Tópicos | Leste Europeu

Em um gesto de solidariedade, a população polonesa recebeu os refugiados da guerra da Ucrânia neste sábado (26) com alimentos, água e produtos de higiene pessoal.

O encontro aconteceu na fronteira e emocionou aqueles que fogem da invasão da Rússia rumo a Varsóvia, em uma viagem que deve durar aproximadamente 24 horas.

##RECOMENDA##

Apesar das estações de trem abarrotadas, empurra-empurra e desespero, centenas de pessoas conseguiram deixar Kiev, a capital ucraniana bombardeada pela Rússia, e embarcaram para a Polônia.

A reportagem do Estadão acompanha a viagem, dominada por mulheres e crianças, muitas delas sem saber onde dormir esta noite e nos próximos dias. Foi entregue um folder com orientações para quem não tem onde se hospedar.

A viagem foi tensa até o cruzamento da fronteira. Durante a noite, o trem seguiu em escuridão absoluta para manter a discrição e evitar ser alvo de bombardeios russos.

Os homens ucranianos de 18 a 60 anos estão proibidos de deixar o país para formar a resistência armada aos russos.

O cantor e compositor britânico Elton John lançou nesta terça-feira, em Amsterdã, violentas críticas aos governos da Rússia e de alguns países do Leste Europeu, acusados de "importantes discriminações contra gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros e por obstáculos à luta contra a aids".

"Se não houvesse este sectarismo e este ódio, então esta doença poderia ser erradicada muito mais rápido do que se possa imaginar", afirmou aos jornalistas na conferência sobre aids em Amsterdã.

##RECOMENDA##

"Estes países praticam uma política de discriminação importante contra os membros da comunidade LGTB", denunciou.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) vai mais do que dobrar o tamanho de sua Força de Reação em resposta às ações da Rússia na Ucrânia e ao desafio representado pelo extremismo islâmico, informou nesta quinta-feira o secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg.

Falando a jornalistas, antes da abertura da reunião de ministros da Defesa dos países integrantes da organização, Stoltenberg disse que a expectativa é que haja um acordo para elevar a força de 13 mil para 30 mil homens.

##RECOMENDA##

Segundo ele, o secretário de Defesa norte-americano Chuck Hagel e outros participantes também devem aprovar detalhes para o estabelecimento de uma nova força conjunta ultrarrápida de cerca de 5 mil soldados. Além disso, os ministros devem dar o sinal verde nesta quinta-feira a uma proposta para a criação de centros de ligação de comando e controle da OTAN nas três repúblicas do Báltico (Lituânia, Letônia e Estônia) e na Polônia, Romênia e Bulgária, todos integrantes da Otan que afirmam sentirem-se especialmente vulneráveis a medidas agressivas de Moscou.

"Nossas decisões deixam claro que a Otan está determinada a defender todos os aliados contra qualquer ameaça, vinda de qualquer direção", declarou Stoltenberg. Perguntado se a mais recentes decisão da aliança liderada pelos Estados Unidos pode fomentar uma intensificação de um conflito com o Kremlin, parecido com a Guerra Fria, a principal autoridade civil da Otan disse que as medidas são puramente defensivas e estão sendo adotadas apenas por causa das ações russas.

"Na Ucrânia, a violência está piorando e a crise se aprofundando", disse Stoltenberg. "A Rússia continua a desrespeitar as regras internacionais e a apoiar os separatistas com armas avançadas, treinamento e forças".

A Rússia nega veementemente as acusações de envolvimento no conflito ucraniano. O Kremlin reconhece que voluntários russos estão lutando no leste ucraniano, mas afirma que Moscou não enviou tropas ou armas para ajudar os rebeldes.

A Rússia expressou preocupação com o aumento das forças militares da Otan no leste europeu, enquanto defende uma forte presença militar em sua fronteira com a Ucrânia.

