Tópicos | Jõao Amoedo

Fundador do Novo, João Amoêdo deixou o partido depois que se viu deslocado diante da consolidação de uma ala bolsonarista. Longe das diretrizes da esquerda e entusiasta da economia liberal, o empresário declarou voto em Lula (PT) e escancarou o racha na legenda. 

Depois de anunciar o voto no PT, Amoêdo teve a filiação suspensa e recebeu um pedido para expulsão do Novo. "Seria muito mais fácil não mencionar o Lula, como fez o Ciro [Gomes], ou ficar quieto, como o [João] Doria", afirmou em entrevista ao Tab Uol. 

##RECOMENDA##

Ele já havia deixado a Presidência pelo incômodo com os rumos do partido, que investiu em bolsonaristas como Romeu Zema e Ricardo Salles. Ainda assim, foi anunciado como pré-candidato à Presidência da República para 2022, mas não levou a candidatura adiante e observou de longe a escolha de Luiz Felipe d'Avila para representar o partido. 

"Virou um partido pró-Bolsonaro de forma dissimulada. Um genérico com o mesmo preço do original", criticou. 

Embora tenha apoiado o retorno de Lula ao Palácio do Planalto, Amoêdo explica que a escolha foi feita para evitar a reeleição de Jair Bolsonaro (PL): "Pedem pra que eu faça o 'L', não vou fazer o 'L'. Eu queria tirar o 'B' e a missão foi cumprida". 

Afastado da política temporariamente, como garantiu, o empresário estuda retornar nas próximas eleições federais. Não alinhado ao próximo governo, sua posição fez com que preservasse as críticas aos primeiros movimentos de Lula. Sobre a escolha de Fernando Haddad como ministro da Fazenda, Amoêdo foi taxativo: "Escolha ruim, mas não péssima dentro dos quadros do PT." 

O empresário João Amoêdo anunciou nesta sexta-feira (25), a sua desfiliação do partido Novo, o qual fez parte da fundação. O anúncio foi feito em uma publicação no Twitter. 

“Hoje, com muito pesar, me desfilio do partido que fundei, financiei e para o qual trabalhei desde 2010. Deixo um agradecimento especial a todos que fizeram parte desse time que, com dedicação, humildade e determinação, transformaram em realidade o que parecia ser impossível”, disse. 

##RECOMENDA##

Mesmo com a saída da sigla que fundou, Amoêdo ressaltou que  “nada muda a vontade de ajudar o Brasil”. 

[@#video#@]

João Amoêdo declarou apoio à candidatura de Lula (PT) no segundo turno da eleição, postura que foi criticada pelos correligionários do Novo, que passaram a defender a saída dele da legenda.

Além disso, na quinta-feira (24), Amoêdo criticou o Novo por liderar o pedido de abertura de uma CPI contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que sejam investigados possíveis abusos de autoridade praticados por membros dos órgãos.

A atitude foi repudiada novamente pelo empresário ao justificar a saída da sigla. “Uma ação que tem como objetivo incentivar a manutenção de manifestações golpistas e tumultuar a democracia”.  

O empresário, fundador e ex-presidente do partido Novo, João Amoêdo, criticou a atitude da sigla de liderar o pedido de instalação de uma CPI contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta quinta-feira (24).

“Uma ação que tem como objetivo incentivar a manutenção de manifestações golpistas e tumultuar a democracia. O partido descumpre seu estatuto e se distancia ainda mais dos princípios da sua fundação”, afirmou Amoêdo, no Twitter. 

##RECOMENDA##

O pedido foi protocolado pelo deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), para que seja investigado possíveis abusos de autoridade praticados por membros do STF e do TSE. A solicitação teve 181 assinaturas, 10 a mais do que o mínimo necessário. 

[@#video#@]

O Partido Novo suspendeu, nesta quinta-feira (27), a filiação de João Amoêdo. Para justificar a suspensão de um dos seus fundadores, a legenda ponderou que ele teria cometido "possíveis violações" ao estatuto. Amoêdo é alvo de um processo na Comissão de Ética Partidária (CEP) do Novo. 

"O processo na CEP segue seu curso respeitando rigorosamente as determinações estatutárias e o pleno direito de defesa", diz o comunicado do partido.

##RECOMENDA##

A punição para Amoêdo acontece após ele declarar voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa do segundo turno pelo comando do Palácio do Planalto. 

Ao anunciar o voto em Lula, Amoêdo afirmou: "no dia 30 farei algo que nunca imaginei. Contra a reeleição de Jair Bolsonaro, pela primeira vez na vida, digitarei o 13. Apertar o botão 'confirma' será uma tarefa dificílima. Mas vou me lembrar do presidente que debochava das vítimas na pandemia, enquanto milhares de familiares choravam a perda de seus entes queridos".

O fundador do Partido Novo, João Amoêdo, declarou voto em Lula (PT) no 2º turno da Eleições. Anteriormente, Amoêdo havia sinalizado que anularia a opção de voto, e agora mudou o posicionamento para "limitar danos adicionais ao nosso direito como cidadão".

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, ele reafirmou as críticas ao PT e ao candidato Lula. No entanto, salientou que o atual presidente apresenta maior risco para o Brasil. "Os fatos, a história recente e o resultado do 1º turno, que fortaleceram a base de apoio de Bolsonaro, me levam à conclusão de que o atual presidente apresenta um risco substancialmente maior", explicou. 

##RECOMENDA##

Em 2018, o fundador do Partido Novo, que concorreu à presidência da República, declarou voto, no 2º turno, a Jair Bolsonaro e justificou a opção por ser contra o projeto petista. Na época, a chapa do Partido dos Trabalhadores era composta por Fernando Haddad e Manuela D'Ávila (PCdoB). "Era inadmissível que um partido envolvido em tantos esquemas de corrupção e que conduziu o país à pior recessão pudesse retornar ao poder. Votar em Bolsonaro com todas as suas limitações não era uma opção, mas a falta delas", disse à Folha de S.Paulo.

Anular seria incoerente

Ainda à publicação, João Amôedo afirmou que anular o voto neste segundo turno seria incoerente. "O caminho mais fácil seria não declarar voto, mas seria incoerente com a decisão que tomei em 2010 de participar da vida pública. Vou compartilhar meu posicionamento no 2º turno deste ano e a lógica da decisão. Nestes quatro anos, regredimos institucionalmente e como sociedade. A paixão e o ódio dominaram o debate político, levando a polarização a níveis inaceitáveis", expôs.

Reafirmando as críticas ao ex-presidente Lula, Amoêdo ressaltou que será oposição nesta eleição. Além disso, ele esclareceu que esta será a primeira vez votanto no PT e classificou como "uma tarefa difícil". 

"No dia 30, farei algo que nunca imaginei. Contra a reeleição de Jair Bolsonaro, pela primeira vez na vida, digitarei o 13. Apertar o botão "Confirma" será uma tarefa dificílima. Mas vou me lembrar do presidente que debochava das vítimas na pandemia, enquanto milhares de famílias choravam a perda de seus entes queridos."

Após o Diretório Nacional do Novo vetar seu retorno à direção da legenda, o empresário João Amoêdo afirmou ao Estadão que não planeja, "por enquanto", deixar a agremiação que fundou há 10 anos e pela qual disputou o Palácio do Planalto em 2018. Nesta entrevista, porém, ele faz críticas ao partido, que, segundo ele, tem "um problema de identidade". "O Novo é oposição ou linha auxiliar ao governo Bolsonaro?", questionou.

Como o sr. avalia o veto a seu retorno à Executiva do partido?

##RECOMENDA##

O Diretório Nacional é composto por seis pessoas. Eu precisaria de 2/3, ou seja, quatro votos, e tive apenas três. Ficou claro que a narrativa de que eu mando no partido não é verdadeira. Isso tem sido usado para atacar a mim e ao Novo. Tenho visões políticas diferentes de alguns membros do diretório.

O Novo perdeu a identidade?

Quando a gente montou o Novo, a concepção era ser uma esperança para as pessoas por estar inovando na política. Era ser um partido sem agendas pessoais, políticos profissionais e com uma unidade de atuação. O fato é que o Novo tem um problema de identidade, e isso ficou claro nos últimos tempos. O partido precisa reencontrar o seu caminho original.

Qual seria esse caminho?

Em primeiro lugar, é preciso ter unidade em temas relevantes. Não dá para ter posições diferentes sobre o apoio ou não ao governo Bolsonaro. Depois de mil dias de governo e de tudo que ele fez, não dá para se colocar em uma posição de independência em relação ao governo Bolsonaro. Isso traz uma confusão para o partido entre filiados, apoiadores e, certamente, para os eleitores. Afinal de contas, o Novo é um partido de oposição ao governo Bolsonaro ou é linha auxiliar? Isso não está claro para mim como filiado. A maioria da população não quer esse governo. O Bolsonaro vai contra todos os valores e princípios e valores do Novo.

Os deputados do Novo que apoiam posições semelhantes às de Bolsonaro entraram na "roda-viva" da política?

Não sei dos detalhes da vida parlamentar deles, mas nossa visão é de longo prazo. Não podemos cair na mesma sistemática da velha política que a gente nasceu para combater. Caso contrário, o Novo vai ser mais um partido pequeno, que as pessoas usam para suas agendas pessoais. O fato de o Novo não usar dinheiro público é o início do processo, mas não é o suficiente. Precisamos nos afastar de governos ruins, ainda que populares. Há uma armadilha eleitoral nesse processo. Tenho dificuldade em entender os mandatários do Novo que não veem razão ou crimes para pedir impeachment. Há um cálculo eleitoral.

A maioria da bancada do Novo votou favoravelmente ao voto impresso, uma bandeira de Bolsonaro. Esse é um retrato do que o partido virou?

O partido, como instituição, se colocou contra (o voto impresso), mas não adianta abraçar uma tese se ela não é referendada pelos mandatários, especialmente da bancada federal. Isso cria na cabeça de todos os formadores de opinião, filiados e apoiadores uma dúvida: mas, afinal, qual é o partido? É esse da instituição ou aquele que na prática vota de outra forma? O Novo se colocou, como eu defendo, em oposição frontal em relação ao governo.

Como avalia a relação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, com Bolsonaro?

Ele fez um vídeo (na segunda-feira) no qual faz agressões fortes a mim, mas sem citar meu nome. O governador teve uma atitude muito machista. Disse que eu pareço aquela mulher que o marido se divorciou, mas não consegue deixá-lo em paz. Ele está muito incomodado porque faço críticas ao governo Bolsonaro e adotou uma narrativa fora da realidade: de que eu não teria me conformado por ter perdido a eleição em 2018. Isso passa longe da verdade. Fica claro, infelizmente, que Zema tem um viés de apoio ao Bolsonaro. Isso torna ainda mais complexo o quadro do Novo. Deveríamos deixar de lado os cálculos eleitorais e fazer o que é o certo.

Pretende mudar de partido?

Eu me coloquei à disposição para ajudar no Novo, a partir do diagnóstico de que o partido não está bem. Essa via não funcionou. Não fui aceito. Por enquanto vou continuar filiado. Deu muito trabalho fazer um partido diferente. Foram dez anos de dedicação. Mas, como filiado, fico restrito em como ajudar. Pretendo trabalhar com pessoas como (Luiz Henrique) Mandetta, (Sérgio) Moro e (Carlos Alberto dos) Santos Cruz para encontrar a terceira via. Já passou da hora.

Foi uma decisão sua deixar a presidência do Novo, já que seu mandato não tinha acabado. Por que mudou de ideia?

Fui eleito por unanimidade por todos os diretórios. Meu mandato iria até 2023. Saí porque queria um pouco mais de tempo depois de dez anos dedicados ao partido. Em segundo lugar, porque eu queria mostrar que construímos uma cultura dentro da organização na qual ela podia andar dentro dos princípios nos quais o partido foi concebido e que eu não era a pessoa que mandava no Novo. Mas, vendo hoje, essa cultura ainda está em construção.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de tentar formar uma frente de centro contra os extremos na disputa presidencial de 2022, o empresário João Amoêdo, um dos seis "presidenciáveis" signatários de uma carta em defesa da democracia, da Constituição e contra o autoritarismo, foi convidado pelo Novo para disputar novamente o Palácio do Planalto em 2022. Nesta entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Amoêdo avalia que o "polo democrático" - que inclui também o governador João Doria (PSDB), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), o ex-governador Ciro Gomes (PDT), o apresentador Luciano Huck e o ex-ministro Sérgio Moro (sem partido) - não tem hoje um nome à frente dos demais.

