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O deputado estadual Miguel Coelho (PSB) vai sugerir algumas alterações no programa Pacto Pela Vida ao secretário de Defesa Social do Estado, Alessandro Carvalho. As mudanças, segundo ele, são para garantir o combate à violência na região do São Francisco.

Entre as sugestões, Coelho vai pedir ao secretário que seja criado um batalhão exclusivo para a polícia de Petrolina e outro para atender Afrânio e Dormentes. Segundo dados apresentados durante uma audiência pública em Petrolina, nessa quinta-feira (14), as três cidades já contabilizaram 52 homicídios só este ano. 

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"Já havíamos denunciado a atuação de facções criminosas no Sertão e pedimos o aumento do efetivo de 480 para 700 policiais no 5° Batalhão. O Governo já anunciou novas ações e estamos confiantes que o quadro deve melhorar", frisou o socialista. Miguel Coelho informou que vai tratar do assunto na próxima semana com o Alessandro Carvalho e levará as sugestões discutidas na audiência pública. 

Desde que o PSB assumiu o governo de Pernambuco em janeiro de 2007 havia uma preocupação do então governador Eduardo Campos em reduzir o número de homicídios no estado, que também foi uma das promessas da sua exitosa campanha em 2006.

Ao longo dos sete anos e três meses de governo, Eduardo conseguiu através do Pacto Pela Vida reduzir o número de homicídios no estado, tendo atingido a meta de 12% nos anos de 2009 e 2010. Porém, em 2014 o número de homicídios aumentou em 14% colocando em xeque a eficácia do programa.

Nos três primeiros meses de 2015 os homicídios continuaram a subir, reduzindo apenas em abril, mesmo assim Pernambuco já matou mais de 1.000 pessoas nos primeiros quatro meses do ano.

Ciente do cenário complexo que poderia colocar em risco o Pacto Pela Vida e consequentemente o sucesso do seu governo, Paulo Câmara decidiu tratar a segurança pública com a seriedade que o tema exige. Fez reuniões de monitoramento sem os holofotes da imprensa e elaborou um plano para modificar a curva.

Uma das medidas anunciadas ontem pelo governador de Pernambuco foi a realização de concurso público para 1.500 policiais militares, 500 policiais civis, 50 escrivães e 316 cargos para a polícia científica. Além disso também está em curso outro certame para a contratação de 100 delegados.

A outra medida foi o remanejamento de 100 câmeras de segurança que estavam em postes para serem instaladas nas coberturas dos edifícios, aumentando assim o raio de monitoramento do Pacto Pela Vida. À medida não terá nenhum custo adicional para o estado e será realizada na Região Metropolitana do Recife, em Caruaru e em Petrolina.

Paulo Câmara tem a completa ciência de que não pode ser o governador que aumentou os números de homicídios em Pernambuco, depois de tanto esforço do estado nos últimos sete anos, por isso age com discrição mas com a firmeza necessária que a situação obriga.

600 mil - O Painel do Lyra, programa realizado por este blogueiro em parceria com a TV Guararapes, nas nove edições veiculadas chegou a incrível marca de 600 mil visualizações. Viabilizando uma média de mais de 66 mil visitas por programa. Fica o nosso muito obrigado aos nossos leitores e agora telespectadores.

Olha! Recife - Projeto executado pela Secretaria de Turismo e Lazer da prefeitura do Recife, comandada por Camilo Simões, o Olha! Recife chegou à marca de 10 mil usuários. O projeto consiste, dentre outras ações, passeios de catamarã e ônibus pelos pontos turísticos da cidade.

Camilo Simões - Aos 29 anos de idade, o secretário Camilo Simões tem seu nome lembrado para disputar um mandato de vereador do Recife pelo PSB. Setores do meio político afirmam que se a candidatura for pra valer, Camilo pode ser um dos vereadores mais votados de 2016.

Limite - Após invadirem o Shopping RioMar, os ativistas do Ocupe Estelita perderam o limite do bom senso, chegando a ir até o prédio do prefeito Geraldo Julio protestar contra o projeto Novo Recife. Um novo tiro no pé porque desrespeitaram não só o prefeito, mas sobretudo os vizinhos de Geraldo que nada tinham a ver com a situação.

RÁPIDAS

Trampolim - Faz tempo que o Direitos Urbanos, que discute o movimento Ocupe Estelita, deixou de ser um projeto de discussão da cidade para ser um mero trampolim político e eleitoral. O assessor do deputado Edilson Silva, Leonardo Cisneiros, será candidato a vereador do Recife pelo PSOL no ano que vem.

Santa Cruz - Torcedor do Santa Cruz, o governador Paulo Câmara recebeu a diretoria do campeão pernambucano de 2015 ontem no Palácio do Campo das Princesas. Além de ganhar uma camisa oficial do clube personalizada com seu nome e o número do PSB, o governador também virou sócio do tricolor pernambucano.

Inocente quer saber - O secretário de Administração Milton Coelho continua dando apoio ao Ocupe Estelita? 

O programa criado pelo Governo do Estado Pacto pela Vida completa oito anos e sofre mudanças. Pelo menos é o que está previsto no planejamento do chefe de estado Paulo Câmara e foi anunciado nesta quinta-feira (7), no Palácio do Campo das Princesas. Este ano, pela primeira vez desde 2007, o programa Pacto Pela Vida encerrou um ano com aumento de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs). Em 2014, Pernambuco teve um crescimento de 8,73% nos homicídios e não conseguiu cumprir a meta. 

Entre as ações estabelecidas estão: a realização de um concurso público com 2.366 vagas para as polícias, o reposicionamento do sistema de câmeras para potencializar o videomonitoramento em três regiões do Estado e implantação de políticas públicas na área de ressocialização para crianças e jovens em medidas socioeducativas.

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Mesmo com o aumento de homicídios, o governador Paulo Câmara defendeu o programa e argumentou. "O Pacto salvou nove mil vidas. É um programa que vem sendo aprimorado constantemente. Só tem um segmento que é contra o Pacto pela Vida, que é a bandidagem - esse nós queremos que fique contra mesmo. Vamos diminuir a bandidagem no nosso Estado! Sei que a sociedade civil vai continuar nos ajudando a trabalhar em favor de um Pernambuco mais seguro, mais justo, mais igual e de um Estado que chegue a todos", argumentou Paulo Câmara.

SEGURANÇA - 100 câmeras serão remanejadas. Os aparelhos deixarão postes de sete metros e serão instaladas na cobertura de edifícios. O objetivo visa potencializar o videomonitoramento de raio de 400 metros para até três quilômetros. Além da Região Metropolitana do Recife (RMR), o processo de elevação das câmeras será feito nas cidades de Caruaru (Agreste) e Petrolina (Sertão).

Segundo o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, o Estado usará cada vez mais a tecnologia no combate ao crime. "Não é possível que a polícia esteja em todos os locais a todo tempo. Mesmo que um planejamento seja feito para atendimento de um policiamento preventivo, quando aquela viatura se envolve numa ocorrência ela tem que conduzir os detidos até a central de plantões. Então, o reposicionamento dessas câmeras e sua tecnologia nos permitirá detectar situações de risco real ou potencial, e orientar o atendimento rápido das viaturas da PM”, esclareceu o secretário.

Ainda foi anunciada a assinatura de um termo de cooperação técnica para a prestação de assistência jurídica integral e gratuita, pela Defensoria Pública do Estado, em processos judiciais criminais. O serviço será oferecido aos policiais militares e civis, além de bombeiros militares, que não possuam condições financeiras de custear as despesas processuais e os honorários advocatícios.

CIDADANIA - Criação de oportunidade de emprego, dentro do Estado, para crianças e jovens atendidos em regime socioeducativo. A medida foi assegurada através da alteração de dois artigos do decreto nº 34.003/2009.

Com a nova redação, a legislação prevê a contratação de adolescentes e jovens aprendizes que cumprem ou cumpriram medidas socioeducativas de prestação de serviço a comunidade, liberdade assistida, de semiliberdade ou de internação executada pela Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). Além disso, a nova redação determina que cada órgão e entidade do Poder Executivo possa contratar aprendizes em número correspondente a no máximo 30% do total de servidores, empregados públicos ou militares do Estado.

A segunda medida instituiu, por meio de uma lei assinada pelo governador, o Incentivo Vida Nova, destinado a usuários do Programa Vida Nova - Pernambuco Acolhendo a População em Situação de Risco de Rua. A legislação determina a concessão de auxilio no valor de até R$ 200 por mês, a ser recebido de acordo com a frequência por turno dos jovens inseridos no Centro da Juventude Adolescente ou Centro da Juventude Adulto-Jovem. A seleção será feita pela equipe do Serviço Especializado para População em Situação de Rua (SEPOP-RUA).

CONCURSO - Está previsto para ser um edital para realização do concurso público para os órgãos operativos da Secretaria de Defesa Social. Serão oferecidas vagas para a Polícia Militar (1.500 soldados), Polícia Civil (500 agentes e 50 escrivães) e Polícia Científica (316 cargos). Já está em andamento outro certame do tipo para a seleção de 100 delegados.

*Com informações da assessoria de imprensa

Um dia após a comemorar a redução no índice de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) em Pernambuco, o governador Paulo Câmara (PSB) anuncia, nesta quinta-feira (7), uma série de ações para o programa Pacto Pela Vida, responsável pela segurança estadual. O anúncio será às 11h, no Palácio do Campo das Princesas. 

Segundo dados divulgados pelo Comitê Gestor do Pacto, comparando o número de homicídios realizados em março aos de abril houve uma redução de onze crimes. O número, apesar de pequeno, foi comemorado pelo governador. A atitude de Câmara foi criticada pela bancada de oposição ao governo na Assembleia Legislativa (Alepe). Segundo eles, a gestão tem maquiado os números da violência no estado.

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“Em abril de 2015 foram 323 casos fatais, contrastando com as 296 mortes de 2014 (27 vítimas a mais). Os números mostram claramente que os homicídios em Pernambuco estão crescendo, ao contrário da tentativa do Governo do Estado em iludir a opinião pública ao divulgar o resultado de abril de 2015 comparando apenas com o último mês de março. O Governo do Estado, que em período recente tinha tanto apreço a esse tipo de comparação estatística, esquece de expor essa realidade à população, divulgando para a imprensa apenas o que lhe é conveniente”, dizia a nota assinada pelo líder da bancada, Silvio Costa Filho (PTB). 

O posicionamento da oposição, por sua vez, foi recriminado pelo líder do governo, Waldemar Borges (PSB). Para ele, o grupo oposicionista tem se “frustrado” pelos resultados positivos do governo e “certos setores da oposição” estão “inconformados” e querem “diminuir o esforço” da gestão.

O líder da bancada do governista na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Waldemar Borges (PSB), saiu em defesa da gestão estadual quanto aos números apresentados pelo balanço mensal do Pacto Pela Vida. A redução de onze homicídios, quando se comparou março a abril, comemorada pelo governador Paulo Câmara (PSB) foi criticada pela oposição, que culpou o socialista de “esconder os números que mostram o crescimento dos assassinatos”. 

A afirmativa, porém, foi vista por Borges como uma “frustração” pelos resultados positivos do governo. Segundo ele, “certos setores da oposição” estão “inconformados” e querem “diminuir o esforço” da gestão. "Passamos por meses difíceis, quando a curva, até então permanentemente descendente do nosso CVLI, deixou de cair. Esse revés foi suficiente para a oposição alardear, em clima de indisfarçável comemoração, o fim do Pacto. Agora quando começamos a ter, mais uma vez, um mês melhor que o anterior, a oposição, inconformada, tenta diminuir essa reação", disse, lembrando o posicionamento do deputado e líder da oposição, Silvio Costa Filho (PTB), quando em março o número de homicídios atingiu a casa dos mil

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Disparando contra o petebista e aliados, Waldemar Borges fez questão de apontar o “desastre” que tem sido configurado pelo Governo Federal. Segundo ele, a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT) tem se “negligenciado solenemente” a assuntos como o enfrentamento do crack e a entrada de drogas nas fronteiras brasileiras, o que, para o socialista, tem responsabilidade no aumento da violência local.  

"Se a oposição quer ver índices que pioram mês a mês, sem nenhum sinal de reversão, basta escolher qualquer dos índices vinculados às políticas públicas federais. Eles fogem desse debate e abandonam qualquer compromisso com a coerência”, disparou. “Não quero nem falar do que vêm ocorrendo com a pasta do ministro pernambucano (Armando Monteiro), que ruma a passos largos para ostentar os piores números (...), mas me refiro mesmo às políticas vinculadas à questão da violência, como, por exemplo, o combate à entrada de drogas em nossas fronteiras, principal causa da epidemia de crack que está aniquilando o Brasil. Essa é mais uma responsabilidade federal que o governo deles negligência solenemente", acrescentou Borges. 

Apesar de não estar na agenda oficial, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), participou, nesta quarta-feira (6), de uma reunião de monitoramento do Pacto Pela Vida. De acordo com os dados divulgados pelo Comitê Gestor do programa, houve uma reversão na curva de crescimento do número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) que vinha ocorrendo desde o início do ano. Segundo as informações, foram 323 homicídios no mês passado, contra 334 do mês de março, ou seja, uma redução de onze mortes. O número é o mesmo registrado em janeiro (323) e um pouco menor que em feveriro, quando foram 324. 

Para Câmara, o número foi positivo apesar de pequeno. “Foi ainda uma pequena inflexão, mas são números que vejo de forma positiva, uma avaliação de que as mudanças que fizemos no início do ano começam a dar resultados. O Pacto pela Vida é isso: um programa que é acompanhado de forma permanente, fazendo as correções de rumo necessárias para atingir o nosso objetivo, que é salvar vidas, reduzir a violência e criar uma cultura de paz”, disse o governador. Até março foram registrados mil homicídios.

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Durante a reunião do Comitê Gestor, de acordo com a assessoria de imprensa, Paulo Câmara determinou a elaboração de planos de ação específicos nas regiões mais violentas, com o aprofundamento e ações preventivas a serem executadas pela Secretaria de Defesa Social e pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, respectivamente.

A melhor semana de 2015, segundo o Comitê, ocorreu no período de 24 a 30 de abril passado, com redução de 12%. Apenas no Recife, o CVLI caiu 6,25% em comparação com abril de 2014.

O CVLI contra as mulheres também teve uma redução, de 5,5% nos quatro primeiros meses do ano, comparados com 2014. Eles também afirmaram que abril de 2015 foi o primeiro mês do ano em que não houve aumento do CVLI na Região Metropolitana em comparação com o mesmo período de 2014. O número foi igual ao do ano passado: 144 homicídios. 

 

Numa espécie de mea-culpa, o governador Paulo Câmara (PSB) deu a mão à palmatória e reconheceu, ontem, em discurso no seminário Todos por Pernambuco, em Palmares, que as medidas tomadas para reduzir a violência no Estado, a ponto de não comprometer o Pacto pela Vida, ainda não surtiram efeito.

“Isso nos deixa frustrados, mas não desanimados para enfrentar o problema”, disse o governador. Em seu discurso, Câmara disse: “A violência está sendo reduzida? Não! O Pacto pela Vida está como queremos, dando resultados? Não! Mas, nós estamos atentos e tomando as decisões que o momento exige? Sim”.

Segundo levantamento da Secretaria de Defesa, houve um recrudescimento da violência no Estado nos últimos seis meses, tendo se agravado recentemente, o que levou o Governo a rever o Pacto pela Vida. “Estamos discutindo novas estratégias, vendo o que deu certo e errado, mas estamos atentos e não permitir que o Pacto seja comprometido”, disse Câmara.

O governador destacou, especialmente, a onda sanguinolenta que se observa em Serra Talhada, onde, nos últimos 40 dias, nove pessoas foram assassinadas depois da execução do vereador Cição, que era policial. “Serra é um capítulo à parte. O secretário de Defesa e toda sua equipe estão atentos e trabalhando para tranquilizar a população”, afirmou.

A oposição já havia se manifestado sobre o aumento da violência. Os números apresentados pelo Governo, registrando um aumento de 8,73% de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), em 2014, trazem à tona a necessidade de uma repactuação do Pacto pela Vida, questão que já vinha sendo alertada publicamente pela bancada de oposição na Assembleia Legislativa e que também foi vocalizada pelo então candidato ao Governo do Estado, senador Armando Monteiro, ao longo de toda a campanha eleitoral”, diz o líder Sílvio Costa Filho.

Segundo ele, quando foi lançado pelo então governador Eduardo Campos, em 2007, o Pacto pela Vida tinha uma meta de 12% ao ano na redução dos Crimes Violentos Letais Intencionais. Esta meta só foi atingida nos anos de 2009 e 2010. “Em 2014, o programa dá claros sinais de que precisa ser rediscutido, com a ampliação no aumento da criminalidade”, afirma.

O governador destacou, especialmente, a onda sanguinolenta que se observa em Serra Talhada, onde, nos últimos 40 dias, nove pessoas foram assassinadas depois da execução do vereador Cição, que era policial. “Serra é um capítulo à parte. O secretário de Defesa e toda sua equipe estão atentos e trabalhando para tranquilizar a população”, afirmou.

PAU DE GALINHEIRO– Além de profundamente desgastado, conforme a comitiva do governador Paulo Câmara pôde sentir, ontem, durante o seminário Todos por Pernambuco, o prefeito de Palmares, João Bezerra (PSB), perdeu uma recente causa que deu ao município um prejuízo da ordem de R$ 10 milhões. “Ele vai sofrer uma derrota acachapante se disputar à reeleição”, constata o ex-deputado Enoelino Magalhães.

Vice no escuro– Filho da região, tendo vivido em Palmares até aos 16 anos, o vice-governador Raul Henry (PMDB) se emocionou, ontem, e em seu discurso revelou um segredo de estado: foi escolhido vice por Eduardo Campos sem saber quem seria o candidato a governador. “Ele apenas me disse que o candidato nunca tinha disputado uma eleição, mas era competente e ganharia”, afirmou, referindo-se a Câmara, que estava ao seu lado ouvindo atentamente.

Colhendo frutos – Voto contrário ao projeto de terceirização, o deputado Wolney Queiroz (PDT) colhe dividendos pela posição firme e inabalável que tomou, votando contra, inclusive, as emendas que, no seu entender, não soariam bem aos ouvidos dos trabalhadores. Seu celular está congestionado de mensagens de congratulações por parte dos segmentos os mais variados da classe trabalhadora.

Professores apanham – O pau cantou, ontem, em Palmares. Professores em greve que participavam de um manifesto denunciaram agressão física por parte de policiais truculentos que barraram a entrada do grupo na faculdade, onde foi realizado o seminário Todos por Pernambuco. A professora Viviane Barbosa, de Itapissuma, chegou a filmar um vídeo sendo violentada.

Palmas para ele– Um grupo de deputados foi recebido, ontem, em Curitiba, pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pela operação Lava Jato. Os parlamentares saíram impressionados com a disposição e a firmeza do magistrado. Ao longo da conversa, ele disse que não vai soltar nenhum dos acusados que se encontram presos e que continuará agindo de forma justa, mas implacável.

CURTAS

RECURSO– Em nota sobre a decisão do bloqueio dos seus bens e do ex-secretário João Bosco, o presidente da Compesa, Roberto Tavares, informou, ontem, que não havia sido ainda notificado e que quando vier vai recorrer, por se tratar de uma decisão proferida em caráter liminar.

SEM PRESSÃO– Nem adianta pressionar. O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse a um grupo de senadores que o projeto da terceirização será enviado a quatro comissões (Direitos Humanos, Assuntos Econômicos, Assuntos Sociais e CCJ) antes de chegar ao plenário.

Perguntar não ofende: Na queda de braço entre Renan e Eduardo, quem vai sair vitorioso?

Os problemas do programa Pacto pela Vida e o aumento da violência em Pernambuco serão temas do grande expediente especial da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nesta quinta-feira (16). O debate foi solicitado pela bancada de oposição ao governo e será realizado a partir das 10h, no plenário da Casa Legislativa. 

Para discutir o assunto, foram convidados representantes do Governo Estadual, a exemplo do Secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, e de várias entidades, dentre elas a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE), Ministério Público, Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) e Associação dos Delegados de Polícia (Adeppe).

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O líder da bancada de oposição, Silvio Costa Filho (PTB), afirmou que a iniciativa do governo para reduzir a violência tem apresentado resultado negativo há um ano, o que coloca para a sociedade e o Governo do Estado a necessidade de se discutir a reformulação do programa.

"O que nos preocupa é esta tendência de crescimento em todas as regiões do Estado. Em 2014, tivemos um crescimento de 9,5% no índice de homicídios. Hoje, passados pouco mais 100 dias do ano, já são mais de 1 mil homicídios. Uma média de mais de 10 pernambucanos assassinados por dia. Precisamos saber o que está dando errado no Pacto pela Vida", afirmou.

Entre altos e baixos a gestão do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), completa os primeiros 100 dias nesta sexta-feira (10). Durante o período, questões como a crise penitenciária, o aumento dos homicídios, o anúncio da versão de 2015 do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM) e o início do Todos por Pernambuco alcançaram destaque tanto para a base governista quanto para a oposição. 

Assunto que atraiu o foco logo nos primeiros dias da gestão, à crise no sistema penitenciário fez com o governador decretasse Estado de Emergência na área. Com uma das maiores rebeliões do Brasil, que durou três dias e resultou na morte de três pessoas, Câmara anunciou uma força-tarefa para destravar a construção do Centro Integrado de Ressocialização de Itaquitinga e do Complexo Prisional de Araçoiaba. A medida, no entanto, não amenizaria as condições precárias do sistema superlotado. Para isso, foi criado um mutirão do Tribunal de Justiça para julgar os processos e desafogar os presídios. 

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>> Oposição avalia os 100 primeiros dias do governo de Câmara 

Em paralelo a crise penitenciária, o aumento da violência e a redução dos impactos do programa Pacto Pela Vida também entraram na agenda governista. Medidas pontuais foram anunciadas para a repactuação do programa, como a ampliação da inteligência funcional dos policiais e a contratação de agentes aprovados no concurso de 2009. Mas, apesar delas, os três primeiros meses do ano registraram um total de 1.000 homicídios em todo o estado. 

Contrariando promessas de campanha, o governador durante os cem primeiros dias também anunciou o aumento da tarifa dos ônibus na Região Metropolitana do Recife (RMR). Os valores foram aprovados pela Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe) em 9 de janeiro e, no mesmo dia, estudantes foram às ruas protestar contra o reajuste, mas não surtiu efeitos. Entre as alterações, por exemplo, o anel A, mais usado na RMR, passou de R$2,15 para R$2,45. Na campanha eleitoral, Câmara havia prometido uma tarifa única de R$ 2,15 para todas as áreas da RMR

Mesmo sendo apontado como um governo de continuidade, por permanecer sob a batuta do PSB, a gestão do socialista não entregou obras que estavam prometidas para o período. As estações do BRT e os corredores exclusivos de ônibus ainda estão inacabadas e, algumas até, sem previsão de entrega. Outro exemplo pontuado com constância é o Túnel da Abolição, no bairro da Madalena, que já teve a data de entrega remarcada inúmeras vezes e até agora nada feito. Essas intervenções, inclusive, foram projetadas para a melhoria da mobilidade na Copa do Mundo do Brasil, que aconteceu entre os meses de junho e julho de 2014.

Apesar dos aspectos negativos do início da gestão, Paulo Câmara massageou o ego dos prefeitos pernambucanos com o lançamento da versão de 2015 do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM) e do Escritório de Projetos. As duas iniciativas tem como objetivo ajudar nas gestões municipais, a primeira dando subsídio para a execução de algumas obras, sendo 5% das verbas destinadas para políticas voltadas à mulher, e a segunda dando apoio para a criação de projetos e a captação de recursos e parcerias nacionais e internacionais das prefeituras. 

Assim como o padrinho político, o ex-governador Eduardo Campos (PSB) – falecido em agosto de 2014 – Paulo Câmara também deu continuidade ao programa Todos por Pernambuco, que coleta sugestões da população para a construção do Plano Plurianual (PPA) do governo para os próximos quatro anos. 

O período também foi marcado pelo primeiro encontro do governador Paulo Câmara com a presidente Dilma Rousseff (PT). A reunião aconteceu em Brasília, no dia 25 de março, e, além do socialista, os governadores dos estados do Nordeste também participaram. Ainda no foco político, Câmara se reuniu com ministros em Pernambuco e em Brasília para angariar parcerias e destravar obras locais.

Assumindo o papel de liderança política, o governador, durante o período, também encontrou com os ex-presidentes Lula (PT) e Fernando Henrique Cardoso (FHC-PSDB). Os dois tinham um diálogo constante com Eduardo Campos e, por consequência, Paulo Câmara quis iniciar a gestão também abrindo espaço para articulações com os líderes. 

>>> Entrevista: governador Paulo Câmara (PSB) 

Qual a avaliação dos primeiros 100 dias do seu governo?

Foram muitos trabalhos. Desde o dia 1° de janeiro temos a missão de trabalhar para fazer Pernambuco continuar avançando. Tenho tido muito cuidado de fazer um planejamento de acordo com as condições que o Brasil vive, que Pernambuco vive, bem pé no chão. Mas também ouvindo a população, estou indo a todo o estado fazendo deste amplo debate com a população e vendo os caminhos para ultrapassar 2015 e, a partir disso, começar a fazer as entregas em todas as áreas. Estou convicto que temos muito que fazer, mas estou preocupado agora é com os meus próximos 1.360 dias que faltam para o fim do meu mandato. Esses aí é que são importantes para o futuro de Pernambuco.

O que foi mais complicado enfrentar durante esse período?

Tudo é complicado. Tudo precisa de um trabalho de afinco e dedicação com todos. Temos que enfrentar cada vez mais o problema da violência e da segurança, fazer com que o Pacto Pela Vida continue sendo esta política consistente para reduzir homicídios e nós estamos trabalhando para isso. Somos conscientes também de que os avanços na educação precisam continuar, com as escolas de tempo integral, e fazer uma saúde mais humanizada. E isso tudo são desafios presentes que fazem com que o nosso governo tenha muito que fazer para trabalhar. São muitas frentes, muitas questões. Estamos com diálogo, com coesão e determinação. Mesmo com a escassez de recursos vamos conseguir superar os desafios.

Quais os pontos positivos que o senhor destaca nesses primeiros 100 dias?

O processo de discussão com a população no Todos por Pernambuco é muito positivo. É o que vai nortear o nosso governo nos próximos quatro anos. Vamos para o Agreste, a Zona da Mata e a Região Metropolitana, até porque já fomos para o Sertão. Esse processo de escuta é fundamental, foi isso que fez com que as gestões de Eduardo Campos fossem exitosas, pois ouviu a população e desse processo saiu todas as informações necessárias para Pernambuco se desenvolver.  

A bancada da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) apresentou, nesta quinta-feira (9), um balanço dos 100 primeiros dias da gestão do governador Paulo Câmara (PSB), que se completam nesta sexta-feira (10). Durante a reunião, o líder da bancada, deputado Silvio Costa Filho (PTB), elencou deficiências da administração na economia, educação e segurança pública, além de ressaltar os imbróglios criados pelas Parcerias Público Privadas (PPPs) firmadas pelo governo para construir, por exemplo, a Arena Pernambuco e o presídio de Itaquitinga. 

Um dos itens questionados pelo líder da oposição na questão econômica foi a atual divida do Estado que, segundo ele, é a maior do Nordeste. “Em 2011 a divida era de R$ 5,6 bilhões e em pouco mais de quatro anos dobrou para R$ 10,6 bilhões. O Estado está dentro do limite, mas não tem a capacidade de pagar o endividamento. A gente observa um quadro profundamente preocupante”, afirmou, justificando que por isso a gestão não consegue angariar novos empréstimos para investimentos.  

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No quesito segurança pública, a crise do sistema prisional e a situação do programa Pacto Pela Vida foram o mote da explanação. Para Costa Filho, as rebeliões nos presídios e unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) estão “anestesiadas”, “mas a qualquer momento pode estourar novamente”. Corroborando o líder, o deputado estadual Edilson Silva (PSOL) pontuou a falta de ações do governo para modificar o quadro.

“Estamos vivendo o tempo que a retórica tem que se confrontar com os fatos. O sistema prisional hoje é um fato. O administrador do Estado que aí está não consegue dar conta da crise e o nosso sistema prisional é motivo de vergonha nacional”, disparou o psolista. Tanto Silva, quanto Costa Filho pontuaram que o maior anseio da população para destravar o sistema prisional é a dissolução dos problemas criados em torno da PPP para a construção do presídio de Itaquitinga.

Na área de educação, o reajuste salarial para os professores passou pelo crivo dos deputados da bancada de oposição. Posicionando-se contra a matéria aprovada na última semana pela Casa, a deputada estadual Teresa Leitão (PT) observou a falta de diálogo da gestão com os servidores e mencionou “engodos e falhas” da proposta. 

“Temos 14 estados com o piso implementado na forma da lei. O que veio para esta Casa foi o reajuste de salário de determinados cargos e não para todos os professores. O governo tenta enganar a população em relação a isso. Detectamos todas as falhas e engodos que ele tem”, disse a petista.  “A sinalização de aumento é zero no governo. A gestão não se preparou para a valorização dos servidores nos próximos anos... Atingiu o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal e isso impossibilita novos contratos e o reajuste dos servidores”, completou Silvio Costa Filho.

Além de analisar os 100 primeiros dias do governo Câmara, a Nova Oposição, como eles mesmos se intitulam, também apresentou um balanço da atuação da bancada. De acordo com o líder, foram feitos 14 pedidos de informação; audiências públicas, entre elas a de esclarecimento da situação financeira do estado; o grande expediente para debater o sistema prisional; fiscalização em obras paralisadas; conversa com servidores públicos e sindicatos; cobranças sobre um novo Pacto Pela Vida e o pedido para a liberação da senha do E-fisco.

Análise da postura política

Na questão da condução política da gestão estadual comandada pelo governador Paulo Câmara, o líder da bancada de oposição observou que existe um “déficit de liderança e falta de diálogo nacional”. “É um governo que não tem falado do futuro do estado. Temos visto que não é mais do mesmo e sim menos do mesmo. Esta existindo em Pernambuco um déficit de lideranças e falta de diálogo nacional”, disse.

“Pernambuco estava transformando-se no verdadeiro Leão do Norte, tínhamos uma economia pujante, era o centro de excelência dos investimentos e do pioneirismo, mas hoje somos o terceiro estado mais endividado do Brasil e com uma queda imensa na capacidade dos investimentos públicos”, acrescentou o deputado.

Sob a ótica da deputada Teresa Leitão, a gestão socialista deveria ter mais criatividade. Segundo ela, como o PSB desembarcou da base de governo do PT em 2013 colocando a culpa na crise internacional, deveria ter se articulado para não deixar que ela atingisse como tem feito com Pernambuco.

“Tudo o que acontece de ruim em Pernambuco, a culpa é do governo federal. Se chove a culpa é do governo federal; se tem seca, a culpa é do governo federal... Um governo de continuidade deveria ter um pouco mais de criatividade”, frisou. “O que é que está falhando nesse contexto? A condução política do governo que é equivocada. Estamos diante de 100 dias, não de um governo, mas de uma administração. Ele foi lançado como alguém que tinha todas as condições para dar continuidade ao governo de Campos e Lyra, mas não tem feito isso”, concluiu a petista.

A bancada de oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) divulgou, nesta quarta-feira (1º), que o Estado alcançou uma marca de mil homicídios nos três primeiros meses do ano. Segundo eles, os números foram obtidos a partir de informações disponibilizadas pela Secretaria de Defesa Social (SDS) e pela Polícia Civil, que reúne os registros das vítimas de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI).

Segundo a bancada, em janeiro Pernambuco registrou 323 assassinatos, em fevereiro foram 324. Em março, este número já chega a mais de 350 assassinatos. Uma média de mais de 10 pessoas mortas por dia.

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O líder da Bancada de Oposição, deputado estadual Silvio Costa Filho (PTB), observou que, em comparação com os três primeiros meses de 2014, o índice de criminalidade subiu mais de 25%. “Ano passado, neste mesmo período, a SDS registrava 803 pessoas assassinadas. Em 2015 chegamos a mil pessoas, mais 200 pessoas mortas em relação a 2014. Este é um dado alarmante”, afirma.

Para Silvio, a situação exige respostas firmes e imediatas do Governo do Estado, que precisa rever o que não está dando certo no programa Pacto pela Vida. “O que se verifica é uma tendência. Em 2014, o número de homicídios em Pernambuco já havia crescido 9,5%. Ou seja, o Pacto pela Vida, que foi pensado para reduzir a criminalidade em 12% ao ano, não está funcionando, e o que se vê é o crescimento da insegurança, da violência. O governo precisa dar uma resposta rápida à sociedade, porque os índices tendem a aumentar. A violência está numa curva crescente, não só na Região Metropolitana, mas em todas as regiões do Estado”, reforça.

Com o mote nos números dos homicídios, segundo o líder, já foi convocada para o dia 16 uma audiência pública na Alepe para que o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, possa falar sobre o Pacto pela Vida. “É importante que o governo do Estado apresente uma agenda, que possa buscar a redução da violência no nosso Estado, porque estes números são profundamente preocupantes“, lamenta.

Os deputados estaduais iniciaram a sessão, nesta terça-feira (3), abordando os resultados do Pacto pela Vida e da segurança pública do Estado de Pernambuco.  Dando início às discussões, o deputado estadual Joel da Harpa (PROS) falou sobre as dificuldades dos policiais militares e bombeiros, abrindo para o líder da oposição na Casa, Silvio Costa Filho (PTB) proferir seu discurso.

Lembrando a greve dos policiais militares, em 2014, Joel da Harpa afirmou que é primordial debater assuntos referentes às questões da classe e avaliar as propostas do Executivo. “Tivemos um dos momentos mais trágicos que o Estado já viveu, com a paralisação dos policiais. É por isso que estou aqui de forma ratificar que é necessário discutir as questões relacionadas à carreira e remuneração desses profissionais”, relatou.

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Em plenário, o líder da oposição, Silvio Costa Filho, exaltou a gestão de Eduardo Campos, mas rebateu retomando o resultado negativo do Pacto Pela Vida. “Tivemos um aumento de mais de 9% nos homicídios em Pernambuco. Essa é prova que o Pacto precisa ser reformulado e a oposição ficará atenta em relação às ações da nova gestão, que é uma continuidade do Governo Campos e de Lyra”, retrucou o deputado.

Com discurso incisivo, Silvio Costa Filho ainda elencou questões referentes às drogas, convidando os representantes das igrejas na Casa para colaborar; sobre remunerações dos policiais militares, bombeiros, delegados e agentes penitenciários; e retomou a polêmica acerca da liberação da venda de bebidas alcoólicas na Arena Pernambuco, dizendo que o instrumento viraria um grande “elefante branco”.

Contrapondo a colocação da oposição, Cleiton Collins (PP) afirmou que caso a empresa, que administra a Arena queira ganhar dinheiro, que patrocine o Carnaval. “Os representantes das igrejas são contra a comercialização de bebidas alcoólicas e vamos bater de frente”, desafiou.

Depois de mencionarem o flagrante de falsos policiais civis atuando no município de Agrestina, representantes do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) demonstraram descontentamento com as práticas do Governo no que diz respeito à categoria. “Estamos trabalhando no limite. A polícia civil não vai mais entrar em colapso. Nós já estamos em colapso”, reclamou o presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros, durante coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (3). 

Além de mencionar o aumento de 24% nos índices de homicídios no Estado no ultimo mês de janeiro, Cisneiros ainda citou o estado crítico de algumas delegacias no interior de Pernambuco e o baixo número de profissionais que ingressaram na Polícia Civil nos últimos sete anos. “De 2008 até agora, 1.869 investigadores de polícia ingressaram na corporação e, até novembro de 2014, registramos a saída de 1.868 policiais. Nosso saldo é positivo, mas de apenas um homem”, reclama o presidente do Sinpol. 

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Questionado pela reportagem do LeiaJá a respeito dos aprovados no último concurso, o vice-presidente do Sinpol, Rafael Cavalcanti, explicou que os 800 profissionais estão à espera do ingresso na Academia de Polícia, mas o Governo ainda não deu nenhum tipo de retorno sobre a contratação deles. “O Sinpol já entrou com uma ação no Ministério Público para tentar acelerar a contratação desses policiais. Essa é uma alternativa para aumentar o número do nosso efetivo”, propõe Cavalcanti. “Existe um decreto estabelecido no governo Eduardo Campos que solicita 10.500 policiais civis trabalhando em Pernambuco”, relembra Cisneiros. Entretanto, segundo o Sinpol, há 4.900 profissionais atuando na polícia civil de Pernambuco atualmente. 

“O Pacto Pela Vida está falido” 

Assim como os profissionais da Polícia Militar, representantes do Sinpol também mostraram repulsa à gratificação por desempenho anunciada na última semana. “Esse aumento é de apenas 5% e é uma coisa esporádica, que não atinge a todos da categoria. Não concordamos com essa prática”, pontuou o presidente do Sindicato, defendendo a isonomia da gratificação de risco para todos os policiais civis. 

Durante a coletiva de imprensa, Cisneiros responsabilizou o Pacto Pela Vida pelo aumento do número de homicídios no Estado. “Esse é um sistema falido. Estão realocando o efetivo de algumas áreas para tentarem amenizar a violência, mas acabam deixando outros locais sem segurança pública. Temos que discutir outro programa e estamos dispostos a dialogar com o governador Paulo Câmara e com o secretário de Defesa Social para colocarmos em prática outro esquema de segurança pública”, afirmou. 

Depois do anúncio feito pela secretarias de Planejamento e Gestão (Seplag) e de Defesa Social (SDS), sobre a implementação de mudanças no pagamento das Gratificações do Pacto Pela Vida (GPPVs), representantes do Sindicato dos Policiais Civis em Pernambuco (Sinpol) demonstraram repulsa às novas políticas de pagamento de bônus. “Esta é uma clara medida do Governo Estadual para ocultar o verdadeiro apagão na segurança pública de Pernambuco”, diz uma nota do Sinpol. 

De acordo com o Governo, as gratificações passam a valer a partir de fevereiro e será calculada a partir do desempenho individual de policiais civis e militares. Os profissionais serão beneficiados financeiramente a cada mandado de prisão, que valerá de R$ 80 a R$ 400 e terá o valor dividido pelos policiais envolvidos na operação. “Se o Governo quer fazer uma valorização profissional de verdade, que discuta salários. Não queremos migalhas”, frisa o vice-presidente do Sinpol, Rafael Cavalcanti. 

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No caso das GPPVs de Repressão ao Crack, os 50 policiais com maior quantidade da droga apreendida irão receber, individualmente, a quantia de R$ 1 mil. Do 51º ao 100º policial do “ranking”, o valor do bônus será de R$ 500; da 101ª à 150ª posição, a gratificação será de R$ 250. Apesar de o Governo afirmar que essa é uma estratégia para fortalecer o Pacto Pela Vida e valorizar o trabalho da polícia do Estado, o Sinpol intitula a medida de “penduricalhos financeiros” que tenta socorrer o Pacto Pela Vida, um projeto moribundo, segundo os policiais. 

Segundo Danilo Cabral, secretário de Planejamento, os policiais terão um estímulo à produtividade. Apesar das boas expectativas do Governo, o Sinpol rebateu a iniciativa com diversas críticas. “Um governo que tenta agradar a categoria com gratificações esporádicas e irregulares não leva a sério o combate à violência e faz da segurança pública um laboratório de experiências inacabadas”, reclama o Sinpol. 

O Governo espera que proposta seja  votada na Asselmbleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) ainda em fevereiro e, segundo Rafael Cavalcanti, até lá, os policiais irão pleitear o reajuste das medidas. “A única coisa que queremos é um salário justo. O que está em jogo é a segurança da sociedade pernambucana”, alerta o vice-presidente do Sinpol. 

Durante a manhã desta terça-feira (27), o líder da bancada de oposição, Silvio Costa Filho (PTB-PE) se reuniu com representantes da Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe). O encontro teve como objetivo tomar ciência das reivindicações pautadas pela categoria sobre segurança pública, que será discutida em audiência pública, em fevereiro, pela oposição.  

Na ocasião, os delegados apresentaram um diagnóstico acerca da valorização profissional e salarial até a necessidade de reformulação do Pacto pela Vida. “Os membros da Adeppe nos relataram que alguns compromissos do Pacto pela Vida não foram cumpridos. Uma das metas do programa, por exemplo, era a construção de 15 delegacias da mulher. Apenas 04 foram construídas”, informa Silvio Costa Filho, segundo informações da assessoria de imprensa.

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Ainda de acordo com o deputado, um dado importante é de que hoje há um déficit de 250 delegados em Pernambuco, quando o número ideal é o de 700 profissionais atuando. “Há delegados que precisam se responsabilizar por até três delegacias”, acrescenta. Ainda segundo o parlamentar, a média em Pernambuco é de 1.526 pessoas para um policial civil, enquanto no Brasil esta relação é de 900 pessoas para 01 agente.

Já o presidente da Adeppe, Flaubert Leite Queiroz, diz que a associação quer promover um amplo debate sobre o Pacto pela Vida, focando inclusive a valorização da categoria. “Pretendemos construir um diálogo não só com o governo, mas com a sociedade, que precisa ter conhecimento das dificuldades que temos enfrentado e que se refletem no aumento dos índices de criminalidade em nosso Estado”.

Segundo Flaubert, a remuneração da classe é a segunda pior do Brasil, perdendo apenas para o Estado do Espírito Santo. Além disso, ele destaca que as estruturas físicas são precárias e há também extensas jornadas de trabalho. A entidade reúne em torno de 700 delegados, entre ativos e inativos.

O sistema prisional de Pernambuco entrou em evidência nos últimos dias após as denuncias de uma emissora de TV, que apresentou a livre circulação de armas brancas entre os detentos da unidade Frei Damião de Bozzano, que integra o Complexo Prisional  do Curado. 

Com a repercussão do caso, o Governo do Estado anunciou que algumas medidas emergenciais seriam adotadas para amenizar os transtornos. Mas segundo o chefe do Executivo estadual, Paulo Câmara, as iniciativas irão corrigir problemas pontuais. “São medidas na questão principalmente da humanização, de dar conclusão a algumas obras que estão em andamento. Mas isso é uma questão que a gente vai ter que enfrentar durante os próximos quatro anos para dar uma solução definitiva”, afirmou o governador.

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O gestor adiantou que os trabalhos de ressocialização irão ganhar foco, pois o Programa Pacto pela Vida reduziu os índices de violência, mas elevou a população carcerária. “Infelizmente no nosso sistema prisional aumentou muito o número de presos. Nenhum governante gosta de construir presídio. Pelo contrário, a gente gostaria de estar fechando. Mas a necessidade hoje exige isso e a gente vai ter que trabalhar em cima disso. O Pacto pela Vida diminuiu muito o número de homicídios, mas aumentou muito a população carcerária. Então isso vai exigir de nós um trabalho diferenciado na questão da ressocialização”, concluiu Câmara.

 

 

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), se reúne, neste sábado (3), com o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, para traçar as novas metas do Programa Pacto Pela Vida, carro chefe da gestão dos ex-governadores Eduardo Campos e João Lyra Neto, ambos do PSB.  O encontro será realizado na sede da Secretaria de Planejamento (Seplag), na Rua da Aurora, no Recife.

A necessidade de reestabelecer o programa é justificada na decaída dos números obtidos pelo Pacto. Apesar de premiado internacionalmente, a iniciativa começou a apresentar falhas em 2014 e não obteve o resultado esperado pelos gestores. 

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Além de Carvalho, outros secretários também são esperados para a reunião. "Não se faz política de segurança apenas com a Secretaria de Defesa Social. Todos os secretários têm a sua cota de contribuição e de responsabilidade com esse tema", argumentou Câmara. 

Nessa sexta (2), o governador deu posse aos novos comandos das polícias do estado. Câmara nomeou o Coronel Antônio Francisco Pereira Neto, para a Polícia Militar; o delegado especial Antônio Barros, para a chefia da Polícia Civil; a perita Sandra Maria, para a chefia da Polícia Científica; e reconduziu o comandante do Corpo de Bombeiros, Coronel Manoel Francisco Cunha. 

No ato, Paulo Câmara afirmou que cuidará pessoalmente da segurança pública. "Seguiremos o exemplo do ex-governador Eduardo Campos. Eu assumo, também, pessoalmente, a política de segurança, junto com o secretário de Defesa Social e todos os comandos. Queremos resultados imediatos. É uma área que não podemos descansar nenhum minuto e nenhum dia. E não vamos descansar", pontuou.

 

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Na tarde desta sexta-feira (2), no Quartel do Derby, área central do Recife, foi realizada a solenidade de passagem do Comando Geral da Polícia Militar (PM). O Coronel Antonio Francisco Pereira Neto substituiu o também coronel Carlos Pereira. O subcomando fica com o Coronel Ilídio Vilaça, que toma o lugar do Coronel Paulo Roberto Cabral. Em conversa com a imprensa, antes do evento, o novo comandante da PM deixou claro que a prioridade é voltar a cumprir os objetivos previstos pelo programa de segurança pública Pacto Pela Vida. O programa do governo fechou 2014 com um aumento de 8,73% de homicídios, quando a meta é reduzir 12%.

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Pereira Neto, entretanto, evitou dizer o que precisaria ser feito para mudar o quadro atual. “Vamos poder diagnosticar nossas deficiências na reunião do Pacto pela Vida que vai ocorrer amanhã (neste sábado - 3). Já pensamos em vários aspectos, mas vamos aguardar a reunião para termos uma visão global”, explicou. O novo comandante geral também defendeu uma maior integração das polícias e o que ele chamou, de forma vaga, de “ações mais próximas das comunidades”.

Representando o Governo do Estado, o secretário de Defesa Social Alessandro Carvalho participou da solenidade. O novo chefe da Polícia Civil, Antônio Barros, e o subchefe Luiz Andrey, que também tomaram posse hoje, estiveram presentes no evento.

A Secretaria de Defesa Social alterou ainda o comando da Polícia Científica, passando o cargo de gerente-geral de Francisco Sarmento para a gestora do Laboratório de Genética, Sandra Santos. No Corpo de Bombeiros não houve alteração, continuando sob o comando dos coronéis Manoel Cunha Filho e Manoel Teles. 

Durante a apresentação dos últimos resultados do Pacto Pela Vida, Alessandro Carvalho apontou a quantidade de eventos atípicos como fatores determinantes, citando inclusive a greve da PM, ocorrida em maio de 2014. Pereira Neto também disse acreditar na influencia da greve, mas alegou que lutará para que eventos do tipo não voltem a acontecer. A próxima reunião do Pacto Pela Vida ocorre neste sábado (3), no comitê gestor executivo de Defesa Social.

O Governo estadual fecha o ano com alguns indicadores ruins. Fala-se num rombo de R$ 3 bilhões nas contas públicas e que o governador João Lyra Neto (PSB) não paga os fornecedores em dia. Isso sem falar numa penca de obras paralisadas nos últimos seis meses por falta de dinheiro em caixa.

Na área social, o maior drama está no aumento da violência. Desde 2007, quando foi criado pelo ex-governador Eduardo Campos, o Pacto pela Vida apresentou um crescimento em crimes violentos da ordem de 8,73%, com base em levantamento feito de janeiro a novembro deste ano.

O Pacto é uma obra maquiada. Especialistas apontam que, sem o planejamento sistemático de ações para o setor, os índices de violência não podem diminuir. Especialista no assunto, o cientista Michel Zaidan diz que há um forte apelo midiático no programa desde a sua concepção.

A ideia do Pacto pela Vida foi concebida, segundo ele, a partir de alguns vieses perigosos, desconsiderando algumas questões fundamentais republicanas. “O conceito de "segurança pública" parece desconhecer que segurança pública inclui educação, saúde, mobilidade, habitação, lazer, saneamento básico, acessibilidade aos bens de consumo, entre outros itens.

Zaidan vai mais além e diz tratar-se de um programa policialesco, voltado para preservar as garantias patrimoniais e jurídicas dos cidadãos consumidores, estes sim detentores do título de cidadania. Paulo Câmara já sinalizou que começa 2015 requalificando o Pacto pela Vida, que perdeu, sem dúvida, muita credibilidade e o respeito da população.

EM NORONHAUma fonte que bebe água da cacimba do governador eleito Paulo Câmara (PSB) admite que o atual administrador de Fernando de Noronha, Reginaldo Valença Júnior, possa ser mantido em função da boa gestão que vem fazendo. Valença é bom camarada, tem jogo de cintura e conhece profundamente os problemas da ilha.

Sem trégua– O senador Douglas Cintra (PTB), que assume no lugar de Armando Monteiro, escolhido ministro de Desenvolvimento, vai na mesma linha do aliado, de que não se deve dar trégua a Paulo Câmara nos primeiros 100 dias de gestão. “Ele vem de um governo de continuidade de oito anos, do qual teve parte efetivamente”, observa.

Obras retomadasEm entrevista, ontem, ao Frente a Frente, o secretário estadual de Transportes na futura gestão de Paulo Câmara, Sebastião Oliveira, disse que tão logo assuma irá definir as obras de restauração de estradas paralisadas na gestão de João Lyra. Garantiu que uma das primeiras será a da PE-292, que liga Albuquerquené a Afogados da Ingazeira.

Patinho feioNa composição do secretariado de Paulo Câmara, o DEM está sendo visto como o patinho feio. Além de não conseguir vaga na Assembleia para o suplente Maviael Cavalcanti, promessa que teria sido feita no calor da campanha, ocupará apenas o Lafepe, que, segundo comentam, está extremamente desestruturado, quase falido.

Fechado para balanço– Tão logo assuma em janeiro, o secretário estadual de Agricultura, Nilton Mota, terá que descascar um grande abacaxi: produtores da bacia leiteira do Agreste Meridional mostrarão um quadro terrível do setor. Só um laticínio fechado recentemente deu um prejuízo da ordem de R$ 5 milhões aos que produzem leite naquela região.

CURTAS

NO PAREDÃO– O governador João Lyra Neto (PSB) e o senador Douglas Cintra (PTB), que assume no lugar de Armando Neto, participaram de um debate, ontem, na Rádio Cultura do Nordeste, de Caruaru, o chamado “Paredão 1.030”.

MISSÃO O ex-governador Joaquim Francisco (PSB) não ocupará cargos na gestão de Paulo Câmara, mas terá uma importante missão a cumprir, segundo revelou, ontem, um auxiliar do governador eleito.

Perguntar não ofende: Quem vai comandar Suape?

Depois da bancada de oposição na Alepe tecer críticas ao Programa Pacto pela Vida, o líder do Governo no legislativo estadual, Waldemar Borges (PSB), se pronunciou sobre o tema. De acordo com o socialista, antes das cobraças serem direcionadas ao Governo do Estado, os oposicionistas deviriam exigir mais ação de combate a violência, por parte do Governo Federal. 

 “O que estamos fazendo hoje aqui em Pernambuco é reconhecido internacionalmente. Mesmo em 2014, observamos a diminuição da violência em vários segmentos importantes, como o das mulheres e o LGBT. Certamente, muito mais estaríamos fazendo se contássemos com o posicionamento proativo de um Governo Federal que insiste em fingir que não tem nada a ver com isso”, pontuou Borges.

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Para o parlamentar o crescimento da violência em Pernambuco não é tão alarmante se comparado às estatísticas do país. Segundo Waldemar Borges, a redução da criminalidade no estado foi mérito da capacidade de gestão de Eduardo Campos. “Isso só ocorreu em Pernambuco graças a uma forte determinação de governo, a uma extraordinária capacidade de gestão e uma enorme dedicação de milhares de profissionais ligados à área”, afirmou, ressaltando que Pernambuco conseguiu diminuir gradativamente a violência e a redução apenas não foi evidenciada em 2014.

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