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Uma pequena embarcação com 62 migrantes, entre os quais havia sete mortos, foi resgatada no sábado ao sul da ilha de Gran Canária, na Espanha, enquanto outro migrante morreu assim que chegou em terra, informaram neste domingo (14) os serviços de emergência.

Os ocupantes da embarcação, que ficou à deriva por pelo menos uma semana, são oriundos do norte da África, da região do Magrebe.

Durante o resgate, três deles foram levados em um helicóptero a um hospital da ilha para receber atendimento de urgência.

Ao chegarem ao porto de Arguineguín, em Gran Canária, vários ocupantes da embarcação foram conduzidos para centros de saúde para receber tratamento, informou o serviço de emergência do arquipélago espanhol situado no Oceano Atlântico, perto da costa noroeste da África.

A embarcação foi avistada por um veleiro francês por volta das 18h00 locais (15h00 no horário de Brasília), a cerca de 38 milhas náuticas do sul da ilha, informou à AFP a Sociedade de Salvamento e Segurança Marítima (Sasemar) da Espanha, que enviou um navio de resgate ao local. Ainda não se sabe de onde e quando exatamente a embarcação dos migrantes havia zarpado.

Ao chegar no local, a Sasemar constatou a presença de sete corpos entre os ocupantes de pequena embarcação e recorreu à ajuda de um helicóptero para transportar os três migrantes que precisavam de assistência urgente.

Na mesma noite, outro barco com 36 migrantes foi localizado oito milhas ao sul de Gran Canária, com todos os ocupantes em bom estado. Neste grupo, havia uma mulher e uma criança, segundo o serviço de emergência das Ilhas Canárias.

Esses dramas migratórios são recorrentes nas costas espanholas, que os imigrantes tentam alcançar, apesar dos perigos, a partir do Marrocos ou da Argélia, principalmente.

No total, 32.713 imigrantes chegaram por mar à Espanha entre janeiro e outubro deste ano, 24,2% a mais que no mesmo período de 2020, de acordo com os números do Ministério do Interior.

Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), 2021 já é o ano mais mortal na rota migratória até a Espanha, com pelos menos 1.025 óbitos.

A rota até as Ilhas Canárias é particularmente perigosa. Ao menos 785 personas morreram tentando alcanças as praias do arquipélago entre janeiro e agosto deste ano, segundo a OIM.

A lava expelida pelo vulcão Cumbre Vieja, nas Ilhas Canárias, chegou nesta última terça-feira (28) no Oceano Atlântico, aumentando os riscos para a população local por conta da emissão de gases tóxicos.

Diversas emissoras locais mostraram imagens de um rio de lava tendo contato com a água e formando uma enorme nuvem de fumaça. Segundo o Instituto Vulcanológico das Ilhas Canárias (Involcan), a lava chegou ao mar em Playa Nueva.

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Os especialistas temem que o fenômeno possa causar explosões, ondas de água fervente e até nuvens tóxicas, que estão se dissipando rapidamente, de acordo com as primeiras observações.

As autoridades locais explicaram que os gases formados "não representam um perigo para a população" se as medidas de segurança forem cumpridas corretamente. Os habitantes da área onde o fenômeno está ocorrendo foram evacuados há dias ou obrigados a permanecer isolados em casa com as portas e janelas fechadas.

Eugenio Fraile, pesquisador do Instituto Espanhol de Oceanografia, frisou em uma entrevista à "TVE" que os gases "estão se dispersando normalmente" e afetam uma área "muito pequena". O governo de La Palma, no entanto, divulgou uma nota dizendo que a erupção "não teve impacto na qualidade do ar".

O instituto também fez um alerta para o "impressionante" sedimento de mais de 50 metros de altura que vem sendo formado pela lava do vulcão.

A erupção do Cumbre Vieja destruiu pelo menos 656 edifícios pelo seu caminho, segundo dados do sistema europeu Copernicus.

Da Ansa

O aeroporto da ilha espanhola de La Palma, nas Ilhas Canárias, está paralisado devido ao acúmulo de cinza liberada pelo vulcão Cumbre Vieja, que entrou em erupção há uma semana, anunciou neste sábado (25) a empresa gestora dos aeroportos espanhóis (Aena).

"As operações de limpeza começaram, mas a situação pode mudar a qualquer momento", informou Aena.

Sete voos tiveram que ser cancelados pelo mesmo motivo na sexta-feira (24).

Explosões violentas e uma grande nuvem de cinzas que emana do vulcão Cumbre Vieja levaram as autoridades a ordenar a evacuação de vários bairros da cidade de El Paso na sexta-feira.

"Dado o risco acrescido para a população devido ao atual episódio eruptivo", as autoridades do arquipélago indicaram ter "emitido uma ordem de evacuação obrigatória para (os distritos de) Tajuya, Tacande de Abajo e para a parte não evacuada de Tacande de Arriba".

A ordem elevou a mais de 6.200 o número de pessoas que tiveram que deixar suas casas, segundo as autoridades.

Duas novas bocas eruptivas, das quais saía lava, se abriram no vulcão, informou o Instituto Vulcanológico das Canárias.

Segundo os últimos dados do Copernicus, o sistema de medição geoespacial europeu, a lava do vulcão já destruiu 420 imóveis e cobriu 190 hectares de terreno, em uma ilha cuja principal atividade econômica é o cultivo da banana.

A velocidade dos fluxos de lava que devastaram parte da ilha nos últimos dias diminuiu acentuadamente e as autoridades têm dúvidas se e quando chegarão ao Oceano Atlântico.

O encontro entre a lava e o mar é temido em razão da emissão de gases tóxicos que pode provocar.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou que o governo espanhol declarará La Palma como área de catástrofe natural na próxima terça-feira. Esta medida vai desbloquear auxílios aos residentes afetados.

A retomada da atividade do vulcão Cumbre Vieja obrigou à retirada de mais 500 pessoas, o que eleva para 6.000 o total de deslocados na ilha de La Palma, no arquipélago espanhol das Ilhas Canárias, enquanto os fluxos de lava se aproximam cada vez mais da costa.

O encontro do magma em chamas com o mar nesta ilha atlântica pode provocar a emissão de gases tóxicos, segundo os cientistas. Para minimizar os riscos, as autoridades estabeleceram um perímetro de exclusão.

"Aparece uma nova boca eruptiva em Tacande, El Paso", tuitou o serviço de emergência do arquipélago na segunda-feira à noite (20), alertando sobre uma nova "retirada da população".

O anúncio gerou filas de carros durante a noite, segundo imagens da AFPTV.

"Cerca de 500 pessoas" tiveram de abandonar suas casas, confirmou na manhã desta terça-feira Lorena Hernández, vereadora municipal de Los Llanos de Aridane, uma das cidades mais afetadas pelos fluxos de lava.

A abertura desta nova boca eruptiva ocorreu depois de um novo terremoto de magnitude 4,1, às 21h32 locais (17h32 em Brasília), de acordo com o Instituto Vulcanológico das Ilhas Canárias (Involcan).

Desde que o Cumbre Vieja entrou em erupção no domingo à tarde (19), cerca de 6.000 pessoas foram forçadas a deixar suas casas.

- Centenas de casas destruídas -

Embora não tenha deixado vítimas, esta erupção, a primeira desde 1971 nesta ilha de quase 85.000 habitantes, causou danos significativos. Os fluxos de lava incandescente já destruíram mais de 100 casa, além de causarem inúmeros danos materiais e naturais.

As impressionantes colunas cinzas e laranjas de lava descem do vulcão lentamente, destruindo árvores, estradas e casas no caminho, segundo as imagens divulgadas por moradores e autoridades.

Até o momento, o vulcão destruiu 166 construções, e o magma cobre 103 hectares de La Palma, informa o sistema europeu de observação espacial Copernicus. O órgão publicou no Twitter uma imagem de satélite da ilha com as áreas afetadas.

Agora, as autoridades locais esperam a chegada da lava ao mar. Inicialmente prevista para ontem à noite, ela foi adiada, porque os fluxos de lava desaceleram sua descida.

Esse contato preocupa os especialistas por sua potencial periculosidade. Pode gerar explosões, ondas de água com alta temperatura, ou nuvens tóxicas, de acordo com a página do United States Geological Survey (USGS).

O governo regional das Ilhas Canárias pediu aos curiosos que não se aproximassem da área e decretou um "raio de exclusão de 2 milhas náuticas", no entorno de onde os fluxos de lava devem desembocar.

O vulcão expele colunas de fumaça que chegam a centenas de metros de altitude e entre 8.000 e 10.500 toneladas de dióxido de enxofre por dia, segundo o Involcan. Apesar disso, o espaço aéreo da ilha não foi fechado.

O órgão administrador do aeroporto espanhol (Aena) anunciou hoje pela manhã (21) que todos os voos programados para segunda-feira no aeroporto de La Palma conseguiram operar. Outros 48 estão programados para esta terça.

O Cumbre Vieja está sendo monitorado há uma semana, devido à intensa atividade sísmica e, ainda conforme o Involcan, a erupção pode durar "várias semanas, ou alguns meses".

Quarenta pessoas ficaram feridas na madrugada deste domingo (26), quando uma parte do piso de uma discoteca de Tenerife, nas Ilhas Canárias, afundou, derrubando os presentes ao subsolo, segundo autoridades locais. Dois franceses, um belga, um britânico e um romeno estão entre os feridos, a maioria deles com fraturas, torções, ou contusões.

O Ministério britânico de Relações Exteriores declarou que estava em contato com "um certo número de cidadãos britânicos" feridos no acidente. O socorro chegou a Adeje, no sudoeste da ilha espanhola, às 02h30 locais (23h30 de sábado, em Brasília), após receber a informação de que 4 m² do chão tinham desabado, disse o governo regional em um comunicado.

"As pessoas lá dentro caíram no subsolo, tombando da altura de um andar", indica a nota. O piso ruiu na frente do palco da Butterfly Disco Club, uma festa gay popular em Tenerife, que teria espetáculos de drag queens e go-go dancing na noite de sábado, segundo sua página no Facebook.

Um vídeo publicano no Twitter pelos bombeiros mostra os escombros no subsolo da discoteca, que fica num centro comercial. O subsolo, onde fica uma sala de jogos, não estava usado neste noite, declarou o prefeito de Tenerife, Miguel Rodriguez Fraga, em uma entrevista coletiva. "Não tinha ninguém lá embaixo, estava vazio", disse ele.

Os bombeiros evacuaram a discoteca e levaram 21 feridos, dois em estado grave, ao hospital. Uma pessoa foi atendida no local e outras 18 se dirigiram ao centro de tratamento por conta própria, indicou o prefeito de Tenerife. Segundo Fraga, a licença do estabelecimento está em dia e a discoteca não parecia estar muito cheia quando o chão desabou. Uma investigação foi aberta pela polícia.

Localizado na costa oeste da África, o arquipélago das Ilhas Canárias recebeu 13,3 milhões de turistas estrangeiros no ano passado, tornando-se a segunda região mais visitada da Espanha, depois da Catalunha.

O governo da Espanha emitiu um alerta de emergência ambiental neste sábado (25) por causa de manchas de óleo que ameaçam praias no sudoeste das Ilhas Canárias. Um alerta de nível 2 foi ativado após o governo ter analisado dados atuais de correntes oceânicas do Instituto Oceanográfico da Espanha, dizendo que as manchas podem afetar parte das costas das ilhas. O nível 2 é o segundo nível de alerta mais alto.

O governo disse que uma praia foi sido declarada livre de resíduos de óleo e que operações de limpeza estavam em curso em outras três praias perto do conhecido ponto turístico Maspalomas, na Grã Canária, após uma mancha ter atingido a costa na quinta-feira.

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Autoridades regionais foram criticadas por grupos ambientalistas como o Greenpeace após a traineira Oleg Naydenov, que pegou fogo em porto local em 11 de abril, ter sido rebocada para o mar como precaução. O barco, que transportava 1.400 toneladas de um tipo viscoso de óleo combustível, afundou em 14 de abril, cerca de 24 quilômetros ao sul da ilha. Agora, as correntes podem levar as manchas - que provavelmente vieram do barco - para outras ilhas próximas, informou o governo.

"O nível 2 de emergência está ativado para todas as ilhas Canárias, e

voos de vigilância planejados de forma proativa estão agora averiguando o sul de Tenerife e as ilhas La Gomera", informou o comunicado do governo. Fonte: Associated Press.

Um incêndio nas Ilhas Canárias espanholas de La Gomera e Tenerife forçou a retirada de mais de 4.700 pessoas em dois dias, disse o governo regional neste sábado. Bombeiros combatem o fogo nas duas ilhas em um cenário de "vento, baixa umidade e elevadas temperaturas" que espalham as chamas, afirmou o ministro local da Economia, Javier Gonzalez Ortiz. As informações são da Dow Jones.

A polícia espanhola deteve 22 pessoas e quebrou uma rede que supostamente traficava pessoas do Irã para a Grã-Bretanha, frequentemente via Ilhas Canárias, um arquipélago espanhol no Atlântico. A polícia espanhola disse, contudo, que os traficantes também usavam uma rota terrestre, escondendo os imigrantes clandestinos nos bagageiros dos ônibus ou nos contêineres de caminhões que cruzam a Europa.

Policiais espanhóis disseram que o chefe da gangue de tráfico humano é iraniano, bem como vários do grupo criminoso. Outros supostos delinquentes são búlgaros, colombianos, marroquinos e mauritanos. A rede cobrava € 20 mil de cada imigrante clandestino para traficá-lo à Grã-Bretanha, com um "desconto" para os menores de idade e não cobrava para traficar crianças menores de dois anos de idade. As autoridades espanholas trabalharam com a polícia britânica nesta operação e as detenções começaram em fevereiro. A polícia disse que não sabe quantas pessoas foram levadas clandestinamente para a Grã-Bretanha.

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As informações são da Associated Press.

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