Tópicos | guarda do apito

A Polícia Civil deu detalhes, na manhã desta segunda-feira (26), de uma operação contra os chamados guardas do apito, que realizavam serviço de vigilância e segurança em Paudalho, na Zona da Mata de Pernambuco. Segundo a polícia, o serviço seria apenas pretexto para o cometimento de crimes como roubo e homicídio. Os alvos fariam parte do mesmo grupo responsável pelo homicídio do empresário Mário Cavalcanti Gouveia Filho no Parque Aquático de Águas Finas, em Paudalho.

Para o delegado Altemar Mamedes, responsável pela Operação Apito Final 2, os suspeitos estão envolvidos com o crime de milícia armada. "Eles ganhavam a simpatia da população porque prestavam aparente serviço de segurança, mas praticavam roubo, homicídio, ameaçavam testemunhas e favoreciam tráfico de drogas na região", resume. A investigação identificou que os traficantes recebiam aval dos guardas para atuarem na região.

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Nesta fase da operação, somando o cumprimento de mandados e as prisões em flagrante, 11 pessoas foram presas e sete armas apreendidas. Os presos são: Luciano Josuel de Santana, João Antônio dos Santos, Cláudio Vicente da Silva, José Virgínio de Santana, José Luis de Lima, Flávio Gonçalves Guerra Júnior, Lucenildo Luiz de Araújo, Lourinaldo Gomes de Lima Filho, Alex da Silva Ferreira, Danilo Yure Flor da Silva e José Gentil de Matos.

A delegada Euricélia Nogueira, que investigou o braço da organização com atuação em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), destaca a periculosidade dos investigados. "Eles eliminavam qualquer pessoa que pudesse implicá-los em crimes", explica.

Na Operação Punisher, comandada por Nogueira, 15 pessoas foram presas por envolvimento em cerca de 30 homicídios. O líder do grupo, Luciano Josuel, teria matado o próprio irmão.

A Polícia Civil realiza, na manhã desta sexta-feira (17), a Operação Punisher, para prender pessoas envolvidas com os crimes de homicídio, latrocínio, constituição de milícia privada, tráfico de armas, tráfico de drogas, roubo qualificado e organização criminosa em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife (RMR). Os alvos são do mesmo grupo dos acusados de matar o empresário Mário Cavalcanti Gouveia Júnior, de 78 anos, no dia 23 de abril em Paudalho, Zona da Mata de Pernambuco.

Os suspeitos são guardas do apito na região. Eles realizariam segurança privada na área, constituindo uma milícia. De acordo com o delegado Ivaldo Pereira, da Diretoria Integrada Metropolitana (DIM), a organização criminosa, com conhecimento adquirido dentro de presídios, convocava indivíduos perigosos de Olinda, no Grande Recife, e da comunidade do Detran, na Zona Oeste da capital, para compor o grupo sediado no bairro camaragibense de Chã de Cruz.

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"No local lá ninguém traficava, apenas os componentes da facção. Ninguém roubava, apenas eles. Eles matavam por aluguel. Era um trabalho de pistolagem", resume Ivaldo Pereira. Pelo menos 30 homicídios são atribuídos ao grupo. Estão sendo cumpridos 12 mandados de prisão e sete de busca e apreensão.

O líder da organização foi identificado como Luciano Josuel. Ele seria responsável pela articulação dos crimes, cobrança de dinheiro e pela execução dos homicídios. "Ele gostava de matar, inclusive matou o próprio irmão, daí você já tira", comenta o delegado.

Ao longo da investigação, 30 armas foram apreendidas. Eles possuíam um armeiro próprio, para confecção e conserto de armas e munição.

Sobre o assassinato do empresário, dono de um parque aquático na Estrada de Aldeia, a polícia concluiu que os criminosos tinham o objetivo de subtrair a renda da vítima. Seis já haviam sido presos. Luciano Josuel teria dado a ordem para o assassinato, após Mário Cavalcanti atingir um dos criminosos. De acordo com o delegado, eles tinham conhecimento da coleção de armas do empresário, tendo subtraído seis, uma já recuperada.

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