse do pessebista e fizeram questão de postar fotos nas suas redes sociais. 

Posses movimentadas 

Quem também chamou atenção ao participar de duas posses de ministros de Lula foi o aliado de primeira hora de Bolsonaro, o deputado federal Otoni de Paula (MDB). O parlamentar era vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara. Otoni marcou presença na posse dos ministros dos Transportes, Renan Filho e das Cidades, Jader Filho. A reclusão do ex-presidente e seu afastamento do meio político após a derrota para Lula estão entre os principais motivos dos aliados estarem querendo se achegar ao governo petista. Em entrevista a um site bolsonarista logo após as eleições, o parlamentar afirmou que o silêncio de Bolsonaro "beira a uma covardia, uma manipulação do povo".

E é justamente a reclusão do ex-presidente e seu afastamento do meio político após a derrota para Lula que estão entre os principais motivos dos aliados estarem querendo se achegar ao governo petista.

A ex-ministra da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro e deputada federal, Flávia Arruda, deixou o Partido Liberal (PL), mesmo partido do ex-mandatário nacional. Flávia anunciou a saída do partido nessa segunda-feira (2), após ser vista abraçando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a cerimônia de posse. 

"Me desfilio hoje [segunda-feira, dia 2] do Partido Liberal com certeza, tranquilidade e sentimento de dever cumprido no meu mandato, no ministério e na presidência regional. Entrego um partido com a maior bancada do DF, lideranças fortes e motivadas", disse Flávia em nota.

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"Considerando os fatos das últimas eleições, o posicionamento do partido e meus ideais democráticos, sigo em um novo caminho com os sinceros votos de que a política continue sendo espaço de respeito, diálogo e busca de um Brasil melhor", emendou.

Flávia Arruda, até então fiel defensora de Bolsonaro, disputou uma vaga no Senado pelo Distrito Federal, mas não foi eleita e perdeu a vaga para a senadora eleita e também ex-ministra, Damares Alves. A deputada federal não disse ainda para qual partido deve seguir.

Uma parte da esquerda decidiu deflagrar movimento pelo voto útil em Flávia Arruda (PL), ex-ministra da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro (PL), na disputa pelo Senado no Distrito Federal. O apoio inusitado acontece diante da possibilidade de outra ex-ministra de Bolsonaro, Damares Alves (Republicanos), ganhar a eleição. De acordo com a pesquisa Ipec divulgada nesta terça-feira, 27, as duas estão com 28% das intenções de voto. A candidata do PT, Rosilene Correa, pontuou 12% no levantamento.

A disputa também divide a base bolsonarista no DF. A primeira-dama Michelle Bolsonaro apoia Damares, já a ex-mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Valle, mãe de Jair Renan Bolsonaro, postou uma foto ao lado da ex-ministra da Segov e anunciou apoio a ela para o Senado. O presidente tem evitado se envolver na eleição e não declarou voto em nenhuma das duas.

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Nomes como Antonio Tabet, fundador do Porta dos Fundos, e Joanna Maranhão, ex-nadadora olímpica afirmaram que a candidata do PT deve ser esquecida e pregaram um "voto útil".

Embora as duas tenham sido ministras de Bolsonaro, Damares, que comandou a pasta de Mulher, Família e Direitos Humanos causa mais oposição dos eleitores progressistas. A candidata do Republicanos é conhecida por entrar em confronto com pautas caras à esquerda e critica de forma recorrente o aborto e feminismo. Na pesquisa anterior do Ipec, divulgada na semana passada, Damares estava com 21% das intenções de voto. Nesta semana, ela cresceu sete pontos enquanto Flávia manteve os mesmos 28% da semana passada.

A ideia do voto útil na ex-ministra da Secretaria de Governo, porém, não é unanimidade nos partidos de oposição a Bolsonaro. Pedro Ivo Batista, candidato a senador pela federação Rede-PSOL, disse no Twitter que "votar em Damares ou Flávia Arruda é perpetuar a destruição do nosso Cerrado". Em resposta, Flávia declarou que, se eleita, pode "construir um diálogo" com Pedro Ivo, algo que, na avaliação dela, Damares não faria. Em outra postagem, a deputada do PL procurou se distanciar do bolsonarismo e disse que é "indepedente" e não carrega "ismos" na sua história. Procurada pelo Estadão, a candidata do PL disse que não tinha conhecimento das postagens em sua conta na rede social e depois apagou as mensagens.