No sábado, Stoltenberg deve realizar sua primeira reunião com secretário-geral da Otan com o ministro de Relações russo, Sergey Lavrov. O encontro acontece em Munique.

Perguntado pela Associated Press o que dirá a Lavrov, Stoltenberg disse que "o mais importante para a Otan, obviamente, é destacar que a Rússia é responsável por violar a lei internacional, por violar a soberania, a integridade territorial da Ucrânia, ao anexar a Crimeia, desestabilizando o leste da Ucrânia".

"Estamos pedindo à Rússia que pare de dar apoio aos separatistas, respeite o acordo de Minsk e use toda sua influência sobre os rebeldes para fazê-los respeitar o cessar-fogo", afirmou Stoltenberg. Fonte: Associated Press.

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira (2), invertendo a tendência de baixa que marcou as duas últimas sessões, influenciados por uma nova escalada das tensões entre a Ucrânia e a Rússia e a divulgação dos bons dados do relatório de emprego (payroll) do mês de abril nos Estados Unidos.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo para junho fechou em alta de US$ 0,34 (0,34%), a US$ 99,76 por barril. A alta de hoje, no entanto, não foi capaz de apagar as perdas recentes da commodity, que cedeu 0,8% nesta semana. Na IntercontinentalExchange (ICE), em Londres, o petróleo para junho fechou em alta de 0,8%, a US$ 108,59 por barril.

##RECOMENDA##

Na manhã de hoje, a Ucrânia intensificou a ofensiva contra os insurgentes pró-Rússia que atuam no leste. Como consequência, a Rússia convocou uma reunião de emergência no Conselho de Segurança da ONU para discutir a crise política e atacou o governo interino de Kiev, dizendo que os governantes são responsáveis pelo massacre da população.

"A escalada do conflito no leste da Ucrânia está permitindo que os preços do petróleo se recuperem depois de encontrarem-se sob pressão até o pregão de ontem", escreveu em uma nota o chefe de pesquisa de commodities do Commerzbank em Frankfurt, Eugen Weinberg.

Nos Estados Unidos, a criação de 288 mil novos postos de trabalho no mês de abril, bem acima do que o mercado esperava, deu tanto viés de alta como viés de baixa para os futuros de petróleo. "O crescimento mais alto de empregos poderiam de fato significar mais demanda por petróleo, mas também pode significar que o Fed continue com o ritmo de retirada de estímulos à economia e possa subir as taxas de juros mais cedo do que o esperado, o que pode fazer com que o dólar fique mais caro, encarecendo também as commodities listadas na moeda", disse o presidente do Lido Isle Advisors, Jason Rotman. (Com informações da Dow Jones Newswires)

Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) fecharam o pregão desta sexta-feira (14), em alta à medida que se aproxima do dia do referendo na Crimeia, que ocorre no domingo (16). No entanto, a subida nos preços hoje não foi capaz de recuperar as fortes perdas que o contrato da commodity acumulou nesta semana.

Nesta sexta-feira, o petróleo para abril fechou em alta de US$ 0,69 (0,70%), a US$ 98,89 por barril na Nymex. Na semana, o contrato acumulou queda de US$ 3,69 (3,60%), pressionado por aumento maior do que o esperado dos estoques da commodity bruta nos Estados Unidos.

##RECOMENDA##

No pregão de hoje, mais uma vez o temor causado pela crise política Ucrânia sustentou os ganhos do contrato. O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, reiterou nesta sexta-feira que os Estados Unidos poderão impor sanções à Rússia caso o presidente Vladimir Putin continue a apoiar o referendo da Crimeia.