Um dia após seu nome ser lançado pelo Novo como candidato à Presidência, uma ala do partido lançou o deputado Tiago Mitraud (MG). O Novo está rachado?

##RECOMENDA##

Esse movimento é mais da bancada. O Novo sempre acompanhou o estatuto. A definição da candidatura é feita pelos diretórios estaduais e pelo nacional. São 40 pessoas que votam neste processo. Há duas semanas recebi um convite de 36 dos 40 para ser o pré-candidato. Depois de refletir bastante, dei a resposta. Do meu ponto de vista, a definição está dada.

O sr. estaria disposto a disputar prévias?

O convite que foi feito é para ser pré-candidato, não para disputar prévias. Em tese, o partido fez seleção, avaliou e os 20 diretórios fizeram essa definição.

O que muda em uma eventual candidatura sua? Foi um erro ter apelado ao antipetismo?

O antipetismo não foi um erro, mas a eleição ficou muito polarizada. O que muda na minha pré-candidatura é que vou começar sendo uma pessoa mais conhecida. Em 2018, eu praticamente nem aparecia nas pesquisas. Em 2022, o candidato do Novo poderá participar dos debates na TV. Temos um governador, uma bancada federal, estadual e vereadores. O partido é mais conhecido, e eu como pré-candidato também.

O governador de Minas, Romeu Zema, abandonou parte das bandeiras do Novo, como as privatizações. Ele não seguiu o programa do partido?

Ele fez uma boa gestão e melhorou as contas públicas. Montou uma boa equipe e atraiu investimentos, mas enfrentou dificuldades na Assembleia. As privatizações foram prejudicadas por isso. Ele tem a meta de privatizar pelo menos uma empresa, a Codemig, antes do fim do mandato. Se ele for reeleito, poderá completar esse processo. Ele de fato tem uma proximidade maior com o presidente. Entendo que ele faz isso de forma pragmática. Mas, se você observar as ações dele, em nenhum momento o Zema embarcou em teses malucas do presidente.

Zema apoiou a iniciativa de lançar outro nome à Presidência pelo Novo. O que achou?

Prezo o Novo como instituição e essa decisão cabe aos diretórios estaduais e ao diretório nacional.

O sr. assinou manifesto com outros presidenciáveis que buscavam uma terceira via de centro. Esse projeto fracassou?

Era muito difícil sair em um primeiro momento com uma candidatura única por vários motivos. O primeiro é que nenhum dos nomes está claramente à frente dos demais. Estão todos muito embolados. Com a margem de erro, estão todos empatados. Em segundo lugar, os calendários de todos estavam muito diferentes. Alguns com incertezas se vão sair ou não, como Sergio Moro e Luciano Huck, outros com indefinições partidárias, como é o caso do Doria, do Tasso e do Eduardo Leite. Teremos o lançamento de outras candidaturas e vou trabalhar para que elas tenham algumas pautas semelhantes. Lá na frente, espero que haja uma disposição de todos de se unir em torno de um candidato.

Essa união seria no 2° turno?

Talvez antes. Não acho ruim termos vários nomes se contrapondo ao Bolsonaro.

A pandemia compromete a narrativa liberal e obrigou uma ação mais forte do Estado?

Eu acho que não. Os países liberais foram os que saíram melhor da crise. No Brasil, a gente caiu na velha armadilha de ser um País que gasta muito e gasta mal. Nenhum privilégio ou benefício foi cortado na pandemia. Pelo contrário. O próprio presidente da República deu aumento para si e outros ministros. A agenda liberal não foi implementada na prática.

O crescimento do Lula e o aparente derretimento do Bolsonaro nas pesquisas vai levar a uma guinada do centro à direita?

Eu trabalho com o cenário mais provável de ter o PT no 2.° turno. A disputa vai ser na construção de um centro à direita. Esse foi um papel que, em tese, o PSDB representou lá atrás. Mas foi em tese só, porque muitas vezes as políticas deles foram próximas ao PT, com uma linha mais socialista. Bolsonaro apareceu com essa opção, mas não era. Ele era mais um populista sem projeto para o Brasil. Em 2022, vamos construir um polo mais liberal. Vamos ter um polo mais de centro direita para fazer frente ao Lula.

Como avalia o encontro dos ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso?

É um direito do Fernando Henrique, que já deu a sua contribuição e pode se encontrar com quem quiser. Mas não acho uma sinalização adequada do ponto de vista ético e de valores neste momento de um líder político.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após os boatos de uma possível candidatura de Luciano Huck nas eleições presidenciais de 2022, o apresentador decidiu renovar seu contrato com a Rede Globo. De acordo com as informações da coluna “O Melhor da TV’’, do site Metrópoles, Huck permanecerá na emissora até o ano de 2025, confirmando as suspeitas de que, possivelmente, irá substituir Fausto Silva na programação das tardes de domingo.

Em novembro do ano passado, o apresentador revelou ter se encontrado com o ex-juiz Sergio Moro, para tratar sobre uma possível aliança eleitoral em 2022. Desde então, ele tem participado de debates virtuais e entrevistas sobre temas relacionados à pandemia, além de ter assinado, em março deste ano, o “Manifesto pela Consciência Democrática”, em conjunto com Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB), Luiz Henrique Mandetta (DEM), e João Amoedo (Novo). 

##RECOMENDA##

Durante um evento organizado por alunos brasileiros de Harvard e MIT, Huck reafirmou seu local de “estrangeiro” no ambiente político, característica vista de maneira positiva por muitos. "Não sou um técnico em nada e não tenho experiência política, como a maioria tem aqui, mas sou um cara que conhece o dia a dia da realidade", disse o outsider, ao lado do ex-presidenciável Fernando Haddad (PT). Contudo, a renovação do contrato com a Globo inviabiliza a possível candidatura.

 

Fundador do Novo e candidato derrotado ao Palácio do Planalto em 2018, o empresário João Amoêdo, de 58 anos, defendeu em entrevista ao Estadão que o partido se assuma como oposição ao presidente Jair Bolsonaro para evitar que esse campo seja ocupado pela esquerda. Depois de receber 2,5% dos votos válidos, à frente de Marina Silva (Rede), Henrique Meirelles (MDB) e Alvaro Dias (Podemos), Amoêdo viu o Novo eleger só um prefeito em 2020, em Joinville (SC), e sair fraturado da disputa na capital paulista após expulsar seu candidato, Filipe Sabará. Fora da direção do partido, Amoêdo ainda não decidiu se tentará novamente à Presidência em 2022 e avalia que é cedo para discutir nomes de centro para formar uma frente ampla.

Como a bancada do Novo vai se posicionar na disputa pela presidência da Câmara?

##RECOMENDA##

Estou fora da gestão do partido, mas me preocupa o Arthur Lira (PP) com essas propostas de se aproximar do PT e a promessa de combater a Lava Jato e mudar a forma de financiamento dos sindicatos. O Novo lançou o Marcel (van Hattem) antes, mas, neste momento, não está havendo essa discussão. Talvez a gente apoie um candidato que tenha uma postura mais ética e que coloque as pautas. O Congresso está muito omisso nessa última etapa e basicamente se preocupando com a eleição.

O Novo só elegeu um prefeito em 2020, em Joinville, e saiu fraturado da eleição na capital paulista. Qual foi o aprendizado?

O Novo é um ator mais importante nas eleições a nível federal. O partido não tem uma capilaridade muito grande pelo pouco tempo de existência. Dito isso, ficamos aquém do esperado. Teve um fator externo. Aquela onda de renovação que esteve muito presente em 2018 acabou sendo frustrada com a eleição do Bolsonaro. Ele se vendeu como um liberal com capacidade de entrega e alguém que representava a nova política, mas não era nada disso. Teve essa frustração e isso levou as pessoas a um certo afastamento da política. O Novo sofreu nesse cenário. Nós de fato representávamos uma ideia de renovação e o afastamento das pessoas enfraqueceu o discurso do Novo. As redes sociais, espaço onde o Novo cresceu, viraram um ambiente muito tóxico.

Onde o partido errou?

Houve um erro estratégico, que foi apostar, em algumas campanhas do Novo, que o Bolsonaro teria relevância e que não se opor a ele seria positivo. Isso tirou a unidade do partido porque não havia consenso sobre o governo Bolsonaro. O presidente não conseguiu transferir votos. A falta de um posicionamento de oposição tirou o protagonismo do Novo. É importante que o partido faça uma revisão disso para 2022.

O Novo então deve ir para a oposição?

Na minha avaliação, sim. Temos dois anos de governo já percorridos. Pelo fato de sermos independentes, temos mais credibilidade para o posicionamento do partido. O governo vai muito mal. Não dá para não ser oposição.

Há uma divisão na bancada federal sobre essa posição?

O Novo nasceu com o pressuposto de ser uma instituição. Os mandatários são importantes, mas não são eles que definem o posicionamento do partido. Quem define são os filiados e diretórios. A ideia é evitar que os políticos e mandatários definam a agenda do partido. O que falta é um posicionamento mais firme do partido em si. Com isso, os mandatários acabam tendo mais relevância no posicionamento em relação ao governo. Dentro das bancadas tem gente mais favorável e contra Bolsonaro. Isso não contribui com o fortalecimento da nossa marca porque mostra falta de unidade.

O processo seletivo do Novo foi colocado em xeque com a escolha de Filipe Sabará como candidato em São Paulo?

Ali houve um erro, obviamente. Em qualquer processo seletivo se cometem alguns erros. O importante é que esses erros sejam poucos no geral. Ainda acredito que o processo seletivo é o mecanismo mais eficaz. O Sabará teve erros na questão do currículo. Faltou averiguação. Mas o partido precisa fazer uma discussão sobre a qualificação que vamos exigir para os que vamos lançar, especialmente no Executivo de grandes cidades e governos. Precisamos melhorar o processo. Tenho certa preocupação para 2022. Esse ambiente mais tóxico das redes sociais e a polarização diminuíram a predisposição das pessoas para ir para a área pública.

Durante a campanha, Sabará, que acabou expulso do partido, acusou o sr. de ser um "cacique" que manda no partido mesmo fora da direção. Como recebeu essas críticas?

Isso não faz o menor sentido. Eu renunciei à presidência do partido três anos e meio antes de terminar o mandato para o qual fui eleito por unanimidade. Se eu quisesse mandar no partido, não teria deixado o cargo. Se de fato eu mandasse no Novo, algumas coisas seriam diferentes. Tenho cobrado do partido uma posição contrária ao governo. Essa é a maior prova que eu não mando no partido. O que aconteceu em relação ao Sabará, e isso está comprovado, é que ele teve problemas com o currículo. Quando as pessoas saem, preferem atacar do que reconhecer os próprios erros.

A falta de um posicionamento mais incisivo do Novo e de outros partidos de centro contra Bolsonaro permitiu que a esquerda ocupasse o espaço?

Não tenho dúvida e isso sempre me preocupa. Eu fazia esse comentário em 2018: a derrubada do PT e da esquerda não viria com a eleição do Bolsonaro. Falta aos partidos que não são da esquerda uma capacidade de se colocar como oposição. Mas oposição ao Bolsonaro não pode ser oposição ao País. São coisas distintas. A gente deveria ter uma oposição responsável, que apoie as pautas boas para o Brasil.

Luciano Huck, Sérgio Moro e João Doria têm conversado sobre a formação de uma frente de centro contra Bolsonaro para 2022. Rodrigo Maia também apoia. O nome que pode aglutinar o centro está nesse grupo?

Acho difícil essas frentes amplas que nascem em cima de nomes em vez de pautas. São frentes que aparecem como amplas, mas cada um tem sua própria agenda. No final, elas pouco avançam. O Bolsonaro vai se enfraquecer ao longo do tempo. Por isso, uma frente se torna menos relevante. Acho difícil algum desses nomes abrir mão para o outro.

O Novo terá candidato à Presidência em 2022? O sr. pretende entrar na disputa?

Não tenho participado do debate de estratégia no Novo, mas acho fundamental o partido ter candidatura. Eu estou mais propenso a não colocar meu nome.

A eleição de 2020 reabilitou a política depois de uma onda de negação dos políticos?

2018 foi um ponto muito específico. As pessoas estavam revoltadas com o PT e decepcionadas com o PSDB. Buscou-se então a ideia de renovação geral. As pessoas saíram frustradas. Houve uma decepção com a renovação. Voltamos três ou quatro casas na ideia de renovação. Houve uma certa reabilitação da política.

Como avalia a guerra política entre Romeu Zema (Novo) e Alexandre Kalil (PSD)? O governador defendeu uma política mais flexível na pandemia.

Zema fez um bom trabalho em Minas. Essa disputa com o Kalil é uma prévia para 2022. O Kalil claramente tem uma posição de disputar o governo. Ambos têm feito um bom trabalho. Mas o Zema tem tido um posicionamento mais próximo e favorável do Bolsonaro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Líder nacional do Partido Novo, o empresário e ex-candidato à Presidência da República, João Amoêdo, disse, nesta quarta-feira (25), que votar em Guilherme Boulos (PSOL) para prefeito de São Paulo é escolher o que chamou de "ideias erradas".

"Votar em Boulos é endossar ideias erradas, que nunca deram certo, iludem e no final trazem péssimos resultados. A maior cidade do Brasil não pode ser administrada por alguém sem nenhuma experiência de gestão", escreveu Amoêdo no Twitter.

##RECOMENDA##

O empresário também avisou: "o paulistano, e todos os brasileiros, acabarão pagando esta conta."

Em São Paulo, Guilherme Boulos concorrer ao segundo turno da disputa pela prefeitura contra o atual gestor, Bruno Covas (PSDB). De acordo com as pesquisas de intenções de votos, a diferença de percentual entre os dois tem caído e o psolista vem apresentando crescimento.

Depois de criar o partido Novo em 2011 e receber em 2018 2,5% dos votos na eleição presidencial, o que o colocou à frente de nomes como Marina Silva (Rede), Henrique Meirelles (MDB) e Alvaro Dias (Podemos), o empresário João Amoêdo surpreendeu o mundo político na semana passada ao renunciar ao comando da sigla três anos antes do fim de seu mandato.

Nessa entrevista, Amoêdo disse que pretende continuar em cena, mas que abriu mão do cargo em nome da renovação. O ex-presidenciável também criticou a decisão do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, do Novo, de conceder aumento para a Polícia Militar.

##RECOMENDA##

Por que o senhor renunciou à presidência do Novo?

Primeiro foi o fato de estar há dez anos dedicado ao projeto, desde a concepção inicial, a coleta de assinaturas, até a implementação do partido e a candidatura à Presidência. Em segundo lugar, temos um diretório consolidado e bem encaminhado. Um terceiro ponto é que a gente sempre fala no Novo como uma instituição que precisa ter renovação dos seus quadros. O partido é baseado em princípios, ideias e valores, e não necessariamente em uma única figura. Minha decisão causou surpresa porque não é uma conduta tradicional nos partidos políticos. Vou continuar ajudando o partido. Vou manter uma participação na vida política do Brasil.

Está no horizonte disputar à Presidência da República em 2022?

Não estou pensando ainda em candidatura. Não parei para pensar sobre isso. Um dos problemas do Brasil hoje é que vários atores importantes do mundo político estão fazendo planos pensando muito na eleição de 2022. O próprio presidente da República. Aí ficam procurando soluções de curto prazo. Vou pensar bastante. No fim da história não podemos esquecer que será também uma definição do partido.

A decisão do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, do Novo, de conceder um robusto aumento para a Polícia Militar foi desautorizada pela sigla. O Novo também suspendeu o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Falta sintonia entre o discurso do partido e seus quadros mais proeminentes?

O ministro do Meio Ambiente era um filiado do Novo que foi escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro. Eu não diria que ele é uma figura proeminente do Novo. Já o governador Romeu Zema e nossos deputados federais são. Alguns filiados entraram contra o Salles no comitê de ética do partido. O comitê de ética julgou oportuno suspender a filiação dele. O Zema é um caso bem diferente. O partido separa muito a gestão a atuação partidária e a gestão pública. Mas o entendimento do Novo, que tem uma preocupação muito grande com responsabilidade fiscal, é que houve um erro que foi depois exacerbado com os aumentos das outras áreas. Apesar de ele estar fazendo um bom governo, houve um erro do Zema ali.

O que deveria ser feito diante da pressão da polícia?

Uma negociação que não tivesse aumento ou que tivesse aumento muito pequeno. Com as contas como estavam, não faria sentido dar aumento.

Quando Salles foi suspenso, disse que os que não rezam a cartilha do Amôedo no Novo são boicotados. Como recebeu essa crítica?

Ignorei. É tão longe da verdade... Ele queria fazer polêmica em cima da suspensão dele.

O Novo terá 35 candidatos a prefeito em 2020. Por que tão pouco?

É uma quantidade grande de candidatos. O partido não usa dinheiro público. Sabemos que as pessoas estão refratárias a ter participação política. O Novo não pega políticos tradicionais. São pessoas que saem da iniciativa privada. Em 2016 tivemos apenas um candidato a prefeito.

O sr. vai à manifestação de 15 de março? O que achou da convocação contra o que chamam de "parlamentarismo branco"?

Não irei. Não gosto de manifestações que são contra as instituições. Prefiro manifestações que são a favor de alguma coisa.

Achou graves a declaração do general Heleno e a convocação do Bolsonaro?

A pessoa, quando está no cargo de presidente, tem que ter muito cuidado com o que fala e posta. Esse posicionamento do presidente está muito em linha com outras coisas que eles têm feito que têm dificultado a aprovação das reformas. Bolsonaro fala mais da carteira da UNE do que da reforma administrativa, trata a imprensa sem profissionalismo, cria polêmicas, traz o entorno dos filhos para participar de decisões importantes. Tudo isso mostra um certo desprezo pela instituição do cargo. No fundo, ele está mantendo o grupo que o apoiará para estar no segundo turno em 2022. Eu, no lugar dele, mudaria esse roteiro. Trocaria o ministro da Educação.

O sr. votou nele no 2° turno em 2018?

Votei contra o PT. Não me arrependi porque não tinha opção. Achava pior votar nulo ou no PT. Não me surpreende a falta de capacidade administrativa dele, dado o histórico de 28 anos no Congresso.

O PIB teve um crescimento pífio. Como avalia o desempenho da equipe econômica?

A qualidade da equipe é muito boa. Temos no Novo uma identidade muito grande com o que eles pregam: responsabilidade fiscal, maior abertura da economia, reformas e privatização. Mas na prática nós sabemos que muitas dessas reformas mexem com interesses e exigem um trabalho no Congresso. Na medida em que o presidente não faz esse trabalho e puxa para a polêmica, ele acaba influenciando seus ministros. Essas derrapadas do Paulo Guedes vêm nessa esteira do clima que se cria. O que falta é velocidade na apresentação das propostas na área econômica. Nada foi apresentado na reforma tributária. O ministro Paulo Guedes fala que tem 15 semanas, mas já queimaram muitas.

Reeleito para mais quatro anos à frente do Novo, o engenheiro e empresário João Amoêdo não tem pressa em expandir a sigla que em 2018 elegeu oito deputados federais, 11 estaduais, 1 distrital e um governador. Mesmo depois de receber 2,5% dos votos e ficar em quinto na disputa presidencial, o Novo vai lançar apenas 70 candidatos a prefeito pelo Brasil, num universo de 5.570 municípios. Ao jornal O Estado de S. Paulo, Amoêdo rejeita o título de "direita" ao falar sobre a posição de sua legenda no espectro político, avalia que o eleitorado está "virando a página" do antipetismo e faz críticas ao governo Bolsonaro.

Onde o Novo se coloca no campo da direita?

##RECOMENDA##

Esse rótulo não expressa bem o que o Novo é. As pessoas no Brasil ainda fazem uma associação grande com direita e regime militar, ditadura. Se for para ter um rótulo, preferimos ser um partido liberal mais que de direita. Nosso partido é liberal porque coloca o cidadão como protagonista e não o Estado. Acreditamos na capacidade do cidadão de resolver seus problemas.

A direita brasileira tem grupos com agenda mais conservadora nos costumes. Isso diferencia o Novo de partidos como o PSL?

No caso do Novo, entendemos que a pauta dos costumes é uma definição do cidadão, e não uma imposição do partido.

Acha que o antipetismo estará presente nas eleições de 2020? O bolsonarismo será forte até lá?

As pessoas estão virando a página do antipetismo. O cidadão está preocupado com coerência. O viés ideológico será menor. O bolsonarismo foi muito forte na polarização, mas está decrescente. (Jair) Bolsonaro se isola ao atacar as instituições. Se isola do Congresso, do partido e acaba se restringindo ao núcleo familiar. Esse processo vai continuar e vai desgastar o bolsonarismo.

Como avalia o governo federal?

Alguns ministros têm feito um bom trabalho: Infraestrutura, Agricultura, Justiça. Na pauta econômica, há um alinhamento muito grande com o que Novo defendia, que é a responsabilidade fiscal, reforma da Previdência, liberdade econômica. O lado negativo tem alguns pontos. O primeiro: não existem prioridades. O presidente atua em várias frentes e dá muita ênfase a assuntos que não são prioritários para um País com quase 13 milhões de desempregados. Outra coisa que me incomoda é a questão das instituições. Muitas vezes há ataques às instituições. A gente viu isso em relação a Polícia Federal, imprensa, Supremo, partidos, Congresso. O terceiro ponto é a continuação do debate eleitoral. O Brasil está muito dividido. A gente esperava que, com as eleições, tivesse menos isso do "nós contra eles". Mas o País continua no embate eleitoral. Por último, tem o combate à corrupção. Essa falta de transparência no assunto dos filhos (do presidente) não é uma boa sinalização.

O sr. falou sobre ministros que estão indo bem, mas não citou o do Meio Ambiente, que é filiado ao Novo. Até que ponto as atitudes e discursos do Ricardo Salles respingam no partido?

Ele não é um ministro do partido. É apenas um filiado que foi convidado pelo Bolsonaro para fazer a gestão do meio ambiente. Não tomamos conhecimento do que acontece no ministério. Não interagimos de nenhuma forma com ele. Ricardo é uma pessoa bem preparada, teve experiência na área pública e tem feito coisas que fazem sentido. Mas muitas vezes há um aspecto muito ideológico.

O Novo terá poucos candidatos a prefeito ano que vem. Isso não impede um crescimento mais consistente do partido?

Normalmente, a prática partidária é de abrir vários diretórios e lançar puxadores de voto, mas isso não firma a sigla como instituição nem define uma imagem. Nosso processo é rigoroso porque queremos trazer gente preparada para a política. O processo seletivo está acontecendo em cerca de 70 cidades. Pelos nossos cálculos, estaremos em cidades que vão somar cerca 65 milhões de habitantes. Em 2016, lançamos candidatos em 5 cidades, agora são 70.

O sr. pretende ser candidato novamente em 2022?

Não tenho esse projeto. O projeto hoje é fazer a gestão do partido.

Pelo perfil do Novo, não seria melhor ter uma alternância de poder no comando do partido?

Fizemos um processo seletivo para o diretório. A chapa foi eleita por unanimidade. Ser presidente do Novo é um trabalho voluntário. O estatuto prevê apenas uma reeleição.

Existe possibilidade de o Novo se aproximar de João Doria ou algum outro candidato em 2022?

Muito pouco provável. Nós temos muitos diferenciais em relação à maioria dos partidos, como o fato de não usar Fundo Partidário. O Novo está construindo a sua marca. Tivemos uma estreia muito boa. Em 2022 a ideia é ter um candidato próprio de novo.

O apresentador Luciano Huck tem sido apontado como alguém com chance de liderar uma frente de centro em 2022. Vocês podem estar no mesmo projeto?