A deputada Flávia Arruda é do mesmo partido de Bolsonaro, mas costuma se afastar das pautas ideológicas identificadas com o bolsonarismo e não se envolve com confrontos com movimentos sociais. Embora o PL seja hoje a legenda que abriga o presidente, a sigla já foi base do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A legenda faz parte do Centrão, grupo de partidos que apoiam qualquer governo em troca de cargos.

Em resposta ao movimento de voto útil na adversária, Damares reforçou que é "a candidata da direita, do conservadorismo e do bolsonarismo". O Distrito Federal é uma das poucas unidades da federação onde Bolsonaro tem a preferência das intenções de voto. De acordo com Ipec divulgado na terça, o presidente pontuou 46% contra 32% de Lula. "Brasília é Bolsonaro e Damares. O meu crescimento nas pesquisas é explicado pelas minhas propostas, pela minha história, pelas minhas lutas e por representar as famílias do DF", disse a ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos ao Estadão.

Após o movimento favorável à candidata do PL, a petista Rosilene Correa teve que se manifestar nas redes sociais para conter a debandada. A candidata do PT publicou uma foto de Flávia e pediu para que ela não seja votada.

Flávia Arruda é mulher do José Roberto Arruda, ex-senador e ex-governador do DF. O marido de Flávia tenta uma vaga como deputado federal. Ele foi preso e perdeu o cargo de governador no escândalo político em que foi flagrado em vídeo recebendo dinheiro não declarado.

O ex-presidente Michel Temer (MDB) foi longamente vaiado na convenção do MDB que oficializa, neste domingo, a candidatura à reeleição do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Em um rápido discurso, limitou-se a elogiar Ibaneis, a candidata a vice-governadora, Celina Leão (PP), e a candidata a senadora, Flávia Arruda (PL).

Candidato a deputado federal, o ex-governador José Roberto Arruda (PL), que ensaiou concorrer ao Executivo local, disse que está de volta à política para ajudar na reeleição de Ibaneis e do presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Arruda foi cassado e preso no escândalo do mensalão do DEM, mas recuperou os direitos políticos neste ano por decisão do STJ. Ele pediu ao governador-candidaro para ampliar a chapa. "Use sua inteligência para trazer Paulo Octávio", declarou Arruda sobre o empresário e político filiado ao PSD.

Em seu discurso, a candidata ao Senado Flávia Arruda destacou que foi ministra da Secretaria de governo de Bolsonaro - que está no Palácio do Alvorada e não compareceu à convenção do próprio partido em Brasília. A ex-ministra fez discurso voltado às mulheres e disse que a chapa formada é sinônimo de união.

Ibaneis, Flávia e Arruda apoiam a reeleição de Jair Bolsonaro, embora o MDB, seu partido, tenha candidatura própria à Presidência, a senadora Simone Tebet (MS), que hoje cumpre agenda em São Paulo.

A caminho do palco da convenção, Temer, cacique do MDB, foi questionado pelo Broadcast Político se o apoio de Ibaneis a Bolsonaro não causa desconforto no partido, mas preferiu não responder.

A agora ex-ministra da Secretaria de Governo Flávia Arruda (PL) fez seu discurso de despedida do governo com acenos aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSG-MG), e aos líderes partidários, inclusive da oposição.

"Sem eles, seria impossível a aprovação de matérias importantes e polêmicas", disse a pré-candidata ao senado pelo Distrito Federal. "Dialoguei com todas as forças políticas e juntos encontramos, quando parecia impossível, as convergências necessárias para o País", acrescentou.

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O Palácio do Planalto promove neste momento uma cerimônia para selar a reforma ministerial. Nesta manhã, nove ministros deixaram os cargos para disputar as eleições. O prazo para desincompatibilização vence em 2 de abril.

Responsável pela articulação política do governo desde abril de 2021, Flávia também destacou a importância da mulher na política. "Estamos preparadas, sim, para assumir espaços de poder, vencendo preconceitos e machismo".

No lugar de Flávia, assume a Segov Célio Faria Jr., até então chefe de gabinete do presidente Jair Bolsonaro (PL).

A ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, minimizou, na manhã deste sábado (12), as críticas de políticos do chamado centrão ao suposto excesso de filiações de aliados do presidente Jair Bolsonaro ao PL, sigla na qual o presidente entrou em novembro passado. Segundo a ministra, que também é do PL, é "natural" que mais políticos decidam ir para o mesmo partido de Bolsonaro.

Ela ponderou que outros partidos do centrão também estão recebendo adesões. "Está tendo muita filiação nos outros partidos também. O próprio ministro Ciro (Nogueira, ministro da Casa Civil) tem viajado muito com as filiações (ao Progressistas) nos Estados. O Republicanos também (está recebendo filiações)", disse Flávia Arruda.

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A declaração de Flávia Arruda foi feita na chegada de um evento de filiação de deputados federais e candidatos ao PL, na sede do partido em Brasília. Jair Bolsonaro e outras autoridades do governo também estão presentes no encontro, que é fechado à imprensa.

Segundo participantes, Bolsonaro não discursou na reunião, e se limitou a assinar as fichas de filiação de deputados federais que aproveitaram a janela partidária para migrar para o PL. O presidente da República acessou o prédio pela garagem, sem falar com a imprensa.

A ministra também negou rumores de que Bolsonaro esteja tentando trazer para o PL o ministro da Cidadania, João Roma, hoje filiado ao Republicanos. Nos últimos dias, o ministro tem sinalizado que pode ir para o PL para disputar o governo do Estado da Bahia.

"Isso filiação de Roma ao PL eu não sei ainda. Isso é uma política muito voltada para a Bahia. Ele (Roma) está lá agora fazendo as entregas e a política local. Então é uma decisão muito, mesmo, do ministro João Roma", disse ela.

Nos últimos dias, políticos do centrão têm expressado preocupação com um suposto "excesso" de filiações de aliados de Bolsonaro ao PL - o presidente nacional do Republicanos, o deputado Marcos Pereira (SP), disse a jornalistas que Bolsonaro "só atrapalhou" o crescimento do partido durante a chamada janela partidária.

A janela é o período entre 3 de março e 1º de abril no qual os deputados federais podem mudar de partido sem perder o mandato por infidelidade partidária. Procurado pelo Estadão/Broadcast, Pereira não quis comentar as declarações de Flávia Arruda. "Sem comentários", disse.

O evento deste sábado acontece na sede do PL em Brasília, no centro de convenções Brasil 21. Além do presidente da República e de Flávia Arruda, também estão presentes o secretário especial de Cultura, Mário Frias; o advogado Frederick Wasseff, que representa Bolsonaro em processos na Justiça; e os deputados Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ); Giovani Cherini (PL-RS) e Nelson Barbudo (PSL-MT), entre outros.

Barbudo aproveitou a janela e se filiou na manhã deste sábado ao PL. "Eu sempre disse ao Mato Grosso que iria apoiar o governo Bolsonaro no Congresso. Estou indo para o partido que ele foi também. Simples assim", disse. Sóstenes Cavalcante também se filiou ao PL. "Assinado hoje", disse. "Com o presidente Jair Bolsonaro abonando a minha ficha". Outros deputados que migraram também tiveram as fichas assinadas pelo presidente da República.

A ministra Flávia Arruda, da Secretaria-Geral de Governo, pediu licença do cargo a partir desta quinta-feira (13) e ficará afastada da pasta até o dia 21 de janeiro para tratar de "assuntos particulares". A licença da titular consta em publicação do Diário Oficial da União desta sexta-feira (14).

Única representante do PL - novo partido do presidente Jair Bolsonaro, a ministra vem sofrendo desgaste em sua relação com a base governista há alguns meses. Ela é pressionada sobretudo por integrantes do Centrão, que pedem sua demissão por ela supostamente não honrar acordos de repasses de emendas.

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Em dezembro de 2021, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) se desentendeu com a ministra pelo telefone ao cobrar a liberação de uma emenda prometida a ele pelo Planalto. O parlamentar teria gritado e agredido verbalmente a ministra, usando expressões machistas, o que motivou inclusive uma nota de repúdio da bancada feminina da Câmara.

Em entrevista na primeira semana do ano, Bolsonaro afirmou que "desconhece" onde a ministra teria errado para que a demissão dela fosse solicitada. "Se, porventura, (ela) estiver errando, como já aconteceu, acontece, eu chamo e converso com ela. Ela não será demitida jamais pela imprensa", disse.

A ministra começou o ano fazendo viagens pela pasta. Na semana passada, foi escalada pelo chefe do Executivo para visitar cidades atingidas pela chuva em Minas Gerais e auxiliar a viabilização de recursos para os municípios afetados. Ela registrou parte das visitas em seu perfil oficial no Instagram.

Entre outras coisas, a Secretaria-Geral de governo tem a função de coordenar a articulação política, conduzir o diálogo e garantir a integração do Poder Executivo com a sociedade. Não há ainda justificativa detalhada divulgada pelo Planalto ou pela pasta sobre o afastamento temporário da ministra.

Responsável pela articulação do Palácio do Planalto com o Congresso, a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, afirmou nesta terça-feira, 20, que a CPI da Covid no Senado não tem sido o foco da sua pasta. "(Estamos) Fechando a questão do Orçamento", afirmou a ministra ao Estadão ao ser questionada sobre as prioridades do governo.

Irritado com o que chamou de "erros" do Palácio do Planalto, o senador Marcos Rogério (DEM-RO), vice-líder do governo e integrante da CPI da Covid, criticou a articulação política de Bolsonaro. "O governo errou, deixou correr solto (a CPI). Agora, querem correr atrás do prejuízo. O Palácio não procurou a própria base para conversar", afirmou Rogério, em entrevista à emissora CNN Brasil na noite de segunda-feira, 19.

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O Estadão mostrou na segunda-feira, 19, que o Palácio do Planalto tenta ganhar tempo e adiar ao máximo a CPI, com o objetivo de negociar cargos no primeiro escalão e atender à pressão de parlamentares para acomodar suas emendas no Orçamento deste ano. A negociação tem sido conduzida atualmente pelo ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos. Há cinco deputados no comando de ministérios e nenhum senador. No início do ano houve pressão para que Davi Alcolumbre (DEM-AP) ou Nelsinho Trad (PSD-MS) assumissem o Ministério do Desenvolvimento Regional, mas a negociação não teve sucesso. Senadores governistas sentem que o Planalto desprestigia a Casa Legislativa.

Em ato assinado na segunda-feira, 19, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), informou que a CPI será semipresencial, mas não mencionou a data de abertura. Horas mais tarde, o senador Otto Alencar (PSD-BA), o titular mais antigo da CPI, convocou os demais integrantes para instalar a comissão no próximo dia 27. A expectativa inicial era a de que os trabalhos começassem ainda nesta quinta-feira.

O Planalto tem atuado na questão da CPI com os líderes do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO). Ambos defendem o início dos trabalhos apenas de forma presencial e quando todos os participantes estiverem vacinados. Integrante titular da CPI, o senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI), presidente da sigla do Centrão e aliado de Bolsonaro, compartilha da opinião dos líderes do governo.

Apesar disso, a data de instalação da CPI está marcada para terça-feira da semana que vem, dia 27. Um acordo entre a maior parte dos participantes prevê que Omar Aziz (PSD-AM) seja o presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) seja o vice e Renan atue como relator. Os integrantes do colegiado esperam definir o plano de trabalho da comissão já na quarta-feira, dia 28.

Aliados de Bolsonaro, porém, fazem pressão nas redes para impedir Renan de assumir esse posto porque, além de ser crítico de Bolsonaro, o senador é aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nas plataformas digitais, bolsonaristas batem na tecla de que o senador não pode integrar a CPI por ser pai do governador de Alagoas, Renan Filho (MDB-AL). A CPI vai investigar o destino do dinheiro repassado pelo governo federal a municípios e Estados, entre os quais Alagoas, para o combate à pandemia de covid-19.

Orçamento

O assunto citado como foco pela ministra da Secretaria de Governo teve a solução construída na noite de segunda-feira, 19. Havia uma queda de braço entre a equipe econômica do governo e o Congresso sobre o tamanho destinado para emendas parlamentares.

Depois do acordo fechado que tira despesas de programas de combate à covid-19 da contabilidade das duas principais regras fiscais, o ministro da Economia, Paulo Guedes, considera que o Orçamento de 2021 ficará "exequível". A avaliação de Guedes repassada a interlocutores nesta madrugada, após a votação do projeto que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) pelo Congresso, foi de que todos os acordos "couberam dentro do Orçamento com o teto de gastos respeitado para as despesas recorrentes".

O teto é a regra que impede o crescimento das despesas acima da inflação. Como mostrou o Estadão, R$ 125 bilhões devem ficar de fora da norma constitucional.

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