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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quebrou o silêncio e falou nesta terça-feira (28) sobre morte do senador republicano John McCain.

Até então, o presidente havia comentando sobre o ocorrido apenas com um breve tweet e uma nota da Casa Branca. Além disso, Trump vetou um comunicado do governo que chamava McCain de "herói", principalmente por ele ter sido um veterano de guerra.

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"Nossos corações e orações são para a família do senador John McCain, nós apreciamos tudo o que McCain fez pelo nosso país", disse Trump durante um jantar com líderes evangélicos.

A relação conturbada entre os dois políticos começou em 2015, durante a campanha pré-eleitoral, quando Trump reduziu a importância do fato de McCain ter sido prisioneiro de guerra durante cinco anos, ao afirmar que preferia "as pessoas que não foram capturadas".

McCain faleceu no último sábado (25), após uma longa batalha contra um agressivo tumor cerebral.

Da Ansa

Morreu neste sábado (25), aos 81 anos de idade, o senador norte-americano John McCain, candidato à Presidência dos Estados Unidos em 2008. Veterano de guerra e adversário de Donald Trump dentro do Partido Republicano, McCain lutava contra um tumor cerebral agressivo desde julho de 2017 e decidira interromper o tratamento na última sexta-feira (24).

"Meus mais profundos afeto e respeito para a família do senador John McCain. Nossos corações e orações estão com vocês", escreveu Trump no Twitter. O senador nunca escondeu o ceticismo em relação ao magnata republicano e boicotou a convenção republicana que o tornou candidato à Casa Branca, além de ter criticado seus projetos para revogar a reforma sanitária de Barack Obama e seus ataques à imprensa.
    Segundo a mídia norte-americana, McCain teria expressado a vontade de que Trump não fosse convidado para seu funeral.

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"McCain compartilhava comigo a fidelidade a algo mais elevado, ou seja, os ideais pelos quais gerações de americanos e imigrantes combateram", disse o ex-presidente Obama. Já seu antecessor, George W. Bush, afirmou que o senador era um "patriota". Por sua vez, o também ex-mandatário Bill Clinton declarou que McCain era "tenaz" e elogiou seus esforços para normalizar as relações com o Vietnã.

O corpo do republicano será velado no Arizona, sua base eleitoral, e no Capitólio, sede do Congresso dos EUA, em Washington. McCain deve ser sepultado em Annapolis, no estado de Maryland.

Histórico - Senador pelo Arizona desde 1987, John Sidney McCain III nasceu na Zona do Canal do Panamá, em 29 de agosto de 1936, e se formou na Academia Naval de Annapolis, em 1958. Cerca de uma década mais tarde, seria mandado para a Guerra do Vietnã, onde teve seu avião abatido durante uma missão de bombardeio aéreo.
    McCain conseguiu se ejetar e caiu em um lago de Hanói, com os braços e uma perna quebrados. Ainda assim, conseguiu inflar o colete salva-vidas, mas acabou capturado por vietcongues ao chegar à margem e foi levado para uma prisão de guerra chamada "Hanoi Hilton".

O militar passou mais de cinco anos sob poder dos vietnamitas do norte, período durante o qual foi torturado e tentou se suicidar duas vezes. Também foi usado como peça de propaganda no país asiático, já que era filho do almirante que comandava as forças norte-americanas no Pacífico.

Libertado em 1973, McCain voltou para os Estados Unidos e passou a frequentar o Senado como funcionário da Marinha. Em 1981, suas nascentes pretensões políticas sofreram um golpe com a decisão de sua esposa, Carol, de se divorciar por causa das traições do marido. "Era um homem egoísta e imaturo", reconheceu McCain certa vez.

Pouco depois, se casou com Cindy Hensley, herdeira de um magnata da indústria cervejeira, e se mudou para o Arizona, onde seria eleito senador sucessivas vezes. Em 2000, tentou se candidatar à Presidência, mas perdeu nas primárias para George W. Bush.

Em 2008, conseguiu concorrer à Casa Branca, mas foi derrotado por Obama (52,9% a 45,7%, 365 a 173 no colégio eleitoral).

Da Ansa

O senador americano John McCain, que faleceu neste sábado (25) aos 81 anos, vítima de um câncer no cérebro, dedicou 35 anos de sua vida à política após uma carreira militar, interrompida ao ser feito prisioneiro durante a guerra do Vietnã.

Seguem cinco datas-chave na vida icônica deste piloto da Marinha que se tornou um político influente:

29 de agosto de 1936: John Sidney McCain III nasce na zona rural do Canal do Panamá. Com pai comandante da Marinha e avô almirante, McCain segue seus passos na carreira militar. Gradua-se na Academia Naval de Annapolis e se torna piloto de caça.

26 de outubro de 1967: um míssil terra-ar derruba sobre Hanói o A-4E Skyhawuk pilotado por McCain, que consegue se ejetar. É feito prisioneiro. Sofre fraturas nos dois braços e na perna direita. Os ferimentos não são bem tratados e o piloto - cujo pai se tornou comandante das forças conjuntas no Pacífico, inclusive no Vietnã - é espancado e torturado durante sua prisão. É libertado em 15 de março de 1979, com o fim da participação dos Estados Unidos na guerra.

2 de novembro de 1982: McCain - recém-casado após se divorciar da primeira esposa - é eleito representante do Arizona no Congresso, após deixar as fileiras militares. Quatro anos depois é eleito ao Senado, onde foi reeleito cinco vezes e onde serve até o dia de sua morte, apesar de nos últimos meses ter se afastado da Câmara alta para se submeter a tratamentos de saúde no Arizona. Seu mandato termina em janeiro de 2022.

4 de setembro de 2008: oito anos depois de ser derrotado nas primárias republicanas por George W. Bush, McCain é escolhido o candidato à Presidência por seu partido na corrida presidencial que perderá para o democrata Barack Obama. Como colega de chapa, ele escolhe a governadora do Alasca, Sarah Palin.

28 de julho de 2017: à 01h30, McCain entra no Senado e com os polegares para baixo, define a votação contra o sistema de saúde conhecido como Obamacare, levando ao fracasso uma das promessas de campanha de Donald Trump.

O senador republicano John McCain, um dos mais importantes políticos dos Estados Unidos, foi diagnosticado com um câncer no cérebro, informou seu gabinete nesta quarta-feira (19).

Veterano da Guerra do Vietnã, McCain foi internado nos últimos dias e passou por uma cirurgia para retirar um coágulo de sangue acima do olho esquerdo. Atualmente, ele já está se recuperando da intervenção em sua casa no Arizona.

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Após a cirurgia, exames constataram que ele tem um glioblastoma, uma forma agressiva de câncer no cérebro e agora está sendo avaliado qual tipo de tratamento ele terá que enfrentar .

Aos 80 anos, McCain é um dos republicanos mais ativos e também conhecido por não se alinhar às propostas do atual presidente do país, que pertence a sua sigla, Donald Trump. Em 2008, ele perdeu a disputa à Presidência para o democrata Barack Obama.

Apesar da "rivalidade" política, Trump enviou uma mensagem ao senador em que afirma que o senador "sempre foi um lutador". "Melania e eu enviamos nossos pensamentos e orações para o senador McCain, Cindy, e sua família toda. Fique bem logo", escreveu em uma nota oficial.

Através do Twitter, Obama também enviou uma uma mensagem. "John McCain é um herói norte-americano e um dos maiores lutadores que eu já conheci. Câncer não sabe sobre com quem está lutando. Fique bem, John", escreveu o ex-presidente. 

O senador republicano John McCain disse neste sábado (8) que está decepcionado com o candidato presidencial de seu partido, Mitt Romney, por ter se afastado das questões globais em sua campanha na disputa pela Casa Branca.

Mas McCain reservou as palavras mais duras para o atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, candidato democrata à reeleição, culpando-o por inércia, enquanto a situação na Síria e em outros lugares "grita por uma liderança americana."

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Em entrevista concedida hoje à agência de notícias Associated Press, na Itália, o senador republicano, que disputou com Obama a presidência em 2008, criticou-o por não ajudar os rebeldes na Síria, abandonar o Iraque e o Afeganistão e atrasar as difíceis decisões sobre o programa nuclear iraniano. "De certa forma, é quase como ver um trem descarrilar", disse McCain sobre o aparente fracasso para combater os esforços nucleares do Irã. As informações são da Associated Press.

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