"A produção de petróleo da Rússia, que alimenta a demanda da Europa, está na balança e se as sanções se confirmarem, o preço do petróleo tende a aumentar ainda mais", escreveram analistas da Kilduff Report. "Os EUA não conseguem preencher essa lacuna nem com os atuais estoques de petróleo nem com os barris de sua reserva." (Com informações da Dow Jones Newswires)

O regente da Orquestra Popular da Bomba do Hemetério, o Maestro Forró, lança a primeira edição do projeto Andante na sexta (24), às 20h, na livraria Cultura do Shopping Riomar. O programa de TV percorreu lugares inusitados em três países do Leste Europeu e conta a troca de experiências vividas por Forró entre Brasil e estes países. O projeto foi idealizado por Alessandro Guedes juntamente com o maestro.

A série completa em estilo diário de viagem, contém dez capítulos com 26 minutos cada. "De fato, é uma coisa fora do padrão. O tema vem do andamento, do andante que anda, do andarilho, pesquisador. O Andante é uma expressão musical. Os pilares que acompanham a trajetória desde o começo do Maetro Forró são a pesquisa, manutenção, releitura e interação", descreve Forró.

##RECOMENDA##

O ponto de partida do Andante é o bairro da Bomba do Hemetério, local em que o maestro reside. Forró revela suas influências e viaja pelas cidades de Istambul (Turquia), Sófia e Gabrovo (Bulgária), Bucareste e Draguseni (Romênia), através de um intercâmbio musical entre a cultura pernambucana e a européia. "A parte mais gostosa é a interação. Interagir nossas culturas com qualquer cultura. Percebemos nossos costumes como costumes universais. Aprendi história de dez, doze anos, em 20 dias", conta ele.

Forró, no ano 2000, viajou para a Europa e já havia conhecido a Turquia. Mas, segundo ele, dessa vez foi diferente. "Eu já tinha visitado alguns países para cumprir agenda com a orquestra e outros músicos. Desta vez eu pude aprofundar e comprovar pra mim mesmo e pra muita gente que é possível a gente se comunicar de verdade através das artes. Foi a experiência mais prazerosa da minha vida", declarou o maestro.

O regente que levou alguns instrumentos para as gravações de Andante, percebeu alguns elementos bem parecidos com a cultura pernambucana, como o zabumba. "Quando Luiz Gonzaga era criança, os turcos eram caixeiros viajantes que invadiram o Nordeste do Brasil cantando e tocando instrumentos e ele viu aquilo", comenta ele. Além dos instrumentos, algumas cidades, segundo ele, podem ser comparadas com regiões de pernambuco: "Na Romênia, na regição de Bucovina, é impressionante. Se você congelar a imagem, a impressão é de que as pessoas são da Zona da Mata. O som parece com o maracatu rural", explica Forró.

Gravado no segundo semestre de 2012, produzido pela Recife Produções e Cabra Quente Filmes com incentivo do Funcultura, o programa Andante será transmitido pela TV Universitária aos sábados, começando pelo próximo (25), ao meio-dia, com reprise aos domingos, às 21h30.

O Parlamento da Romênia aprovou nesta sexta-feira a formação do governo de centro-esquerda no país, colocando um fim à disputa entre o presidente Traian Basescu e o primeiro-ministro Victor Ponta, que quase paralisou a nação do Leste Europeu. Os parlamentares aprovaram o novo gabinete, que será liderado pelo primeiro-ministro Ponta, por 402 votos a favor e 120 contrários. A aliança de centro-esquerda de Ponta conquistou 68% das cadeiras nas eleições parlamentares de 9 de dezembro. Basescu e Ponta mantém há anos uma amarga disputa política.

"Eu quero mostrar que a justiça social pode ser alcançada. Eu quero dizer aos pobres, aposentados e desempregados que a luta contra a pobreza é uma prioridade do governo romeno", disse Ponta.

##RECOMENDA##

As informações são da Associated Press.

O Parlamento da Ucrânia, recém-eleito, tomou posse nesta quinta-feira e nomeou dois deputados governistas para os cargos de primeiro-ministro e líder parlamentar, mas a sessão foi tumultuada por uma briga violenta entre parlamentares do governo e da oposição, que trocam murros e pontapés. O Partido das Regiões, do presidente Viktor Yanukovich, e seus aliados governistas asseguraram uma maioria após as eleições de outubro, consideradas irregulares pelo Ocidente. Mas três partidos da oposição se manifestaram de maneira violenta hoje no Parlamento.

Logo após o começo da sessão, parlamentares da oposição fizeram o juramento, assumiram as cadeiras e começou uma discussão com os governistas. Os opositores estavam furiosos com a prática dos governistas, de votarem na ausência de colegas. Rapidamente os políticos passaram dos insultos à troca de murros e pontapés. Um parlamentar enfiou o dedo no olho de um colega.

##RECOMENDA##

"Estimados deputados, vamos nos acalmar", disse o deputado governista Volodymyr Rybak, ex-prefeito de 66 anos da cidade de Donetsk, que teve que interromper seu discurso. Após a briga ter terminado, Rybak foi eleito líder do Parlamento. Um pouco mais tarde, o Parlamento efetivou o primeiro-ministro interino Mykola Azarov, aliado de Yanukovich, no cargo de premiê.

A oposição recusou-se a assistir à efetivação de Azarov e saiu em bloco para o saguão do Parlamento, deixando o presidente Yanukovich discursar para um plenário vazio pela metade. A sessão desta quinta-feira fez pouco para reduzir as preocupações da União Europeia (UE) sobre a situação da democracia na Ucrânia, cuja principal líder da oposição, Yulia Tymoshenko, cumpre pena de prisão. A UE afirma que a condenação de Tymoshenko foi politicamente motivada.

A UE suspendeu um acordo de cooperação com a Ucrânia. Nesta quinta-feira, após as cenas do pugilato entre os políticos exibidas pela televisão, o Parlamento Europeu adotou uma resolução na qual reiterou que "a Ucrânia precisa provar seu comprometimento a uma democracia genuína antes que um acordo com a Europa possa ser assinado".

As informações são da Associated Press.

Médicos alemães disseram nesta quarta-feira que mantém "conversas construtivas" com seus colegas ucranianos e também com as autoridades da Ucrânia a respeito da saúde da ex-primeira-ministra ucraniana Yulia Tymoshenko, que continua internada em um hospital em Kharkov, no leste ucraniano. O médico Karl Max Einhaeulp, chefe do Hospital Charite de Berlim, viajou com dois colegas à Ucrânia nesta semana e foi a Kharkov.

Tymoshenko, condenada a sete anos de prisão, sofre de dores severas nas costas e é tratada em um hospital, após supostamente sofrer um espancamento no presídio agrícola perto de Kharkov. Ela afirma que é perseguida pelo presidente ucraniano Viktor Yanukovich. Einhaeupl disse hoje que as reuniões com os médicos ucranianos foram "positivas" e que a equipe alemã também teve "conversas construtivas" com o Ministério da Saúde da Ucrânia. Especialistas dizem que as condições de saúde de Tymoshenko estão melhorando, mas que ela ainda precisa de oito semanas de tratamento contra o stress para estabilizar sua recuperação.

##RECOMENDA##

As informações são da Associated Press.

A presidente da Lituânia, Dália Grybauskaite, tornou-se nesta sexta-feira a primeira líder estrangeira a visitar a ex-primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Tymoshenko, em um hospital em Kharkov, no leste da Ucrânia. Desde quarta-feira Tymoshenko está internada em um hospital civil, com dores nas costas e um problema de hérnia de disco. As autoridades ucranianas concordaram em hospitalizar Tymoshenko após ela denunciar que sofreu maus tratos na prisão e a pressão ter aumentado sobre o governo ucraniano. Ela cumpria pena de sete anos de prisão, condenada por abusado de autoridade no período em que foi premiê em 2009.

"A decisão de transferir Yulia da prisão para um hospital onde ela pode receber tratamento médico adequado é um sinal positivo", disse Dália Grybauskaite. "A perspectiva europeia da Ucrânia dependerá de fatores como garantir para Yulia o direito a um tratamento médico adequado", disse a presidente lituana, acrescentando que "a confiança europeia na Ucrânia está diminuindo".

##RECOMENDA##

Mesmo na prisão, dobrada por dores nas costas e abandonada pelos aliados, Yulia não entrou em desespero: ela tinha sua filha, Eugenia Tymoshenko, de 32 anos, ao seu lado. Nos últimos dias, enquanto Yulia, de 51 anos, era finalmente transferida da prisão para o hospital em Kharkov, Eugenia tomou a frente das pressões para que a mãe recebesse um tratamento humano, entrou na cena política ucraniana e até na diplomacia internacional - com tal sucesso que alguns a veem como uma possível nova face da oposição.

Eloquente e herdeira do visual fotogênico da mãe, Eugênia conversou com parlamentares europeus e senadores norte-americanos, além da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e a chanceler alemã Angela Merkel, para que pressionassem o governo do presidente ucraniano Viktor Yanukovich pela libertação da sua mãe.

Mas Eugênia nega qualquer plano para entrar na política e participar das eleições parlamentares de outubro, que testarão as chances da oposição pró-ocidental em derrotar Yanukovich - arquiinimigo de Tymoshenko. "Qualquer especulação de que eu tenha ambições políticas não é verdadeira. Eu tenho meus próprios interesses e atividades", disse Eugenia. "Minha missão é apenas como filha", completou. Após estudar ciências políticas na London School of Economics, Eugenia Tymoshenko abriu um restaurante italiano em Kiev. Ela também chefia uma organização de caridade para crianças carentes.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O número de mortos pela onda de frio que atinge o continente europeu há mais de uma semana ultrapassou 360 nesta segunda-feira, após serem informados mais mortes na Ucrânia e nos países do Leste Europeu. Segundo as autoridades europeias, nesta segunda-feira a contagem de mortes pelo frio está em 364 óbitos. Na Ucrânia, o país mais atingido pela onda de frio, o número de mortos chegou a 135 nesta segunda-feira, informou o Ministério de Emergências da Ucrânia. As temperaturas caíram a uma mínima de -36º Celsius em algumas regiões. Na Polônia, o Ministério do Interior informou que mais nove pessoas morreram de hipotermia nas últimas 24 horas, o que elevou a 62 o total de mortos pelo frio nos últimos dez dias. Na Ucrânia, pelo menos duas mil pessoas foram internadas por hipotermia e problemas de congelamentos nos dedos, mãos e pés. A maioria dos mortos eram sem-teto.

Na Lituânia, onde as temperaturas caíram para -31 graus Celsius, a informação de que mais 12 pessoas morreram durante o final de semana elevou para 23 o total de mortos pelo frio no país báltico.

##RECOMENDA##

O Aeroporto de Heathrow, em Londres, retornou praticamente ao normal nesta segunda-feira, após a neve provocar centenas de cancelamentos no fim de semana, prejudicando milhares de passageiros. O aeroporto afirmou em comunicado que as operações foram normalizadas, mas notou que haverá alguns cancelamentos, "como resultado da interrupção de ontem".

Na Bulgária, as autoridades declararam emergência em grande parte das províncias no sul do país. O chefe da defesa civil, Nicolai Nikolov, disse que uma enchente atingiu 700 casas na cidade de Bisser, perto da fronteira grega, alagando as ruas com 2,5 metros de água. A enchente ocorreu após a represa de Ivanovo entrar em colapso. As autoridades búlgaras alertaram que outras duas grandes barragens, Ivaylovgrad e Studena, estão perto de transbordar e alertaram a população a estar preparada a abandonar a região. Pelo menos oito pessoas foram mortas pelas enchente no sul búlgaro, enquanto outras quatro pessoas morreram congeladas nas mesmas regiões dentro dos seus carros.

A Suíça também registrou recordes de temperaturas baixas, com -35,1 graus Celsius aferidos no cantão de Graubuenden. Na França, 39 dos 101 departamentos do país estão em alerta por causa da onda de frio.

Na Itália, as escolas permaneceram fechadas em Roma nesta segunda-feira e também ficarão fechadas na terça-feira. Até agora, 10 mortes foram reportadas pela onda de frio, incluídas duas pessoas que morreram após o desabamento de um teto coberto de neve, ao sul de Roma. Em Milão, maior cidade do país, as temperaturas caíram a -12º Celsius nesta segunda-feira e as autoridades abriram o trecho de uma estação do metrô para abrigar cerca de 100 sem-teto. A cidade continuou a ser castigada pela neve, que se amontoava nas calçadas. As cidades de Trento e Bolzano, na região alpina do Trentino-Alto Adige, registraram mínimas de -10º Celsius e a máxima ficou perto de zero. Em Veneza, onde a mínima registrada foi de -7 graus Celsius, os canais ficaram cobertos por pedaços de gelo mas á água não chegou a congelar totalmente.

Cerca de 60 mil lares estão sem eletricidade ao redor do país, principalmente nas províncias de Arezzo e Siena, na Toscana. A estatal ENI, de petróleo e gás, alertou que poderá cortar o fornecimento de gás natural para as indústrias por causa da redução da importação do combustível russo, embora autoridades europeias tenham dito que o suprimento vindo da Rússia começou a ser restabelecido.

A agência Ansa informou que entre as vítimas está um caminhoneiro encontrado congelado dentro do seu veículo no acostamento de uma autoestrada, na região do Abruzzo, Itália central. No sul da Itália, voltou a nevar hoje na região da Basilicata e nas províncias de Sassari e Nuoro, na Sardenha.

Na Sérvia, o governo declarou estado de emergência na noite do domingo, ao dizer que as nevascas atrapalharam o funcionamento normal dos serviços públicos. Funcionários da emergência e da defesa civil estimam que 70 mil pessoas estão nas montanhas e vilarejos, com as comunicações cortadas do resto do país pelas fortes nevascas. Todas as escolas primárias e secundárias do país foram fechadas durante uma semana. A Sérvia e a Bósnia reportaram uma morte cada nas últimas 24 horas por causa da neve, enquanto a Croácia informou que quatro pessoas foram mortas pelo frio.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O frio e a neve que chegaram do leste se espalharam pelo resto do continente. A situação é mais grave na Polônia, Ucrânia e Romênia, onde mais de 100 pessoas morreram nos últimos dias.

Na Alemanha, França e Itália as temperaturas também despencaram e a situação deve piorar neste final de semana. O frio também ameaça iniciar uma crise de energia no Leste europeu, que registrou recorde de consumo. Alguns países dependem a importação de gás russo e reclamam que Moscou reduziu o abastecimento. 

##RECOMENDA##

A Ucrânia negou que teria gasto mais gás do que teria direito, como acusou a Rússia, e esse fato reascendeu uma crise recente entre os dois países.

Pelo menos 11 mil pessoas ficaram retidas pelas tempestades de neve nos vilarejos nas montanhas da Sérvia, as autoridades anunciaram nesta quinta-feira, enquanto o número de mortes pela onda de frio chegou hoje a 122 no Leste Europeu. As 11 mil pessoas retidas na Sérvia vivem em 6,5 mil lares nas montanhas, em áreas remotas que não podem ser alcançadas por causa das estradas congeladas, disse o policial Predrag Maric, dos serviços de emergência. Mais mortes provocadas pelo frio nesta quinta-feira incluem 20 pessoas na Ucrânia, nove na Polônia, oito na Romênia, uma na Sérvia e uma na República Checa. As autoridades disseram que grande parte dos mortos eram sem-teto. Largos trechos do rio Danúbio permanecem congelados, principalmente entre a Romênia e a Bulgária.

