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A candidata à Prefeitura de São Paulo pelo PMDB, Marta Suplicy, disse que espera levar vantagem diante do cenário indefinido e ir para o segundo turno das eleições na capital paulista. Marta votou por volta das 10 horas, no Colégio Madre Alix, no bairro dos Jardins. Ela chegou acompanhada por seu vice, Andrea Matarazzo, e assessores.

Marta voltou a criticar a gestão Fernando Haddad (PT) e garantiu que o seu eventual governo não ficará restrito ao gabinete. "Sou alguém que conhece palmo a palmo essa cidade. Tenho capacidade de fazer e de realizar. E sei governar para os que mais precisam. O atual prefeito trabalha com R$ 50 bilhões, eu trabalhei com R$ 13 bilhões e fiz muito mais".

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A candidata minimizou o fato de não estar acompanhada pelo presidente Michel Temer (PMDB) na votação. "Não há problema nenhum. Eu vim acompanhada pelo presidente municipal do meu partido e também pelo meu vice."

Na disputa por uma vaga no segundo turno, Fernando Haddad (PT) e Marta Suplicy (PMDB) voltaram a atacar adversários na véspera da eleição a prefeito de São Paulo. Celso Russomanno (PRB) criticou a estratégia dos concorrentes e João Doria (PSDB) ironizou as representações feitas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) contra sua candidatura.

Em carreata na Cidade Tiradentes, na zona leste, Marta fez duras críticas aos adversários. Segundo ela, "Haddad não esteve à altura do cargo" e Russomanno "não teria altura para enfrentar a complexidade de uma cidade como São Paulo". Apesar disso, afirmou que vai buscar apoio dos derrotados caso avance à próxima etapa. "No segundo turno, a gente quer o apoio até de Marte."

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Haddad aproveitou a caminhada no Capão Redondo, na zona sul, para dizer que Doria fugiu do confronto e fez dobradinha com Marta no último debate. "Doria não vai poder fugir do debate como ele fez na TV Globo. Fugiu o tempo todo para evitar o confronto direto comigo. Ele criticava a administração usando a escada de outros candidatos."

O petista foi hostilizado por taxistas que reclamaram da regulamentação de aplicativos como o Uber e do excesso de radares na cidade.

Durante carreata em Santo Amaro, na zona sul, Russomanno reclamou dos ataques dos adversários dos quais foi alvo nestas eleições. "Quando você tem uma vida regrada, fica chateado quando os ataques são pessoais, mas estamos aí para tocar a campanha", afirmou.

Doria, em evento no Museu AfroBrasil, no Parque do Ibirapuera, zona sul, ironizou as mais de 20 representações do MPE. "O Ministério Público me adora", disse o tucano. "Segunda vai ter outra, terça outra. Temos mais 30 dias, até o fim da eleição, podemos celebrar 53", afirmou. O candidato disse, porém, que respeitar o MPE.

Dissidência

Em visita ao museu, João Dória disse que está mantida a decisão de extinguir a Secretaria de Igualdade Racial, caso seja eleito.

A declaração de Dória foi feita no mesmo dia em que o presidente do Tucanafro, Eloi Estrela, assinou um manifesto contra o tucano, produzido por um grupo de dissidentes do PSDB. "Decidi assinar o manifesto contra Doria porque ele afirmou que vai acabar com a secretaria e nenhum negro pode ficar feliz com isso", disse o ativista. Um grupo de 60 militantes assinou o manifesto. Eles são ligados ao vereador Andrea Matarazzo (PSD), candidato a vice na chapa de Marta.

O último debate antes da votação em primeiro turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo, promovido na noite de ontem pela TV Globo, foi marcado por uma espécie de "dobradinha" entre o candidato do PSDB, João Doria, e a candidata do PMDB, Marta Suplicy.

Na busca por uma vaga no segundo turno, a peemedebista evitou entrar em confronto direto com o tucano, líder da disputa na capital paulista, que, na avaliação das campanhas adversárias, já teria assegurado a vaga na etapa final da campanha.

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Em pelo menos quatro momentos, Marta e Doria trocaram impressões críticas à administração do prefeito e candidato à reeleição Fernando Haddad (PT) sobre ações na periferia, habitação, pichações e saúde pública.

Conforme a mais recente pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, divulgada anteontem, Doria tem 28% das intenções de voto, seguido por Celso Russomanno (PRB), com 22%; Marta aparece com 16%, em empate técnico com Haddad (13%). A candidata do PSOL, a ex-prefeita Luiz a Erundina, está com 5% das intenções de voto.

No primeiro bloco, a candidata do PMDB perguntou para Doria com tema livre. Ambos formaram uma tabelinha para atacar a gestão de Haddad, mas sem citá-lo nominalmente.

"Na atual gestão, a Prefeitura virou as costas para a periferia. Não entregou o que prometeu. Dos 20 CEUs (Centros Educacionais Unificados), entregou um, das 49 UBS (Unidades Básicas de Saúde), entregou muito menos. Qual é a sua proposta para a periferia?", questionou a peemedebista. "A Prefeitura prometeu muito e cumpriu pouco. Deixou a desejar. Não é justo que mais de 500 mil pessoas estejam esperando por exames. Não é razoável que mais de 103 mil crianças estejam fora das creches", respondeu Doria.

Marta então emendou prometendo: "Vamos entregar muito do que foi prometido pela gestão anterior". "Vamos entregar 14 CEUs (criados na gestão Marta)." O tucano encerrou a sequência exaltando o CEU. "Considero o CEU um bom programa, que você iniciou e o prefeito Haddad tentou ampliar, mas não conseguiu."

Ao fim do debate, o tucano negou a "dobradinha". "Não teve entendimento prévio entre mim e a Marta. A disputa dela é com Haddad e Russomanno."

Para o petista, a estratégia é tirá-lo do segundo turno. "Talvez Doria não queira me enfrentar no segundo turno", disse.

Em seguida, Russomanno perguntou para Erundina sobre políticas para pessoas com deficiência. Ela aproveitou a deixa para criticar contra Doria, que na campanha disse que acabaria com a secretaria do setor, mas depois recuou. "Sabemos que grupos especiais precisam de uma atenção especial. Tem outro candidato entre nós aqui que ameaçou acabar com a secretaria que existe de atenção ao segmento de pessoas com deficiência. Isso é um retrocesso, uma insensibilidade."

Nacionalização. Na estratégia de nacionalizar o debate, Erundina mais uma vez tentou colar em Marta a gestão do presidente Michel Temer. "O presidente ilegítimo, o seu presidente, editou uma medida provisória modificando o ensino médio no País, alternando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Isso mediante uma medida provisória, sem nenhum debate. O que acha?", questionou.

Marta fez uma defesa discreta de Temer, mas criticou a medida de forma pontual. Nas últimas semanas, a campanha da senadora identificou que a estratégia do PT de colar nela a administração federal surtiu efeito. "Acredito que podia ser mais debatido popularmente. Em linhas gerais é uma medida interessante porque diminui o número de cadeiras que os alunos vão ter acesso." Erundina seguiu batendo na mesma tecla e reclamou da extinção de disciplinas como Sociologia, Filosofia, Artes, Educação Física. "Isso vai empobrecer o ensino."

A senadora então recuou e gaguejou na resposta. "Concordo com parte do que você colocou. Várias coisas que foram eliminadas vão ter de ser repensadas."

No último bloco as duas ex-petistas voltaram a se enfrentar quando Erundina culpou as medidas econômicas do governo Temer pela crise e Marta rebateu dizendo que a responsabilidade é do governo da presidente cassada Dilma Rousseff (PT). No final Haddad e Russomanno fizeram um debate direto tendo como tema os aplicativos de transporte tipo Uber. No início da campanha Russomanno chegou a dizer que proibiria o aplicativo mas depois recuou.

A Justiça Eleitoral se tornou um campo de batalha para as campanhas de Celso Russomanno (PRB) e Marta Suplicy (PMDB) na reta final da eleição paulistana antes da votação em primeiro turno.

O juiz eleitoral Sidney da Silva Braga determinou na quarta-feira, 28, em caráter liminar, a suspensão dos programas veiculados em rádio e TV pela campanha da peemedebista, nos quais são veiculados depoimentos em que ex-funcionários do Bar do Alemão - de propriedade de Russomanno - afirmam que não receberam direitos trabalhistas após o fechamento do estabelecimento.

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Na decisão, o magistrado concluiu que não é permitido o uso de depoimentos de terceiros em cenas externas com objetivo de provocar ofensa a um candidato. "Se não é possível a exibição de imagem externa de terceiros apenas com elogios ao candidato, também não se pode admitir cenas externas com críticas ao mesmo, sem qualquer relação com a administração municipal", escreveu o juiz.

Com isso, Marta não poderá exibir nos programas desta quinta-feira, 29, último dia de propaganda antes do primeiro turno, sua principal arma contra Russomanno. A pena para o descumprimento é de R$ 5 mil. Os vídeos em que ex-funcionários do restaurante afirmam que não receberam direitos trabalhistas foram usados à exaustão desde o fim de semana passado, quando o jornal O Estado de S. Paulo revelou a história.

A campanha de Marta afirmou, por nota, que a decisão de retirar o filme do ar "foi pautada por uma questão formal, considerando uma cena externa com os garçons do Bar do Alemão". Segundo a nota, o juiz "não aceitou as acusações de que havia inverdades".

Indeferido

O mesmo juiz indeferiu na quarta-feira, 28, dois pedidos de direito de resposta feitos por Russomanno contra Marta, tendo como motivos os mesmos vídeos. Ele entendeu que não há elementos para comprovar que são sabidamente inverídicas as afirmações de que os funcionários não foram pagos.

Para o juiz, se há depoimentos de funcionários dizendo que não receberam e outros afirmando que receberam corretamente os direitos trabalhistas, "não há como se dizer, liminarmente, que é fato sabidamente inverídico que 70 funcionários cobraram seus direitos trabalhistas", escreve.

No início da semana, a Justiça Eleitoral já havia concedido direito de resposta a Marta por considerar que Russomanno mentiu ao afirmar que a candidata usou montagem sobre uma fala sua. Com isso, o candidato do PRB sumiu do horário eleitoral nos últimos dias e teve seu espaço usado por Marta.

Ao cumprir agenda de campanha no Rotary Club, Russomanno voltou a dizer que os funcionários foram cooptados. "Eles foram cooptados, e vários já declararam isso para mim, foram cooptados para falar mal a meu respeito para ela ganhar a eleição no tapetão, fazendo jogo baixo, sujo, enlameado", disse.

Falência

Russomanno afirmou que o departamento jurídico de sua campanha pretende entrar com ação contra Marta também na esfera criminal. E partiu para o ataque: "Ela se esquece da história dela. O pai dela faliu. Eu não tenho falência."

Marta e Russomanno se escolheram como alvo mútuo porque ambas as coordenações de campanha os veem como concorrentes diretos na disputa pela segunda vaga no segundo turno. A avaliação é de que a peemedebista e o candidato do PRB disputam votos na periferia. Na pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada na quarta-feira, 28, Russomanno aparece em tendência de queda, com 22%, enquanto Marta tem 16%, com leve oscilação positiva em relação ao levantamento feito na segunda-feira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A proximidade com o dia da eleição e a situação de empate técnico entre os três líderes nas pesquisas de intenção de voto na disputa pela Prefeitura de São Paulo serviram de ingredientes para uma intensa troca de ataques entre os candidatos no debate promovido na noite de domingo (25) pela Record. Marta Suplicy (PMDB) e João Doria (PSDB) foram os principais alvos dos ataques dos adversários no encontro.

Acusações de má-fé, ignorância, além de insinuações sobre corrupção fizeram parte do enredo do programa. Até mesmo o candidato do PRB, Celso Russomanno, que em debates anteriores adotou uma estratégia de não entrar em confronto com os rivais, partiu para o ataque contra Marta.

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"Enquanto eu estava nos aeroportos defendendo o direito dos consumidores, você estava em Paris dizendo para a população 'relaxar e gozar'", afirmou o candidato ao rebater uma acusação da peemedebista de que deixou de pagar funcionários de um bar em Brasília em que era sócio. O candidato negou e ameaçou entrar com um processo na Justiça contra Marta.

O enfrentamento ocorre após Russomanno cair quatro pontos na última pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira (22), e perder a liderança isolada na corrida eleitoral.

Marta também foi alvo de Fernando Haddad (PT), que disputa com a senadora o voto na periferia da cidade, tradicional reduto petista. As críticas foram em relação à gestão de Marta na Prefeitura, da qual Haddad fez parte. Quando teve chance, Marta acusou o adversário de má-fé e citou promessa de campanha não cumprida pelo petista de construir 20 unidades do Centro Educacional Unificado (CEUs), bandeira da gestão da ex-petista.

Haddad também questionou Marta sobre sua mudança de posicionamento em relação ao programa de inspeção veicular na capital, insinuando que a proposta de restabelecer a empresa que geria o serviço, a Controlar, interessava ao hoje ministro Gilberto Kassab. "A inspeção será gratuita, opcional, faz quem quer e depois desconta no IPTU", respondeu a peemedebista.

Pressão

Com 2% na última pesquisa, Major Olímpio (SD) insinuou pressão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) contra sua candidatura. Alckmin é o principal patrocinador da candidatura de João Doria (PSDB).

Ao questionar o tucano sobre ação do Ministério Público Eleitoral, que apura possível troca de cargos no governo por apoio à coligação do tucano, o candidato do Solidariedade disse "não ter preço". "Meu partido foi pressionado. Eu tenho um recado para você e para o governador Geraldo Alckmin. Eu não tenho preço", disse Olímpio.

"Nós temos muitos partidos no governo. O PRB tem secretaria, o Solidariedade tem secretaria, partidos que têm candidatos. Isso é desculpa esfarrapada. Ele está tentando provocar, mas eu não sou candidato", respondeu Alckmin da plateia, de onde acompanhava o debate.

Doria ainda foi alvo de Luiza Erundina (PSOL), que acusou o tucano de agir por interesse de empresas ao propor a privatização de bens públicos. "É incrível que você afirme que é um gestor e não é político. Isso é ignorância", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Começou a temporada de ataques pessoais entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo. Em busca de uma vaga no segundo turno, João Doria (PSDB) usou seu horário no rádio de terça-feira (20) para atacar o ex-tucano Andrea Matarazzo (PSD), derrotado por ele nas prévias do partido em março e atual candidato a vice na chapa de Marta Suplicy (PMDB). A propaganda resgata críticas feitas a Marta por Matarazzo quando José Serra (PSDB) assumiu a cidade, em janeiro de 2005.

"Lembro bem como encontramos a Prefeitura, tinha fila de fornecedores na boca do caixa. Foi nefasta", diz Matarazzo, em um delas. Em outra, ele afirma que "Marta deixou a cidade abandonada, esburacada e falida". As frases foram tiradas de declarações dadas a jornais pelo hoje vereador. Em seguida, a equipe de Doria pergunta: "Em qual Andrea Matarazzo a gente deve acreditar? Naquele que diz que a gestão de Marta foi nefasta ou no que agora está com Marta?".

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Após ouvir a propaganda, Matarazzo disse não se arrepender das frases. "Era outro momento político, isso não tem nada a ver agora. Estávamos em polos diferentes. Isso já foi falado. Lembrar disso na propaganda agora é olhar para o passado."

Já na TV, a campanha de Doria ironizou o adversário Celso Russomanno (PRB). Na cena aparece um homem vestido como soldado russo e o jingle diz que "até o russo balançou" - indireta à queda do deputado na última pesquisa Datafolha, de 31% para 26%. No mesmo período, Doria foi de 5% para 16%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em uma disputa direta por uma vaga no segundo turno, os candidatos Marta Suplicy (PMDB) e João Doria (PSDB) afirmaram no domingo (18), no debate promovido em parceria pela TV Gazeta, o jornal O Estado de S. Paulo e o Twitter, que não vão aumentar a tarifa de ônibus caso sejam eleitos. Em São Paulo, o preço da passagem é de R$ 3,80, valor custeado por meio de uma política de subsídio que consome R$ 2 bilhões por ano do orçamento municipal.

Em posição de empate técnico na última pesquisa Ibope, Marta e Doria não explicaram se pretendem congelar a tarifa pelos quatro anos de governo ou apenas em 2017. Também não deixaram claro como conseguirão verba orçamentária para ampliar o subsídio. Os R$ 2 bilhões já gastos representam cerca da metade da capacidade de investimento da Prefeitura.

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"Não vou aumentar tarifas, mas também não vou tirar o que foi conquistado. Passe livre é uma conquista, o direito do idoso também é uma conquista, não vamos mexer. Vamos ter que criar outra oportunidades para a Prefeitura bancar tudo isso", disse Marta, que prometeu ainda concluir a licitação do transporte público, em processo há três anos, e reduzir o tempo de espera entre os ônibus.

"A Prefeitura tem que pensar no trabalhador, tem que pensar nas pessoas que estão se beneficiando com o subsídio, é exatamente isso, para cuidar de quem tem menos, cuidar de quem mais precisa."

Doria afirmou que vai manter o subsídio. "É um programa social que é importante, que seja mantido nas condições que se encontra. Não faremos nenhum tipo de alteração nas tarifas de ônibus. Vamos procurar integrar ainda mais o serviço do Município, com os ônibus, com o serviço do Estado, com os trens", disse.

Ao também ser questionado sobre transporte público, Celso Russomanno (PRB) não entrou na discussão sobre tarifa, mas falou em aumentar o número de micro-ônibus usados em linhas dentro de bairros.

Uber

Principal crítico da regulamentação feita pela gestão Fernando Haddad (PT) para serviços de transporte privado de passageiros como o Uber, Russomanno voltou a dizer que não vai acabar com o aplicativo, caso eleito.

"Eu não sou contra o Uber, eu sou contra que o motorista trabalhe horas por dia sem dinheiro ou descanso, ou de uma empresa de aplicativos levar 25% do motorista. Quem ganha nesse processo com a quantidade imensa de carros é apenas a empresa. Cadê os direitos trabalhistas?", questionou.

Marta também entrou na discussão, acusando Haddad de não divulgar dados sobre a frota autorizada de Uber na cidade - uma resolução publicada pela Prefeitura na semana passada, assegurando sigilo sobre as informações, acabou desautorizada por Haddad após vir a público. A candidata disse que o petista não é transparente na questão. O petista rebateu, dizendo que vai publicar os dados assim que os tiver em mãos, e que a Uber entrou com ação na justiça para evitar repassar as informações à administração municipal.

Russomanno ainda mencionou o fato de um dos sobrinhos de Haddad, Guilherme Haddad, trabalhar na empresa. "Seu sobrinho trabalha lá. Tem todos os dados." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A candidata do PMDB à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, atacou na quinta-feira (15) seus dois adversários diretos por uma vaga no segundo turno, João Doria (PSDB) e o prefeito e candidato à reeleição Fernando Haddad (PT), ao afirmar que "ninguém elege uma pessoa que não tem nenhuma experiência impunemente". Marta, por outro lado, preservou Celso Russomanno (PRB), que construiu carreira política exercendo cargos apenas no Legislativo.

A afirmação foi feita quando a peemedebista comentava o resultado da pesquisa Ibope/O Estado de S. Paulo/TV Globo divulgada na quarta-feira (14). "Fico contente (com o resultado) e um pouco preocupada com o crescimento do Doria. Ninguém elege uma pessoa que não tem nenhuma experiência impunemente. Veja o exemplo do Haddad, do (ex-prefeito de São Paulo, Celso) Pitta e da (presidente cassada) Dilma (Rousseff)", disse a peemedebista após visitar o Mercado Municipal da Lapa e ruas do bairro.

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O movimento de Marta segue a estratégia da campanha peemedebista de poupar Russomanno, já que a avaliação é que há pouco tempo hábil para tirar o candidato do PRB do segundo turno e, para a campanha da senadora, ele seria o adversário mais "frágil". A ideia dos assessores de Marta é focar ataques em quem está disputando com ela a segunda vaga. Conforme esta interpretação, Doria seria o alvo principal porque tem registrado forte crescimento no último mês.

Pesquisa

O Ibope mostrou empate técnico na segunda colocação entre Marta e Doria, com 20% e 17% respectivamente. Ambos cresceram em relação ao levantamento feito pelo instituto em agosto, mas Doria cresceu mais. A peemedebista tinha 17% (crescimento de três pontos) e o tucano registrava 9%, um aumento de 8 pontos porcentuais. No mesmo levantamento, Russomanno segue na liderança com 30%, três pontos a menos que tinha em agosto e Haddad permanece com os mesmos 9% da pesquisa anterior.

Tucano

Doria fez campanha na quinta-feira em ruas do bairro de São Mateus, na zona leste da capital paulista. O tucano disse que Marta fez a afirmação porque está "assustada" com o crescimento de sua candidatura. "Isso evidentemente assusta políticos tradicionais como a senadora Marta Suplicy", disse ele, lembrando que não é político, mas um administrador. O empresário rebateu a provocação da peemedebista. "Vamos continuar crescendo e preocupando a senadora mas, para que ela não fique tão preocupada, já que vai continuar residindo em São Paulo enquanto eu for prefeito, sou administrador há 45 anos."

Russomanno escolheu o mesmo bairro da Lapa e o Mercado Municipal para fazer campanha na quinta-feira. Por uma diferença de uma hora, os adversários não se encontraram. O candidato do PRB disse que o comentário feito por Marta "não acrescenta em nada". "Ela foi prefeita pela primeira vez e tinha vindo do Legislativo. Esse tipo de comentário não acrescenta em nada", disse.

O prefeito e candidato à reeleição Fernando Haddad foi procurado, mas não quis comentar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O vereador e candidato a vice-prefeito na chapa da peemedebista Marta Suplicy, Andrea Matarazzo (PSD) criticou neste domingo o empresário João Doria, candidato a prefeito pelo seu ex-partido, o PSDB, em razão da assessoria do tucano ter solicitado a jornalistas para não fotografar o candidato enquanto ele come em lugares públicos durante a campanha.

De acordo com informações da coluna Painel, da Folha de S.Paulo em mensagem a jornalistas neste sábado, 20, um dos auxiliares do candidato do PSDB à Prefeitura da Capital solicitou que não sejam tiradas fotos ou feitas filmagens "quando ele estiver se alimentando". A razão teria sido as fotos do empresário, tiradas enquanto ele fazia caretas ao comer um pastel de rua e beber um cafezinho nas suas andanças de campanha, que viraram piadas na Web.

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"Então a gente tem que dizer como cada um tem que ser fotografado, é isso? Ou seja, a campanha perde a sua originalidade de rua", afirmou Matarazzo, durante caminhada na Rua dos Pinheiros, onde ocorre uma festividade pelo aniversário do bairro.

O candidato a vice na chapa encabeçada pelo PMDB reforçou as críticas falando que a população percebe quem realmente tem experiência política. "Quem não conhece campanha, não conhece a política e não conhece a cidade, o importante é estar na frente do teleprompter sempre", disse.

Ao comentar o debate de amanhã, na TV Bandeirantes, Matarazzo voltou a reforçar a experiência de Marta como ponto forte e não deixou de criticar o prefeito e candidato à reeleição, Fernando Haddad (PT). "A sociedade vê quem conhece a cidade, quem tem experiência na cidade e que faz um programa de governo sem precisar recuar. Para a cidade, depois dessa devastação pela qual tem passado, é importante (o debate)."

A ausência de Luiza Erundina (PSOL) não irá beneficiar nem prejudicar Marta Suplicy, destacou ele. "Não interferiria nem para mais nem para menos. Existe a regra, se tem que mudar tem que ser combinado com todo mundo."

A divulgação da pré-candidatura de Marta Suplicy (PMDB) à Prefeitura de São Paulo por meio de propaganda paga no Facebook foi considerada irregular nesta terça-feira, 16, pelo juiz auxiliar da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Sergio da Costa Leite.

Para o magistrado, ficou comprovada de maneira "incontroversa" a contratação de posts patrocinados junto à rede social - modalidade de propaganda vedada pela legislação eleitoral - e condenou a candidata ao pagamento de multa de R$ 5.000,00, além de determinar a retirada imediata dos anúncios.

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A propaganda antecipada, de acordo com a Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97), é caracterizada pelo pedido explícito de votos. O juiz ressaltou, porém, que, "se há vedação expressa à contratação de propaganda paga pela internet, bem como à utilização de mecanismos de propagação automática, no período permitido para a propaganda eleitoral, a utilização de tais procedimentos antes da data também não pode ser admitida, mesmo sem o pedido expresso de votos".

A representação foi oferecida pelo Ministério Público Eleitoral. Da decisão, cabe recurso ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.

A candidata do PMDB à Prefeitura de São Paulo, senadora Marta Suplicy (SP), afirmou nesta segunda-feira, 8, em entrevista à TV Estadão, que ela e seu vice, Andrea Matarazzo (ex-PSDB e hoje no PSD) entrarão nesta campanha municipal "com o melhor" de suas antigas legendas. Na sua avaliação, o PT lhe ensinou princípios e prioridade para as minorias. Contudo, reiterou que se chocou com a cúpula petista, que jogou por terra tais princípios éticos. Indagada se tem a mesma avaliação de seu atual partido, o PMDB, que entra agora também no foco das investigações da Lava Jato, Marta frisou: "Ajudei a fundar o PT, não fundei o PMDB", reiterando que apoia essas investigações "como toda a população" porque não há melhor ou pior no País.

Ao falar sobre sua nova legenda, Marta Suplicy destacou ter clareza da "sistematização da corrupção no PT", mas não tem essa clareza com relação ao PMDB. E disse que a cúpula petista já foi implicada nas investigações da Lava Jato, citando a prisão de ex-tesoureiros do partido. "(O PT) tem réus na Lava Jato, temos de esperar as investigações (para saber dos implicados de outras siglas."

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A candidata voltou a justificar a aliança com Andrea Matarazzo, de quem era adversária política até algum tempo atrás, pois ela militava no PT e ele no PSDB, partidos opositores. "É preciso olhar para a frente, na política temos de pensar na convergência e não olhar pelo retrovisor", disse, utilizando uma expressão muito utilizada pelo governador tucano Geraldo Alckmin (PSDB) em seus discursos, principalmente os eleitorais. "O acordo com Matarazzo está sendo muito bom porque descobrimos muitas convergências", emendou.

Apesar das críticas ao PT, destacando que a corrupção nessa sigla vinha de cima para baixo, ou seja da cúpula, ela disse que os votos dos militantes petistas à sua campanha são muito bem-vindos. E justificou: "Uma coisa é a cúpula do partido (implicada nos desvios e corrupção da Petrobras), outra coisa é o votante, o militante que não tem nada a ver com toda essa corrupção."

Marginais

Marta Suplicy garantiu que, se eleita, irá reverter os índices de velocidade impostos pelo atual prefeito e candidato à reeleição pelo PT, Fernando Haddad. E justificou que pretende acabar com a chamada indústria da multa criada, segundo sua avaliação, pela gestão petista. "Vamos tirar os radares que (Haddad) colocou pra fazer pegadinhas com o motorista." A peemedebista disse também que não vai criar taxas e nem impostos na cidade, se vencer o pleito de outubro deste ano. Quando foi prefeita da cidade, no início dos anos 2000, ela ganhou o apelido de "Martaxa" de seus adversários, por ter criado novos tributos, como as taxas de lixo e da luz.

Na entrevista à TV Estadão, a peemedebista criticou também a gestão de Haddad na área de transporte, dizendo que o atual prefeito desregulamentou todo o transporte público na cidade. Mas, reconheceu que tecnologia não tem volta, ao falar do Uber. E continuou com as críticas ao petista: "Não tem sentido taxi pagando 'um x' para ter alvará e depois ter um sistema circulando que não exige isso." E sugeriu desburocratizar as licenças de táxi e fazer um padrão para todos os motoristas desses serviços. Sobre mobilidade, Marta disse que as ciclovias vieram para ficar na cidade, porém, algumas precisam ser revistas porque foram feitas sem critério.

Marta criticou ainda a política de Haddad para a Cracolândia, dizendo que vai acabar com esse projeto. Sua proposta é criar centros de abstinência para os usuários e também para quem tem transtorno mental. "Temos de acolher essas pessoas. Com relação ao crack, percebi que a espiritualidade tem papel fundamental na recuperação, seja em que igreja for. Vamos potencializar o que já está funcionando com sucesso." E falou sobre as áreas de mananciais em São Paulo que, na sua avaliação, precisam ser "urgentemente" recuperadas, com a retirada das atuais invasões.

Impeachment

Após falar à TV Estadão, Marta Suplicy concedeu entrevista à Rádio Estadão e disse crer que o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) será aprovado por ampla maioria pelo plenário do Senado Federal. A senadora disse que tinha respeito e acreditava em Dilma Rousseff, tanto que a acompanhou quando ela enfrentou o câncer, mas quando percebeu que ela não tinha mais condições de fazer uma boa gestão na Presidência da República, resolveu romper com o governo petista e com o próprio PT.

Com o avanço das negociações entre Marta Suplicy e Andrea Matarazzo para a disputa da Prefeitura de São Paulo, o PTB resolveu "reatar antigas pontes", nas palavras do presidente estadual do partido, o deputado Campos Machado. Nessa segunda-feira (25), ele dedicou o dia para fazer reuniões com líderes partidários, a mais importante delas com Celso Russomanno, pré-candidato do PRB.

Na conversa, ficou acertado que sua esposa, Marlene Machado, deverá compor a chapa de Russomanno como candidata a vice. "Estamos reatando um namoro antigo", afirmou.

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Machado disse que só vai anunciar o posicionamento do PTB para as eleições deste ano em São Paulo depois que o PMDB lhe comunicar oficialmente se Marlene será ou não a vice de Marta - cargo que o partido não abre mão, segundo ele.

O deputado já fala a palavra "traição". Segundo ele, um acordo já havia sido fechado entre os dois partidos, que previa uma chapa 100% feminina com Marlene como vice de Marta. A reunião teria ocorrido no dia 8 de julho, em que estavam presentes a própria Marta e os presidentes estadual e municipal do PMDB, Baleia Rossi e José Yunes, que confirmou o encontro. "Cumpri minha parte porque, para mim, palavra dada é como flecha lançada. Não tem como voltar atrás. Mas romperam comigo", disse Machado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A senadora e pré-candidata à prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy (PMDB), afirmou que a falta de diversidade no gabinete ministerial do presidente em exercício, Michel Temer, à primeira vista é "um horror", mas quando se analisa melhor a situação, vê-se que ele não tinha muita escolha. "Quando um presidente é eleito para um mandato de quatro anos, ele faz acordos, mas também escolhe quem ele quer para o ministério, chama um técnico, alguém da sociedade civil. A situação do Temer é diferente, pois ele precisava fazer uma composição partidária, para conseguir ter união, passar leis necessárias, resolver o legado do governo Dilma, que deixou um verdadeiro caos na economia", comentou em entrevista para o programa Entre Nós, da TV Estadão.

Marta diz ainda que foi bom ter alguém com o perfil de Temer para assumir o governo após o afastamento da presidente Dilma Rousseff, já que poucos políticos têm a sua capacidade de aglutinar o Congresso e passar projetos difíceis que precisam ser aprovados para ajustar a economia.

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"O Temer aceitou indicações partidárias, e agora a cada hora tem de tirar um ministro (envolvido em escândalos de corrupção), mas com isso já passamos várias leis que com Dilma eram impossíveis". Segundo a senadora, no governo Dilma o País estava paralisado, sem conseguir encaminhar nenhum projeto.

Defensora do impeachment, Marta afirmou que há base legal para a saída de Dilma, mas ressalta que a presidente afastada também caiu por erros políticos. "Ela caiu pela questão jurídica, que existe mesmo, mas se tivesse sido uma ótima administradora, isso não estaria nem em pauta. O impeachment tem como base principal a questão política, a dificuldade dela de dirigir o País".

Questionada sobre sua saída do PT e ida para o PMDB, Marta afirmou que escolheu o novo partido porque sentiu que lá teria espaço para defender seus ideais. "No PMDB tem gente mais conservadora, mas também tem gente de vanguarda, tem muita liberdade de pensamento."

Além disso, ela citou os escândalos de corrupção envolvendo a antiga legenda. "Todos os partidos têm comprometimentos, mas no PT era recurso público na veia, de forma organizada, sistemática, um modelo de manutenção no poder. O PMDB tem gente investigada, como tem no PSDB, no PSB, todos têm, mas não tem uma organização criminosa dentro, e isso é um diferencial."

São Paulo

Na entrevista, Marta fez um retrospecto de sua administração como prefeita de São Paulo, entre 2001 e 2004. Ela disse que criou "várias polêmicas", porque fazia o que achava que tinha de ser feito, mas reconheceu que lhe faltou sensibilidade em alguns temas.

"Era uma época muito difícil, com desemprego e violência na cidade. Eu propus a taxa do lixo, que era de apenas R$ 6, valia a pena do ponto de vista de custo-benefício, mas eu não tive sensibilidade de perceber que a população não queria aceitar mais um ônus financeiro em um momento difícil", comentou.

A pré-candidata ainda reprovou o excesso de radares de trânsito implementados na administração de Fernando Haddad (PT). Segundo ela, existe uma "indústria da multa" que arrecada mais de R$ 1 bilhão por ano. "Agora o guarda municipal, que deveria estar nas portas das escolas, pode te multar de cima de uma ponte, com um radar manual", criticou.

O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (14), em primeiro turno, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), que inclui mulheres vítimas de violência doméstica como beneficiárias de programas sociais previstos na Constituição.

A PEC visa a proteger mulheres que, ao deixarem os maridos em razão da violência, passam por dificuldades financeiras. O texto iguala as mulheres nessas condições às crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e estabelece que elas devem receber ajuda, independente de terem contribuição previdenciária.

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Desamparo

“Essa mulher realmente fica numa situação de desamparo, onde frequentemente volta para o companheiro que a agrediu por não ter recursos para fazer a vida de outra forma ou, quando o agressor não é o companheiro, nem sempre tem suas necessidades mais importantes amparadas”, esclareceu a senadora.

O texto ainda precisa ser aprovado em segundo turno no Senado antes de seguir para a Câmara dos Deputados, o que está previsto para ocorrer já nesta quarta-feira (15). Se a PEC for alterada pelos deputados, ela retornará para última análise do Senado.

A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) foi vaiada durante discurso no ato organizado pela Força Sindical na Praça Campo de Bagatelle, neste domingo (1º), em São Paulo. As vaias começaram quando a peemedebista, provável candidata do partido à Prefeitura de São Paulo, foi anunciada, e continuaram durante seu breve discurso. Marta disse que "o País tem jeito" e que há "uma luz no fim do túnel", em referência à possibilidade de o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assumir a Presidência.

"Daqui a 10 dias teremos mudanças", disse a senadora, sobre a possível data da votação da admissibilidade do pedido de impeachment de Dilma Rousseff no Senado. Em caso de aprovação, a presidente será afastada do cargo por 180 dias, período em que o vice assume. Marta deixou o evento logo após o discurso, sem falar com a imprensa.

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A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), que deixou o PT há menos de um ano, fez críticas enfáticas à presidente Dilma Rousseff e defendeu a chegada do vice-presidente da República, Michel Temer, ao poder.

Em discurso na convenção nacional do partido que marca o início do desembarque do PMDB do governo petista, Marta disse que Dilma "não dá conta do recado" e destacou que o processo de impeachment da presidente não é um golpe.

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"Uma presidente que não dá conta do recado, uma presidente isolada e que não consegue governar o País", criticou a ex-petista, que se filiou em setembro ao PMDB.

Com um adesivo com os dizeres "saída já", Marta disse apoiar a saída do governo "o quanto antes". O partido deve estabelecer um prazo de 30 dias para que a cúpula delibere e oficialize o afastamento da gestão petista.

"Nós aqui apoiamos a saída do governo o quanto antes. Entendo muito bem a posição da Executiva, de que aqui não é deliberativo, mas daqui a 30 dias sai todo mundo desse governo e nós começamos novo momento constitucionalmente correto com a chegada ao poder do vice-presidente da República Michel Temer", defendeu a senadora paulista.

Os peemedebistas governistas se mantêm afastados dos microfones na convenção deste sábado, 12, em Brasília, e só os defensores do desembarque fazem manifestações.

Marta disse que o PT "estagnou a economia brasileira" e hoje "não resta mais nada além de sair do governo o mais rapidamente possível". "O impeachment da presidente vem tarde. Se tivéssemos tomado essa atitude antes, o Brasil não estaria na situação que está agora", disse a senadora.

Perguntada na noite dessa quinta-feira (28) se hoje estaria mais próxima do PSDB ou do partido que ajudou a fundar há 30 anos mas que trocou pelo PMDB, o PT, a senadora Marta Suplicy sinalizou ter mais ligação hoje com os tucanos e destacou o apoio que recebeu em 2000 de Mário Covas, no segundo turno para a eleição da Prefeitura de São Paulo. "Distância do PT", respondeu tacitamente.

"É bom lembrar que tive o apoio de Mário Covas em 2000, fui muito grata a ele quando ele me apoiou", disse ao lembrar que o então governador tucano já estava doente de câncer e anunciou o apoio a ela antes de ser internado. "Devo essa eleição ao PSDB."

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Em 2000, Marta enfrentou Paulo Maluf (PP) no segundo turno e recebeu apoio formal do PSDB. Ela foi eleita prefeita. Quatro anos depois, no entanto, ela não se reelegeu e perdeu a Prefeitura para o tucano José Serra

Nesta quinta-feira, pela manhã, Marta esteve no Palácio dos Bandeirantes para posse do novo secretário estadual de Educação, Renato Nalini. A cerimônia contou com a presença do governador Geraldo Alckmin e outras lideranças tucanas.

Táxis

A senadora chamou propostas do prefeito Fernando Haddad (PT) para o setor de "ridículas". Ela classificou dessa forma a ideia de regularizar o 'táxi preto', que seria uma porta para o Uber, com preço 25% maior, e também o decreto que obrigou taxistas a usarem um código de vestimenta e até com orientação de comportamento. "Proibir o taxista de falar de política, de religião, de futebol, aquilo até eu fiquei com envergonhada, porque foi uma coisa de outro planeta", afirmou.

A ex-prefeita defendeu que esse tipo de regulação é desnecessária, pois uma competição saudável entre as novas formas de prestação de serviço, com aplicativos, proporciona uma melhoria natural dos serviços.

Taxa do lixo

Marta repetiu ter sido um equívoco criar a chamada "Taxa do Lixo" e que foi seu maior arrependimento na gestão da Prefeitura. "Foi a maior besteira, totalmente equivocado. Pra mexer com o bolso do cidadão, é preciso pensar muito, muito, muito", afirmou.

Mas ela não culpou Haddad, como fez em outras ocasiões - o petista atuava na Secretaria de Finanças do município quando da implementação da taxa. "Me arrependo muito, fora isso, podia ter tratado a imprensa melhorzinho", completou.

A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) começou a fazer um trabalho de pré-campanha nas redes sociais para preparar sua provável candidatura à Prefeitura de São Paulo nas eleições deste ano. O movimento teve início neste mês, quando a senadora repaginou praticamente todo o seu perfil político do Facebook - que conta com mais de 81,1 mil seguidores. Entre as principais mudanças está o logotipo criado pela equipe da senadora: um mapa do Estado predominantemente alaranjado seguido com o nome da parlamentar e o ano de 2016.

Além do logo, Marta também lançou um desenho de si mesma, que acompanha uma série de postagens feitas pela senadora desde o início de janeiro. A senadora ainda não é a candidata oficial do PMDB, embora seja a favorita dentro do partido. O secretário municipal de Educação, Gabriel Chalita (PMDB), também almeja a vaga, mas está isolado no partido. O PMDB integra o governo Fernando Haddad (PT), que disputa a reeleição. Em novembro do ano passado, Marta já havia afirmado publicamente ser a candidata do PMDB durante evento em São Paulo. O vice-presidente Michel Temer - que preside nacionalmente a legenda - ainda não deu garantias de que Marta será a candidata do partido nas eleições deste ano.

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Na página do Facebook, Marta faz críticas à gestão Haddad. No dia 20 de janeiro, por exemplo, ela publicou uma charge com a mensagem: "Haddad piorou o sistema de Saúde de São Paulo". A imagem aparece com logotipo com o nome da senadora.

Dois dias depois, a parlamentar voltou a atacar o prefeito. Marta postou uma foto de uma placa em que a Prefeitura anunciava a criação de uma ciclovia, acompanhada com o seguinte texto: "#CicloTinta do Haddad, além de não ser planejada, custa caro". A foto também aparece com o logo da peemedebista.

A postagem mais recente foi feita nesta segunda-feira, 25. Marta publicou um vídeo em homenagem ao aniversário de 462 anos da cidade no qual ela aparece afirmando "ter muita esperança" para o município. No fim da gravação, surge na tela o cartoon de Marta fazendo sinal de positivo, junto a uma foto do Parque do Ibirapuera como pano de fundo e o logotipo da peemedebista em destaque.

A senadora tem também um perfil pessoal no Facebook, com o nome "Marta Suplicy". Ao contrário da conta pessoal, a senadora omitiu o sobrenome no seu perfil político, criado em 2010. Naquele ano, Marta se elegeu senadora pelo PT e também não usou o seu sobrenome durante a campanha.

Ela se desfiliou do partido em abril do ano passado. A senadora tem esse sobrenome, pois já foi casada com o atual secretário de Direitos Humanos do governo Haddad, Eduardo Suplicy (PT-SP). Ambos estão divorciados desde 2001.

PSDB

Dois tucanos também já iniciaram um movimento semelhante ao de Marta nas redes sociais. O vereador Andrea Matarazzo e o empresário João Doria Jr. usam a internet desde o ano passado para divulgar a imagem de cada um. Os dois tucanos disputam com o deputado federal Ricardo Tripoli a vaga de candidato do PSDB à Prefeitura. O partido vai decidir o nome de seu candidato no dia 28 de fevereiro.

Na página de Matarazzo, que conta com cerca de 39 mil seguidores, o vereador divulga agendas de pré-campanha e também promove seu logotipo: uma versão estilizada de seu sobrenome. Doria já tem slogan: "Acelera SP". O empresário também utiliza a página, com mais de 167 mil seguidores, para fazer propaganda pessoal. Além de turbinar o slogan, o empresário faz críticas ao prefeito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) disse, na manhã desta sexta-feira (22), que deixou o PT quando se deu conta dos erros do partido que ajudou a fundar, há mais de 30 anos. "Uma hora a ficha cai", afirmou em entrevista à rádio Jovem Pan.

Marta disse que a história para justificar sua saída do PT é "um pouco longa" e explicou que o principal ponto foi sua decepção após fracassar a estratégia que ajudou a coordenar em 2014, do 'Volta, Lula'. "Tentei o Volta, Lula porque tinha certeza que ela (Dilma) seria um desastre e imaginava, naquele momento, que Lula poderia ser um presidente que daria um encaminhamento à economia diferente, que agregaria no Congresso."

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A senadora disse que se decepcionou e se sentiu "traída". Ela, no entanto, defendeu que não quis deixar o partido ainda em 2014 porque considerou que não cabia sair do PT às vésperas de uma eleição e que, por isso, esperou por 2015. A ex-prefeita de São Paulo deixou o governo Dilma, no qual era ministra da Cultura, em novembro e começou a disparar críticas públicas ao PT em janeiro de 2015. Deixou a legenda em abril.

Questionada sobre as suspeitas de envolvimento de Lula em escândalos de corrupção, Marta evitou uma resposta direta sobre seu antigo mentor político. "Não tinha essa dimensão", disse ao ser confrontada por Marco Antonio Villa, âncora da rádio que disse "rezar todo dia" para que Lula seja formalmente investigado.

Marta também foi perguntada sobre um tema que deve ser explorado por seus adversários na corrida à Prefeitura de São Paulo: a escolha do PMDB. "Não tem nenhum partido que não tenha pessoas sendo investigadas", respondeu. Ela disse não se sentir constrangida com a presença de investigados e citados na Lava Jato, como Eduardo Cunha, Renan Calheiros e Michel Temer.

A senadora disse ter escolhido o PMDB por sua "capilaridade". "No PMDB tem gente de vanguarda e gente conservadora, senti que lá eu caibo. Estou satisfeita, fui muito bem recebida e toco minha vida", afirmou.

Marta se mostrou confiante em ser a candidata do PMDB na capital paulista. Ela afirmou que seu adversário interno, o secretário municipal de Educação e aliado de Haddad, Gabriel Chalita, "escolheu seu caminho". "O Chalita, na hora em que resolveu ficar com o Haddad, escolheu seu caminho. Pelo que fiquei sabendo, ele vai se licenciar (do PMDB)".

'Martinha paz e amor'

Perguntada sobre sua rejeição entre paulistanos e a imagem de arrogância que deixou ao perder a reeleição à Prefeitura em 2004, quando chegou a ganhar o apelido de 'Martaxa', a senadora admitiu que não se comunicava bem e que "não tinha paciência com a imprensa".

Marta brincou com o slogan associado a Lula em 2002 e disse que ela também virou "Martinha paz e amor". "Aprendi muito, melhorei", se defendeu.

Haddad

Marta se disse preparada para voltar à Prefeitura e disse que, ao contrário de seu adversário Fernando Haddad, ela terá uma postura inclusiva. "O símbolo do Haddad é a exclusão, o meu a inclusão." A senadora chegou a dizer que Haddad é autoritário como a presidente Dilma Rousseff. "A postura dele lembra muito o autoritarismo da Dilma."

Marta criticou medidas adotadas pelo governo Haddad e acusou por mais de uma vez o adversário de falta de planejamento. A senadora defendeu que toda metrópole tem ciclovias, mas que as rotas deveriam ser discutidas com moradores. Ela não respondeu diretamente se planejaria reverter alguma ciclovia que considere mal planejada. "O que for 'ciclotinta', a própria chuva leva", ironizou.

Sobre a redução das velocidades máximas em vias, Marta chegou a dizer que não confia nos dados da CET de que a medida levou a uma redução nos números de acidentes no trânsito. Ela afirmou que pretende reverter a decisão em alguns casos, como nas marginais. "É comunicado do dia para a noite que vai ser daquele jeito. Sou contra o jeito que foi feito e acho que São Paulo é uma cidade elétrica, não comporta 50km/h numa marginal."

Principal aposta do PMDB para a disputa municipal deste ano e recém-chegada na legenda, a senadora Marta Suplicy (SP) será a grande estrela do programa partidário previsto para ir ao ar, em cadeia nacional de rádio e TV, no próximo mês.

"Ela vai ter uma participação maior. Ela é a grande novidade e a grande aposta do PMDB. Com a saída do Datena da disputa, acho que ela ganha uns cinco pontos, uma vez que ele também disputaria o voto de periferia", disse ao jornal O Estado de S. Paulo o marqueteiro do PMDB, Elsinho Mouco, responsável pela produção do programa. Nesta segunda-feira (18), o apresentador José Luiz Datena afirmou que desistiu de ser candidato pelo PP.

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Segundo Mouco, a imagem de Marta vai reforçar uma das mensagens centrais que o partido pretende passar, que é a necessidade de se fortalecer o federalismo. "A atuação dela como prefeita reforça essa questão da federalização porque ela conseguiu comprometer grande parte do orçamento na questão da tarifa única de ônibus. Há também a questão dos Centros de Artes e Esportes Unificados (CEUs), que hoje estão degradados, abandonados. O que ela fez é o que a gente vai tentar prometer para o Rio de Janeiro, Recife, Curitiba e Porto Alegre", disse Mouco.

Paralelo às agendas de gravações, a senadora, que deixou o PT em abril de 2015, tem intensificado os "trabalhos de base" neste início de ano com líderes locais do PMDB de São Paulo. Marta participou sábado de caminhada no Mercado Municipal da Lapa, região oeste da cidade.

A senadora ainda precisa ter seu nome confirmado em convenção da legenda para entrar na disputa. O presidente municipal do partido e secretário de Educação, Gabriel Chalita, tem trabalhado para que o partido se mantenha na chapa do prefeito Fernando Haddad (PT). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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