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Em relatório divulgado nesta terça-feira (12), a agência de migração da Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que a fronteira entre os Estados Unidos e o México é a rota de migração terrestre mais mortal do mundo. O órgão afirma que centenas de pessoas perdem as suas vidas ao tentarem fazer as perigosas travessias no deserto que divide os países.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) relata 686 mortes e desaparecimentos entre migrantes na fronteira em 2022. No entanto, os números de vítimas é provavelmente mais elevado devido à falta de dados tanto dos gabinetes legistas do condado fronteiriço do Texas quanto da agência mexicana de busca e resgate.

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“Os números alarmantes são um lembrete claro da necessidade de uma ação decisiva para criar vias regulares de migração legal”, afirma o segundo porta-voz da OIM, Paulo Dillon, que pontua que os números registados “representam as estimativas mais baixas disponíveis”.

Em uma paisagem de cânions, colinas repletas de cactos e dois grandes desertos, o Chihuahuan e o Sonora, os migrantes são vítimas de hipotermia no inverno e de insolação no verão, segundo as autoridades da fronteira dos Estados Unidos. Alguns corpos jamais são encontrados por conta da dificuldade de acesso ao terreno.

De acordo com Dillon, 350 mortes foram documentadas em 2022, em comparação com 245 em 2021 e menos de 170 registradas em anos anteriores. A maioria das vítimas nas rotas migratórias do Caribe era de pessoas da Cuba, Haiti e República Dominicana.   

Além disso, no Darien Gap, uma passagem de fronteira na selva entre a Colômbia, na América do Sul, e o Panamá, na América Central, foram registradas 141 mortes de migrantes no ano passado.

"A natureza remota e perigosa dessa área e a presença de gangues criminosas ao longo da rota significam que esse número provavelmente não representa o número real de vidas perdidas", disse o segundo porta-voz da OIM.  Na última sexta-feira (8), o governo do Panamá anunciou que irá intensificar a deportação dos migrantes que entrarem no país pela selva inóspita de Darién, a fim de conter a onda migratória para os Estados Unidos.

Ao menos 58 pessoas morreram no naufrágio de um barco na costa da Mauritânia, anunciou nesta quinta-feira a Organização Internacional para as Migrações (OIM) em um comunicado.

"É com enorme tristeza que anunciamos que durante uma de nossas patrulhas de segurança, nossas Forças Armadas e de segurança descobriram os sobreviventes do naufrágio de uma embarcação que naufragou", informou o ministério do Interior da Mauritânia em comunicado.

"Trata-se, essencialmente, de imigrantes em situação irregular que tentavam chegar à Espanha provenientes de Banjul, na Gâmbia, segundo as primeiras informações recolhidas junto aos sobreviventes", acrescentou o ministério.

O naufrágio aconteceu na quarta-feira cerca de 25 km ao norte da cidade de Nouadhibou, próximo da fronteira com o Saara Ocidental, informou à AFP uma fonte da segurança da Mauritânia.

"A embarcação se chocou com um rochedo no mar. Começou a entrar água e o motor parou de funcionar. Eles não estavam muito distantes da costa, mas as fortes ondas impediu-os de chegar à costa de barco", de acordo com esta fonte.

"Eles não tinham mais comida a bordo, estavam com fome, estavam com frio, então abandonaram o barco e começaram a nadar", explicou.

De acordo com um comunicado de imprensa da OIM, 83 passageiros conseguiram nadar até a costa. A embarcação havia zarpado de Gâmbia em 27 de novembro.

Os sobreviventes explicaram aos funcionários da OIM que pelo menos 150 pessoas, incluindo mulheres e crianças, estavam no barco.

"Sabemos que esta embarcação precária transportava entre 150 e 180 pessoas, incluindo mulheres e, sobretudo, jovens com entre 20 e 30 anos", afirmou por sua vez o ministério mauritano em seu comunicado.

"Infelizmente, contabilizamos 58 mortos e 10 sobreviventes em situação que demanda atenção hospitalar de emergência. No total, 85 sobreviventes foram recolhidos e acolhidos de acordo a solidariedade humana, fraternidade e hospitalidade", acrescenta o comunicado publicado em Nouakchott.

"As autoridades mauritanas cooperam de forma eficaz com as agências presentes em Nuadibu", declarou Laura Lungarotti, chefe da missão da OIM na Mauritânia.

"Nossa prioridade é atender os sobreviventes e dar a ajuda necessária", completou.

Os feridos foram levados para um hospital da cidade.

As autoridades mauritanas contactaram os serviços consulares de Gâmbia e se reunirão com o embaixador deste país na Mauritânia.

"Esta situação nos faz recordar a tragédia que causa o fenômeno da imigração clandestina, que dizima a juventude africana. Ela nos faz olhar para a necessidade de unir esforços para acabar com essa espiral mortífera", considerou o ministério mauritano do Interior.

A Organização Internacional para Migrações das Nações Unidas (OIM) está recebendo inscrições de obras cinematográficas, curta e longa-metragem, para serem exibidas no Festival Global de Filmes sobre Migração no final de 2018. Os filmes candidatos devem ser enviados para a OIM até 21 de junho. A informação foi divulgada hoje (4) pela ONU News.

O festival faz parte da campanha "Junto com as Nações Unidas" (UN Together, na sigla em inglês) e aceita candidaturas de obras em todos os gêneros: ficção, documentário, animação, drama e outros. Apenas os filmes enviados através da plataforma FilmFreeway serão considerados.

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A competição está aberta tanto a cineastas emergentes quanto a realizadores com mais experiência. Para serem considerados, os filmes devem abordar desafios e promessas da migração e as várias contribuições dos migrantes nas suas novas comunidades. Além disso, o festival busca focar nas contribuições únicas que os migrantes trazem às suas novas comunidades. "Filmes que abordam as percepções negativas dos migrantes, desafiam os estereótipos e retratam ações positivas e acolhedoras por e para os migrantes são encorajados", diz a OIM através de nota oficial. 

Para outras informações, acesse o site oficial da OIM.

Mais de 600.000 sírios deslocados em consequência da guerra retornaram para suas casas entre janeiro e julho de 2017, anunciou a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Um total de 84% dos 602.759 sírios eram deslocados internos, que deixaram suas cidades mas não haviam abandonado o país, informa um comunicado da OIM.

Os demais 16% são sírios que buscaram refúgio em países fronteiriços, como Turquia, Líbano, Jordânia e Iraque, e retornaram ao país, indicou a OIM.

Em 2016, metade dos retornos aconteceu na província de Aleppo e este ano se observa a mesma tendência.

De acordo com a OIM, 67% dos deslocados que retornaram para suas casas desde o início de 2017 o fizeram na província de Aleppo (405.420 pessoas), 27.620 em Idlib, 45.300 em Hama, 21.346 em Raqa, 21.346 nos subúrbios de Damasco e 27.861 no restante do país.

Mais de seis milhões de sírios continuam deslocados no país e mais de cinco milhões se encontram refugiados no exterior, recordou a OIM.

Mais de 1 milhão de pessoas fugiram da cidade iraquiana de Mossul desde o início dos combates, em outubro, e mais de 825 mil ainda não voltaram para casa - anunciou a Organização Internacional para as Migrações (OIM), nesta sexta-feira (14), em Genebra.

"A partir de 13 de julho, um total de 1.048.044 pessoas (174.674 famílias) havia sido deslocado das zonas leste e oeste de Mossul", indicou a OIM em um comunicado, acrescentando que, "entre eles, mais de 825 mil (137 mil famílias), continuam deslocadas".

"De acordo com os nossos colegas que operam na região de Mossul, ontem foi o dia em que o total de deslocados pelas atividades no leste e oeste da cidade ultrapassou um milhão, todos os valores acumulados, desde a ofensiva lançada em outubro pelo Exército iraquiano para retomar Mossul" das mãos do grupo Estado Islâmico (EI), confirmou o porta-voz da OIM em uma coletiva de imprensa.

Em 2014, Mossul, cidade localizada à margem do rio Tigre, no norte do Iraque, contava com cerca de dois milhões de habitantes.

Após vários meses de violentos combates, na segunda-feira (10), as autoridades iraquianas anunciaram sua vitória contra os extremistas do EI, que controlavam a localidade desde junho de 2014. Apesar disso, o acesso à Cidade Antiga é quase impossível, em razão das operações para garantir a segurança do local.

Cerca de três mil migrantes foram salvos ontem (18) após a tentativa de cruzar o Mar Mediterrâneo. Vários navios ajudaram nas operações de resgate.

A maioria dos resgatados seguiu para a Itália e 500 voltaram para a Líbia. A Organização Internacional para Migrações (OIM) confirma, por enquanto, o total de seis mortos, encontrados na costa marítima da Líbia.

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Outra rota utilizada por quem busca refúgio na Europa é a jornada entre a Turquia e a Grécia. A ONU, em parceria com a OIM, afirma que entre janeiro e abril, mais de cinco mil migrantes cruzaram o Mar Egeu, que separa os dois países. Dentre os refugiados que optam por esta rota, sírios e iraquianos compõe a maior parte.

Em Genebra (Suíça), o porta-voz da OIM, Joel Millman, explicou que a Turquia continua sendo o escape dos conflitos sírios e iraquianos, tanto que pessoas de outras nacionalidades tentam ir para lá. “Cidadãos de outros países tentam acessar a Turquia para de lá, seguirem viagem até a Grécia, incluindo haitianos e dominicanos o que tem sido motivo de surpresa”, disse Millman. 

Neste ano (2017), a OIM já registrou as mortes de 1,9 mil migrantes no mar. Dois terços das mortes ocorreram no Mediterrâneo.

Quase 7.200 migrantes e refugiados morreram ou desapareceram desde o começo do ano no mundo, a maioria tentando atravessar o Mediterrâneo, o que representa 20% a mais do que em 2015, informou nesta sexta-feira a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

De um total de 7.189 mortos ou desaparecidos registados até quinta-feira, 4.812 morreram ao tentar atravessar o Mediterrâneo para chegar a Itália, Grécia, Chipre ou Espanha, segundo a OIM. Isso representa uma média de 20 mortes por dia, e o saldo total poderia aumentar até o final do ano em mais 200 ou 300 mortes, estima a organização em um comunicado.

A travessia do Mediterrâneo, utilizada por cerca de 360.000 migrantes até agora este ano, é o caminho mais perigoso em todo o mundo, com mais de 60% de chance de desaparecer.

De acordo com informações recebidas nesta sexta-feira pela OIM, 88 pessoas morreram na sequência do naufrágio de um barco que transportava 114 passageiros ao largo da costa de Zawiya, na Líbia.

Esta informação ainda não pôde ser confirmada com fontes líbias. O número de migrantes mortos também aumentou na fronteira entre o México e os Estados Unidos, na América Central e na América do Sul e na África.

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