"Estamos tentando fazer todo o possível para desbloquear as estradas porque mais nevascas são esperadas para os próximos dias", disse Maric. Segundo ele, a situação mais dramática ocorre na cidade de Sjenica, no sudoeste da Sérvia, onde já neva ou faz frio há 26 dias e falta diesel, usado como combustível para os geradores e aquecedores. "Nós esperamos entregar suprimentos e combustível à cidade hoje, ou no máximo amanhã", disse Maric. As temperaturas na Sérvia chegaram a -30º Celsius, com milhares de pessoas presas em suas casas, sobretudo em vilas montanhosas.

##RECOMENDA##

Na Ucrânia, 63 pessoas morreram por causa do frio nos últimos sete dias. Cerca de 950 foram hospitalizadas por hipotermia e congelamento e mais de 2.000 tendas aquecidas foram montadas para sem tetos, que também estão recebendo alimentos. Na Romênia, o número de mortos pelo frio subiu para 22 nesta quinta-feira, informou o Ministério da Saúde. Cerca de 180 escolas foram fechadas na Romênia por causa do frio extremo. Três navios ficaram retidos pelo gelo no rio Danúbio - um alemão, um holandês e outro romeno - e o governo faz esforços para liberá-los.

Na Bulgária, onde 16 cidades registraram seus recordes de temperaturas baixas em cem anos, desde que os registros começaram a ser feitos, 1.070 escolas permanecem fechadas e longos trechos do Danúbio estão congelados.

O Aeroporto de Podgorica, capital de Montenegro, permanece fechado pelo segundo dia nesta quinta-feira por causa das nevascas.

Na Polônia, a porta-voz do governo, Malgorzata Wozniak, disse que grande parte das vítimas eram sem-teto que estavam alcoolizados e procuraram abrigo em edifícios não aquecidos, o que fez com que morressem de frio. Funcionários do governo polonês apelaram ao público que rapidamente ajude qualquer pessoa que virem em dificuldades nas ruas cheias de neve.

Na Itália, onde neva há três dias no norte, centenas de escolas foram fechadas nas regiões do norte ao centro da península, informou a agência Ansa. Neva em Milão, Turim, Bolonha e outras cidades do norte. As autoridades recomendam aos motoristas que usem pneus adequados para a neve ou com correntes. Foram registrados bloqueios em autoestradas que ocorreram porque caminhões sem pneus adequados não conseguiram trafegar e tiveram que ser removidos ou rebocados. A circulação de 50 trens de alta velocidade foi cancelada no norte, principalmente nas regiões da Lombardia e da Emilia-Romagna.

Mas nesta quinta-feira o frio chegou ao norte da Europa. Na Holanda, as autoridades de Amsterdã proibiram a circulação de barcos por alguns canais da cidade, com o temor de que eles fiquem retidos se as águas congelarem.

As informações são da Associated Press.

Nesta quarta-feira (1°), o número de mortos vítimas das temperaturas baixas no Leste Europeu subiu para 89. Segundo o Ministério das Emergências, este é o inverno mais frio registrado em seis anos.

A rede de alerta meteorológico européia Meteoalarm advertiu sobre condições "extremamente perigosas" em diversas partes do Leste Europeu. A Meteoalarm também informou que o frio intenso deve continuar em muitas regiões da Europa continental, incluindo a Alemanha e o sudeste europeu.

##RECOMENDA##

Mais de 60 pessoas faleceram no leste europeu, vítimas de hipotermia ocasionada pela onda de frio polar que invadiu os países nos últimos dias. Das vítimas, 21 foram encontradas nas ruas com os corpos congelados.

Segundo os metereologistas, a temperatura pode baixar, ainda mais, para -30° nas últimas horas desta terça-feira (31). As autoridades colocaram tendas com calefação e ordenaram o fechamento das escolas, pelo menos até a próxima segunda-feira (6).

##RECOMENDA##

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando