Tópicos | Ministro da Integração

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (6) absolver o ministro da Integração e Desenvolvimento Social, Waldez Góes.

Em 2019, Góes foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a seis anos e nove meses de prisão pelo crime de peculato. Na época, ele era governador do Amapá e recorreu em liberdade. A acusação trata do suposto desvio de valores de empréstimos consignados de servidores para custear despesas do governo.

##RECOMENDA##

De acordo com a acusação, o suposto crime teria ocorrido entre 2009 e 2010, durante o primeiro mandato de Goés na chefia do Executivo local. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), os valores que eram descontados dos servidores deveriam ser repassados aos bancos credores e não poderiam ser usados para financiar a máquina pública. Após a decisão, a defesa recorreu ao Supremo para suspender a condenação. 

Ao julgar o recurso, o ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso, entendeu que Góes não tirou proveito próprio dos recursos, que foram usados em outras áreas da administração. Dessa forma, segundo o ministro, o ex-governador não cometeu crime de peculato. O voto foi seguido pelos ministros Alexandre de Moraes e Luiz Fux.   Durante a tramitação do processo, a defesa de Waldez Góes afirmou que não houve desvio de recursos públicos, e outros acusados no processo foram absolvidos das mesmas acusações.

O repasse de verbas por meio do Governo Federal para o pagamento das medições da Barragem Ingazeira, Sertão do Estado, foi a principal solicitação do deputado federal Jorge Côrte Real (PTB) em reunião com o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi. Atendendo a um pleito do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), o parlamentar informou ao ministro que o atraso da liberação financeira pode acarretar na paralisação da obra. 

De acordo com o petebista, a intervenção vai beneficiar 30 mil agricultores nas áreas rurais das cidades de Tuparetama, Ingazeira, São José do Egito e Tabira, além de possibilitar a irrigação de mil hectares de lavouras em pleno Sertão. Segundo o DNOCS, os débitos referentes aos meses de janeiro a abril totalizam R$ 5.635.573,36. Para o segundo semestre, serão necessários mais R$ 15 milhões para que a obra da barragem esteja em pleno andamento e o fluxo do desembolso financeiro não atrapalhe a finalização da construção.

##RECOMENDA##

Devido ao atraso nos repasses, o deputado Jorge Côrte Real revelou ao ministro Gilberto Occhi que o consórcio construtor colocou os trabalhadores em aviso prévio, por falta de dinheiro para o pagamento dos salários e encargos trabalhistas.

O parlamentar analisou a reunião como importante porque o ministro garantiu se debruçar sobre o assunto e viabilizar alguns pagamentos para não comprometer a obra. “Após quitar as medições em atraso, ele informou que vai regularizar o cronograma financeiro para não afetar a execução e conclusão da Barragem Ingazeira”, afirmou Real. O petebista acrescentou que uma eventual paralisação da construção da barragem poderá trazer prejuízos financeiros e sociais ao Estado. “Além de contribuir com a geração de emprego e renda para a nossa população, a barragem também vai atender milhares de pernambucanos dependem desse acesso à água para viver”, avaliou.

Poços – Durante o encontro com o ministro Gilberto Occhi, o deputado Jorge Côrte Real também solicitou que o DNOCS disponibilize perfuratrizes para abrir poços artesianos nos municípios fora da área de competência da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), como Glória de Goitá, Garanhuns, São Caitano, São Bento do Una, entre outros. O objetivo é ampliar o acesso à água à população que está sendo afetada pela estiagem prolongada ao longo dos últimos dois anos.

A agenda administrativa do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (FBC-PSB) desta sexta-feira (26) e sábado (27), será exclusivamente no Sertão de Pernambuco. O gestor visitará obras de infraestrutura hídrica do programa Água para Todos nos municípios de Petrolina, Lagoa Grande e Dormentes.

Os empreendimentos que serão vistoriados pelo ministro são executados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), entidade vinculada ao ministério. Nesta sexta-feira o roteiro inicia em Petrolina, às 15h30, na estação de captação da adutora Cristália, localizada no Alto da Areia. Por volta das 16h30, o ministro estará em Lagoa Grande, onde visitará o barreiro em construção no Assentamento Baixa do Juazeiro.

##RECOMENDA##

Já no sábado, a agenda começará às 10h30, com a visita de obras do Água para Todos em Dormentes, entre elas os barreiros de Poço do Boi e de Maxixeiro. 

 

Após posição da Associação Municipalista de Pernambuco (AMUPE) em relação a prorrogação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dada pelo Governo Federal na última terça-feira (2), o Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB) emitiu texto em resposta as críticas.

No documento, o ministro diz está aberto ao diálogo com todas as representações políticas dos estados e municípios brasileiros e cita a última reunião que teve com a Amupe no Recife.

##RECOMENDA##

Confira a nota na íntegra:

O Governo Federal está mobilizado e ampliando as ações de assistência à população face aos pesados prejuízos da pior estiagem dos últimos 50 anos. É importante ressaltar que nunca na história do Nordeste existiu um conjunto de ações como o que o Governo está implementando agora, fato reconhecido por diversos governadores presentes à reunião da SUDENE, nessa terça-feira, dia 2.

Na ocasião, a presidenta Dilma Rousseff anunciou novas medidas para apoio a produtores rurais afetados pela estiagem no semiárido brasileiro. Os investimentos adicionais, que totalizam R$ 9 bilhões, também contemplam estratégias para o desenvolvimento da região. Somados aos R$ 7,6 bilhões já aplicados em ações estruturantes e emergenciais de enfrentamento à seca, o Governo Federal está investindo R$ 16,6 bilhões.

Destacamos que, no Programa PAC Equipamentos, todos os municípios brasileiros com até 50 mil habitantes estão recebendo um conjunto de máquinas formado por: uma retroescavadeira, uma motoniveladora, uma pá-carregadeira e um caminhão-caçamba. Para os municípios da área da SUDENE e atingidos pela estiagem, independente de sua população, TODOS receberão, além desse conjunto, um caminhão-pipa e uma motoniveladora. No total, serão investidos R$ 2,1 bilhões para essa operação. Em Pernambuco, 52 municípios com menos de 50 mil habitantes foram selecionados para receber o conjunto de máquinas e outras 82 cidades receberão carro-pipa e motoniveladoras, para a recuperação de estradas vicinais, recuperação de poços, construção de barreiros, etc. No total, a medida representa mais R$ 1,3 milhão por município.

O Bolsa Estiagem e o Garantia-safra são dois benefícios que o governo começou a pagar em junho do ano passado e já atendeu a 1,5 milhão de famílias nos municípios atingidos pela seca. Agora, o governo federal está prorrogando esse benefício, que se encerraria este mês, para o tempo que durar o período da seca. Também está ampliando o número de beneficiados para 2 milhões. Antes mesmo da ampliação, esses dois programas já beneficiaram 198 mil famílias em todos os municípios de Pernambuco, totalizando mais de R$ 190 milhões em repasses.

No âmbito do crédito emergencial, foram contratadas em Pernambuco mais de 47 mil operações de crédito, que somam 391 milhões. Também foram repassados R$ 15 milhões ao Governo do Estado, para socorro e assistência às pessoas afetadas pela estiagem e restabelecimento dos serviços essenciais. Mais R$ 2,9 milhões já foram repassados para recuperação de poços, de um valor total de R$ 11,8 milhões. O ministério está recuperando 474 poços para o atendimento de 23.684 famílias de pernambucanas. Em relação a cisternas, desde 2012, foram instaladas 24.224 pela Codevasf.

Ainda sobre as medidas anunciadas esta semana, o ministério destaca a renegociação das dívidas, cujo custo, no valor de R$ 3,1 bilhões, está sendo assumido pelo Governo Federal. Com a iniciativa, os agricultores familiares que foram afetados pela estiagem terão os primeiros pagamentos de seus compromissos prorrogados para 2016 e, ainda, terão um bônus de inadimplência de 80%. Além disso, o governo está reduzindo a dívida para a liquidação de operações de crédito rural, beneficiando agricultura familiar e demais agricultores na região do semiárido. A redução chega a 85% no caso do agricultor familiar com dívida de até R$ 15 mil e a 75%, no caso de empréstimos até R$ 35 mil.

O Ministério da Integração Nacional está aberto ao diálogo com todas as representações políticas dos estados e municípios brasileiros. O ministro se reúne sistematicamente com governadores, prefeitos, parlamentares, representantes da sociedade civil organizada para ouvir propostas e, a partir disso, formular políticas públicas para benefício da população. Antes do anúncio das novas medidas governamentais, por exemplo, o ministro Fernando Bezerra Coelho esteve reunido com representantes da AMUPE, de outras associações municipalistas, além da bancada do Nordeste.

Desta forma, a Pasta está aberta ao recebimento de todas as sugestões e críticas construtivas. Não é cabível, porém, a politização das medidas recém anunciadas nem das políticas públicas adotadas pelos diversas instâncias federativas. O objetivo comum deve ser sempre o benefício da população afetada e esta é a prioridade do Ministério da Integração Nacional.

Os poucos parlamentares de oposição que estiveram presentes no depoimento do Ministro da Integração, Fernando Bezerra, a deputados e senadores no Congresso Nacional, não ficaram satisfeitos com as informações prestadas pelo ministro acusado de favorecimento a parentes e ao estado de Pernambuco. Já os parlamentares governistas gostaram do que ouviram.

Para o líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP), o ministro repetiu um “rosário de gerúndios”, falando sobre o que o governo está tentando fazer para contornar a situação nos estados atingidos pelos desastres naturais. No entanto, o oposicionista reclamou da falta de planejamento para a prevenção de catástrofes como as que estão ocorrendo em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. “O ministro reiterou apenas o que já avia dito por meio de notas, se defendendo da concentração de recursos no seu estado, mas não explicou porque outros estados que estão sofrendo com as enchentes não tiveram os seus recursos também liberados”.

##RECOMENDA##

Na mesma linha, o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), criticou os números apresentados por Bezerra. Na opinião do senador, o ministro manipulou informações e não foi sincero sobre os reais investimentos do governo na defesa civil. “Mas nosso objetivo não era obter respostas sinceras do ministro, nosso objetivo era tentar mostrar um pouco mais do que ocorre à população do país. Levar um pouco mais de informações para que a população pudesse julgar o governo sabendo onde está sendo aplicado o dinheiro do imposto que paga com tanto sacrifício”.

Para os líderes governistas, o ministro se saiu bem. O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE), disse que as dúvidas foram esclarecidas e que tanto o ministro, quanto o governo saem fortalecidos do embate com a oposição. “O portal da transparência mostrará todos os recursos que foram distribuídos e a forma como eles foram distribuídos. E isso é incontestável. Creio que o ministro foi bem e o governo sai fortalecido”.

O líder do governo em exercício na Câmara dos Deputados, Luciano Castro (PR-RR), também gostou das explicações. Segundo ele, não foi difícil defender o ministro uma vez que ele apresentou bons argumentos durante o depoimento. “Para nós é fácil defender o ministro quando há justificativas plausíveis. O ministro mostrou de forma transparente a justificativa da execução orçamentária da sua pasta”.

A comissão representativa do Congresso Nacional se reuniu hoje (12) a pedido do próprio ministro para ouvi-lo. Fernando Bezerra se defendeu de acusações de prática de nepotismo, em função da presença do seu irmão à frente da Codevasf, e de outros parentes que atuam em cargos de confiança em órgãos públicos. Além disso, ele precisou esclarecer a liberação de emendas parlamentares para seu filho e a o grande volume de recursos da sua pasta destinados a Pernambuco.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando