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Hoje não é quinta-feira para relembrar momentos do passado através da hashtag #tbt, mas Ivete Sangalo burlou essa regra da internet. Nas redes sociais, a cantora dividiu com os fãs uma foto rara da sua infância. Ivete compartilhou o registro pessoal como se estivesse conversando com ela mesma quando criança, dizendo que sua trajetória até a vida adulta aconteceu de forma positiva.

"Só pra dizer a você que deu tudo certo! Você se tornou uma mulher forte, íntegra, do trabalho e da alegria. Você é feliz!", legendou a baiana. Depois que fez a postagem, a artista da axé music ganhou o carinho de famosos como Elba Ramalho, Alejandro Sanz, Tom Cavalcante, Maria Rita, Iza, Suzana Pires, Flávia Alessandra, Samantha Schmütz, Fernando Torquatto, Taís Araújo, Angélica e Letícia Spiller.

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Ivete Sangalo entrou para a música no ínicio dos anos 1990. Em 1992, a artista ganhou o Trófeu Dorival Caymmi de melhor intérprete. Um ano depois, Ivete gravou o seu primeiro disco como vocalista da Banda Eva, rendendo na época o sucesso da canção Adeus Bye Bye. Após seis álbuns, ela partiu para a carreira solo, lançando em 1999 o seu primeiro CD.

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Nesta quinta-feira, dia 4, a revista GQ divulgou sua edição do mês de setembro, que traz Cauã Reymond na capa. A publicação é especial, já que faz parte do movimento Change Is Good, em português Mudar É Bom, realizado por todas as 21 edições da revista ao redor do mundo em uma colaboração focada no futuro. A escolha do ator para a capa da revista foi feita por conta dos projetos realizados pelo mesmo para diminuir os impactos da pandemia entre os mais afetados, e a entrevista feita pela GQ traz os desafios pessoais enfrentados por Reymond em sua trajetória desde a infância marcada pela pobreza, pelas dificuldades e pelo bullying, até o sucesso na televisão e no cinema.

O relato conta uma realidade que muitos talvez não conheçam sobre o ator que passou o começo da infância em um prédio de classe média baixa próximo à favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. Cauã vivia com sua tia esquizofrênica, que havia sido estuprada por porteiros de seu prédio, com a mãe, que havia sido adotada e por vezes apresentava comportamento autodestrutivo, e com a avó aleijada, que havia perdido o noivo em um atropelamento. Essa situação fazia com que o garoto sofresse bullying e agressões na rua por parte de outros meninos, que referiam-se a ele como o garoto da casa da louca.

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- O clima podia ser bem pesado em casa, até violento, com muitos gritos. Minha tia esquizofrênica perdia o controle e às vezes olhava pra mim e dizia: vou cortar seu pinto. Eu era criança e isso me desesperava.

Cauã conta ainda que, mesmo sem ter qualquer tipo de deficiência, fez a segunda e a terceira séries em um colégio para surdos mudos, até se mudar para o Centro Educacional da Lagoa, escola particular paga por seu avô paterno. Apesar da mudança, o ator continuou a sofrer agressões, provocações e todo tipo de bullying por parte dos colegas continuou.

A situação financeira da família também não era das mais favoráveis. Cauã relatou que chegou a vender paçoca para ajudar a complementar a renda da família, e que quando sua tia esquizofrênica morreu, assassinada, não havia dinheiro suficiente para o velório e nem para o enterro.

Aos 14 anos de idade, passou a morar com o pai, José Marques, em Balneário Camboriú, uma cidade localizada em Santa Catarina. Marques, que é psicólogo, nadador e mergulhador, tampouco teve o apoio da família na juventude. Era filho de um paraibano que aos 17 anos de idade saiu de casa para morar sozinho no Rio de Janeiro. Seguindo os passos do avô paterno, Cauã deixou a cidade sulista aos 17 anos de idade para se tornar modelo - mas isso não tornou sua vida menos dura.

Cauã viajou para diversas cidades da Europa e teve contato com profissionais renomados como Bruce Weber e Karl Lagerfeld. Também morou durante dois anos em Nova York, onde limpava chão e tinha apenas 20 dólares - cerca de 106 reais na cotação atual - para gastar por dia, o que fazia com que ele tivesse que escolher qual refeição iria fazer: almoço ou jantar.

Hoje, aos 40 anos de idade e pai de Sofia, Cauã é um dos atores mais bem pagos da televisão brasileira, com milhares de seguidores nas redes sociais e uma carreira em constante ascensão marcada por dezenas de prêmios e indicações. Sua mais recente conquista foi o título de Melhor Ator Coadjuvante no Festival de Brasília por seu papel no longa Piedade, de Cláudio Assis. Na trama, ele contracena com Matheus Nachtergaele e Fernanda Montenegro.

- Piedade foi um projeto que me desconstruiu completamente. Cláudio Assis é punk, tinha certeza de que ele ia me desafiar, puxar meus limites, e foi o que aconteceu. Aceitei fazer o filme sem mesmo ter lido o roteiro.

A apresentadora e musa fitness Juju Salimeni usou suas redes sociais, nessa quarta (8), para responder algumas perguntas de seus seguidores. Eles perguntaram sobre a  infância e adolescência da celebridade e um dos assuntos foi se ela já havia sofrido ‘bullying’. 

“Olha, se tem uma coisa que eu sofri foi bullying, nossa, como eu era zoada na escola. Todo mês eles faziam uma eleição para saber quem era a mais feia, e eu era primeiro lugar, todo mês”, revela Juju.

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A musa ainda comentou sobre seus treinos de musculação e sobre os procedimentos estéticos que fez no corpo. Juju contou que treina há 17 anos e seu corpo é fruto de esforço e dedicação. Além disso, a apresentadora comentou que seus treinos a ajudaram bastante no período em que teve depressão.

Juju também falou que só possui silicone nos seios e mais nenhum procedimento no corpo. Já no rosto, ela contou que faz botox e preenchimento das olheiras.

Marcelo Adnet fez uma revelação dramática em entrevista à revista 'Veja' dessa semana, publicada nesta sexta-feira (10). Após falar acerca da sua carreira, ele foi perguntado sobre as traições públicas a Dani Calabresa, sua ex-esposa, e sobre as mais atuais notícias de outra provável traição, à sua nova companheira, que ele já esclareceu, e respondeu: "Não costumo falar da minha vida pessoal, mas me vi obrigado agora. Foram situações completamente diferentes. Desta vez, tanto eu como minha atual mulher saímos com outras pessoas no período em que estivemos separados. Uma delas, com quem eu saí, decidiu trazer a história a público. Não considero isso uma notícia".

Então, o repórter questionou se ele se sente machista, já que foi assim chamado após os casos públicos. Adnet comentou sobre traumas: "Como grande parte dos brasileiros, fui educado com base em padrões que hoje não são mais aceitos. É claro que já devo ter sido machista, mas acredito que muito menos do que a média. E isso, certamente, tem a ver com traumas que sofri".

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O humorista ainda contou que sofreu abusos sexuais na infância: "Fui abusado sexualmente duas vezes, aos 7 e aos 11 anos. Na primeira, nem sabia o que era sexo. O caseiro do lugar onde eu passava as férias começou a se aproximar de mim e pedir favores. Ele me chantageava dizendo que, se contasse algo a qualquer pessoa, meu cachorro morreria. Eu era muito ingênuo. Um dia, quando só estávamos eu e ele em casa, foi para cima de mim. Senti uma dor imensa, mas durou pouco porque meus parentes, que tinham ido ao mercado, voltaram para buscar a carteira. Mais tarde, o pesadelo se repetiu com um amigo mais velho da família. Ele não chegou a consumar o ato, como o caseiro, mas me beijou e passou a mão no meu corpo. Foram dois episódios difíceis".

Marcelo contou o motivo de ter demorado a falar sobre o assunto: "Para se ter uma ideia, só depois da morte desse conhecido da casa, há cerca de dez anos, consegui contar à minha família. Hoje, já falo de maneira natural porque entendi, após anos de análise, que o constrangimento não é meu, e sim de quem me abusou. O que fica disso é o susto, o trauma, a desconfiança".

Toda quinta-feira, ou quando pode, Angélica usa as redes para dividir com os seguidores momentos do seu passado. Hoje não foi diferente. Em uma postagem nostálgica, a apresentadora da Globo resolveu fazer uma reflexão sobre a Páscoa com o compartilhamento de uma foto da infância.

Angélica publicou uma imagem do tempo em que fazia campanhas publicitárias. Ela legendou: "Hoje é dia de #tbt muito fofo..., pra lembrar que a Fé e a esperança que vivemos na Páscoa são fundamentais nesse momento, e claro a pureza e energia de nossas crianças. #miniangelica".

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No conteúdo divulgado, famosas como Fiorella Mattheis, Daniela Sarahyba, Carolina Dieckmann e Juliana Silveira ficaram encantadas. "Que coisa mais linda, meu Deus", escreveu Ticiane Pinheiro, apresentadora do Hoje em Dia. "Queria ser sua amiga desde essa época aí", brincou a atriz e escritora Suzana Pires.

Confira o clique:

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Na fila para contar ao Papai Noel do Shopping Higienópolis o que pretende ganhar no Natal, José Luiz, de 3 anos, parecia animado. Mas, ao chegar a vez dele, o humor mudou: o menino decidiu não se aproximar e ficar em pé, guardando uma distância segura do bom velhinho. "Ele não é nada tímido. Mas acho que essa deve ser uma das primeiras experiências dele com essa figura", contou a avó Silvia Cataldo, de 67 anos.

Apesar de a maioria das crianças agir com familiaridade e desenvoltura, empilhando uma lista de pedidos que deixariam qualquer papai (Noel ou não) de cabelo em pé, também teve quem repetisse José Luiz - e segurasse a mão do personagem natalino com insegurança, que abrisse o berreiro ou, simplesmente, ficasse mudo.

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Esse medo pontual do Papai Noel pode se transformar em fobia? Embora não seja reconhecida oficialmente pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), feito pela Associação Americana de Psiquiatria, os medos relacionados às festas de fim de ano e à própria figura de Noel estão cada vez mais presentes no dia a dia dos consultórios e na experiência de quem interpreta o personagem de barba branca e gorro vermelho.

"Eu não gosto quando os pais insistem. Acho que tem de respeitar o tempo das crianças. O Noel é uma figura que deve conquistar a confiança. E precisa ser visto como amigo", disse Cláudio Altruda, de 79 anos, Noel de shopping há mais de 26 anos.

Psicóloga com especialização em Avaliação Psicológica e Neuropsicológica e Terapia Cognitivo Comportamental pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, Elaine Di Sarno compara o medo de Papai Noel com a clássica fobia de palhaço. "São figuras muito diferentes daquilo que as crianças mais novas estão acostumadas. Elas não têm ideia de quem é aquele velhinho de barba branca, uma figura vermelha que fica tocando um sino... Aí, as crianças são obrigadas a se apresentar ao Noel, falar com ele, interagir... Algumas acabam desenvolvendo um medo que pode se desdobrar para a vida adulta", disse. Aliás, na vida adulta, segundo Elaine, esse tipo de fobia acaba se transformando no estresse de fim de ano, na vontade de ficar sozinho em datas como Natal e ano-novo.

Para a psicanalista especialista em programação neurolinguística (PNL) e constelação familiar Taís Ribeiro, a fobia de Natal também se reflete em medos peculiares como o do pisca-pisca e de árvores de Natal. "Parece estranho, mas já tratei casos assim. Na maioria das vezes, diria em 80% dos casos são traumas de infância", contou. "Não ajuda quando os pais ficam contando histórias do 'homem do saco', aquela figura que viria capturar a criança se ela fizesse alguma má-criação. A figura do 'homem do saco' pode ser confundida com o Papai Noel na cabeça das crianças", completou.

Os casos mais graves, que se transformam em ansiedade na vida adulta, podem nascer de diversas fontes. "Conheço uma pessoa que tinha medo de Noel porque um dia flagrou um tio de quem não gostava fantasiado de bom velhinho", falou Taís. "Teve uma que o pai bebia muito durante o Natal e estragava a festa. Fazia coisas terríveis como gritar com a mulher, dar um soco no bolo e atirar um peru pela janela", lembrou.

De acordo com a especialista, algumas situações só conseguem ser "atacadas" com hipnose, com o paciente conseguindo "ressignificar" alguns momentos importantes da própria vida.

O psicólogo Carlos Alberto Vieira pontua que é importante resgatar a diferença entre medo e fobia. "No primeiro, o sujeito está diante de algo que apresenta alguma razão objetiva no risco que se atribui àquilo que está em questão, enquanto que na fobia não há razão concreta a ameaçar o sujeito."

Segundo ele, em ocasiões típicas do período natalino é mais comum encontrar adultos que apresentam algum tipo de desconforto, ou de sofrimento, mesmo em função de situações relacionadas à solidão. "Pode ser um desconforto decorrente de uma experiência de atualização, podemos assim chamar, de um período de luto vivido no passado, ou mesmo uma experiência em que o sujeito faz um balanço da sua vida e de si mesmo, colocando questões importantes em perspectiva, num momento de avaliação das coisas naquela altura da vida, podendo vir à tona uma sensação de medo por algo que se dê em um contexto de incerteza referente ao seu futuro." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Xuxa Meneghel, de 56 anos de idade, usou sua coluna na Vogue para abrir o coração sobre os abusos que sofreu em sua infância. No texto, Xuxa descreve o caso como o mais difícil que já viveu e que tomou a iniciativa de falar abertamente sobre o tema para tentar ajudar outras pessoas. Para começar o relato, ela começa falando da época que tinha quatro anos de idade e morava no Sul com sua família quando o caso ocorreu.

Minha mãe costumava colocar um edredom no chão depois do almoço e deitar com nós cinco para tirar um soninho na parte da tarde. Eles costumavam nos dar um elixir que abria o apetite. Como sou intolerante ao álcool e sei que este elixir tinha - mesmo que em dose pequena - dormia mais profundo do que meus irmãos. No Sul também era comum misturar vinho com água e açúcar e dar para as crianças, o que também me deixava com mais sono do que o normal, falou.

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Também explicou que sua mãe não teve auxílio de nenhuma babá para cuidar dela e de seus irmãos.

Minha mãe ficou grávida muito cedo e nunca teve babá, tentava dar de tudo para nós cinco. Hoje em dia, as pessoas podem ver isso como falta de cuidado, mas não foi o caso da minha mãe, que nunca deixaria nada de mal acontecer com um dos cinco filhos dela. Mas aconteceu. Depois de anos, perguntei às minhas irmãs se algo parecido tinha acontecido com elas também, mas para minha surpresa, não, revelou.

Logo em seguida, a apresentadora deu detalhes sobre o abuso.

Por que fui a escolhida? Não sei, mas me lembro de um cheiro de álcool de alguém, uma barba que machucou o meu rosto e algo que foi colocado na minha boca. Acordei dizendo que alguém tinha feito xixi na minha boca e os meus irmãos disseram que eu tinha sonhado. Essa foi minha primeira experiência com abuso sexual, que, diga-se de passagem, eu não me lembro direito, mas existiram outros casos..., falou.

Xuxa, então, relembra outro caso que teria ocorrido quando ela tinha cinco ou seis anos de idade.

Me lembro que andávamos de Kombi. Nós crianças íamos atrás. Eu tinha cinco ou seis anos e os mais velhos eram pré-adolescentes, primeiros de segundo grau e amigos muito próximos da família. Sentia tocarem em mim, colocavam o dedo, doía, não sabia distinguir o que sentia, por isso não chorava e nem reclamava com ninguém sobre o acontecido. Essa mesma pessoa vinha ao Rio quando eu já tinha entre nove e dez anos, e, quando a família dormia, colocava seus dedos por debaixo dos lençóis e me tocava. Nesse tempo, esse parente distante já era um adolescente e sempre que podia me tocava. Por que eu não gritava, não chorava? Não sei!, desabafa.

Quando tinha 11 anos de idade, a apresentadora também conta de outro caso que sofreu com um professor.

Meu professor de matemática do colégio Itu, que atendia pelo nome de Maurício, me chamou depois da aula e, mesmo na frente da minha amiga Yara, ele disse que queria me deixar só de calcinha e colocar nas minhas coxas. Me perguntava: o que seria isso? Foi então que eu vi pela primeira vez alguém se masturbar. No outro dia, ele mandou que eu fosse ao quadro para escrever alguma coisa antes que os outros alunos da sala entrassem. Era hora do recreio, ele disse que isso iria me ajudar nas notas finais. Escrevi o que ele queria no quadro e vi que ele se tocava embaixo da mesa, usava uma calça quadriculada e se mexia muito, não entendia muito bem o que ele tava fazendo... foi aí que o ouvi gemer e depois se limpar. Eu perguntei o que tinha acontecido, se aquilo era colocar nas coxas. Ele riu e disse que não, mas que faria isso em mim, que não iria me machucar e que se eu falasse pra alguém sobre o que eu tinha visto ou o que ele havia falado, ninguém iria acreditar, pois entre a palavra de um aluno e de um professor, o professor sempre ganha, contou.

A apresentadora contou que, depois do ocorrido, ela e seus irmãos foram transferidos para outra escola. No entanto, Xuxa voltou a sofrer com assédios, desta vez dentro de casa. O agressor seria um namorado de sua avó identificado como Ubirajara.

Eu ia ao apartamento dela, ficava vendo TV e o futuro vovô ficava perto e me fazia carinho até que minha vó fosse costurar e ele pedia para eu sentar no colo dele. Às vezes ele tomava banho e deixava a porta aberta. O barulho que minha vó fazia enquanto cozinhava ou costurava o deixava livre para vir até a porta se tocar me olhando. Eu não entendia por que ele fazia isso e nunca perguntei nada. Então, ele começou a tocar meus futuros peitos - sim, ainda não tinha nada a não ser um mamilo um pouco maior. Uma vez vendo TV, ele acariciou meu cabelo, o cheirou e logo depois desceu a mão para os meus (quase) seios e os apertou. Doeu e eu o fiz parar, e ele disse que era só um carinho e que só o vovô podia fazer porque me amava como neta, detalhou.

Por fim, Xuxa conta por que decidiu quebrar o silêncio sobre o abuso anos após o ocorrido.

Me calei até os quase 50 anos, quando resolvi falar no Fantástico, pois queria divulgar o disque denúncia, o Disque 100. Queria alertar as pessoas. Nós geralmente não queremos falar, porque é feio, porque não é certo, porque aprendemos que sempre tem que ter um culpado numa situação como essa. E é claro que nos sentimos culpados - eu me sentia culpada apenas por existir. Dos 4 até os meus 13 anos, eu passei por várias situações que me fizeram ter mania de limpeza. Tomo de 3 a 4 banhos por dia, tenho vontade de estar com crianças pois elas não me fariam nenhum mal - isso é coisa de adulto. Hoje, quero emprestar minha voz em campanhas para crianças que não falam, não gritam e choram sozinhas. Eu preciso fazer isso por elas, já que não fiz por mim, concluiu.

A Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Coordinfância) do Ministério Público do Trabalho implementará em Macapá (AP), de 27 a 29 de novembro, o Projeto Resgate a Infância, que consiste num conjunto de ações voltadas para a prevenção e erradicação do trabalho infantil e proteção do trabalho do adolescente. O projeto, ativo em diversos Estados brasileiros, abarca três eixos de atuação: educação, aprendizagem e políticas públicas.

No dia 27 de novembro, o Ministério Público do Trabalho realizará reuniões interinstitucionais, que abordarão o compromisso do município de Macapá em relação a políticas que contemplem a prevenção e a erradicação do trabalho infantil.

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Já nos dias 28 e 29 de novembro, a partir das 9 horas, serão realizadas duas audiências coletivas abertas ao público interessado, no auditório da Promotoria de Justiça – Complexo do Cidadão (Av. Fab, 64, Centro – Macapá/AP).

Programação

DIA 28/11 – Oficina do Projeto Resgate a Infância, eixo Educação (MPT na Escola), que consiste na promoção de debates com a rede pública de ensino acerca de temas relativos aos direitos da  criança e do adolescente, especialmente a erradicação do trabalho infantil. Local: Auditório da Promotoria de Justiça - Complexo do Cidadão, situada na Av. Fab, 64,Centro, Macapá/AP.

8h30min – Credenciamento

9h – Aspectos legais e Sociais do trabalho infantil

10h – Documentário: “Ser criança – Um Olhar para a infância e a juventude diante do trabalho no Brasil”

10h30min – Panorama do trabalho infantil no Brasil e no Amapá

11h – Mitos e verdades sobre o trabalho infantil

11h30min – Piores formas de trabalho infantil

Debates

12h – Almoço

13h30min – Projeto Resgate a Infância

13h40min – Políticas Públicas

14h45min – Aprendizagem Profissional

15h30min – Eixo Educação – Prêmio MPT na Escola.

16h15min – Kits Educacionais

17h – Encerramento.

DIA 29/11 – Audiência coletiva que abordará a efetivação da aprendizagem, nos termos legalmente estabelecidos, para que as cotas sejam cumpridas pelas empresas.

Uma cena comum nas décadas de 1980 e 1990, principalmente nos intervalos dos programas de TV, era a comercialização de brinquedos com imagens das apresentadoras infantis. Xuxa, que teve centenas de produtos licenciados com o seu nome, conquistava o gosto popular das crianças quando surgia em formato de boneca. Assim como a rainha dos baixinhos, outras artistas tiveram um plus a mais na carreira com a mesma ideia.

Sucesso nas vendas, atrizes, cantoras e apresentadoras souberam conquistar as meninas que estavam enjoadas de se divertir com suas Barbies e Susis. Remexendo a história do entretenimento, o LeiaJá relembra as famosas que já foram transformadas em bonecas.

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A infância é uma época que muitas pessoas sentem saudade por diversas razões e, muitas vezes, a convivência com os amigos no dia a dia dos tempos de escola é um desses momentos dos quais se pode guardar boas memórias. Neste Dia das Crianças, o LeiaJá traz histórias de pessoas que tiveram em suas escolas vários momentos felizes, outros nem tanto, mas que deixaram saudades e que valem a pena relembrar através de fotos, cartas e outros objetos repletos de memórias. 

Entre amigos e “rivais”

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Camila Patrícia Paiva da Rocha tem 28 anos e é publicitária. Desde pequena, sempre morou no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife, e estudou em colégios pequenos que ficavam perto de casa, dentre os quais o mais marcante foi Colégio Maria Consuelo, onde ela estudou da terceira série (atual quarto ano) até a oitava série (nono ano). No ensino médio e pré-vestibular, Camila estudou no Colégio Decisão do bairro da Boa Vista, Centro do Recife, e de lá seguiu para o curso superior de publicidade na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Ao recordar do ensino médio, Camila conta que a turma em que entrou era muito unida, pois todos muitos alunos estudavam juntos desde o maternal. Comunicativa, ela logo conseguiu se integrar e fazer amigos que cultiva até hoje. 

“No final do ano sempre fazia cartinha para meus amigos e ainda tenho as que eles me mandaram. Eu tinha medalhas porque participava sempre dos jogos. Não era atleta, mas participava pelo grupo. Eu gostava muito de dança, abertura dos jogos, handebol, eu sempre participava”, contou a publicitária.  

Além de ser envolvida em atividades esportivas e culturais da escola, Camila relata que sempre foi muito dedicada aos estudos. Ela ficava triste se tirasse uma nota baixa e chegou a ser premiada pela escola por seu desempenho escolar de destaque. O desejo de estar entre os melhores estudantes da turma criou uma certa competição com outro aluno, Nathan, que segundo ela, também se saía muito bem nos estudos e era querido pelos professores. 

“Nathan era o aluno 'A' da turma da manhã e eu era a aluna 'A' da turma da tarde com o grupinho dele, eu odiava. Tinha um professor de matemática que fazia muitas competições. Ele tinha um carimbo de ‘aluno estrela’ para os alunos que tivessem a maior nota da sala em cada prova. Esse professor foi muito importante, fazia apresentações, dava um matemático para cada grupo e a gente tinha que fazer uma apresentação teatral sobre ele, a gente não aprendia só números, mas também a história por trás. O grupo de Nathan sempre se dava bem, a raiva era essa”, conta, aos risos

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Nem tudo, no entanto, foi apenas alegria nos tempos de Camila no Colégio Maria Consuelo, pois durante parte da sétima série ela foi vítima de bullying, motivo que lhe levou a mudar para a turma da manhã. “Tinha um menino que me chamava de gorda, de baleia, me desenhava no quadro e parece que ninguém vê, não é? Professor não vê, os outros alunos não veem e só fazem sorrir. Por mais que o pessoal me amasse muito e me tratasse bem, eles não notavam como aquilo magoava. Eu não era de revidar, aí mudei de turno, anos depois ele me pediu desculpas”, revela.

Ao concluir a oitava série, Camila não foi sozinha para seu próximo colégio. Como a escola não tinha turmas de ensino médio, todos os estudantes tiveram que ir estudar em outro lugar e a maioria seguiu para o Colégio Decisão. Ela e os ex-alunos de sua antiga escola passaram a ficar todos juntos nas aulas e intervalos, o que levou a uma maior aproximação entre todos e ao fim da rivalidade com Nathan, que passou a ser seu amigo daí por diante. 

Perguntada sobre o que sente mais falta em seus tempos de criança na escola, Camila aponta a tranquilidade e o tempo livre para ficar junto de seus amigos. “Naquela época não era tudo tão acelerado. Eu adorava a escola, eu não gostava de faltar. A época foi importante para mim porque eu gostava, eu queria estar na escola, era uma rotina boa para mim. Gosto do meu trabalho, mas tem uma responsabilidade que não tinha naquele tempo. E faz falta poder ter tempo para os meus amigos e para cultivar minhas amizades”, explica a publicitária. 

Salva da solidão

A aluna de Educação Física Isadora Faustino tem 27 anos e ao longo da infância e adolescência passou por várias escolas, mas conta que foi o Colégio Nossa Senhora das Graças, no município pernambucano de Sirinhaém, Litoral Sul de Pernambuco, que marcou sua vida. As amizades que, segundo ela, lhe salvaram da solidão, além de muitos momentos divertidos com as amigas nas aulas de educação física, lhe fizeram feliz e a conduziram à sua escolha profissional.

Isadora contou que ao chegar na escola não conhecia ninguém e era “inimiga” das pessoas que hoje são suas melhores amigas, até o momento em que uma reprovação lhe fez estudar com elas e desenvolver uma amizade. “Sempre fui uma pessoa bem só, quando entrei no colégio consegui muitas amizades, mas minhas melhores amigas são Nara, Kamilla e Karina. Elas que me salvaram da solidão, de uma certa forma era para me divertir com elas que eu acordava todas as manhãs e ia à escola”, conta ela. 

