Tópicos | histerectomia

Mulheres imigrantes teriam sido submetidas a retiradas completas ou parciais do útero em centro de detenção dos Estados Unidos, segundo denunciou uma enfermeira que trabalhou no local. Autoridades migratórias, parlamentares e o Departamento de Segurança Nacional vão investigar o caso.

A enfermeira Dawn Wooten relatou que um ginecologista fazia histerectomia, que é a retirada do útero por cirurgia, em massa nas imigrantes clandestinas. O centro de detenção, localizado na cidade de Irwin, também se recusava a fazer testes do novo coronavírus nos detentos, a denunciante alega.

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As mulheres eram encaminhadas a ginecologistas ao reclamarem de cólica ou pedirem métodos contraceptivos. Segundo Wooten, muitas mulheres não entendiam qual era o procedimento que estavam recebendo.

O Partido Democrata teve acesso à denúncia e anunciou que investigará o caso. A presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, disse se tratar de uma violação impressionante dos direitos humanos. "O congresso e o povo americano precisam saber por que e sob quais condições tantas mulheres, supostamente sem darem consentimento, foram forçadas a se submeter a este procedimento extremamente invasivo e alterador de vida", declarou Pelosi.

A diretoria médica do Serviço de Alfândegas e Imigração (ICE) dos Estados Unidos negou irregularidades e afirmou que o centro fez apenas dois procedimentos do tipo desde 2018, sempre com aprovação após exames. Em nota, o Serviço disse que uma histerectomia jamais seria feita sem a vontade da paciente. A empresa privada responsável pelo centro, LaSalle Corrections, declarou repudiar fortemente as denúncias e suspeitas de má conduta.

A atriz Lena Dunham, criadora e protagonista da série "Girls", revelou ter feito uma histerectomia porque sofria de endometriose, e explicou em detalhes as consequências desta doença que afeta aproximadamente uma em cada dez mulheres.

Em uma coluna publicada nesta quarta-feira no site da revista Vogue, a atriz de 31 anos, que recebeu um Globo de Ouro em 2013, explicou que a endometriose lhe causou dores insuportáveis e que por isso ela decidiu fazer a cirurgia.

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Esta condição crônica está relacionada com o fato de que o endométrio, o tecido que cobre o interior do útero, se desenvolve em outros órgãos e pode causar lesões, aderências e cistos de ovário.

Dunham decidiu se submeter a uma histerectomia (extirpação do útero) no fim de 2017.

Após a operação, não é possível engravidar, mas ela em breve se submeterá a testes para detectar a possível presença de ovócitos, detalhou a atriz. Se os exames forem positivos, poderia considerar uma barriga de aluguel.

Ela também não descarta a possibilidade de adotar uma criança.

Apesar destas alternativas, Dunham disse que lamenta não poder gestar um bebê. "Eu queria essa barriga. Eu queria saber como esses nove meses de união completa seriam", escreveu.

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