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A Marinha do Brasil (MB) resgatou, na quarta-feira, 13, seis tripulantes da embarcação "Bom Jesus", na Ilha das Flechas (PA), que fica a aproximadamente 150 quilômetros de Belém. Os socorristas foram acionados após pescadores encontrarem garrafa com bilhete dos náufragos. Eles estavam desaparecidos desde 27 de março, e foram encontrados em "bom estado geral de saúde".

"Socorro, socorro! Precisamos de ajuda, nosso barco pegou fogo, estamos há 13 dias na Ilha das Flexas (sic) sem comida. Avise nossas famílias", diz o bilhete, escrito em letras garrafais, em que os desaparecidos também listaram o número de telefone dos familiares.

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Conforme a Marinha, a embarcação partiu, no dia 24 de março, de Santarém com destino ao município de Chaves, quando foram surpreendidos por um temporal. Eles procuravam alguma praia para aguardar melhora no tempo quando perceberam um incêndio que se alastrava na cozinha, que causou o naufrágio.

Os seis náufragos ficaram 17 dias na ilha. Durante o período, dividiram alimentos que estavam no barco e usaram água da chuva.

Dois dos náufragos, então, tiveram a ideia de colocar um bilhete dentro de uma garrafa. Amarraram o recipiente em uma boia e jogaram o conjunto no mar. Pescadores encontraram a mensagem e alertaram as autoridades locais.

A Marinha informou ter colaborado com órgãos estaduais no resgate. Os desaparecidos foram levados para Belém em um helicóptero Super Cougar. Na aeronave, foram atendidos pelos militares, que prestaram os primeiros socorros.

Segundo a Marinha, os desaparecidos apresentavam "bom estado geral de saúde". Mesmo assim, foram encaminhados para a Unidade de Pronto Atendimento do bairro de Sacramenta, para análises médicas.

A Marinha vai instaurar um inquérito para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente.

Os serviços da Guarda Costeira italiana que coordenam as operações de socorro no Mar Mediterrâneo anunciaram, nesta segunda-feira, que foram recuperados do mar 15 corpos de migrantes afogados sendo que 2.700 fora resgatados ao longo do dia.

Uma grande onda de migrantes chegou à Itália no final de agosto e 14.000 pessoas foram socorridas em apenas cinco dias. Segundo as estatísticas do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), no total 117.590 migrantes chegaram à Itália desde o começo deste ano até 1° de setembro, ou seja, uma cifra mais ou menos similar ao mesmo período do ano passado.

Quatro homens foram resgatados depois de passarem quase um mês à deriva no Oceano Pacífico, situação provocada por uma tempestade que desviou o curso de sua embarcação. Os homens estavam em boas condições de saúde quando chegaram às Ilhas Marshall, para onde foram transportados por um barco pesqueiro que encontrou a pequena embarcação dos náufragos a centenas de quilômetros de Majuro.

Tatika Ukenio, Boiti Tetinauiko, Bonibai Akau e Moamoa Kamwea afirmaram às autoridades que haviam zarpado em 23 de março de Kiribati, um país insular que fica a mais de 650 km das Ilhas Marshall. Os detalhes da aventura ainda são desconhecidos, mas uma tempestade desviou o grupo de seu curso e a embarcação ficou à deriva depois que os quatro decidiram desligar o motor para poupar combustível.

Os náufragos sobreviveram graças aos peixes capturados, antes de avistar, em 18 de abril, a embarcação taiwanesa "Koo's 102", de bandeira das Ilhas Marshall. Eles utilizaram o combustível restante para se aproximar do barco e chamar a atenção da tripulação.

O representante da empresa Koo, Orlando Paul, disse que os homens estavam em bom estado no momento do resgate. Por este motivo, a embarcação prosseguiu com sua missão antes de retornar para Majuro na quarta-feira. Os náufragos foram levados para um hospital da capital das Ilhas Marshall e passaram por exames. O ministério das Relações Exteriores e a Organização Internacional para as Migrações organizam o retorno do grupo a Kiribati, previsto para domingo.

A Marinha italiana anunciou nesta quinta-feira ter encontrado os restos do navio que naufragou em 18 de abril no Mediterrâneo, deixando mais de 700 migrantes mortos. "Hoje, a 85 milhas ao norte da costa líbia, foram localizados, a 375 metros de profundidade, os restos de um barco de cor azul de 25 metros de comprimento", que poderia corresponder à embarcação que "naufragou em 18 de abril", assegurou a Marinha em um comunicado.

Segundo a justiça de Catânia (Sicília), citada pela agência Agi, as primeiras imagens da embarcação mostram um cadáver perto do navio e vários corpos na ponte do navio. O navio tinha zarpado da Líbia com mais de 750 migrantes a bordo antes de naufragar, quando um cargueiro português se aproximou para resgatar os passageiros. As equipes de resgate só puderam salvar 28 migrantes e tiraram 24 corpos das águas do Mediterrâneo.

A promotoria abriu uma investigação por homicídio culposo, naufrágio involuntário, incitação à imigração clandestina e sequestro de pessoas contra dois dos sobreviventes, um tunisiano e um sírio, que poderiam ser o capitão do navio e seu imediato.

Segundo o relato dos sobreviventes, parte dos passageiros, que sofreram maus-tratos na Líbia antes de partir, estavam trancados no porão e, portanto, quase condenados à morte quando o navio naufragou.

Após a tragédia, o chefe do governo italiano, Matteo Renzi, se comprometeu a recuperar o barco para dar um enterro digno aos migrantes mortos no porão.

Duas embarcações com 178 imigrantes a bordo que partiram da Líbia e que tentavam chegar de forma irregular à ilha italiana de Lampedusa foram resgatadas nesta segunda-feira (13) na Tunísia pela guarda-costeira e pela marinha, constatou um correspondente da AFP.

Os navios, que transportavam respectivamente 84 e 94 pessoas, quebraram quando navegavam em frente à costa sudeste da Tunísia e foram levados ao porto tunisiano de Zarzis, onde foram instalados provisoriamente em um galpão.

Os náufragos são originários principalmente de Somália, Gana, Gâmbia, Sudão e Níger, segundo o doutor Riyadh Belhaj, da Cruz Vermelha de Zarzis, que cuidou dos resgatados e que garantiu que todos os passageiros sobreviveram ao naufrágio.

Os imigrantes lançaram um sinal de socorro, o que ativou uma operação de salvamento na qual participaram a marinha tunisiana e a guarda-costeira, assim como navios de pesca tunisianos.

Dos mais de 218.000 imigrantes que tentaram atravessar o Mediterrâneo em 2014, ao menos 3.500 perderam a vida, fazendo deste trajeto "a rota mais mortífera do mundo", segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

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