O dia na escola, que era católica confessional, começava com um momento de orações na quadra e depois os estudantes iam para as salas de aula onde, segundo Isadora, ela e suas amigas conversavam mais do que estudavam. Ela lembra momentos em que ela e Kamilla, uma de suas melhores amigas, foram expulsas de sala por cantar muito as músicas da banda mexicana RBD, para a qual as amigas escreveram uma carta de 15 metros, contando com doações de folhas de papel pedidas a outros estudantes. 

A prática esportiva nos recreios e aulas de educação física foram muito importantes para Isadora, que narra memórias de suas amigas jogando futebol e futsal com bolinhas de papel ou de tampa de garrafa. As amigas tiveram autorização de um professor para frequentar as aulas de educação física dos meninos, pois jogavam muito bem e as outras meninas normalmente não queriam participar. Os bons momentos nas aulas que envolviam esportes foram decisivos para a decisão que Isadora tomaria anos mais tarde para sua vida profissional. “A gente estava sempre jogando com os meninos. Foi lá que me apaixonei pela área de educação física e hoje estou prestes a me formar no curso”, diz.

A amizade com Kamilla é destacada pela estudante como uma relação muito especial e importante que ainda perdura. “Ela é minha pessoa. Hoje com todo mundo vivendo sua vida, complicado ter tempo uma para a outra. Tenho um vínculo muito forte com Kamilla, mas por causa da minha faculdade, eu e ela não saímos muito”, explica Isadora. Kamilla também esteve presente em um dos momentos que a estudante lista como os mais marcantes. 

“No dia em que descobrimos que o colégio iria fechar, eu e Kamilla bagunçamos toda escola, deitamos no chão da quadra, a farda era branca ficou preta. Nos jogamos na areia do parquinho, choramos na casinha do escorrego e quando largamos, pulamos na piscina de farda e sapato. Depois descobrimos que a piscina estava cheia de xixi de criança, que eles passaram o dia todo na piscina”, relembra Isadora. 

A saída de duas de suas amigas para outra escola também foi um momento de grande emoção tanto para Isadora quanto para todas as demais companheiras do grupo. “Nara e Karina foram para outra escola. Fizemos uma grande festa à noite, preparamos um vídeo, todo mundo chorou ao assistir. Me marcou, pois minhas melhores amigas estavam ‘indo embora’, tudo aquilo que vivíamos fazendo não iria acontecer mais. Para mim foi bem difícil, tinha acabado de descobrir o que era amizade e de repente elas foram embora”, explica a estudante. 

Entre as lembranças que sobreviveram ao passar dos anos, Isadora tem várias relíquias. Cartinhas, fotos com as amigas na escola e, o mais curioso, uma agenda de recordações que, entre entre elementos que remetem aos anos de colégio, há mechas de cabelo dos amigos guardadas. 

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A amarelinha tornou-se raridade, as bolas de gude começaram a rolar pelo tapete da sala e o interesse em jogos coletivos deu lugar aos olhos afixados em um aparelho celular. Hoje, a juventude convive com as contrariedades da tecnologia e perde no quesito liberdade.

 

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Enclausurada pela insegurança, a infância nas ruas foi suplantada pelas brincadeiras dentro dos limites da própria casa. Em entrevista ao LeiaJá, duas avós relembraram do tempo em que eram criança e o comparam a atual diversão dos netos. Muito tempo em casa reduz o contato com outros da mesma idade, enquanto o acesso ao mundo globalizado força uma ‘maturidade’ precoce.

 

 

 

 

 "Na minha época a brincadeira era mais na rua do que dentro de casa. A gente brincava de esconde-esconde, queimado e pulava corda", relembra dona Irani Oliveira, de 43 anos. Ela foi criada pela avó -que não tinha tempo para tanta atenção- e hoje cuida dos dois netos: Lorena Cecília e Samuel Henrique, de cinco e um ano, respectivamente.

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Entre um afazer doméstico e outro, dona Irani prepara a pequena para a escola, ao passo que a história da sua infância se repete. Sem muito tempo, ela destina os eventuais momentos de descanso para brincar com Lorena. "Às vezes eu brinco com ela de boneca, mas não sou muito de brincar não", revela. A avó também apontou a motivo para a privação da garota é a criminalidade, "ela brinca na rua as vezes, mas só com a gente. A gente não deixa ela só na rua não", ressaltou.

Distante dos eletrônicos, que eram possuídos "só por quem tinha dinheiro", ela acredita que a neta tenha uma 'vida melhor'. " Na minha [infância] não tive nada disso. Hoje ela tem tudo, celular, tablet [...]", destacou. Se por um lado a criança está restrita aos limites da casa, por outro, o mundo imaginário de Lorena é ampliado e traz leveza ao ambiente, admite a avó. 

A falta de espaço aguça a percepção da pequena, que acaba copiando atitudes dos adultos que a rodeiam. Ela prepara sua 'comidinha' ao tempo que cuida das 'filhas' e dá bronca em Samuel, que desorganiza toda sua cozinha. Lorena não sabe, mas já tem uma vida de dona de casa, logicamente sem o peso das obrigações, mas seguindo um histórico de competências domésticas.   

“Vou perguntar ao Google vovó”

Na casa da Família Buarque, Sophia, de 12 anos, e Miguel, de 7, também entendem que a rua é um ambiente 'arriscado'. "Hoje em dia é tanta violência[...] como é que os meninos vão brincar na rua? A pessoa fica com tanto medo que nem pode mais brincar", relata a avó Luziara Buarque, de 55. Ela é do tempo que a garotada se reunia para brincar solta, "a gente brincava de tudo, de bola de gude, de vôlei, pião... não tinha isso de menino e menina não".

 "Em casa eles [os netos] brincam de dominó, de Uno... eles são muitos tranquilos. Conversam muito por que perguntar é com eles mesmo”, pontuou. “Quando digo que não sei, eles dizem 'ah vovó, eu vou perguntar ao Google que ele sabe de tudo", brinca Luziara.   

Brincadeira é o treinamento para o futuro do indivíduo

"Uma criança que fica dentro de casa não desenvolve tão bem quanto uma criança que brinca na rua. O universo da brincadeira permite o desenvolvimento de uma forma que, a criança presa a um eletrônico não tem. Porque ela não tá interagindo com ninguém e fica ali, isolada, brincando sozinha", destacou Magaly Vilarim. Para driblar a insegurança fora de casa, a psicopedagoga sugere brincadeiras saudáveis, que envolvam o progresso físico e cognitivo.

Dessa forma, a diversão nas ruas funciona como um treinamento para as futuras relações interpessoais, além aprimorar a oralidade e a coordenação motora. "É através da brincadeira que ela vai aprender a se frustrar; a ganhar ou perder. Na rua ela também tem a possibilidade de desenvolver relações sociais e adquirir autonomia para desenvolver o sentimento de empatia[...] quando outra criança perde e fica triste, ela vai lá e consola", detalha a especialista. 

A participação dos pais é fundamental

A diversão na rua também é uma aliada contra índices de obesidade e glicemia; além de impulsionar o desenvolvimento ósseo e muscular, que muitas vezes é esquecido pela falta de estímulos e acaba criando indivíduos inativos. "Com o avanço da tecnologia elas ficaram muito mecanizadas a utilizar telas, onde criam vícios posturais. Vale lembrar que o esporte não é apenas para alto rendimento, é uma ferramenta de aprendizado que deve ser inserida desde cedo", destaca o personal trainer especializado em atendimento infantil, Tulyo Cezar.  

As atividades neuro motoras ou condicionantes, envolvem simples exercícios de habilidades, como saltar, agachar e correr. Tais práticas podem estar aliadas a tecnologia, como sugere o profissional, "é importante a escolha de games que reproduzam movimentos de esporte ou exercícios de dança, para que as crianças gostem e criem o hábito", sugeriu. 

Ele também enfatiza uma linguagem acessível aos pequenos e a participação dos responsáveis. "A participação dos pais nesse processo é fundamental. Dentro de casa, eles podem usar travesseiros para criar espaços onde as crianças saltem, rolem e agachem. Sempre estimulando com sorriso para que ela aprenda da forma mais divertida", aconselha.

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Atraso na fala, dificuldade de comunicação, falta de interação social e de contato visual são características comuns do transtorno do espectro do autismo perceptíveis já nos primeiros anos de vida.

Foi observando características semelhantes a essas que a professora Michele Barros descobriu que o filho tem autismo. Logo cedo, a mãe percebeu que o comportamento do pequeno Emanuel era diferente do das crianças da creche onde ele entrou com 6 meses. Emanuel chegou aos 2 anos sem falar, não apontava objetos, nem a comida quando estava com fome. Começou ter comportamentos repetitivos e não interagia com outras crianças.

“Fui notando coisas que eram diferentes. Ele não gostava de ir a lugar com barulho, ia a festas de aniversário e, na hora dos parabéns, tampava os ouvidos e chorava. A professora começou a notar também que, quando contava histórias, Emanuel estava andando, olhando para a parede, não participava de nada e tinha muitas rotinas. Queria ficar só acendendo e apagando a luz, abrindo e fechando a porta, não participava [de atividades e brincadeiras] com as outras crianças.”

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Michele Barros, então, procurou especialistas para tratar do filho. Emanuel começou fazer vários tipos de terapia e, com pouco mais de um ano de tratamento, teve bons resultados. Hoje, com 4 anos, ele já fala frases, consegue demonstrar o que quer e brincar perto de outras crianças. “São muitas terapias, é pesado, mas é gratificante. Vemos que temos retorno do que estamos investindo.”

Na última terça-feira (18), Dia do Orgulho Autista, a Agência Brasil ouviu a história de Michele Barros e de outras pessoas que lidam com o transtorno para falar sobre o diagnóstico e o tratamento do autismo.

Diagnóstico

O diagnóstico do autismo é essencialmente clínico, feito por meio da observação do comportamento e com a participação de psicólogos, psiquiatras e neurologistas. Há três características principais a serem observadas no comportamento que podem indicar o autismo, explica a professora aposentada do Departamento de Psicologia Clínica da Universidade de Brasília, Izabel Raso Tafuri.

Uma das características é o atraso significativo da fala e da capacidade de comunicação da criança, ou seja, de se fazer entender e transmitir uma mensagem com frases. Há também  dificuldade de interação, o que leva a criança a se isolar, não conseguir brincar com as outras e se sentir excluída na sociedade. Outro traço são comportamento repetitivos, ritmados e obsessivos ou ritualísticos.

“Bebês com risco de desenvolver autismo geralmente não apresentam modulações na voz, não olham para as mães quando estão sendo amamentados e muitos não se aconchegam nos colos das mães”, explicou Izabel.

Os sintomas característicos dos transtornos do espectro do autismo estão presentes antes dos 3 anos de idade. Segundo a presidente do Movimento Orgulho Autista Brasil, Viviane Guimarães, o diagnóstico é possível por volta dos 18 meses. Quanto mais cedo o transtorno for diagnosticado, mais chances o autista tem de desenvolver autonomia e se tornar um adulto mais independente, afirma Viviane.

“Quanto mais cedo a gente conseguir diagnosticar, menos atrasos a criança vai ter. Nosso cérebro fecha alguns canais de aprendizagem com determinada idade. O ideal é iniciar uma intervenção antes dos 3 anos. Conseguindo fazer isso, a criança vai ter mais autonomia. Nós, do Movimento Orgulho Autista, trabalhamos em uma lei que fala da importância de ser diagnosticado antes dos 18 meses”, acrescenta Viviane. Ela tem um filho de 18 anos, Caio, que é autista. O diagnóstico correto de Caio veio apenas perto dos 13 anos, após ele ter passado por oito médicos.

Tratamento

Segundo Viviane, após a confirmação do autismo, é importante fazer avaliação com psicólogo, neuropsicólogo, para verificar o ponto que precisa ser mais trabalhado naquela criança. Ela aconselha as mães também procurarem informação. “Não acredite em tudo que você ouve, nem em qualquer tratamento. Procure o que tem comprovação científica, estude porque você é o principal apoio que seu filho vai ter durante toda a vida.”

A Associação de Amigos do Autista recomenda que, uma vez diagnosticado o autismo, uma equipe multidisciplinar avalie e desenvolva um programa de intervenção específico para cada criança já que existem diferentes graus de autismo e nenhuma pessoa com autismo é igual a outra.

“Os sinais de autismo que aparecem na tenra infância, até os 3 anos de idade, podem desaparecer significativamente se o tratamento for feito a termo e se não houver nenhuma doença neurológica associada ao quadro do autismo que pode trazer incapacidade para a criança”, explica Izabel Raso Tafuri.

Mãe de um autista que está com 41 anos, Marisa Furia Silva, que é vice-presidente da Região Sudeste da Associação Brasileira de Autismo, considera um grande desafio a ser enfrentado no tratamento do autismo a necessidade de um serviço público adequado para atender essa população ao longo da vida. “O autismo hoje não tem cura, e temos que fazer o máximo possível com os serviços gratuitos. O Sistema Único de Saúde [SUS] e as escolas têm que atender a população autista de forma correta, para que, assim, essas pessoas tornem-se adultos mais produtivos e independentes com atendimento diário.”

Com mais de 40 anos de convivência diária com o autismo na criação do filho, Marisa Furia diz que as famílias que vivem a mesma situação precisam enfrentar os desafios. “Não se desespere, tem que enfrentar e lutar para que essas crianças tenham as condições necessárias para se tornar adultos o menos comprometidos possível e tenham uma vida adequada e digna.”

No Dia do Orgulho Autista, em audiência pública, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal discutiu o atendimento aos autistasno sistema público de saúde.

Elas fogem do que resta do "califado" do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria. São crianças nascidas em um "Estado" que desapareceu, muitas vezes sem pai e com mães de países onde não são bem-vindas.

Seus rostos se destacam entre um mar de niqabs (véu integral), ao lado de suas mães, amontoados em caminhonetes que os transportam do último reduto do EI no leste da Síria.

Há bebês de apenas três meses, que choram de cansaço e fome. Os mais velhos observem em silêncio os jornalistas.

Estão vestido com várias camadas de roupas para enfrentar o frio: casacos, cobertores, gorros...

É difícil adivinhar o estado de suas mães sob o véu integral, mas seus olhos transmitem cansaço, esgotamento e também as mãos muito magras.

Há meses, a comida está acabando no último reduto jihadista, alvo de uma ofensiva da aliança curdo-árabe das Forças Democráticas Sírias (FDS), que reconquistou progressivamente a imensa maioria do setor.

Nas horas mais difíceis do "califado", alvo de bombardeios e dos ataques aéreos da coalizão internacional, os bebês continuaram a nascer.

Jadija tem um ano. Nasceu nos territórios jihadistas da província de Deir Ezzor, na fronteira com o Iraque.

Está envolvida por uma manta nos braços de sua mãe, uma síria de apenas 17 anos natural de Manbij, cidade do norte da Síria, a centenas de quilômetros de distância dali.

"Estou grávida"

Quando perguntada sobre o que espera para sua filha, ela responde com um olhar vazio. O pai, também jovem, foi detido pelas FDS e espera em outro veículo juntamente com dezenas de outros homens.

Há mulheres de outras nacionalidades: iraquianas, turcas, russas, ucranianas e francesas.

O que lhes espera? Um futuro incerto em campos de deslocados no norte da Síria controlados pelas autoridades curdas com uma zona destinada aos familiares dos supostos jihadistas.

Para chegar, as mulheres atravessaram com seus filhos centenas de quilômetros pelo deserto, em caminhonetes.

No acostamento da estrada há objetos arrastados pelo vento: uma mala, um suéter cinza, um carrinho de bebê azul abandonado.

Pelo menos 35 crianças morreram no caminho ou pouco depois de chegar ao acampamento, principalmente por hipotermia, segundo a ONU.

Na zona de recepção do campo de deslocados de Al Hol, mulheres e crianças, a maioria com menos de cinco anos, estão sentadas em cobertores empilhados, aguardando a atribuição de uma tenda.

Perto dali, na clínica, um médico exausto examina crianças esqueléticas.

"Acabei de descobrir que estou grávida", diz uma menina de 19 anos com um bebê apoiado no quadril.

O paraense Fabrício Ferreira ganhou destaque na internet ao relatar suas vivências em um motel da Região Metropolitana de Belém onde passou grande parte da infância. O jovem resolveu fazer uma thread (sequência de tweets que contam uma história ou fatos curiosos) no Twitter, para relatar acontecimentos trágicos e engraçados e até um caso policial. Não demorou muito para que suas histórias viralizassem, e atingissem grande número de compartilhamentos na rede. 

Criado no espaço do motel que era administrado pela avó, primeiramente, e depois pela mãe, o jovem conta que não acreditou no sucesso da publicação. “Eu achava que não ia dar em nada, que eu ia ficar falando comigo mesmo como eu sempre faço no Twitter, porém quando eu vi 5.000 curtidas eu comecei a rever na memória tentando lembrar o máximo de informação para colocar na thread”, disse Fabrício.

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Um dos tweets que mais viralizou foi sobre o assassinato que o jovem diz que chegou a presenciar. “Eu tinha na minha cabeça tanta coisa que não era para ter colocado. Depois da repercussão, eu tirei porque tem coisa que pode comprometer outras pessoas”, declarou.

Fabrício revela que ainda tem muitas experiências não relatadas e que está pensando em escrever um livro. “Várias pessoas estão me incentivando a escrever um livro e eu estou cogitando esta hipótese. Mesmo não sendo um escritor, acho que dará para entreter o leitor, porque as pessoas se interessam bastante em ler sobre as intimidades e experiências de outras pessoas."

A thread pode ser acessada clicando aqui.

 

 

 A atriz e apresentadora do ‘Só toca top’, Fernanda Souza, compartilhou em sua conta no instagram uma foto onde aparece com mais duas atrizes que interpretaram personagens na primeira versão da novela Chiquititas, sucesso do SBT nos anos 90.

Ao lado de Fernanda, que interpretou Mili, aparecem as atrizes Francis Helena (Cris) e Aretha Oliveira (Pata.) Na foto, Fernanda escreveu ‘Um Beijo pra quem tem 30 anos de amizade…’

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Nos comentários, os seguidores falaram do sucesso da novela e relembraram com saudades a época. ‘Era muuuito fã de vcs, Adorooo’; ‘Um beijo pra quem olha essa foto e lembra da sua adolescência. Chiquititas’; ‘TBT minha infância amoooo!’, escreveram.

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Diversos artistas reviraram o baú nesta terça-feira (20) e publicaram no Instagram fotos da infância. Famosos da música, televisão e do esporte participaram de um desafio promovido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), que celebra o Dia Mundial da Criança.

Ivete Sangalo, Angélica, Marina Ruy Barbosa, Preta Gil e Luciano Huck, entre outros, lembraram na rede social a importância dos direitos que toda criança tem que ter. "A data também reforça a Convenção sobre os Direitos da Criança, que, como o nome já diz, serve de instrumento para a garantia desses direitos de forma global", escreveu a atriz Fernanda Paes Leme, ao aceitar o pedido de Maisa Silva.

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Confira os cliques:

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As férias do meio do ano que vem ficarão agitadas com o lançamento de "Toy Story 4". Nesta segunda-feira (12), a Disney divulgou um teaser da animação. Previsto para estrear no dia 21 de junho de 2019, o filme contará com um novo integrante. 

O mascote prometerá altas aventuras ao lado do Woody, Buzz e de toda a trupe de brinquedos. 

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Confira o vídeo:

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Aproximadamente uma em cada sete crianças que vivem em um dos países da OCDE é pobre, e a taxa de pobreza infantil aumentou nos últimos anos na maioria desses países, de acordo com um relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

Em média, a taxa de pobreza infantil para o período 2015-2016 foi de 13,4% nos países da OCDE, o que corresponde a uma criança em sete, de acordo com a nota publicada nesta quarta-feira, Dia Internacional da Para a Erradicação da Pobreza.

A situação é particularmente preocupante no Chile, na Espanha, nos Estados Unidos, em Israel e na Turquia, onde mais de uma em cada cinco crianças vive em uma família de baixa renda, sete vezes mais do que na Dinamarca ou na Finlândia.

Segundo a OCDE, que considera 2007 como ano de referência, a pobreza infantil aumentou em quase dois terços dos países da Organização na última década.

A Eslováquia registou o maior aumento desde 2007 (5,4 pontos), mas "França, Hungria, Grécia, Itália, Lituânia e Suécia tiveram crescimento de dois pontos ou mais no mesmo período", disse a OCDE.

O organismo internacional também enfatiza que crianças de famílias monoparentais correm maior risco de serem pobres porque "a separação dos pais raramente é compensada com pensão alimentícia".

"A guarda dos filhos geralmente corresponderá à mãe que muitas vezes tem renda pessoal menor que seu ex-parceiro. Portanto, não é surpreendente que o risco de pobreza das famílias monoparentais (31%) seja três vezes maior do que o de famílias com dois pais (10%) em toda a OCDE, em média".

O relatório também observa que "ajudar os pais a obter empregos de boa qualidade é decisivo para reverter" a pobreza infantil. "Isso significa ajudar os pais a ter um emprego estável em tempo integral", acrescenta ela.

Para reduzir a pobreza infantil, a agência também recomenda "melhorar a cobertura" dos benefícios sociais, "fundamental" para reduzir a pobreza infantil.

Para quem foi criança nas décadas de 1970, 1980 e 1990, as rádios e os programas de TV eram recheados de músicas que tinham o dom de ser perpetuadas em festas de aniversário, no recreio da escola e nas fitas K7 emprestadas para os melhores amigos. Reproduzir as letras e coreografias oferecia ao universo infantil possibilidades de viver sem pressa e cobrança. 

Nos dias atuais, a internet reina absoluta para facilitar a 'vida de gente grande', mas traz com ela um gosto de nostalgia quando o passado vem em forma de plataforma digital. Celebrando o Dia das Crianças nesta sexta-feira (12), o LeiaJa.com preparou uma playlist que será responsável em levar qualquer pessoa a viajar no tempo através da cauda de um cometa.

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Baby do Brasil – Emília (A Boneca Gente)

Turma do Pirlimpimpim – Lindo Balão Azul

Raul Seixas - O Carimbador Maluco (Plunct Plact Zuum)

Os Saltimbancos – História de Uma Gata

A Turma Do Balão Mágico – Superfantastico

Trem da Alegria – He-Man

Xuxa – Festa do Estica e Puxa

Paquitas – Fada Madrinha

Mara Maravilha - Curumim

Eliana – Pop Pop

Angélica – Big Bom

Sandy e Junior – Dig Dig Joy

Era como se Amanda fosse o problema. Não importava para qual escola era transferida, a ida ao colégio era um martírio diário que envolvia agressões verbais e físicas de crianças que, assim como ela, tinham por volta dos seis anos de idade. Piadas, empurrões, até mesmo cortes de cabelo forçados por colegas de classe fizeram parte da rotina da menina, hoje fotógrafa, de 23 anos. O termo “bullying” já existia antes mesmo de ela nascer, mas no Brasil, ao contrário das ações que a machucavam psicologicamente e fisicamente, não era popular.

No caso de Amanda, as agressões ocasionadas pela “aparência masculina” que a menina tinha a tornaram uma criança retraída e ansiosa que chegou a pensar em suicídio. “É muito sério que uma criança pense assim por causa de situações como essa. Isso acontecia todos os dias e a vontade que eu tinha era de não ir para a escola nunca mais. Simplesmente parar de estudar”, conta. Além de reprovar um ano, ela perdeu a conta de em quantos aspectos da própria vida essa violência a afetou. Nem mesmo uma série de tratamentos foi capaz de apagar gatilhos que a atingem até hoje quando passa por situações análogas às humilhações sofridas ainda no começo dos anos 2000. Após muitos relatos para professores e coordenações sem nenhum retorno, a mãe da menina chegou a colocá-la em aulas de artes marciais para que ela pudesse “se virar sozinha”.

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O estudante Gustavo, de 22 anos, também precisou de ajuda psicológica para desfazer os traumas trazidos pelo bullying diário sofrido no colégio. No caso dele, que tinha cerca de sete anos, o motivo da chacota também era a sua aparência física. Ao contrário de muitos, ele precisou guardar a violência em segredo por medo de apanhar mais. “Minha mãe dizia que se eu chegasse apanhado em casa eu apanhava de novo”, relembra. As marcas diminuíram de tamanho, mas ainda dóem. “Ainda hoje fico com muito ódio quando vejo pessoas que passam por esse tipo de preconceito nas instituições. Para o opressor é muito fácil, mas só quem sabe disso é quem passa”, desabafa.

Algumas pesquisas, porém, apontam que o opressor também pode ser a vítima. Segundo estudo publicado em 2011 pela pesquisadora brasileira Bruna Land, 20% dos envolvidos em situação de bullying podem desempenhar tanto o papel de vítima, quanto o de agressor, também necessitando de cuidado psicológico. “Às vezes a criança emite esse comportamento na escola porque está acontecendo algo diferente em casa. Isso pode ser desde a separação dos pais até a própria violência dentro da família. Como se ela estivesse repetindo esses comportamentos na escola ou expressando que, de fato, algo não está bem”, explica a psicóloga Ana Paula Ferreira.

Em relação às medidas “emergenciais” tomadas pelos pais de Amanda e Gustavo, os especialistas advertem que a violência não é a resposta indicada para resolver problemas como este. O caminho para o combate ao bullying deve ser construído com diálogos e iniciativas em conjunto entre familiares e representantes de instituições de ensino. “O combate da violência com outro tipo de violência pode gerar outras consequências sérias, como fazer com que a pessoa se isole socialmente. É necessário, de fato, uma intervenção da escola em conjunto com os pais, porque a escola sozinha não consegue fazer isso”, explica Ana Paula.

Se o trabalho é feito em parceria, como a escola deve atuar nesses casos? Para a diretora acadêmica do Grupo Ser Educacional, Simone Bérgamo, as instituições devem estar focadas em prevenir que esse tipo de violência aconteça. Um método de prevenção é trabalhar na organização de encontros que promovam a reflexão nos alunos, principalmente nos considerados “espectadores passivos”, que não cometem a violência, mas a observam. “O bullying não existiria se não houvesse plateia. Aquele aluno que é espectador também é responsável”, analisa.

Quando os casos são detectados pela escola, porém, também há formas de agir. “É importante que os departamentos construídos por psicopedagogos e psicólogos tentem acompanhar a rotina acadêmica e intervir de forma imediata quando perceberem pequenos focos de intolerância”, explica Simone.

Confira alguns dos perfis dessas agressões:

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