Tópicos | Leishmaniose

O Ministério da Agricultura e Pecuária anunciou a suspensão da fabricação e venda da vacina Leish-Tec, contra a doença Leishmaniose. A justificativa é evitar riscos à saúde animal e humana. A decisão vale para 8 lotes da vacina e foi tomada depois de uma fiscalização que identificou a possibilidade de riscos à saúde.

As fiscalizações ocorrem em fábricas de produtos veterinários, de forma rotineira. O objetivo é verificar as práticas de fabricação, controle de qualidade e os relatos de eventos adversos enviados para os fabricantes.

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De acordo com a pasta, a empresa fabricante já iniciou o recolhimento dos lotes em questão, que são: 29, 37 43, 44 e 60, de 2022; e os lotes 004, 006 e 17 de 2023. Esses produtos apresentam teor de proteína chamada A2, abaixo do mínimo exigido.

A chamada leishmaniose visceral é uma doença animal e causa grave problema para toda a saúde pública. Essa zoonose é transmitida para animais e até humanos, através da picada de insetos fêmeas infectadas. Esses vetores são conhecidos popularmente como “mosquito palha, asa-dura, tatuquiras, birigui”, entre outros. No Brasil, as transmissões mais comuns ocorrem com os mosquitos-palha.

Guarulhos promove um simpósio sobre Leishmaniose na próxima segunda-feira (11), das 8h30 às 14h30, no auditório da Secretaria de Educação (rua Claudino Barbosa, 313, Macedo). O evento é voltado para aos profissionais de saúde em geral, principalmente, a médicos e veterinários.

O objetivo é chamar atenção para a doença, que pode afetar tanto cachorros quanto seres humanos. O evento irá contar com representantes do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo e a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen).

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A Leishmaniose é uma doença infecciosa de animais capazes de ser transmitidas para humanos. “Embora não haja caso confirmado de Leishmaniose Visceral no município, várias cidades da Região Metropolitana de São Paulo já registraram ocorrências da doença em cães, como Embú das Artes, Itapecerica da Serra e Cotia. Além disso, em locais como Araçatuba e Bauru (SP), bem como nos estados de Minas Gerais, Bahia, Goiás e Tocantins a doença já circula em meio urbano há mais de 10 anos”, afirmou o médico veterinário Carlos Alberto Vicentin.

Programação:

Das 8h30 às 9h30

Cenário Municipal: Leishmaniose Visceral Canina

Drº Carlos Alberto Vicentin - Médico Veterinário

Divisão Técnica do Centro de Controle de Zoonoses

Das 9h30 às 10h30

Cenário Municipal: Leishmaniose Casos Humanos

Drª Elizabeth de Conti Escobar - Cirurgiã Dentista

Divisão Técnica de Epidemiologia e Controle de Doenças 

Das 10h30 às 11h30

Biologia e Controle do Vetor

Drª Eunice Aparecida Bianchi - Bióloga – Mestre - Especialista em flebotomineos

Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública 

Das 11h30 às 12h30

Manejo e Diagnóstico Clinico em Humanos

Drº Luiz Henrique Porta - Médico Epidemiologista

Hospital Municipal de Urgências 

Das 12h30 às 13h30

Almoço

13h30

Mesa de Discussão

O Tribunal de Justiça de São Paulo emitiu uma decisão judicial para impedir que um cachorro portador de leishmaniose, doença que pode ser transmitida para humanos, fosse submetido a eutanásia. O caso aconteceu em Pereira Barreto, município do extremo oeste paulista a 620 quilômetros da capital.

A equipe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da cidade constatou que o animal possuía a doença e precisaria ser sacrificado para impedir o contágio da família ou de outros animais. Diante da situação, o proprietário do animal se negou a entregá-lo e recorreu à Justiça, alegando a existência de um medicamento que pode ser administrado, evita a propagação da doença e, consequentemente, a morte do cão.

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Por esse motivo, o juiz José Luiz Gavião de Almeida determinou que o município faça o tratamento adequado do animal, atestando que existe histórico de animais infectados que foram curados e não representam risco para a saúde dos humanos ou outros animais. “Assim, acolhe-se o pedido do apelante para evitar que o animal seja exterminado, devendo continuar sendo submetido a tratamento junto a médico veterinário, podendo o Poder Público acompanhar o tratamento e auxiliar o requerido, caso necessário, no combate da doença”, declarou o magistrado.

Um bebê de 10 meses morreu após ser acometido pela leishmaniose visceral, nesta segunda-feira (4), no Hospital Regional de Presidente Prudente, no interior de São Paulo. A criança manifestou sintomas da doença em Panorama, cidade da região, e permaneceu 14 dias internada. De acordo com o hospital, a menina deu entrada no pronto-socorro da unidade no último dia 22 e, após ser diagnosticada com a forma visceral da leishmaniose, permaneceu sob cuidados intensivos da equipe médica.

"Na data de hoje, 4, seu estado de saúde se agravou, evoluindo a óbito", informou, em nota, a unidade de saúde.

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De acordo com a família, que é moradora de Dracena, na Alta Paulista, a menina Karoline Zolin Mattos passava alguns dias na casa da avó, em Panorama, quando começou a passar mal. Levada para o hospital da cidade, os médicos suspeitaram de leishmaniose e providenciaram a transferência para o Regional de Presidente Prudente, que é referência para a região.

Nas duas cidades, a Vigilância Epidemiológica foi notificada para tomar medidas de bloqueio do caso. Agentes estão visitando as casas vizinhas da família, em Dracena, e da avó da criança, em Panorama, para aplicar inseticidas e retirar material que serve de abrigo para o mosquito palha, principal transmissor.

A doença é causada por protozoários transmitidos pelo mosquito durante a picada. Se não controlada no início, a leishmaniose pode causar inchaço do fígado e do baço, afetando o sistema hematológico. O protozoário pode atingir a medula óssea e, se não tratada, a doença leva à morte em 90% dos casos. Os cães entram no processo de transmissão, pois, quando picados pelo mosquito, desenvolvem a doença e passam adiante. Como vivem próximos do homem, acabam sendo importantes agentes de transmissão nos locais em que há presença do mosquito.

O Sistema Único de Saúde (SUS) está oferecendo diagnóstico e tratamento gratuito para os dois tipos de leishmaniose: tegumentar e a visceral.

Ao primeiro sintoma, é recomendado que o paciente procure a unidade básica de saúde (UBS) mais próxima para avaliação médica. Confirmado o diagnóstico, o tratamento é feito com o uso de medicamentos específicos e eficazes.

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No caso da leishmaniose tegumentar, que é caracterizada por úlceras na pele e mucosas, a medicação usada hoje em dia no Brasil é o antimoniato de meglumina.

O Ministério da Saúde adota o tratamento intralesional, desde 2014, que consiste na aplicação de injeções do medicamento, em menores doses, de forma subcutânea, diretamente nas feridas.

Já para o tratamento da leishmaniose visceral (LV), que causa febre e atinge áreas como o fígado e o baço, são utilizados três fármacos, a depender da indicação médica: o antimoniato de N-metil glucamina, a anfotericina B lipossomal e o desoxicolato de anfotericina B.

Os medicamentos utilizados atualmente para tratar a LV não eliminam por completo o parasita nas pessoas e nos cães. O tratamento da leishmaniose visceral canina (LVC) traz riscos para a saúde pública por contribuir com a disseminação da doença. Os cães não são curados parasitologicamente, permanecendo como reservatórios do parasita, além de haver o risco de desenvolvimento e disseminação de cepas de parasitas resistentes às poucas medicações disponíveis para o tratamento da leishmaniose visceral humana.

A recomendação para cães infectados com a Leishmania infantum chagasi é a eutanásia, que deve ser realizada de forma integrada com as demais orientações do Ministério da Saúde.

“Ao analisarmos a notificação de óbitos por leishmaniose, percebemos que mais de uma centena de pessoas perdem a vida por uma doença que não mata. Ou seja, provavelmente o tipo de tratamento está envolvido. Por isso, resolvemos priorizar um tratamento menos tóxico e menos agressivo, sempre resguardando a segurança do paciente e, após mais de 30 anos de estudo, percebemos que estamos no caminho certo”, diz o pesquisador e chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica e Vigilância em Leishmanioses (LaPClinVigiLeish) do INI, Armando Schubach.

 

Termina nesta quinta-feira (10) a Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose. De acordo com o Ministério da Saúde, o número de casos da doença registrados no Brasil caiu 9% entre 2005 e 2015, passando de 3.597 casos em 2005 para 3.289 casos em 2015. 

Existem dois tipos de leishmaniose: a visceral (LV), conhecida como calazar, e a leishmaniose tegumentar (LT). Ambas são doenças infecciosas, transmitidas por mosquitos infectados de espécies distintas. A LV é caracterizada, principalmente, por febre de longa duração, aumento do fígado e baço, além de perda de peso acentuada. A LT provoca úlceras na pele e mucosas. Os casos de leishmaniose tegumentar caíram 27% no período pesquisado, passando de 26.685 casos em 2005 para 19.395 casos em 2015.

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Em 2015, a região Nordeste registrou o maior número de casos de LV, com 1.806 registrados, seguidas pelas regiões Sudeste, com 538 casos registrados, Norte, com 469 casos registrados, Centro-Oeste, com 157 casos registrados, e Sul, com 5 casos registrados. Já em relação a LT, a região Norte registrou o maior número de casos, com 8.939 registrados, seguida da Nordeste, com 5.152 casos registrados, Centro-Oeste, com 2.937 casos registrados, Sudeste, com 1.762 casos registrados, e Sul, com 493 casos registrados.

A partir desta segunda-feira (02), será disponibilizado para a população de Paulista, um novo tipo de exame que identificará casos de Leishmaniose Tegumentar - doença que se manifesta através de lesões na pele. O teste poderá ser feito no Centro de Endemias e Análises Médicas do Paulista (Ceamp) e terá seu diagnóstico pronto no prazo de oito dias.

Para solicitar o exame, é necessário ir até uma Unidade de Saúde da Família (USF) e pedir um encaminhamento para o Ceamp. O centro, localizado no bairro de Arthur Lundgren I, funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h, mas a coleta dos exames de Leishmaniose Tegumentar será apenas das 9h às 12h. Mais informações, o telefone de contato da unidade é o 3436.6972

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Uma atividade que visa incentivar a prevenção e a conscientização sobre os riscos da Leishmaniose está sendo feita pela Secretaria de Saúde do Cabo de Santo Agostinho. Atividade que teve início no Engenho Algodoais, área rural do município, realizou exames de identificação em animais - principalmente nos cães – que são as principais fontes de alimentação do mosquito (Flebotomo) transmissor da doença.

De acordo com a coordenadora do Programa de Leishmaniose do município Jociele Santos, o crescimento do número de animais contaminados e a falta de colaboração por parte da população são os fatores que propiciam a disseminação da enfermidade. “Isso agrava a situação, pois aumentam os riscos de contaminação humana. A nossa prioridade é evitar a propagação da doença entre os animais e surgimento de casos de Leishmaniose humana, que pode ser fatal”, afirmou ela.

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Na oportunidade, equipes da coordenadoria da Leishmaniose e do Centro de Vigilância Ambiental, realizaram palestra de orientação, debates, distribuição de material informativo e busca ativa de animais suspeitos de estarem infectados. 

Com informações de assessoria

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