Tópicos | Mette Frederiksen

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, fez nesta quarta-feira (31) um discurso escrito, em parte, pelo software de Inteligência Artificial ChatGPT para ressaltar o aspecto revolucionário, mas também perigoso, da tecnologia.

“O que acabo de ler não foi escrito por mim, ou por nenhum ser humano”, disse Frederiksen ao Parlamento, depois de ler a primeira parte de um discurso escrito pelo chatbot desenvolvido pela OpenAI.

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"Embora nem sempre tenha acertado em cheio nos detalhes do programa de trabalho do governo, ou na pontuação (...) as capacidades (do ChatGPT) são ao mesmo tempo fascinantes e assustadoras", afirmou a primeira-ministra.

O ChatGPT é um dos exemplos mais recentes das impressionantes capacidades da Inteligência Artificial, que também está levantando sérias preocupações quanto ao seu potencial abuso, especialmente em termos de desinformação, ou de substituição em massa de funcionários humanos.

O assunto está na ordem do dia de uma reunião de alto nível sobre comércio entre Estados Unidos e União Europeia na quarta-feira, na Suécia.

Um grupo de empresários e especialistas, entre eles Sam Altman, criador do ChatGPT, advertiu na terça-feira sobre a ameaça de "extinção" da humanidade representada pelo surgimento dessa tecnologia.

O presidente de Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (20) que vai adiar uma reunião com a primeira-ministra da Dinamarca prevista para dentro de duas semanas devido a falta de interesse da dirigente europeia em vender a Groenlândia.

"Baseado nos comentários da primeira-ministra Mette Frederiksen sobre o fato de não ter nenhum interesse em discutir a venda da Groenlândia, adiarei para outro momento nossa reunião prevista para dentro de duas semanas", tuitou Trump.

"A primeira-ministra foi capaz de poupar um grande volume de gastos e esforços tanto dos Estados Unidos quanto da Dinamarca ao ser tão direta. Agradeço a ela e espero reprogramar (a reunião) para algum momento no futuro", escreveu o presidente.

The Wall Street Journal noticiou na quinta-feira que Trump tinha interesse por essa grande ilha dinamarquesa com estatuto autônomo, na maior parte coberta de gelo, ao consultar assessores se seria possível que os Estados Unidos adquirissem o território situado entre o Ártico e o Atlântico Norte

Trump, um bem sucedido magnata imobiliário, sentiu curiosidade pelos recursos naturais e a relevância geopolítica da área, segundo o jornal.

Ao ser perguntado se avaliaria trocar um território americano pela Groenlândia, Trump respondeu que "era possível se fazer muitas coisas". "Essencialmente, é um grande negócio imobiliário".

A Dinamarca colonizou a ilha, com área de dois milhões de quilômetros quadrados, no século XVIII. A população é de apenas 57.000 pessoas, a maioria pertencente à comunidade indígena inuit.

Na sexta-feira, as autoridades da Groenlândia disseram que a ilha "não está à venda".

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