É difícil saber porque não conheço as ideias do Luciano e as pautas que ele defende. A gente deve trazer soluções para o Brasil pelas instituições. A gente sempre fica procurando um salvador. Gostaria de saber do Luciano, por exemplo, quais as ideias que ele vai representar. Para mim, ele ainda é uma incógnita.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O candidato à Presidência do Brasil nas eleições de 2018 pelo partido Novo, João Amoêdo, afirmou nesta sexta-feira (6) que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não preza pelo respeito em suas relações internacionais.

Através se seu perfil oficial no Twitter, Amoêdo disse que “as relações internacionais devem ser baseadas em respeito. O presidente Jair Bolsonaro segue o contrário”. O político, que é um dos criadores do Novo, também exemplificou o que ele considera de ruim neste comportamento de Bolsonaro.

##RECOMENDA##

“Por exemplo: exaltar a ditadura chilena e paraguaia, humilhar a esposa de Macron e postar vídeos falsos sobre a Noruega. Vamos resolver os nossos problemas e não criar mais”, escreveu o líder do Novo.

João Amoêdo surgiu nas eleições de 2018 como uma das principais opções para os eleitores de direita. Porém, a força de Bolsonaro levou todas essas intenções de votos e o candidato do Novo terminou a corrida eleitoral com apenas 2,5% dos votos.

A deputada federal Carla Zambelli (PSL), comentarista assídua dos acontecimentos políticos por meio de sua conta no Twitter, afirmou nesta sexta-feira (30) que o candidato à Presidência da República nas eleições de 2018 pelo Novo, João Amoêdo, deve desculpas ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

Ao compartilhar uma reportagem que fala menciona a delação de Antonio Palocci, quem que ele aponta o advogado Marcelo Trindade, candidato ao governo do Rio de Janeiro pelo Novo em 2018, como interessado em negociações envolvendo a disputa pelo controle do grupo Pão de Açúcar.

##RECOMENDA##

“Que lindo, hein? João Amoêdo  deve um pedido de desculpas ao ministro Ricardo Salles só pra variar. O Partido Novo tem excelentes deputados, que são parceiros de Plenário, mas algumas atitudes da cúpula contra membros fantástico como Salles e outros, valem reflexão”, comentou Zambelli.

A fala da parlamentar faz correlação com a nota que o Novo lançou logo após os incêndios na Amazônia sobre Salles não ter sido indicação do partido. O ministro é filiado à sigla e concorreu ao cargo de deputado federal pela legenda em 2018.

Em sua delação, Palocci relatou que o advogado vinculado ao Novo representava o grupo francês Casino e o pressionou para atuar contra Abílio Diniz, seu amigo e cliente. O ex-ministro disse ter rejeitado a proposta por questões “éticas”.

Candidato derrotado à Presidência da República nas eleições de 2018, João Amoêdo (Novo) afirmou que o ministro da Educação Abraham Weintraub deveria pedir desculpas ao ex-presidentes petistas Lula e Dilma.

Weintraub comparou Lula e Dilma com a droga encontrada no avião da Força Aérea Brasileira (FAB). O ministro virou alvo de críticas nas redes sociais de internautas comuns e também de figuras políticas.

##RECOMENDA##

"Ministro, não tenha compromisso com o erro, peça desculpas. Vamos trabalhar pela educação e pelos brasileiros, com a postura que se espera de um ministro de Estado", escreveu Amoêdo em seu perfil no Twitter.

Repercutindo os 39kg de cocaína encontrados com um militar no avião da FAB - e tentando defender o governo -, Weintraub disse que no passado um avião presidencial já transportou drogas mais pesadas e perguntou o peso dos dois presidentes petistas.

O ex-candidato à Presidência da República, João Amoêdo (NOVO), utilizou seu perfil oficial no Twitter nesta terça-feira (28) para fazer comentário sobre privilégios políticos que costumam permear a realidade brasileira.

 “Um dos principais conceitos que devemos lembrar antes de propor qualquer política pública é que não existe almoço grátis. Alguém sempre paga a conta, e no Brasil, geralmente são os mais pobres. Privilégios de políticos, itens de luxo em licitações, subsídios para empresas, privilégios da elite do setor público são mantidos com dinheiro dos nossos impostos”, explicou Amoêdo.

##RECOMENDA##

 Amoêdo continuou falando e lembrou da questão de bagagens em aviões. “Como no caso da suposta gratuidade das bagagens nos aviões, ou a proibição da cobrança da taxa de conveniência na venda de ingressos pela internet. Nesse, e em todos os casos semelhantes, a conta continuará existindo, só será compartilhada por mais gente. Ou seja, todos vão pagar a mais por um serviço que nem todos usam. Faz sentido?”, questionou.

 Por fim, o político garantiu que o Novo luta por um país sem privilégios. “O Brasil é um país muito pobre e precisamos refletir antes de propor medidas que vão aumentar a conta para o cidadão. Por isso, o NOVO defende um país sem privilégios, com um Estado que não pese tanto nos nosso bolsos e políticas públicas baseadas em fatos, dados e análises”, finalizou.

LeiaJa também

--> "Olha na cara do povo e governa", diz Haddad a Bolsonaro

--> Jarbas defende manutenção do Coaf na pasta de Sérgio Moro

--> Freixo: não dá para ser super-homem quem é incompetente

O Partido Novo, que concorreu à Presidência da República com João Amoêdo, divulgou uma nota, nesta terça-feira (9), que não apoiará nenhum dos dois candidatos que disputam o 2º turno do pleito: Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). A postura, contudo, não é de total neutralidade, uma vez que a legenda frisou ser contrária ao PT.

“O Novo não apoiará nenhum candidato à Presidência, mas somos absolutamente contrários ao PT, que tem ideias e práticas opostas às nossas”, salienta o texto, ao pontuar que o “cenário presidencial no segundo turno não é aquele que desejávamos”.

##RECOMENDA##

Ainda na nota, o partido afirma que vai manter “coerência e nossa contribuição à sociedade se dará através da atuação da nossa bancada eleita, alinhada com nossos princípios e valores”.

Concorrendo a primeira eleição geral, o Novo elegeu oito deputados federais e no primeiro turno presidencial conquistou o quinto lugar, com Amoêdo recebendo pouco mais de 2,6 milhões dos votos válidos, um quantitativo maior do que nomes como Henrique Meirelles (MDB), Marina Silva (Rede) e Alvaro Dias (Podemos).

O candidato à Presidência pelo partido Novo, João Amoêdo, votou hoje (7) por volta das 10h na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), no Rio de Janeiro. Segundo sua assessoria, Amoêdo vai acompanhar a apuração dos votos em sua casa.

Nas redes sociais, Amoêdo disse que está confiante que haverá segundo turno e pediu que os eleitores aproveitem o primeiro turno para votar pela renovação. “Vamos votar com convicção. Vamos votar sem medo.”

##RECOMENDA##

Amoêdo ressaltou que conquistou o quinto lugar, segundo as pesquisas de intenções de voto, sem coligações nem dinheiro público.

Após a apuração dos votos, o candidato vai conceder uma entrevista coletiva no Hotel Praia Ipanema, no Rio de Janeiro

Filosofia, história, engenharia e advocacia. Essas são as principais áreas profissionais que figuram entre os 13 candidatos à Presidência da República. Como previsto em lei, os postulantes não são obrigados a apresentar formação superior completa, porém, a maioria dos presidenciáveis mostra uma ficha acadêmica consistente. Com a proximidade das eleições, eleitores buscam conhecer um pouco mais sobre a qualificação dos candidatos. Pensando nisso, o LeiaJá preparou uma lista com a formação universitária de cada candidato.

Alvaro Dias

##RECOMENDA##

Candidato à Presidência da República pelo Podemos, Alvaro Dias é graduado em história pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Londrina (FAFILO). Em 2007, recebeu o diploma de Doutor Honoris em Administração Governamental pela South State University, em San Diego (EUA). O título é concedido a personalidades que se destacam em determinada área, mesmo sem formação acadêmica para tal.

Marina Silva

Alfabetizada apenas aos 16 anos, a presidenciável da Rede Sustentabilidade, é formada em história pela Universidade Federal do Acre (UFAC), pós-graduada em teoria psicanalista pela Universidade de Brasília (UNB) e psicopedagogia pela Universidade Católica de Brasília (UCB).

Guilherme Boulos

Formado em filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), o candidato à Presidência da República pelo PSOL especializou-se em psicologia clínica na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), tem mestrado em psiquiatria na Universidade de São Paulo (USP) e leciona psicanálise na Escola de Educação Permanente, em São Paulo.

Geraldo Alckmin

Médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Taubaté (UNITAU), Geraldo Alckmin, candidato à Presidência da República pelo PSDB, fez especialização em anestesiologia no Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) e cursou políticas públicas na Universidade de Havard por seis meses em 2007.

Henrique Meirelles

Presidenciável do MDB, Henrique Meirelles é graduado em engenharia civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e Mestre em Administração de Negócios (MBA) pelo Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPEAD).

Ciro Gomes

Candidato do PDT ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes é graduado em direito pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e também na Havard Law School, atuando como participante no curso direito como Visiting Schoar, professor ou pesquisador visitante.

Fernando Haddad

Formado em direito pela Universidade de São Paulo (USP), o petista especializou-se em direito civil. Possui mestrado em economia e doutorado em filosofia. Haddad também atuou como professor de teoria política contemporânea na USP.

João Amoêdo

Fundador e candidato à Presidência da República do partido NOVO, Amoêdo é formado em engenharia civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e em administração de empresas na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).

Jair Bolsonaro

Com carreira militar, o candidato do PSL é formado na Escola de Educação Física do Exército, tendo passado pela Escola Preparatória de Cadetes do Exército quando jovem. Também estudou na Escola de Ensino Superior do Exército, a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAM), em Resende (RJ), fazendo parte da Brigada de Infantaria Paraquedista. Bolsonaro é habilitado a comandar e integrar o Estado-Maior de Organizações Militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais.

José Maria Eymael

Formado em filosofia e direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), o candidato do partido Democracia Cristã (DC) ganhou um prêmio por ter sido o primeiro colocado em sua turma de direito. Além disso, Eymael também se especializou em direito tributário.

Cabo Daciolo

Pastor evangélico e bombeiro, Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos, candidato à Presidência da República pelo partido Patriotas, é formado em turismo, mas nunca atuou na área.  

João Goulart Filho

Formado em filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), o candidato do Partido Pátria Livre (PPL) atua como poeta e escritor.

Vera Lúcia

Candidata à Presidência da República pelo PSTU, Vera Lúcia é formada em ciências sociais pela Universidade Federal de Sergipe (UFS).  

O candidato à Presidência da República, João Amoêdo (Novo), afirmou que se for eleito deve privatizar a Petrobras. A promessa foi feita durante agenda de campanha em São José dos Campos, no interior de São Paulo.

“Gostaria de privatizar a Petrobras e acabar com o monopólio. A melhor proteção para o brasileiro, para o consumidor em qualquer área, é ter concorrência, livre mercado. O que que acontece no Brasil é que infelizmente com determinadas amarras em vários setores você tem concentração”, declarou.

##RECOMENDA##

Amoêdo também esteve no Vale do Paraíba para participar de um evento do partido no qual é filiado. A cidade abriga a refinaria Henrique Lage, unidade da Petrobras, que tem capacidade para processar até 40 milhões de litros de petróleo por dia.

Segundo o candidato, a privatização da estatal deve ser feita para aumento do mercado. “A Petrobras iria partir para privatização para ter um mercado melhor e abrir para concorrência”, avaliou.

O presidenciável ainda citou a parceria entre a Embraer, empresa que iniciou suas atividades em São José dos Campos, e a estadunidense Boeing como um modelo a ser seguido na economia.

“Eu acho muito bem-vindas as parcerias globais. A Embraer, inclusive, é um exemplo disso. É uma empresa que cresceu muito em função da abertura que ela teve, de trazer componentes de fora, trazer softwares de fora, e isso foi fundamental. O Brasil hoje é um país muito fechado para o mundo”, finalizou.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando