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A Mercedes quer fazer história na Fórmula 1 na temporada de 2020. Vencedora dos últimos seis campeonatos de pilotos e construtores, a escuderia alemã quer manter a hegemonia na categoria e ainda se tornar a primeira a conquistar por sete vezes consecutivas os dois Mundiais. Assim, nesta sexta-feira (14) apresentou o modelo W11, que será novamente pilotado pelo hexacampeão britânico Lewis Hamilton e pelo finlandês Valtteri Bottas.

O carro já foi para a pista, para o tradicional "shakedown", com os dois pilotos no circuito de Silverstone, na Inglaterra. "Este ano será particularmente desafiador porque haverá equipes que focarão muito em 2020 e haverá equipes que começarão a transferir seus recursos para 2021. Conseguir esse equilíbrio certo será muito importante, mas isso não é algo fácil de se conseguir", disse Toto Wolff, o chefão da Mercedes. "Nossa meta é clara: queremos ser competitivos em 2020 e 2021. Esse é um grande desafio, mas quanto maior o desafio, mais gostamos".

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Depois da apresentação da pintura praticamente igual à do ano passado, o carro revelado nesta sexta-feira também apresenta muitas similaridades no visual, principalmente com a parte dianteira bastante estreita. Já a asa dianteira é diferente em relação ao modelo apresentado pela Ferrari na última quarta.

"Neste momento não sinto nenhuma pressão, é o momento de se divertir um pouco. É manter o foco, mas ter um pouco de diversão. Os caras trabalharam muito duro para fazer o carro. Eles trabalharam por meses e meses para terminar esse carro que estamos vendo nos boxes", disse Hamilton.

Toto Wolff comemorou os 10 anos desde que a Mercedes voltou a ter uma equipe na Fórmula 1 - na época, os pilotos eram os alemães Michael Schumacher e Nico Rosberg. "Foram 10 anos fantásticos. Há 10 anos, tomamos a decisão de não ser apenas fornecedores de motores, mas ter uma equipe própria e, com nossos parceiros, conquistamos doze campeonatos (seis de pilotos e seis de construtores, desde 2014). Ver o carro pronto é muito importante e o sucesso vem dia a dia", comentou.

Pela Mercedes, Hamilton conquistou o Mundial de Pilotos em 2014, 2015, 2017, 2018 e 2019 - Rosberg levou a taça em 2016 - e busca o seu sexto título pelo time ao qual se juntou em 2013 - a primeira conquista do inglês foi em 2008, pela McLaren.

RESERVA - Nesta sexta-feira, a Mercedes anunciou o belga Stoffel Vandoorne como piloto reserva para a temporada de 2020 ao lado do mexicano Esteban Gutiérrez. Ele esteve na categoria por dois anos, em 2017 e 2018, defendendo a McLaren. Na época, teve dois sétimos lugares como melhores resultados, terminando a classificação em 16.º nos dois anos.

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O finlandês Valtteri Bottas começou muito bem as atividades de pista do GP de Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, a 21ª e última etapa da temporada de 2019 da Fórmula 1. O piloto da Mercedes foi o mais rápido na primeira sessão de treinos livres no circuito de Yas Marina. Com o tempo de 1min36s967, ficou na frente do holandês Max Verstappen, da Red Bull, que cravou 1min37s492 na melhor de suas 22 voltas.

Apesar de ter sido o melhor neste primeiro treino livre, Bottas sabe que a sua classificação para a corrida de domingo está prejudicada pela troca de motor. No último GP, no Brasil, o finlandês teve de abandonar por conta do estouro de sua unidade de potência e agora, em Abu Dabi, terá de largar da 20.ª e última colocação.

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Com pouco mais de 50 minutos restantes, o inglês Lewis Hamilton chegou a superar a marca do companheiro de equipe, fazendo 1min37s591. Logo após assumir a liderança, o hexacampeão mundial teve um problema no motor e recolheu a sua Mercedes aos boxes, voltando à pista apenas no final do treino, mas já na terceira posição. Ele ainda a sessão para desfilar com o número 1 em seu carro, substituindo o 44 temporariamente.

Atrás de Hamilton ficaram o tailandês Alexander Albon, da Red Bull, com 1min38s084, o alemão Sebastian Vettel, da Ferrari, com 1min38s906, e o francês Romain Grosjean, da Hass, com 1min39s146. O Top 10 foi completado pelo monegasco Charles Leclerc (Ferrari), pelo dinamarquês Kevin Magnussen (Haas), pelo italiano Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) e pelo alemão Nico Hulkenberg (Renault).

Quando faltavam dois minutos para o final do treino livre, Vettel perdeu o controle do carro e colidiu contra a barreira de proteção, causando a bandeira vermelha que encerrou a atividade da manhã desta sexta-feira em Abu Dabi, no momento em que os pilotos das equipes de ponta se preparavam para fazer as últimas voltas rápidas.

O segundo treino livre será disputado a partir das 10 horas (de Brasília) desta sexta-feira. No sábado, a terceira e última sessão de preparação para a definição do grid começará às 7 horas. O treino oficial de classificação será às 10 horas. A largada do GP da Rússia está agendada para as 10h10 de domingo.

Um ano depois, Max Verstappen enfim subiu no lugar mais alto do pódio em São Paulo. Se no ano passado o holandês perdeu a vitória após sofrer um toque de Esteban Ocon, neste domingo o piloto da Red Bull brilhou no autódromo de Interlagos e venceu o GP do Brasil de Fórmula 1. O também jovem Pierre Gasly, da Toro Rosso, e o inglês Lewis Hamilton, hexacampeão antecipado, completaram o pódio após disputa eletrizante até os metros finais do traçado.

Para faturar a sua oitava vitória na F-1 e a primeira no Brasil, Verstappen fez grande exibição do início ao fim, após largar na pole position. E contou com seguidos erros de estratégia da Mercedes, que estava sem seu chefe, Toto Wolff, em Interlagos.

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Como de costume, o GP do Brasil foi uma "corrida maluca", com duas entradas de safety car e batidas inesperadas. A maior delas foi entre os carros da Ferrari nas voltas finais. O alemão Sebastian Vettel e o monegasco Charles Leclerc se chocaram e saíram da prova juntos, quando brigaram pela última posição do pódio.

Na volta final, Hamilton se envolveu em batida com o tailandês Alexander Albon, o que abriu espaço para Gasly faturar o seu primeiro pódio na Fórmula 1, após ser rebaixado neste ano, saindo da Red Bull para defender a Toro Rosso. Em quarto lugar, chegou o espanhol Carlos Sainz Jr., da McLaren, que havia largado da última posição.

A CORRIDA - Com uma largada tranquila e sem imprevistos, o GP do Brasil começou com o brilho de Hamilton. O inglês fez grande ultrapassagem sobre Vettel ao passar por fora na entrada do "S do Senna". O pole position Verstappen sustentou ponta sem sustos.

No pelotão intermediário, Leclerc passou a ganhar posições rapidamente. Depois de largar em 14.º, o monegasco já ocupava o nono posto na quarta volta. No 10.º giro era o sexto, acumulando oito ultrapassagens seguidas. Ele tinha estratégia diferente da de Vettel por apostar em uma primeira perna mais longa, antes da primeira parada nos boxes.

No mesmo grupo, Daniel Ricciardo acertou Kevin Magnussen ao fazer ultrapassagem na oitava volta. O dinamarquês perdeu diversas posições, enquanto que o australiano precisou trocar o bico do carro, caindo para o último lugar. Para piorar, Ricciardo foi punido com cinco segundos de parada em seu pit stop.

A primeira rodada de paradas nos boxes teve início na 21.ª volta. Hamilton foi o primeiro e manteve os pneus macios, com a mesma estratégia de duas paradas de Verstappen, que fez o mesmo. O holandês, contudo, sofreu mais em seu pit stop. Quando saía dos boxes, quase foi atingido por Robert Kubica, da Williams - o polonês acabou sendo punido com cinco segundos nos boxes.

Entre estas paradas, Verstappen passou Hamilton, que o havia superado nas trocas de pneus. Em seguida, Vettel, Bottas e Leclerc também foram para os boxes. O monegasco colocou pneus duros no 30.º giro, com tática de fazer apenas uma parada em toda a corrida.

Ao fim desta série de pit stops, o holandês seguia na ponta, à frente de Hamilton, Vettel, Bottas, Albon e Leclerc. Os dois primeiros planejavam mais uma parada, enquanto que os demais tinham estratégia de continuar na pista até a bandeirada final. Verstappen, portanto, tentava abrir boa vantagem sobre os rivais para conseguir se manter na liderança mesmo após a segunda parada.

Porém, não teve sucesso. Ele e Hamilton foram para os boxes novamente na 45.ª e na 44.ª, respectivamente. Ambos retornaram com pneus médios para a pista. Verstappen voltou logo à frente do rival inglês. Mas os dois ficaram atrás de Vettel, também com médios, compostos de maior durabilidade que os macios.

Quase ao mesmo tempo, Bottas precisou fazer seu segundo pit stop, mudando de estratégia, após erro da Mercedes. Voltou somente em sexto e iniciou boa disputa com Leclerc. Assim como Bottas, Vettel também precisou mudar sua tática, para duas paradas. Isso aconteceu no 50.º giro. O alemão voltou em quarto lugar. Mas logo assumiu o terceiro posto, em razão de parada de Albon.

Se a corrida parecia com resultado encaminhado, tudo ficou indefinido quando Bottas teve problemas em seu motor e abandonou na 52.ª volta. Acabou causando a entrada do safey car na pista, o que beneficiou diretamente Vettel, com pneus mais novos e agora sem a desvantagem de 20 segundos para os líderes.

Verstappen, por sua vez, entrou rapidamente nos boxes para poder contar também com pneus menos desgastados. Hamilton recebeu quase ao mesmo tempo a orientação por rádio para fazer o mesmo. Porém, não entrou. O inglês liderava, com pneus médios, seguido de Verstappen e Vettel, ambos com macios (mais velozes). Leclerc, também com compostos novos, estava em quinto.

A relargada, em razão da saída do safety car, aconteceu na 59.ª volta. Sem perder tempo, Verstappen tratou de passar Hamilton logo na primeira curva, no "S do Senna". Já Vettel foi superado por Albon.

Mas uma nova reviravolta bagunçou novamente as primeiras posições. Na 66.ª volta, Leclerc passou Vettel, que tentou dar o troco. As duas Ferraris se tocaram, tiveram pneus estourados e ambos acabaram abandonando a prova. Em fúria, os dois pilotos trocaram xingamentos via rádio.

O choque forçou a entrada novamente no safety car. Hamilton correu para os boxes para nova troca de pneus e retornou em quarto. Na relargada, Verstappen manteve a ponta e Hamilton tocou em Albon, que acabou cruzando a linha de chegada em penúltimo. O inglês perdeu o segundo lugar para Pierre Gasly e fez disputa apertada com o francês até os metros finais do traçado, terminando em terceiro.

A temporada de 2019 da Fórmula 1 será encerrada na próxima etapa, em Abu Dabi, no dia 1.º de dezembro, nos Emirados Árabes Unidos.

Confira a classificação do GP do Brasil de Fórmula 1:

1.º - Max Verstappen (HOL/Red Bull) - 1h33min014s678, após 71 voltas

2.º - Pierre Gasly (FRA/Toro Rosso) - a 6s077

3.º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - a 6s139

4.º - Carlos Sainz Jr. (ESP/McLaren) - a 8s896

5.º - Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo) - a 9s452

6.º - Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo) - a 10s201

7.º - Daniel Ricciardo (AUS/Renault) - a 10s541

8.º - Lando Norris (ING/McLaren) - a 11s204

9.º - Sergio Perez (MEX/Racing Point) - a 11s529

10.º - Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso) - a 11s931

11.º - Kevin Magnussen (DIN/Haas) - a 12s732

12.º - George Russell (GBR/Williams) - a 13s059

13.º - Romain Grosjean (FRA/Haas) - a 13s599

14.º - Alexander Albon (TAI/Red Bull) - a 14s247

15.º - Nico Hulkenberg (ALE/Renault) - a 14s927

16.º - Robert Kubica (POL/Williams) - a 1 volta

Não completaram a prova:

Sebastian Vettel (ALE/Ferrari)

Charles Leclerc (MON/Ferrari)

Lance Stroll (CAN/Racing Point)

Valtteri Bottas (FIN/Mercedes)

Em busca de seu sexto título na Fórmula 1, Lewis Hamilton venceu o GP do México de forma brilhante e ficou ainda mais perto do hexa. Apesar do triunfo, o piloto inglês da Mercedes garantiu ter sofrido muito na prova deste domingo (27). "Obrigado, caras! Foi uma corrida difícil", disse o pentacampeão à equipe germânica por meio do rádio do seu carro depois de receber a bandeira quadriculada no Autódromo Hermanos Rodríguez.

Hamilton ainda dedicou a vitória ao seu engenheiro Peter Bonnington, que passou por uma operação, perdeu a etapa mexicana e também se ausentará do GP dos Estados Unidos, no próximo fim de semana. "Essa foi para Bono", homenageou o inglês.

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Depois de descer do carro, o piloto da Mercedes ressaltou as dificuldades na Cidade do México: "Viemos para cá com um pé atrás sabendo que seria difícil, mas conseguimos. Tive meu assoalho danificado, mas segui em frente". "Gostaria de aplaudir esse público. O resultado foi incrível, devo agradecer muito a equipe. Vou levar uma corrida por vez, mas essa eu queria vencer", complementou o pentacampeão mundial.

Hamilton terminou o GP do México à frente do alemão Sebastian Vettel, da Ferrari. Quem completou o pódio foi Valtteri Bottas, também piloto da Mercedes. Vice-líder da temporada, o finlandês é o único com chances de tirar o título do inglês. Entretanto, a missão de Bottas é indigesta, já que Hamilton precisa apenas de um oitavo lugar em Austin para cravar o hexa. De todo modo, o finlandês crê que fez o possível na corrida deste domingo.

"Foi um bom resultado. A largada foi difícil e perdi uma posição. Acho que não poderia ter feito mais do que fizemos hoje", avaliou o piloto, que largou em sexto no Hermanos Rodríguez.

Com o resultado do GP do México, Hamilton chegou aos 363 pontos, contra 289 de Bottas. Para ser campeão nos Estados Unidos, o inglês precisa terminar o fim de semana com 52 pontos a mais do que o companheiro.

Assim, o pentacampeão pode terminar a corrida atrás do finlandês, perdendo 22 pontos em relação a Bottas, que precisa vencer e torcer para que Hamilton chegue no máximo em nono para empurrar a decisão para o GP do Brasil, etapa seguinte da temporada.

Mesmo demonstrando sua lealdade pela Mercedes, o piloto Lewis Hamilton revelou nesta quinta-feira (5) que não descartaria a possibilidade de correr um dia pela Ferrari.

O britânico, que possui contrato com a Mercedes até o final da próxima temporada, destacou que a lealdade é "essencial". No entanto, o pentacampeão de F1 afirmou que pilotar um carro da escuderia italiana "poderia ser uma opção".

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"Não sei se é questão de ficar tentado, acho que é só questão de ser ou não uma parte do plano geral. Sinceramente, quando você é parte da Mercedes, é parte de uma família por toda uma vida, contanto que continue com eles, obviamente. Você tem Stirling Moss, Fangio ainda é homenageado dentro da família, e você é parte da história, e eles cuidam de você pelo resto de sua vida. Isso é importante para mim. A lealdade é uma parte muito, muito essencial", disse Hamilton aos repórteres no Grande Prêmio da Itália.

"Mas se chegar um ponto da minha vida em que decida que quero mudar, isso poderia ser uma opção em potencial. Mas não sei se é no momento", acrescentou o piloto de 34 anos.

Nas últimas 10 provas no circuito de Monza, Hamilton venceu cinco e foi vaiado quando subiu no lugar mais alto do pódio na edição passada do GP italiano. A última vitória da Ferrari na pista foi em 2010 com Fernando Alonso.

O GP da Itália começou hoje (6) com os dois primeiros treinos livres e será encerrado com a corrida no domingo (8). Hamilton é o líder do campeonato com 268 pontos, sendo seguido por Valtteri Bottas (203) e Max Verstappen (181).

Da Ansa

Atual líder da temporada de 2019 da Fórmula 1, o inglês Lewis Hamilton mostrou nesta sexta-feira estar tranquilo para a disputa do GP da Hungria, a 12.ª etapa do ano, no circuito de Hungaroring, em Budapeste. Nem mesmo a possibilidade de chuva em alguma parte da corrida de domingo preocupa o piloto da Mercedes.

Nas duas primeiras sessões de treinos livres, Hamilton fez o melhor tempo do dia na atividade da manhã - 1min17s233 -, já que à tarde a chuva atrapalhou os planos dos pilotos de ajustar os seus carros para a corrida. Neste treinamento, o inglês pouco se arriscou e só deu 13 voltas.

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"Não há motivo para sair com a pista molhada. Hoje em dia, se você sabe que o domingo será no molhado, e o sábado será no molhado, um final de semana completamente de pista molhada, você pode fazer mudanças sutis para ajudar no equilíbrio. Mas é meio irrelevante agora, especialmente quando você sabe que a corrida será, em sua maior parte, com pista seca. Então você pode focar em ajustar a melhor configuração para seco e, se molhar, você dá um jeito de lidar com isso", afirmou.

Hamilton se disse satisfeito com a performance de seu carro, especialmente na primeira sessão de treinos livres. "Foi uma boa sessão. O equilíbrio do carro esteve bom desde o começo, depois fizemos algumas mudanças. A pista está escura em alguns pontos, então é difícil julgar que traçados estão molhados ou não", comentou.

O inglês confirmou que se sente recuperado em relação ao GP da Alemanha, no domingo passado, quando esteve doente. "Um milhão de vezes melhor nesta manhã. Ainda estou suando muito, mas isso quer dizer que estou suando qualquer doença que eu tive, então é uma coisa boa", finalizou.

Companheiro de equipe de Hamilton, o finlandês Valtteri Bottas sofreu para conseguir dar voltas nesta sexta-feira. Prejudicado por uma falha no motor durante a manhã e pela chuva na maior parte da tarde, só conseguiu três giros.

"Eu tive um problema com o motor durante minha primeira volta cronometrada do TL1 e perdi potência", recordou Bottas. "O motor entrou em modo de segurança, então precisei voltar aos boxes. A equipe não encontrou o problema de imediato, então trocamos de unidade de potência para o TL2. A gente esperava conseguir mais voltas durante a tarde, mas o clima significou que a gente só conseguiu só três voltas cronometradas no seco e mais algumas no molhado", disse.

Sem um piloto no topo do pódio desde o GP dos Estados Unidos do ano passado, quando Kimi Raikkonen triunfou em Austin no dia 21 de outubro, a Ferrari disputa a etapa da Áustria do Mundial de Fórmula 1, neste domingo, a partir das 10h10 (de Brasília), em Spielberg, com a esperança de encerrar o incômodo jejum. E mais uma vez o alemão Sebastian Vettel e o monegasco Charles Leclerc lutam contra as limitações dos seus carros para interromper a supremacia da Mercedes na temporada.

Lewis Hamilton ganhou seis das oito provas do ano, enquanto Valtteri Bottas, seu companheiro de equipe, triunfou em duas corridas. E a dupla formada pelo inglês e o finlandês emplacou uma sequência de cinco dobradinhas que nunca havia sido obtida por um time no início de um campeonato.

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E um dos principais motivos para este domínio é a ineficiência do modelo SF90, monoposto projetado pela Ferrari para 2019, cujo desequilíbrio foi exaltado por especialistas ouvidos pela reportagem do Estado, que apontaram as razões para a escuderia de Maranello estar longe dos líderes do grid.

"O principal motivo para a Ferrari não alcançar a Mercedes é o conceito errado do carro para os pneus deste ano da Fórmula 1. Não é uma questão de motor ou outra coisa, mas de adaptação a essa mudança dos pneus da Pirelli, que passaram a ter uma espessura mais fina e exigem uma maior pressão aerodinâmica para trabalhar na temperatura ideal, mais alta", ressaltou Luciano Burti, ex-piloto de testes do time italiano na F-1 e hoje comentarista de automobilismo da TV Globo.

"O carro da Ferrari tem muita velocidade de reta, mas tem pouca pressão aerodinâmica nas curvas. E a Mercedes, com um carro mais equilibrado, passou a dominar as corridas com estes pneus", reforçou Burti, que também foi titular das equipes Jaguar e Prost ao longo de duas temporadas da F-1.

A mesma opinião de Burti é compartilhada pelo italiano Claudio Carsughi, de 86 anos, que há várias décadas opina como um dos maiores experts em F-1 da imprensa brasileira. "Primeiro, eu queria dizer que a Fórmula 1 virou a ‘Fórmula Mercedes’, nunca na história da F-1 tivemos um predomínio como este. Do ponto de vista técnico, o principal diferencial entre a Mercedes e a Ferrari é o aproveitamento dos pneus. Se você for ver, em entrada de curva e saída de curva, o carro da Mercedes anda perfeitamente como se tivesse em um trilho de trem. Já o da Ferrari, se der tudo que pode até o fim da curva, o carro sai de traseira", disse o jornalista, hoje blogueiro do portal UOL e correspondente do diário italiano La Stampa.

E ao comentar o fato de que Ferrari e Red Bull vêm reclamando muito dos atuais pneus da F-1 e dizendo que os compostos favorecem à Mercedes, Carsughi destacou: "Essas acusações à Pirelli, eu não digo que são desculpas das equipes, mas servem para justificar uma inferioridade do carro que é clara".

Max Wilson, campeão da Stock Car em 2010 e integrante da equipe RCM na categoria, também não vê como justa as críticas aos pneus. "O que eu vejo é que muitas vezes as pessoas tentam arrumar uma explicação para a falta de desempenho. E quando as coisas não funcionam, as equipes culpam os pneus. Os pneus são a única coisa que é igual para todos e dos quais ninguém deveria reclamar", disse Wilson, que também foi piloto de testes da Michelin e da Williams na F-1.

CORRIDAS PREVISÍVEIS - Para o piloto, a influência dos pneus no desempenho é uma "gota no oceano" em meio ao grande número de fatores que envolvem o desenvolvimento de um carro de Fórmula 1. E ele vê como injusta a reclamação de equipes como a Ferrari e a Red Bull, que apontaram que os novos compostos da Pirelli prejudicam a qualidade do espetáculo por exigirem menos trocas de pneus e, com isso, limitam as estratégias dos times do grid.

"Vejo motivos muito mais relevantes do que este. Antes disso a Fórmula 1 já estava devendo muito em termos de espetáculo. Nós já tivemos corridas em anos anteriores em que não tivemos nenhuma ultrapassagem", lembrou o piloto, que em sua carreira também acumulou experiência em várias categorias de Fórmula, entre as quais a Indy.

Carsughi concorda que as corridas ficaram mais previsíveis principalmente porque hoje o sucesso do piloto depende bem menos de sua competência do que dependia antigamente, tendo em vista os grandes avanços tecnológicos dos carros. "Qualquer 'burro' pode guiar um Fórmula 1 hoje. Com tanta eletrônica, qualquer um pode guiar", disse, com certo tom de bom humor, exibido também quando comentou o grande número de regras impostas aos competidores pelo regulamento atual da F-1.

"Hoje, para tentar ultrapassar alguém, você quase tem de 'dar a seta' para avisar que vai passar. Por qualquer coisinha punem um piloto com cinco segundos a mais no tempo de prova", opinou o especialista, para depois deixar claro que discordou de uma punição aplicada a Vettel que lhe custou a vitória no GP do Canadá e garantiu o triunfo a Hamilton por causa da penalização a uma manobra do alemão.

"O (Michael) Andretti e o (Nigel) Mansell (ex-pilotos), por exemplo, disseram que aquela punição ao Vettel foi ridícula. O automobilismo é um esporte de risco, e isso está escrito até na credencial que você usa quando vai cobrir uma corrida", destacou Carsughi, que fez até uma comparação com outro esporte para criticar o excesso de regras que limitam as ações dos pilotos na pista. "Se for para fazer assim como estão fazendo na Fórmula 1 também em outros esportes, você pode proibir o boxe porque o cara pode levar um soco na cabeça e morrer", finalizou.

Líder do Mundial de Pilotos da Fórmula 1, o inglês Lewis Hamilton foi punido com a perda de três posições depois da sessão classificatória, neste sábado, e vai largar na quinta posição do grid para o GP da Áustria. O piloto da Mercedes perdeu três postos em razão de um incidente com o finlandês Kimi Raikkonen, da Alfa Romeo.

Os comissários da prova entenderam que Hamilton, que havia terminado o treino classificatório com o segundo melhor tempo, atrás apenas do monegasco Charles Leclerc, da Ferrari, atrapalhou Raikkonen ainda no Q1 da atividade no circuito Red Bull Ring, em Spielberg. Com isso, o pentacampeão mundial desceu do segundo para o quinto posto, atrás do holandês Max Verstappen, do finlandês Valterri Bottas e do britânico Lando Norris, este que conquistou a sua melhor posição em um grid de largada na carreira.

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No início do treino, Hamilton apareceu lentamente na pista em sua volta de instalação quando Raikkonen se aproximou na freada para a curva 2. Segundo a declaração oficial dos comissários, o piloto da Mercedes, apesar de ter saído da pista para facilitar a passagem do finlandês, estava muito lento e acabou atrapalhando o piloto da Alfa Romeo.

Em suas redes sociais, Hamilton admitiu o erro. "Mereci totalmente a penalidade hoje (sábado) e não tenho problema em aceitá-la", escreveu. "Foi um erro e eu assumo total responsabilidade por isso. Não foi intencional. De qualquer forma, amanhã (domingo) é outro dia e uma oportunidade para crescer", completou.

O inglês, que venceu seis das oito provas da atual temporada, destacou o fato de haver três pilotos diferente nas três primeiras posições, parabenizou Leclerc pela pole e indicou que vai brigar pela vitória na Áustria, apesar da punição. "Grato pelo esforço da equipe hoje (sábado), embora para nós não tenha sido um dia perfeito, mas nós ganhamos e perdemos juntos. Amanhã (domingo) é um novo dia e uma chance para nós nos levantarmos juntos", projetou.

Houve ainda outras três penalidades informadas logo após o treino: o dinamarquês Kevin Magnussen, da Haas, perdeu cinco posições e caiu do quinto para o 10.º lugar por conta da troca de câmbio; o alemão Nico Hulkenberg, da Renault, desceu de 12.º para 17.º por troca de componentes do motor; e o tailandês Alexander Albon largará na 20.ª e última posição do grid devido à alteração de toda a unidade de potência do seu carro.

Confira o grid de largada do GP da Áustria:

1.º - Charles Leclerc (MON/Ferrari) - 1min03s003

2.º - Max Verstappen (HOL/Red Bull) - 1min03s439

3.º - Valtteri Bottas (FIN/Mercedes) - 1min03s537

4.º - Lando Norris (GBR/McLaren) - 1min04s099

5.º - Lewis Hamilton (GBR/Mercedes) - 1min03s262*

6.º - Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo) - 1min04s166

7.º - Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo) - 1min04s179

8.º - Pierre Gasly (FRA/Red Bull) - 1min04s199

9.º - Sebastian Vettel (ALE/Ferrari) - Sem tempo no Q3

10.º - Kevin Magnussen (DIN/Haas) - 1min04s072***

11.º - Romain Grosjean (FRA/Haas) - 1min04s490

12.º - Daniel Ricciardo (AUS/Renault) - 1min04s790

13.º - Sergio Pérez (MEX/Racing Point) - 1min04s789

14.º - Lance Stroll (CAN/Racing Point) - 1min04s832

15.º - Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso) - 1min05s324

16.º - Nico Hulkenberg (ALE/REN) - 1min04s516****

17.º - Robert Kubica (POL/Williams) - 1min06s206

18.º - George Russell (GBR/Williams) - 1min05s904**

19.º - Carlos Sainz Jr. (ESP/McLaren) - 1min13s601*****

20.º - Alexander Albon (TAI/Toro Rosso) - 1min04s665******

*Punido com a perda de três posições

**Punido com a perda de três posições

***Punido com a perda de cinco posições

****Punido com a perda de cinco posições

*****Punido com a perda de 20 posições

******Punido com a perda de 25 posições

A análise feita por Lewis Hamilton após a vitória no GP da França, neste domingo, deve ter desanimado ainda mais seus adversários para a disputa da sequência da temporada 2019 da Fórmula 1. Afinal, na sua avaliação, a Mercedes tem melhorado a cada prova. "Entrei no ritmo e depois disso a corrida foi bastante confortável. O carro melhora à medida que as corridas acontecem."

Após a sexta vitória na temporada e a 79ª na carreira, Hamilton destacou o desempenho de toda a equipe durante o fim de semana em Le Castellet. "Quando as pessoas veem tal triunfo (da Mercedes), talvez não estejam cientes de todo o trabalho que foi feito", disse o líder do Mundial, com 187 pontos, contra 151 do companheiro Valtteri Bottas.

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O fato de ter largado na pole, liderado a corrida do início ao fim e ter contido com facilidade as tentativas de ultrapassagem de Bottas no início não tornou, para Hamilton, a corrida desinteressante. "Se vocês jornalistas escreverem um artigo dizendo que foi uma corrida chata, não apontem os dedos para os pilotos", disse Hamilton, em entrevista coletiva após a prova.

Apesar do sexto segundo lugar na temporada, Bottas estava feliz por ter conseguido segurar o monegasco Charles Leclerc, da Ferrari, na terceira colocação, apesar de alguns problemas no carro. "O Charles (Leclerc) chegou muito perto, mas é o que estava programado", afirmou o finlandês.

Há Leclerc festejou o terceiro pódio. "Mais algumas voltas e eu poderia ter conseguido pressionado mais o Valtteri", afirmou o piloto da Ferrari, quinto na classificação do campeonato, com 87 pontos.

Sebastian Vettel, que completou 16 provas sem vitória e viu Hamilton aumentar a vantagem para 76 pontos no Mundial, demonstrou desânimo. "O principal objetivo era reduzir a distância tanto quanto possível do líder e nós falhamos", disse o alemão da Ferrari. "Nós temos que entender a razão pela qual algumas das mudanças que fizemos não funcionaram. Espero que possamos tentar algo novo e que o design da pista na Áustria na próxima semana seja favorável a nós."

A Fórmula 1 viveu na manhã desta sexta-feira uma das cenas mais bizarras dos últimos anos. Uma tampa de bueiro solta danificou o carro da Williams pilotado pelo britânico George Russell e provocou o encerramento do primeiro treino livre para o GP de Baku, disputado nas ruas da capital do Azerbaijão, quando ele tinha pouco menos de 30 minutos de duração. O assoalho do monoposto da equipe inglesa ficou completamente comprometido pela tampa que estava levemente elevada na pista.

O incidente aconteceu quando Russell se preparava para iniciar a sua primeira volta rápida na atividade inicial desta sexta-feira para a quarta etapa da temporada de 2019 da Fórmula 1. Com apenas 10 minutos de bandeira verde, apenas os dois carros da Ferrari conseguiram registrar tempo. O monegasco Charles Leclerc ficou a volta mais rápida com 1min47s497, contra 1min49s598 do alemão Sebastian Vettel.

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O episódio com a tampa de bueiro solta acabou gerando a bandeira vermelha, mas a organização do GP do Azerbaijão começou a mexer também em outros pontos da pista para garantir a segurança dos pilotos e recomeçar a atividade.

Só que as cenas de pastelão seguiram com o caminhão de resgate que estava levando o carro de Russell. Ele bateu em uma passarela que passa por cima do traçado e, danificando a estrutura, o veículo ficou jorrando óleo em cima do monoposto da Williams. Foi aí que a direção de prova resolver encerrar precocemente o primeiro treino livre em Baku.

A segunda sessão desta sexta-feira, depois de uma completa revisão da pista por parte dos organizadores, está marcada para as 10 horas (de Brasília). Neste sábado, o terceiro treino livre será às 7 horas e o de classificação acontecerá às 10 horas. A corrida, no domingo, terá início às 9h10.

O finlandês Valtteri Bottas fez história neste sábado em Xangai. O piloto da Mercedes conseguiu a pole para o GP da China, a terceira etapa da temporada de 2019, que marca a 1.000.ª corrida da história da Fórmula 1. No treino oficial de classificação, o atual líder do Mundial de Pilotos desbancou dois multicampeões da categoria - o inglês Lewis Hamilton e o alemão Sebastian Vettel - para largar na ponta pela primeira vez neste ano.

Para obter o feito neste sábado, Bottas teve de travar um duelo particular na Mercedes contra o pentacampeão mundial no Q3, a terceira e decisiva fase do treino oficial. O finlandês levou a melhor com o tempo de 1min31s547 e ficou à frente de Hamilton por apenas 0s023 (1min31s570). Ele é o terceiro piloto diferente a ser pole em 2019 - os outros foram o inglês, na Austrália, e o monegasco Charles Leclerc, da Ferrari, no Bahrein -, fato que não acontecia há 11 anos.

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"Tem sido um fim de semana muito bom até agora", disse Bottas ao ex-piloto inglês Martin Brundle ainda na pista, após a volta que garantiu a pole. "Eu me senti confortável com o carro desde a manhã. Mas tive dificuldades no Q3 ao tentar tirar o máximo de performance. A volta foi OK. Não do jeito que eu queria, mas suficiente para a pole. O carro está realmente muito bom e Lewis melhorou muito ao longo da sessão. Foi muito perto", completou.

A Ferrari, que brilhou no treino oficial de classificação no Bahrein e é considerada a maior favorita na China, não mostrou a força esperada e ficou com a segunda fila do grid de largada. Vettel cravou 1min31s848 e conquistou o terceiro posto, deixando Leclerc na quarta posição bem perto com o tempo de 1min31s865.

A terceira fila também é de uma equipe só: a Red Bull. Já na casa dos 1min32s, o holandês Max Verstappen fecha o Top 5 do grid com o tempo de 1min32s089. Mais distante do companheiro, o francês Pierre Gasly obteve a sexta colocação com 1min32s930.

Por coincidência, os 10 primeiros colocados são completados com a Renault e a Haas preenchendo com seus dois pilotos a quarta e a quinta filas, respectivamente. A equipe francesa teve o australiano Daniel Ricciardo em sétimo lugar e o alemão Nico Hülkenberg em oitavo. Sem tempo no Q3, a escuderia norte-americana colocou o dinamarquês Kevin Magnussen na nona colocação e o francês Romain Grosjean em 10.º.

A largada do GP de número 1.000 da história da Fórmula 1, no circuito Internacional de Xangai, na China, acontece às 3h10 (de Brasília) deste domingo.

Confira o grid de largada do GP da China:

1.º - Valtteri Bottas (FIN/Mercedes) - 1min31s547

2.º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - 1min31s570

3.º - Sebastian Vettel (ALE/Ferrari) - 1min31s848

4.º - Charles Leclerc (MON/Ferrari) - 1min31s865

5.º - Max Verstappen (HOL/Red Bull) - 1min32s089

6.º - Pierre Gasly (FRA/Red Bull) - 1min32s930

7.º - Daniel Ricciardo (AUS/Renault) - 1min32s958

8.º - Nico Hülkenberg (ALE/Renault) - 1min32s962

9.º - Kevin Magnussen (DIN/Haas) - sem tempo no Q3

10.º - Romain Grosjean (FRA/Haas) - sem tempo no Q3

11.º - Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso) - 1min33s236

12.º - Sergio Pérez (MEX/Racing Point) - 1min33s299

13.º - Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo) - 1min33s419

14.º - Carlos Sainz (ESP/McLaren) - 1min33s523

15.º - Lando Norris (ING/McLaren) - 1min33s967

16.º - Lance Stroll (CAN/Racing Point) - 1min34s292

17.º - George Russell (ING/Williams) - 1min35s253

18.º - Robert Kubica (POL/Williams) - 1min35s281

19.º - Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo) - sem tempo no Q1

20.º - Alexander Albon (TAI/Toro Rosso) - sem tempo no Q1

O piloto britânico Lewis Hamilton venceu o GP do Bahrein, neste domingo, segunda etapa do Mundial de Fórmula 1. A equipe Mercedes fez dobradinha com o segundo lugar do finlandês Valtteri Bottas, no circuito de Sakhir, após um erro cometido pelo alemão Sebastian Vettel e uma falha no motor do monegasco Charles Leclerc, também da Ferrari.

Mas o grande destaque da prova foi o próprio Leclerc, que, após largar na pole position, foi perder a liderança a nove voltas do final por causa de um problema no motor. Ele acabou em terceiro e ainda ficou com o ponto extra pela volta mais rápida na corrida. Vettel, seu companheiro de equipe, terminou em quinto.

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Vencedor da primeira prova do ano, na Austrália, Bottas continua em primeiro lugar na classificação geral, com 44 pontos, um a mais que Hamilton. Verstappen soma 27, enquanto Leclerc tem 26. A próxima corrida vai ser na China, no dia 14 de abril, quando será festejado o milésimo GP da categoria.

A CORRIDA - A prova no Bahrein teve início eletrizante. As três primeiras voltas apresentaram grande disputa entre os melhores pilotos da atualidade. Vettel, que largou em segundo, usou sua experiência para ganhar o primeiro lugar de Leclerc antes da primeira curva.

Bottas, agressivo como foi na Austrália, também passou por Leclerc, mas o monegasco recuperou a segunda colocação. Vettel tinha vantagem de 1s5 sobre Leclerc, enquanto Hamilton tomou o terceiro lugar de Bottas. Na sexta volta, Leclerc assumiu o primeiro lugar com uma ultrapassagem sensacional sobre Vettel por fora na curva 1.

Com as primeiras paradas nos boxes a partir da 12ª volta, Daniel Ricciardo, da Renault, chegou a ficar algum tempo na liderança, mas logo os carros mais rápidos reassumiram os primeiro lugares.

Leclerc, em primeiro lugar, chegou a abrir seis segundos, enquanto Hamilton e Vettel brigavam pelo segundo lugar. Bottas demorou para trocar pneus e se afastou um pouco da briga.

Na 37ª volta, Hamilton forçou ultrapassagem em Vettel. A disputa foi intensa e o alemão levou vantagem em um primeiro momento. Na volta seguinte, o britânico conseguiu superar o alemão, que rodou sozinho e na sequência perdeu a asa dianteira da sua Ferrari. O tetracampeão foi para o box e voltou em oitavo lugar.

Na 42ª volta, Leclerc tinha dez segundos de vantagem sobre Hamilton e 36 segundos de Bottas. Vettel já havia passado por Ricciardo e Hülkenberg e estava na quinta posição. Na 46ª volta, o piloto de Mônaco informou para a equipe via rádio que o carro tinha um problema no motor. Ele passou a rodar três segundos mais lento por conta de uma falha no sistema de recuperação de energia de sua Ferrari. "O que está acontecendo?" perguntou Leclerc. Hamilton tirou cinco segundos em duas voltas.

Com sem o reforço da recuperação de energia, Leclerc não tinha como segurar a ultrapassagem de Hamilton na volta 48. Muita tristeza no boxe da Ferrari. Ele passou a lutar para manter o segundo lugar, mas Bottas conseguiu tirar cinco segundos por volta.

"Meu Deus, eu vou tentar manter o segundo lugar", disse o monegasco para a equipe. A Mercedes informou Bottas de que ele não precisava aumentar o ritmo, pois conseguiria ultrapassar jovem piloto da Ferrari. O mesmo foi dito pela equipe da Red Bull para Verstappen, então na quarta colocação.

Na 54ª volta, Bottas, enfim, passou Leclerc. Na volta seguinte, o safety car entrou na pista, pois os dois carros da Renault, de Ricciardo e Hülkenberg pararam em locais perigosos, e as ultrapassagem foram proibidas. A prova terminou e Leclerc pelo menos subiu ao pódio.

"Foi muita infelicidade para Charles. Ele fez uma ótima corrida. Temos que trabalhar muito para superá-los", disse Hamilton, dentro do carro, logo após a bandeirada. "Eu não sei o que dizer. Que pena, fizemos uma grande corrida", afirmou Leclerc.

 

Confira a classificação final do GP da Austrália:

1º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes), em 1h34min21s836

2º - Valtteri Bottas (FIN/Mercedes), a 2s980

3º - Charles Leclerc (MON/Ferrari), a 6s131

4º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 6s408

5º - Sebastian Vettel (ALE/Ferrari), a 36s068

6º - Lando Norris (ING/McLaren), a 45s754

7º - Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo), a 47s470

8º - Pierre Gasly (FRA/Red Bull), a 58s094

9º - Alexander Albon (TAI/Toro Rosso), a 1min02s697

10º - Sergio Pérez (MEX/Racing Point), a 1min03s696

11º - Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo), a 1min04s599

12º - Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso) a 1 volta

13º - Kevin Magnussen (DIN/Haas) a 1 volta

14º - Lance Stroll (CAN/Racing Point) a 1 volta

15º - George Russell (ING/Williams) a 1 volta

16º - Robert Kubica (POL/Williams) a 2 voltas

17º - Carlos Sainz Jr. (ESP/McLaren) a 4 voltas

18º - Daniel Ricciardo (AUS/Renault) a 4 voltas

19º - Nico Hülkenberg (ALE/Renault) a 4 voltas

Não completou a prova:

Romain Grosjean (FRA/Haas)

Para quem esperava uma temporada da Fórmula 1 mais equilibrada em 2019, o treino classificatório para o GP da Austrália, primeira etapa do calendário, foi decepcionante. Afinal, a Mercedes voltou a reinar absoluta no circuito de Albert Park, em Melbourne, neste sábado, e colocou Lewis Hamilton na pole position, com direito a recorde da pista, seguido de seu companheiro de equipe, Valtteri Bottas.

Hamilton mostrou que a Mercedes está pronta para ampliar a hegemonia dos últimos anos. Afinal, nas últimas cinco temporadas a equipe terminou com os títulos dos Mundiais de Construtores e de Pilotos, sendo quatro vezes com o inglês e uma com o alemão Nico Rosberg.

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Havia a expectativa de que a Ferrari pudesse equilibrar a disputa ou até acabar com o reinado da Mercedes em 2019, uma vez que foi mais veloz nos testes de pré-temporada, mas não foi esta a primeira impressão deixada neste sábado. Afinal, seus dois pilotos sequer ameaçaram a dobradinha da equipe rival no grid.

Melhor para Hamilton, que cravou a 84.ª pole da carreira com o tempo de 1min20s486, apenas 0s112 à frente de Bottas, que largará em segundo com a marca de 1min20s598. Esta é a oitava vez que o inglês garante a primeira posição no grid na Austrália, sendo a sexta seguida.

Na terceira colocação, aparece o principal candidato a acabar com a hegemonia da Mercedes, o alemão Sebastian Vettel, que completou a melhor volta com sua Ferrari em 1min21s190 e luta para vencer pela terceira vez seguida na Austrália. Em sua estreia oficial na equipe italiana, Charles Leclerc largará na quinta posição, após marcar 1min21s442.

Além da Mercedes, quem teve motivo para comemorar foi a Red Bull. Na estreia da parceria com a Honda, o holandês Max Verstappen conseguiu um bom resultado ao cravar o quarto melhor tempo do treino, com 1min21s320. Seu companheiro, Pierre Gasly, porém, não foi bem, acabou eliminado logo no Q1 e sairá em 17.º.

Na sexta e na sétima colocações, apareceram os carros da Haas de Romain Grosjean e Kevin Magnussen, respectivamente. A oitava posição ficou com Lando Norris, da McLaren, seguido pelo veterano Kimi Raikkonen, que estreará pela Alfa Romeo, em nono, e Sergio Pérez, da Racing Point, fechando os dez primeiros.

Primeira etapa do calendário da Fórmula 1, o GP da Austrália será disputado na madrugada de sábado para domingo, às 2h10 (de Brasília).

Confira o grid de largada do GP da Austrália:

1º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes), 1min20s486

2º - Valtteri Bottas (FIN/Mercedes), 1min20s598

3º - Sebastian Vettel (ALE/Ferrari), 1min21s190

4º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), 1min21s320

5º - Charles Leclerc (MON/Ferrari), 1min21s442

6º - Romain Grosjean (FRA/Haas), 1min21s826

7º - Kevin Magnussen (DIN/Haas), 1min22s099

8º - Lando Norris (ING/McLaren), 1min22s304

9º - Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo), 1min22s314

10º - Sergio Pérez (MEX/Racing Point), 1min22s781

11º - Nico Hülkenberg (ALE/Renault), 1min22s562

12º - Daniel Ricciardo (AUS/Renault), 1min22s570

13º - Alexander Albon (TAI/Toro Rosso), 1min22s636

14º - Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo), 1min22s714

15º - Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso), 1min22s774

16º - Lance Stroll (CAN/Racing Point), 1min23s017

17º - Pierre Gasly (FRA/Red Bull), 1min23s020

18º - Carlos Sainz Jr. (ESP/McLaren), 1min23s084

19º - George Russell (ING/Williams), 1min24s360

20º - Robert Kubica (POL/Williams), 1min26s067

Em uma das melhores corridas da temporada, a definição do título do Mundial de Pilotos da Fórmula 1 a favor de Lewis Hamilton foi adiada. Neste domingo, no GP dos Estados Unidos, o inglês da Mercedes não se aproveitou de um vacilo do alemão Sebastian Vettel na primeira volta e terminou a prova no Circuito das Américas apenas na terceira colocação. Precisava que o rival da Ferrari chegasse no máximo em sétimo, mas isso não aconteceu - ficou em quarto. O penta ficou para o México, no domingo que vem.

O triunfo em Austin foi do finlandês Kimi Raikkonen, da Ferrari, que voltou a vencer uma corrida depois de 113 provas - a última havia sido na Austrália, em 2013 - e se tornou o maior ganhador de seu país ao chegar a 21 vitórias e ultrapassar Mika Hakkinen. Já o segundo lugar do pódio ficou para o holandês Max Verstappen, que mais uma vez teve que fazer uma prova de recuperação depois de ter largado da 18.ª colocação.

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Agora com 346 pontos, Hamilton abriu mais três para Vettel e a diferença chega a 70. Faltam apenas mais três corridas para o final da temporada - ou seja, 75 pontos em disputa - e o piloto da Mercedes está ainda mais perto da conquista do penta na Fórmula 1. No domingo que vem, no circuito Hermanos Rodríguez, na Cidade do México, precisará no mínimo de um sétimo lugar para ser campeão sem depender do resultado do rival alemão.

A corrida começou de forma emocionante. Logo na primeira volta, Kimi Räikkönen fez o seu jogo e tomou a dianteira que era de Hamilton na primeira curva. Vettel saiu em quinto e tentou ganhar posição. Ultrapassou o australiano Daniel Ricciardo e tentou não levar o troco. Os dois se tocaram, fazendo com que o vice-líder do campeonato rodasse e caísse para o 14.º posto. Caminho aberto para o inglês da Mercedes conquistar o título antecipado.

Lá atrás, aproveitando uma batida envolvendo quatro pilotos - Charles Leclerc, Fernando Alonso, Romain Grosjean e Lance Stroll -, Verstappen ganhou nada menos que nove posições apenas na primeira volta e foi se aproximando dos primeiros colocados aos poucos. No rádio da McLaren, Alonso reclamou sobre ser "impossível correr com esses caras".

Na 11.ª volta, a prova teve mais um momento de emoção com o abandono de Ricciardo. A sua Red Bull ficou em posição perigosa e o "safety car" virtual entrou em cena. Hamilton aproveitou a janela abrir e entrou nos boxes para trocar os pneus supermacios pelos macios. Como o pelotão ainda estava em velocidade 60% menor que o normal, conseguiu perder apenas a posição do companheiro Valtteri Bottas.

Com pneus novos, Hamilton passou Bottas por decisão da equipe e retomou a segunda colocação. A esta altura, Vettel já estava em quinto, mas com dificuldades para ultrapassar Verstappen. Precisava de mais para evitar o título do inglês. Já Raikkonen precisou trocar seus pneus na 19.ª volta e aí quem se aproveitou foi Hamilton, que assumiu a liderança.

Quanto todos pensaram que a estratégia da parada antecipada do inglês seria decisiva, bolhas no pneu traseiro direito de Hamilton o obrigaram a parar na 36.ª volta, fazendo com que Raikkonen retomasse a liderança e Verstappen assumisse a segunda colocação. Já Vettel continuava em quinto, bem longe dos três primeiros, e tentando pelo menos ultrapassar Bottas.

O melhor da corrida aconteceu a partir de 10 voltas para o final. Enquanto Verstappen encostava em Raikkonen, Hamilton se aproximava de ambos - o holandês estava somente 1s9 atrás do finlandês e 1s4 na frente do inglês. Os três chegaram quase que juntos ao retardatário sueco Marcus Ericsson, que atrapalhou o piloto da Ferrari ao demorar para abrir espaço.

A três volta para a bandeirada final, Hamilton se aproximou de Verstappen, que errou em uma curva, e atacou. O holandês se defendeu o quanto deu e o inglês errou; acabou na área de escape. Quase que ao mesmo tempo, Vettel deu o bote em Bottas e assumiu o quarto lugar. Fim das esperanças de título para o piloto da Mercedes e festa para Raikkonen e para a Ferrari nos Estados Unidos.

Confira a classificação final do GP dos Estados Unidos:

1.º - Kimi Räikkönen (FIN/Ferrari) - em 1h34min18s643, após 56 voltas

2.º - Max Verstappen (HOL/Red Bull) - a 1s281

3.º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - a 2s342

4.º - Sebastian Vettel (ALE/Ferrari) - a 18s222

5.º - Valtteri Bottas (FIN/Mercedes) - a 24s744

6.º - Nico Hülkenberg (ALE/Renault) - a 1min27s210

7.º - Carlos Sainz Jr (ESP/Renault) - a 1min34s994

8.º - Esteban Ocon (FRA/Force India) - a 1min39s288

9.º - Kevin Magnussen (DIN/Haas) - a 1min40s657

10.º - Sergio Pérez (MEX/Force India) - a 1min41s080

11.º - Brendon Hartley (NZL/Toro Rosso) - a 1 volta

12.º - Marcus Ericsson (SUE/Sauber) - a 1 volta

13.º - Stoffel Vandoorne (BEL/McLaren) - a 1 volta

14.º - Pierre Gasly (FRA/Toro Rosso) - a 1 volta

15.º - Sergey Sirotkin (RUS/Williams) - a 1 volta

16.º - Lance Stroll (CAN/Williams) - a 2 voltas

Não completaram a prova:

Fernando Alonso (ESP/McLaren)

Romain Grosjean (FRA/Haas)

Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull)

Charles Leclerc (MON/Sauber)

Vencedor de três das últimas quatro corridas do Mundial de Fórmula 1, Lewis Hamilton exaltou nesta quinta-feira o seu desempenho e o da própria Mercedes nestas provas, mas exibiu cautela ao comentar o fato de que disputará o GP de Cingapura, no próximo domingo, ostentando uma vantagem de 30 pontos sobre Sebastian Vettel, atual vice-líder do campeonato.

Ao ser lembrado em entrevista coletiva de que no ano passado, neste mesmo estágio da temporada, estava apenas três pontos à frente do alemão da Ferrari, o piloto inglês destacou que ainda restam muitas provas em 2018 e que precisa manter o seu foco inalterado para ter mais chances de conquistar o seu quinto título na categoria máxima do automobilismo.

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"Eu não mudo a minha maneira de pensar e no momento não há razão para mudar. Há muitos pontos ainda disponíveis, então a abordagem é exatamente a mesma de todo o ano. Isso parece estar funcionando, então vamos continuar assim enquanto pudermos. Mas esperamos que haja algumas corridas difíceis pela frente", afirmou o britânico.

Já ao falar da equipe Mercedes como um todo, Hamilton enfatizou: "Coletivamente, como um time, nós fizemos um ótimo trabalho nas últimas corridas e nós só queremos continuar com essa qualidade de performance".

Ainda restam sete provas para o término deste campeonato da F-1. Depois desta que ocorrerá neste domingo em Cingapura, a reta final da temporada contará com GPs na Rússia, no Japão, nos Estados Unidos, no México, no Brasil e em Abu Dabi, que abrigará a última corrida de 2018 no dia 25 de novembro.

A Fórmula 1 está de folga, no tradicional recesso de verão europeu, mas Lewis Hamilton ainda comemora a boa vantagem sobre o Sebastian Vettel na temporada. Para o inglês, a diferença de 24 pontos no Mundial de Pilotos é um "sonho", em razão das dificuldades vividas pelo piloto da Mercedes nas últimas corridas antes do recesso.

"Eu podia apenas sonhar com a posição em que estamos agora se levarmos em consideração todos os fatores envolvidos e também baseado somente na nossa performance, em comparação ao rendimento da Ferrari", diz o atual campeão da Fórmula 1, para quem o time italiano ainda tem o melhor carro da temporada.

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Das últimas três etapas do campeonato, em duas Hamilton precisou fazer uma corrida de recuperação: na Inglaterra, saiu do pelotão do fundo para terminar em segundo e, na Alemanha, buscou a vitória após figurar em 14º lugar. Venceu ainda na Hungria, onde a Ferrari exibia o melhor rendimento nos treinos.

"Estou muito feliz neste recesso, principalmente por causa das vitórias seguidas [Hungria e Alemanha]. Acho que estes resultados vão dar impulso ao time por muito tempo ainda. Será encorajador para todos", afirma o piloto, já prevendo maior confiança na Mercedes no retorno às pistas, no fim do mês.

Hamilton conta ainda com a confiança de que, na segunda metade do ano passado, brilhou com facilidade nas pistas, rumo ao seu quarto título mundial. Das seis corridas disputadas após o recesso de 2017, o inglês venceu cinco e ainda foi o segundo colocado na prova restante. Vettel foi apenas o segundo colocado em duas provas.

"A segunda metade do campeonato é geralmente um pouco melhor para nós. Então, vamos partir para cima e nos preparar para voltarmos ainda mais fortes para o campeonato", projeta Hamilton, dono de 213 pontos, contra 189 do rival alemão.

Os dois líderes do campeonato e os demais pilotos do grid vão voltar para a pista no último fim de semana de agosto. O GP da Bélgica está marcado para o dia 26 de agosto, no tradicional Circuito de Spa-Francorchamps.

O tricampeão mundial de Fórmula 1, o austríaco Niki Lauda, está internado em estado grave na UTI de um hospital em Viena. O ex-piloto e atual diretor da Mercedes passou nesta quinta-feira por um transplante de pulmão para tentar se curar de uma forte infecção. Aos 69 anos, ele tem condições respiratórias delicadas desde 1976, quando sobreviveu a um grave acidente no GP da Alemanha.

Segundo a agência de notícias austríaca APA, o estado de saúde do ex-piloto é grave. O hospital onde foi realizado o procedimento disse em nota que o transplante foi realizado com sucesso. "Por conta da severa condição pulmonar, Niki teve de ser submetido a um transplante no Hospital Geral de Viena. O trabalho foi completado com sucesso", disse a nota.

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Niki Lauda era presença constante no paddock da Mercedes em todos os GPs, porém se afastou dos compromissos nas duas últimas provas (Alemanha e Hungria). Na ocasião, a justificativa era o tratamento de uma forte gripe. O ex-piloto construiu carreira também fora do automobilismo, ao ter como hobby principal a aviação e, inclusive, ser dono de uma companhia aérea que levava o seu nome.

Campeão nas temporadas de 1975, 1977 e 1984, o austríaco teve a carreira marcada pelo grave acidente no GP da Alemanha de 1976. A sua Ferrari pegou fogo e ele passou quase um minuto preso pelas chamas. Internado durante seis semanas em um hospital, ele ainda voltaria a correr na mesma temporada, porém perderia o título por apenas um ponto para o rival, o inglês James Hunt. A história daquele campeonato inspirou o filme Rush, lançado em 2013.

Além das plásticas para reconstruir a pele e da condição pulmonar delicada, Niki Lauda também teve outros problemas de saúde nos últimos anos. O ex-piloto precisou passar por dois transplantes de rim. Um desses procedimentos só foi viável graças à namorada, que lhe doou um órgão saudável.

O britânico Lewis Hamilton admitiu surpresa com a conquista da pole position para o GP da Hungria, assegurada na sessão de classificação realizada neste sábado no Hungaroring. O piloto da Mercedes reconheceu que a chuva no circuito, durante a segunda e a terceira fase do treino, foram determinantes para esse resultado, revelando que tinha metas bem mais modestas para a atividade.

"Não imaginava me classificar na primeira fila, na pole. Honestamente, nós não poderíamos esperar isso. As Ferrari foram mais rápidas durante todo o final de semana, e estávamos apenas tentando fazer o nosso melhor para estar o mais próximo possível deles. Então o céu se abriu e foi um jogo justo", afirmou o britânico após faturar a 77ª pole position da sua carreira, sendo a sexta na Hungria.

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Até a sessão de classificação, as atividades do GP da Hungria vinha sendo dominadas pela Ferrari, que liderou dois dos três treinos livres com o alemão Sebastian Vettel. Mas a chuva equilibrou a disputa e permitiu a Hamilton superar o seu principal rival na briga pelo título do campeonato.

Hamilton, porém, destacou o quanto é desafiador pilotar sob chuva. "Eu estava realmente na ponta dos dedos. É como fazer balé - não que eu tenha feito balé - mas você sabe o que quero dizer, você está na ponta dos dedos e sentindo o movimento do carro", disse. "Eu não poderia estar mais feliz", acrescentou.

O britânico lidera o campeonato com 188 pontos e 17 de vantagem para Vettel, que vai largar da quarta posição. A Mercedes reconhece que não imaginava brigar pela vitória neste fim de semana, mas agora quer aproveitar esse cenário favorável para conseguir mais um triunfo.

"Esta é uma corrida que não esperávamos estar na disputa pela vitória. Agora vamos fazer de tudo para que isso aconteça", disse o chefe da Mercedes, Toto Wolff, empolgado com a dobradinha de Hamilton com o finlandês na primeira fila do grid de largada da corrida, que terá seu início às 10h10 (horário de Brasília) deste domingo.

O britânico Lewis Hamilton, da Mercedes, venceu neste domingo (22) o Grande Prêmio da Alemanha de Fórmula 1 e reassumiu a liderança do campeonato. Sebastian Vettel, da Ferrari, que se encaminhava para a vitória, bateu na 52ª volta e abandonou.

Hamilton largara em 14º lugar por causa de um problema de motor no treino de classificação, mas conseguiu fazer uma corrida de recuperação e chegar às primeiras posições. No entanto, contou com a sorte para assumir a ponta: na volta 52, a Ferrari de Vettel escorregou na pista molhada de Hockenheim e bateu na barreira de proteção.

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Os finlandeses Valtteri Bottas (Mercedes) e Kimi Raikkonen (Ferrari) completaram o pódio. Max Verstappen (Red Bull) ficou em quarto lugar, à frente de Nico Hulkenberg (Renault). Também terminaram na zona de pontos: Romain Grosjean (Haas), Sergio Pérez (Force India), Esteban Ocon (Force India), Marcus Ericsson (Sauber) e Brendon Hartley (Toro Rosso).

Com o resultado, Hamilton, que chegara à Alemanha oito pontos atrás de Vettel, agora abriu 17 para o rival. O próximo Grande Prêmio será em 19 de julho, na Hungria.

Da Ansa

Fã de futebol, o piloto Lewis Hamilton prometeu nesta quinta-feira que vai comprar uma passagem para Moscou para ver a final da Copa do Mundo, se a Inglaterra avançar à decisão. Antes disso, porém, ele está preocupado com a semifinal. Mas não por causa da Suécia, rival deste sábado, mas porque o jogo vai coincidir com as entrevistas pós-treino do GP da Inglaterra, no mesmo horário da partida.

"Eu ia perguntar se há alguma punição para quem perde a entrevista coletiva no sábado. É negociável? Eu gostaria de assistir ao jogo, então... No outro dia, eu precisei assistir pelo celular, mas pelo menos eu consegui ver", disse Hamilton, nesta quinta, no tradicional Circuito de Silverstone.

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No sábado, o treino classificatório será disputado entre as 10h e 11hs (horário de Brasília). E a partida entre Inglaterra e Suécia terá início às 11hs (pelo mesmo horário). Assim, Hamilton perderia o começo da partida por causa da entrevista coletiva. Isso, claro, se ele terminar entre os três primeiros colocados da sessão classificatória.

Hamilton admitiu que tem assistido a poucos jogos de futebol, mas que era muito fã quando criança. Nesta época, chegou a jogar bom na escola com o lateral Ashley Young, do Manchester United e da própria seleção inglesa.

"Quando eu era criança, eu era apaixonado por futebol. Colecionava todos os adesivos, álbuns, revistas. Lembro até de jogar bola com o Ashley no colégio. O futebol está no nosso DNA, isso é meio louco e muito empolgante", declarou o tetracampeão mundial.

Tão empolgante que o piloto já avisou que pretende viajar para Moscou para ver a final da Copa, caso a sua seleção avance à decisão, no dia 15. "Eu já agendei folga para este dia. É o próximo domingo, certo? Acho que sim, agendei folga neste dia. Porque quero estar na Rússia, para torcer pela seleção", declarou.

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