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Os desastres causados pelas chuvas são tão recorrentes na região serrana do Rio que provocaram duas mortes em diferentes gerações da família de Nadir Eler de Lima. Nesta quinta-feira, 17, a aposentada de 72 anos enterrou sua filha Cecilia Lima Fiorese, de 40 anos, uma das vítimas da maior chuva nos últimos 90 anos na cidade de Petrópolis e que foi agravada pela ação insuficiente dos governos nas áreas de risco. Em 1971, Nadir havia sepultado sua mãe, Cecilia Eler de Lima, em função de um deslizamento de terra na cidade, também causado pelas chuvas. Separadas por 50 anos, duas mortes causadas pela chuva na mesma família.

"Minha mãe não fala sobre o que aconteceu. É muito doloroso ver que a filha dela morreu da mesma forma que a mãe tinha morrido", diz a irmã de Cecília, a servidora pública Camilla Fiorese, de 37 anos. "Somos uma família cristã. Cremos que minha irmã está melhor, com Deus, na eternidade. E isso é muito mais aceitável para a gente. Minha mãe só está conformada por isso".

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Cecília, que ganhou o mesmo nome da avó, trabalhava como gerente na Clínica Oral Unic na Rua Tereza, uma das mais movimentadas de Petrópolis. A administradora de 40 anos estava feliz da vida porque tinha conseguido um trabalho em sua área de formação depois de vários anos. Ela tinha o diploma de Administração Hospitalar. Nos últimos meses, com o desemprego trazido pela pandemia, ela foi até motorista de aplicativo. Nesta sexta-feira, 18, ela completaria um mês no emprego novo. Estava no auge, de acordo com os familiares.

Foi o ex-marido, o comerciante Alessandro Dutra, que chegou primeiro ao consultório após o deslizamento. Desespero. Pegou uma moto emprestada, mas ainda não consegue explicar como passou onde ninguém passava. Mesmo com um cenário de guerra, tinha esperança de encontrar ainda viva a mãe de seu filho, Pedro, de 6 anos. "Estou com a perna presa", disse Cecilia para um dos funcionários que escapara. "Peraí, vou buscar ajuda". Silêncio. Dos cinco funcionários, apenas Cecília não escapou. Ela havia subido para o segundo andar para pegar um café minutos antes do desabamento.

Alessandro e Cecília ainda eram casados no papel, mas não estavam mais juntos. Os dois tinham um relacionamento amigável e faziam tudo pelo filho. Nesta quinta, Alessandro seguiu orientação do psicólogo e contou para Pedro o que houve. "Eu não podia falar que ela viajou sabendo que ela não ia voltar. Falei que ela está com o Papai do Céu". Segundo o pai, o menino entendeu, mas preferia que a mãe tivesse continuado "fazendo Uber".

Nesta quinta, a família voltou ao local da tragédia para tentar "entender a dinâmica que aconteceu". O Estadão conversou com eles à tarde, no momento em que tentavam compreender e refazer os últimos momentos da parente. Camilla se espantou com a quantidade de lama. "Se ela estivesse na frente da clínica, ela não teria sido atingida", diz Alessandro.

A cena trouxe à memória da família o que houve há quase 50 anos atrás. Tentar entender o presente trouxe a dor do passado. Depois de alguns dias de chuva ininterrupta, em 25 de novembro de 1971, um deslizamento de terra na Rua Bernardo de Vasconcelos, no bairro Cascatinha, atingiu em cheio a casa de Cecilia Eler de Lima. Quando saiu no corredor, a senhora de 55 anos morreu soterrada. Ela estava sozinha na única casa que foi atingida pelo deslizamento.

Depois da reconstrução da casa, Nadir ainda vive no mesmo endereço. A região não foi prejudicada pelas chuvas desta semana. Os moradores explicam que os temporais costumam atingir pontos diferentes, localizados. Em 2011, por exemplo, quando mais de 900 pessoas morreram na região serrana do Estado, o local mais atingido na cidade foi o distrito de Itaipava.

Sempre que chove, Nadir fica agoniada. Camilla trocou a cidade serrana por Brasília há 21 anos. A família já sugeriu que a mãe se mudasse, mas ela não quer sair do lugar onde nasceu. Nadir vai fazer 72 anos na próxima segunda-feira, dia 21.

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O presidente Jair Bolsonaro sobrevoou a cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (18) e afirmou que viu "imagens de guerra" pela destruição causada pelas chuvas e deslizamentos da última terça-feira (15).

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"Lamentável, vi uma intensa destruição. Tivemos perfeita noção da gravidade do que aconteceu", afirmou ainda.

Com o presidente, estavam diversos ministros e representantes de órgãos federais. Também compareceu na visita o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro.

Durante a coletiva de imprensa, os ministros anunciaram a liberação de recursos emergenciais - na casa de R$ 2 bilhões - e Bolsonaro falou pouco. Quando questionado, comentou sua visita à Rússia e a Hungria considerando ambas como "excepcionais".

Até o momento, já foram confirmadas 123 mortes e há cerca de 114 pessoas desaparecidas. Mas, como ainda nem todos os corpos foram reconhecidos, esse número pode diminuir.

De qualquer maneira, a tragédia do dia 15 de fevereiro já está próxima do maior desastre provocado pelas chuvas na cidade, em 1988, quando 134 pessoas perderam a vida. 

Da Ansa

O presidente Jair Bolsonaro (PL) visitou na manhã desta terça-feira (18) a cidade de Petrópolis, no Norte do Rio de Janeiro, onde fortes chuvas e enchentes deixaram um rastro de destruição e ao menos 120 mortos na última terça-feira (15). Bolsonaro tomou ciência da tragédia ainda no exterior, em visita do chefe do Planalto à Rússia. A visita é a primeira agenda do presidente em retorno ao Brasil. Ontem, o presidente passou pela Ucrânia antes de retornar ao Brasil. 

Também estiveram presentes na ida a Petrópolis, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL); o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho; o ministro da Cidadania, João Roma; o ministro do GSI, Augusto Heleno; e o presidente da Caixa, Pedro Guimarães; além de Flávio Bolsonaro (PL) e autoridades militares. 

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“Desde quando soubemos do ocorrido, na terça-feira, estávamos em solo russo, entramos em contato com o ministro da Defesa. Tropas nossas já estavam no terreno, outras em deslocamento para ajudar a população”, informou o presidente Jair Bolsonaro. Por volta das 9h desta sexta-feira (18), o mandatário e a equipe aguardavam, na base aérea do Galeão, no Rio, a confirmação de segurança para sobrevoar a cidade atingida. 

“Estamos buscando uma solução a curto prazo. Queria me solidarizar a todas as vítimas, estamos trabalhando na ponta e na frente de trabalho, ainda buscando as vítimas, trabalhando para tentar desobstruir as principais artérias, devolver a normalidade e garantir os serviços essenciais como a volta da energia elétrica, a coleta de lixo e o acesso dos postos”, disse o prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo (PSB). 

Com um histórico de deslizamentos, inundações e outros eventos geológicos de diversas gravidades, Petrópolis (RJ) mantém um conjunto de 20 sirenes de alerta e evacuação restrito a dois dos cinco distritos. A maioria dos equipamentos, 18, está concentrada no 1º Distrito (chamado Petrópolis), que concentra 55% (15.240 ao todo) das moradias de alto e muito alto risco da cidade e, de acordo com as informações iniciais, a mais afetada pelas chuvas intensas de terça-feira (15) que deixaram mais de uma centena de mortos.

O 1º Distrito engloba o centro da cidade e 15 bairros e comunidades, como Alto da Serra (onde fica o Morro da Oficina, um dos locais mais afetados), Caxambu, Floresta e Valparaíso, dentre outros. As outras duas sirenes ficam no no 3º Distrito (Itaipava), mas são exclusivamente voltadas a inundações, por estarem na região do Vale do Cuiabá. A área foi uma das mais afetadas nas chuvas de 2011, que deixaram mais de 70 mortos na cidade.

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Itaipava tem 3.312 moradias em áreas de alto e muito alto risco, de acordo com o Plano Municipal de Redução de Risco, divulgado pela prefeitura em 2017 e feito pela empresa Theopratique. Sem nenhum tipo de equipamento de alerta sonoro local, os Distritos de Cascatinha (2º), Pedro do Rio (4º) e Posse (5º) têm, respectivamente, 5.762, 1.723 e 1.667 habitações em áreas de alto e muito alto risco, das quais 1.985 deveriam ter as famílias reassentadas para novos endereços.

No site da Defesa Civil municipal, é descrito que as "sirenes são a melhor ferramenta de prevenção a curto prazo que o município possui, já que possibilitam que moradores de áreas de risco sejam avisados com rapidez sobre a urgente necessidade de sair de casa e procurar um local seguro".

Mais adiante, é dito que a orientação aos moradores de área de risco é procurar um local seguro "sempre que começar a chover forte, antes mesmo de a sirene tocar". "Os alertas das sirenes são o último aviso de que a população deve sair da área de risco. O barulho da chuva no telhado já é um aviso", completa.

No Plano de Contingência Municipal, o monitoramento classifica a situação de risco em cinco escalas, de "baixo" a "máximo", e estágios, de "normalidade" ao de "crise" - a cidade está no de "crise" desde as 18h51 de terça-feira. As sirenes são acionadas nos estágios de "atenção" e "alerta" (o terceiro e quarto em gravidade), no primeiro caso para alertar para chuva forte e, no segundo, para a evacuação do local. Na fase de "atenção", também é emitido um boletim geológico, o que ocorreu quatro vezes neste período de chuvas, desde meados do segundo semestre de 2021.

Por ter registrado chuva intensa na semana anterior, Petrópolis esteve em estado de "atenção" do dia 7 até a segunda-feira 14, com risco considerado alto para o 1º distrito homônimo e moderado para o 2º. Naquele dia, a Defesa Civil informou a mudança para uma classificação de "observação", porque o risco era "moderado". O comunicado também admitia "a previsão de instabilidade se mantém para terça e quarta-feira (15 e 16), em que há possibilidade de voltar a ocorrer pancadas de chuva, de intensidade moderada a forte, nos períodos da tarde e noite".

Nessa classificação, não há alerta sonoro, mas apenas por mensagens de SMS. A justificativa divulgada à época foi a redução no acumulado pluviométrico e "ausência significativa de chuva". Após a segunda-feira, não há registro de mudança para o estado de "atenção" ou "alerta" nas páginas do município até a piora nas chuvas, que resultou no estado de "crise".

O Estadão procurou a Prefeitura sobre os alertas, mas não obteve retorno até as 18h desta quinta-feira, 17. Não há informações oficiais até o momento de que a sirene de evacuação (estágio de "alerta") tenha sido acionada. Os gatilhos para a determinação deste estágio no Plano de Contingência são "ocorrências múltiplas simultâneas sobrepondo capacidade de resposta", "ocorrências concretizadas", "previsão de continuidade do cenário" e "necessidade de apoio de outras agências". A chuva daquele dia foi caracterizada pela grande quantidade de precipitação em poucas horas.

Na tarde desta quinta-feira, com previsão de novas chuvas, 14 sirenes foram acionadas no 1º Distrito pela Defesa Civil. A Prefeitura também pediu à população para se manter em locais seguros e evitar circular pelo município.

As sirenes ficam nos seguintes bairros e comunidades: 24 de Maio (Morro do Estado e Rua Nova), Alto da Serra (Ferroviários), Bingen (João Xavier), Dr. Thouzet (Dr. Thouzet), Independência (Rua Ó e Taquara), Quitandinha (Amazonas, Ceará, Duques, Espírito Santo e Rio de Janeiro), São Sebastião (Adão Brand e Vital Brasil), Sargento Boening (Rua E), Siméria (Frente para o Mar) e Vila Felipe (Campinho e Chácara Flora), todos no 1º Distrito; e Vale do Cuiabá (Gentio e Buraco do Sapo), no 3º Distrito.

No início da temporada de chuvas, a prefeitura destacou que o monitoramento de risco envolvia 51 pluviômetros em 20 localidades de todos os distritos, cinco estações geotécnicas (de avaliação da umidade do solo), 56 câmeras e uma equipe de 32 pessoas na Defesa Civil. Nas comunidades, também havia retomado o programa de pluviômetros caseiros (feitos pelos moradores, com garrafa pet e uma régua cedida pelo Município) e mantinha um sistema de alerta alternativo por apitos na localidade Floresta, no 1º Distrito.

O Instituto Médico Legal (IML) identificou 57 dos 117 corpos de vítimas que tinham sido encaminhados ao local até o início da manhã desta sexta-feira (18). Destes, 30 já foram liberados para sepultamento, de acordo com informações da Polícia Civil.

Dos 117 corpos que chegaram ao IML, 77 são mulheres e 40 homens. Entre as vítimas há 20 crianças e adolescentes.

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A Polícia Civil também está trabalhando na busca por desaparecidos. Ontem havia mais de 130 nomes, mas alguns foram localizados em abrigos ou entre os mortos.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) também busca desaparecidos. Pelo menos 57 ainda estão sendo buscados pelas equipes do MPRJ.

O papa Francisco enviou uma mensagem nesta sexta-feira (18) ao bispo de Petrópolis, Gregório Paixão Neto, em que lamenta e reza pelas vítimas das fortes chuvas que atingiram a cidade fluminense na última terça-feira (15). Até o momento, são 120 mortes e 116 pessoas desaparecidas.

"Santo Padre, ao tomar conhecimento com profundo pesar das trágicas consequências do deslizamento de terras nessa cidade, confia ao senhor bispo transmitir às famílias das vítimas as suas condolências e a sua participação na dor de todos os enlutados ou despojados de seus haveres", diz o telegrama firmado pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin.

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"Pedindo a Deus Pai de Misericórdia eterno repouso para os falecidos, conforto para os sinistrados, aos quais deseja pronto restabelecimento, e serenidade e consolação da esperança cristã para todos os atingidos pela dolorosa provação, envia a quantos estão em sofrimento e a quantos procuram aliviá-lo propiciadora bênção apostólica", finaliza.

As equipes de resgate formadas por bombeiros, Defesa Civil, Força Nacional e voluntários continuam a trabalhar sem parar na busca pelos desaparecidos. Na tarde desta quinta-feira (17), um novo temporal assustou os moradores e fez com que as autoridades interditassem mais uma série de residências.

Os trabalhos de limpeza também seguem em andamento e afetam toda a cidade, inclusive o centro histórico. As chuvas do dia 15 somaram, em apenas três horas, mais do que toda a quantidade esperada no mês: no período foram 250 milímetros, quando para todo fevereiro a média é de 185mm. Nas 24 horas, foram 260mm.

A quantidade é considerada a maior em cerca de 90 anos, quando as chuvas começaram a ser monitoradas na região.

Da Ansa

O número de mortes pela chuva em Petrópolis chegou a 120, segundo a Defesa Civil estadual. Na última terça-feira (15), forte temporal caiu sobre a cidade da região serrana fluminense, provocando deslizamentos e enchentes em vários pontos.

Nessa quinta-feira(17) outro temporal atingiu a cidade, provocando novas enchentes. Ruas do centro histórico precisaram ser interditadas devido a alagamentos. Sirenes tocaram em alguns locais e pessoas tiveram que sair de suas casas em locais como a Quitandinha. Na comunidade 24 de Maio, novo deslizamento foi registrado.

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De acordo com a Defesa Civil municipal de Petrópolis, núcleos de chuva de fraca a moderada se deslocam hoje em direção à cidade.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, deve sobrevoar o município na manhã de hoje. Em seguida, deve participar de reunião de trabalho com autoridades locais para definir medidas emergenciais. 

O Ministério do Desenvolvimento Regional autorizou o empenho e a transferência de recursos, no montante total de R$ 2,331 milhões, para o município de Petrópolis (RJ). A liberação dos recursos, para ações de defesa civil na cidade, foi autorizada com a publicação de duas portarias em edição extra do Diário Oficial da União desta quinta-feira, 17. A primeira delas autoriza o repasse de R$ 655,731 mil e a segunda, libera mais R$ 1,676 milhão.

As fortes chuvas que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro causaram estragos e mortes em Petrópolis, levando o governo federal a reconhecer oficialmente o estado de calamidade pública do município.

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O presidente Jair Bolsonaro antecipou sua volta da viagem oficial à Rússia e Hungria e irá visitar a região na manhã desta sexta-feira.

A Defesa Civil de Petrópolis acionou 14 sirenes do primeiro distrito da cidade como alerta para a previsão de chuva forte. Alertas também foram enviados por SMS e propagados em meios de comunicação, informou a prefeitura da cidade da Região Serrana do Rio.

As fortes chuvas que atingiram o município na terça-feira, 15, deixaram mais de uma centena de mortos e um rastro de destruição que as autoridades ainda estão tentando mitigar.

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São previstas pancadas de chuva de intensidade moderada a forte nas tardes desta quinta-feira, 17, da sexta-feira, 18, e do sábado, 19. "Nesse período podem ocorrer raios e rajadas de vento forte", comunicou a prefeitura.

Os moradores das localidades da 24 de Maio, Ferroviários, Vila Felipe (Chácara Flora), Sargento Boening, São Sebastião (Adão Brand, Vital Brasil) e Siméria foram alertados, detalhou o poder municipal.

Um deslizamento foi registrado nesta quinta-feira e a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros precisaram determinar que as pessoas saíssem da Rua Nova (também conhecida como 24 de Maio).

Equipes estivaram no local à tarde orientando a população para que saísse da área de risco e siga para locais seguros. Os moradores foram levados para um ponto de apoio nas proximidades, onde receberão auxílio.

O governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional, reconheceu oficialmente nesta quinta-feira, 17, o estado de calamidade pública em Petrópolis, na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, após as fortes chuvas que atingiram a cidade na terça-feira, 15. A portaria com o reconhecimento federal foi publicada na edição desta quinta-feira do Diário Oficial da União.

"Já reconhecemos o decreto de estado de calamidade pública do município e estamos fechando os primeiros planos de trabalho para liberação de recursos para assistência humanitária e para limpeza da cidade. Estamos trabalhando em conjunto com outros órgãos federais para apoiar o estado e o município neste momento", afirmou o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério, coronel Alexandre Lucas.

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Após a concessão do status de situação de emergência ou estado de calamidade pública, os municípios atingidos por desastres podem solicitar recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional para atender a população afetada. As ações envolvem restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de equipamentos de infraestrutura danificados.

A solicitação deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres. Com base nas informações enviadas, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no Diário Oficial da União com o valor a ser liberado.

Após a publicação do decreto de calamidade ou do reconhecimento de situação de emergência, o trabalhador também adquire o direito de sacar 100% do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por necessidade pessoal, urgente e grave decorrente do desastre natural que tenha atingido a sua área de residência.

As ações do governo federal em Petrópolis ocorrem desde a manhã de quarta-feira, 16, quando uma equipe da Defesa Civil Nacional chegou à cidade para acompanhar as ações de socorro e atendimento à população e dar apoio ao município na solicitação de recursos federais. Além disso, outros órgãos federais estão trabalhando em conjunto, como os ministérios da Defesa e Saúde e a Polícia Rodoviária Federal.

Na sexta-feira, 18, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, devem sobrevoar as áreas afetadas da cidade e se reunir com o prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo.

Mais um deslizamento ocorreu nesta quinta-feira (17) em Petrópolis, município da Região Serrana do Rio atingido por intenso temporal na última terça-feira (15), que matou mais de 100 pessoas. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros precisaram determinar que as pessoas saíssem da rua Nova (também conhecida como 24 de Maio), onde ocorreu um deslizamento no início da tarde desta quinta-feira.

As equipes estão no local orientando a população para que saia da área de risco e siga para locais seguros. Até a publicação desta reportagem não havia notícias sobre mortos, feridos ou imóveis afetados em função desse deslizamento. Os moradores estão sendo levados para um ponto de apoio nas proximidades, onde receberão auxílio.

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A prefeitura recomendou que a população siga as orientações dos órgãos de segurança que estão no local, tendo em vista que a situação pode se agravar por conta da previsão de chuva para as próximas horas. A Defesa Civil alertou sobre a possibilidade de chuva de intensidade moderada a forte no município.

As condições do clima em Petrópolis, na Região Serrana do estado do Rio de Janeiro, continuam preocupando a cidade. A Defesa Civil emitiu nesta quinta-feira (17) um aviso de pancadas de chuvas moderadas a fortes, principalmente entre os períodos da tarde de hoje e madrugada desta sexta (18), tarde e noite de amanhã e sábado (19). A chuva pode vir acompanhada por raios e rajadas de ventos fortes.

“Nos próximos dias, ventos em médios e altos níveis da atmosfera em conjunto com as temperaturas elevadas e a disponibilidade de umidade, e o posterior posicionamento de um canal de umidade sobre a Região Sudeste manterão as condições de tempo instáveis no município de Petrópolis”, informou a Defesa Civil municipal.

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O solo já está encharcado e, com isso, aumentam os riscos de novos deslizamentos na cidade devastada pelo temporal na tarde da última terça-feira (15).

A Defesa Civil de Petrópolis mantém em constante monitoramento as condições de tempo e, quando necessário, emitirá alertas e informes. Ela recomenda aos moradores que cadastrem o seu Código de Endereçamento Postal (CEP) por meio de mensagem de texto para o número 40199 e acompanhem as condições do tempo no aplicativo telegram.

A prefeitura municipal pediu que as pessoas que não estão em área de risco evitem sair de suas casas. “Em caso de chuva forte, as pessoas que estiverem em área de risco devem se deslocar para locais seguros como os pontos de apoio. A cidade mantém 33 escolas abertas para o acolhimento da população” informou.

A qualquer momento podem ser emitidos novos alertas. A Defesa Civil recomendou que a população preste atenção aos avisos e siga as orientações de segurança. “Em caso de emergência, as pessoas devem ligar para o 193 (Corpo de Bombeiros) e 199 (Defesa Civil)”, explicou.

Recuperação

Os trabalhos de recuperação da cidade contam com diversas equipes dos três níveis de governo. Além de profissionais do estado e do município, desde ontem o Comando Conjunto Leste do Exército está presente em Petrópolis com tropas, viaturas e equipamentos especializados, seguindo a coordenação da Defesa Civil Estadual.

O 32º Batalhão de Infantaria Leve de Montanha (32º BIL Mth), sediado na região, disponibilizou caminhões, ambulâncias e equipes de primeiros socorros. A unidade tem capacidade de ampliar o apoio e receber desabrigados em uma escola instalada na sua área.

Equipamentos da Engenharia do Exército estão sendo utilizados na desobstrução de pistas. Além disso, outras máquinas para serviços especializados também podem ser usadas se houver necessidade. O campo de futebol do 32º BIL Mth está servindo de zona de pouso para helicópteros empregados na operação.

Militares da 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha (4ª Bda Inf L Mth), que integram o Destacamento de Resposta Imediata do Comando Militar do Leste (CML), também estão atuando nos trabalhos. A unidade, sediada em Juiz de Fora (MG), também foi acionada e os militares dão apoio aos moradores da cidade. Todas as ações são acompanhadas pelo Comando Conjunto Leste.

A Marinha também está presente em Petrópolis com uma equipe dos Fuzileiros Navais e uma aeronave para reforçar o apoio às vítimas da tragédia.

A Caixa Econômica Federal liberou o saque calamidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para moradores de Petrópolis (RJ) afetados pelas chuvas dos últimos dias. De acordo com o banco, os moradores de certas áreas já tiveram o saque liberado até o dia 2 de maio. Para as novas áreas, correspondentes a endereços que serão identificados pela Defesa Civil municipal, o saque também estará disponível. O valor máximo para a retirada será de R$ 6.220, informa a Caixa.

"Para tal, o banco aguarda a Defesa Civil local entregar a Declaração das Áreas Afetadas e o Formulário de informação do Desastre (FIDE) à Caixa", afirma a instituição em nota. Os saques poderão ser feitos por meio do aplicativo do FGTS, sem a necessidade de ir até uma agência.

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Além do saque calamidade, os contratos de financiamento habitacional das áreas afetadas poderão ser pausados por até 90 dias, mediante solicitação dos titulares. As prestações poderão ser incorporadas ao saldo devedor dos clientes inadimplentes das regiões, e a Caixa dará suporte aos clientes para que acionem o seguro habitacional.

A pausa em financiamentos também será concedida a hospitais da região afetada, mediante solicitação das instituições.

A Caixa também enviará assessora técnica, com arquitetos e engenheiros, para dar apoio às habitações sociais atingidas pelas enchentes, e também aos municípios. O banco enviará um caminhão-agência à cidade para ajudar no atendimento, e auxiliará a secretaria de obras da prefeitura de Petrópolis no levantamento dos danos e na estimativa dos custos para a recuperação de obras em andamento ou edificações atingidas, como pontes, abastecimento de água, postos de saúde e escolas.

A Caixa Seguridade terá medidas de auxílio aos moradores, como contatos proativos a beneficiários de seus produtos com apólices vigentes que morem nas áreas afetadas e a simplificação do acionamento dos sinistros. Haverá prioridade na análise e aprovação, com prazo de dois dias úteis para o procedimento de pagamento de indenizações nos processos com valor de até R$ 10 mil.

A Polícia Civil recebeu informações de que, até o início da manhã desta quinta-feira (17), havia 134 pessoas desaparecidas depois do temporal que atingiu Petrópolis, na região serrana fluminense, na última quarta-feira (15). As informações estão sendo recolhidas pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).

De acordo com a Polícia Civil, os agentes estão percorrendo pontos de apoio e abrigos da cidade. Os dados serão cruzados com a relação de corpos que estão no Instituto Médico Legal (IML) da região.

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Uma força-tarefa com cerca de 200 peritos legistas e criminais, papiloscopistas, técnicos e auxiliares de necropsia, servidores de cartório e de diversas delegacias está trabalhando para agilizar a identificação e liberação dos corpos. Trinta e três vítimas haviam sido identificadas até o início da manhã de hoje.

O Ministério da Defesa autorizou o emprego temporário e episódico das Forças Armadas em ações de apoio à Defesa Civil na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, onde fica Petrópolis. A cidade foi atingida por fortes chuvas na última terça-feira, o que causou destruição de áreas e a morte de pelo menos 104 pessoas. Outras 24 pessoas foram resgatadas com vida, mas ainda há buscas na região e alerta climatológico. O número de óbitos foi atualizado pelo Corpo de Bombeiros do Estado nesta quinta-feira, 17.

A portaria que autoriza a atuação das tropas na região está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira. O ato detalha as atribuições dos três comandos - Marinha, Aeronáutica e Exército - na ação, que atuarão em conjunto com base na estrutura do Comando Militar do Leste (Exército Brasileiro).

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O aval é assinado pelo ministro da Defesa substituto, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. O ministro titular da pasta, Walter Braga Netto, está fora do País, acompanhando o presidente Jair Bolsonaro em visitas oficiais à Rússia e à Hungria.

O temporal que caiu em Petrópolis, na região serrana fluminense, na última terça-feira (15), deixou pelo menos 104 mortos, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (17) pela Defesa Civil estadual. A Polícia Civil está trabalhando para agilizar o reconhecimento e a liberação de corpos.

Os bombeiros entraram no terceiro dia de buscas, já que ainda há desaparecidos. Os trabalhos de resgate resultaram no salvamento de 24 pessoas até a noite de ontem. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) preparou uma lista com os nomes de mais de 30 desaparecidos.

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Mais de 20 pontos de deslizamento foram registrados em toda a cidade. Apenas no morro da Oficina, no Alto da Serra, um dos locais mais atingidos, dezenas de casas foram soterradas. Há ainda casos de pessoas que foram levadas pelas cheias nas ruas.

Mais de 300 pessoas tiveram que deixar suas casas e estão acolhidas em abrigos ou casas de parentes e amigos.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou que essa foi a pior chuva da região desde 1932. Outros desastres já ocorreram na serra fluminense. Em 1988, foram 134 mortos em Petrópolis. Em 2011, 918 pessoas morreram e outras dezenas desapareceram na região serrana, principalmente em Nova Friburgo e Teresópolis.

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira, 16, que o governo abrirá crédito especial para atender as vítimas das chuvas em Petrópolis (RJ), sem informar o valor, e confirmou a visita que fará às regiões afetadas nesta sexta-feira, 18. "Pouso pela manhã (de 6ª feira) no Galeão. Parte da nossa equipe sobrevoará a região. Pretendemos apresentar ao prefeito o que podemos oferecer", afirmou Bolsonaro.

Para cumprir a agenda no interior do Rio, o presidente deixará mais cedo Budapeste, capital da Hungria, para onde embarcará nesta quinta-feira, 17. Com isso, sua tradicional live das quintas-feiras nas redes sociais foi adiada para sexta.

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Bolsonaro se recusou a responder a jornalistas, em Moscou, se fez todos os exames de covid-19 solicitados pelo governo russo para entrada no Kremlin. "Mas que pergunta!", reagiu o presidente, ao ser questionado sobre o tema. "Eu me submeti a tudo que foi acordado no Brasil", limitou-se a dizer.

Como mostrou o Estadão mais cedo, Bolsonaro realizou um teste de covid-19 nesta quarta-feira, 16, em seu hotel, antes de se encontrar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

O governador Cláudio Castro (PL), do Rio, esteve nesta quarta-feira, 16, em diversas áreas de Petrópolis que foram atingidas por fortes chuvas. Ele prometeu investimento para tentar tirar moradores de áreas de risco e levá-los para lugares mais seguros, garantindo que as verbas serão do caixa estadual, mesmo que não venha ajuda federal.

"O Governo do Estado vai entrar com o que for necessário. Não será por falta de recursos que deixaremos de fazer as obras necessárias. A prioridade total é para pessoas que estejam em áreas de risco. É duro, mas vamos retirar as pessoas desses locais. Teremos uma postura corajosa para fazer o que for necessário, doa a quem doer", disse.

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Castro disse que até o final da tarde desta quarta-feira a Defesa Civil havia contabilizado 78 mortes. "Foi a pior chuva na região desde 1932. Temos 372 pessoas desabrigadas nas 89 áreas atingidas, com 26 deslizamentos. Mais de 180 moradores estão sendo acolhidos nas escolas e com acesso a psicólogo. Foram 21 pessoas resgatadas com vida, o que nos deixa feliz por termos chegado a tempo", explicou.

O governador aproveitou para elogiar o trabalho dos agentes estaduais e bombeiros. "Não podemos deixar de agradecer a esse espírito solidário que presenciamos aqui. Algumas prefeituras mandaram seus agentes e outras pessoas vieram voluntariamente", disse.

Ele afirmou que houve um grande investimento na região Serrana do Rio, na área de contenção de encostas, nos últimos anos, mas que ainda não é o suficiente. "O que a gente tem de entender é que existe uma dívida histórica e também o caráter excepcional dessa chuva, a maior desde 1932. Existe o déficit e que sirva de lição para a gente agir de forma diferente."

Castro também prometeu mais obras, para minimizar o impacto, e disse que o sistema de vigilância ajudou a alertar os moradores da região, caso contrário a tragédia teria sido ainda pior na opinião dele. "A questão das sirenes funcionou muito bem. A Defesa Civil conseguiu salvar muitas vidas com a manutenção dessas sirenes", comentou.

Ao menos 78 pessoas morreram, entre elas oito crianças, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, após deslizamentos e alagamentos causados pelas fortes chuvas que atingiram a cidade na tarde de terça-feira, 15; 377 pessoas estão desabrigadas. Vários pontos do centro estão bloqueados e as aulas da rede pública foram suspensas. A prefeitura orienta que os moradores evitem sair de casa e é prevista chuva de fraca ou moderada intensidade nesta quarta-feira, 16.

Segundo o órgão, foram contabilizados 229 ocorrências, dos quais 189 são por deslizamentos. Mais de 180 militares trabalham no atendimento à população. Equipes especializadas em busca e salvamento foram enviadas para reforçar o socorro, com apoio de viaturas do tipo 4x4 e botes. Oito ambulâncias extras foram empenhadas para atender a região e outras 10 viaturas do Corpo de Bombeiros do Estado foram enviadas para a cidade na madrugada desta quinta-feira.

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No local conhecido como Morro da Oficina, no Alto da Serra, a Defesa Civil estima que 80 casas tenham sido afetadas. Em outras regiões, como 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, Vila Felipe, Vila Militar e nas ruas Uruguai, Whashington Luiz e Coronel Veiga também há registros de ocorrências. Foram mobilizados agentes de diversas secretarias, como de Obras, Serviço, Segurança e Ordem Pública, Saúde, Educação, além da Companhia Municipal do Desenvolvimento de Petrópolis e CPTrans para atender a população.

Até a última atualização da Defesa Civil, 184 pessoas estão recebendo suporte da prefeitura nos pontos de apoio, que foram abertos no Centro, São Sebastião, Vila Felipe, Alto Independência, Bingen, Dr. Thouzete e Chácara Flora."Orientamos a população que ao sinal de qualquer instabilidade nas áreas em que residem, que procure o ponto de apoio e nos acionem", destacou o secretário de Defesa Civil, o Tenente Coronel Gil Kempers. Em caso de emergência, a Defesa Civil orientar ligar 199.

Em uma hora choveu 113 milímetros em Petrópolis - em seis horas, a chuva atingiu 175 milímetros, o equivalente a um mês inteiro. Além de dezenas de pontos de alagamento, o temporal arrastou carros e causou a queda de barreiras.

A Rodovia Rio-Petrópolis foi parcialmente interditada na altura do km 82, nas imediações do terminal rodoviário do Bingen, devido à queda de uma barreira. A prefeitura informou ainda ter decretado estado de calamidade pública em virtude das fortes chuvas que afetaram a cidade. "Equipes dos hospitais foram reforçadas para o atendimento de vítimas. Além da Defesa Civil, agentes da Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis, de Serviços, Segurança e Ordem Pública, de Obras e de demais áreas do governo seguem no suporte às 95 ocorrências registradas até o momento".

Segundo a prefeitura, trechos inundados ou alagados por causa do volume elevado de chuva começaram a ser liberados, facilitando o acesso do socorro por parte dos órgãos competentes, como Defesa Civil e Corpo de Bombeiros. O núcleo de chuva que atuou no município se afastou da cidade no fim desta terça-feira, segundo a prefeitura, mas permanece a previsão de chuva nas próximas horas, com intensidade fraca a moderada.

A maior parte dos deslizamentos foi registrada nas localidades do Quitandinha, Alto da Serra, Castelânea, Centro, Coronel Veiga, Duarte da Silveira, Floresta, Caxambu e Chácara Flora. Houve alagamentos por diversos pontos da cidade - os 11 registrados pela Defesa Civil foram das regiões do Alto da Serra, Corrêas, Centro e Mosela.

Em 2011, as fortes chuvas na Região Serrana do Rio deixaram mais de 900 mortos. É considerada a maior tragédia climática da história do Brasil. Em 2001, foram 57 mortos em Petrópolis. Em 2013, outra tragédia por causa da chuva, com 33 mortos.

"Situação quase de guerra', diz governador do Rio

 

O governador do Rio, Claudio Castro, esteve no Morro da Oficina, em Petrópolis, o local onde houve mais deslizamentos e vítimas, onde estão concentrados os esforços de resgate. Ele descreveu o cenário como uma "situação quase que de guerra".

Pelo menos 21 pessoas foram resgatadas com vida. "Toda a nossa equipe está mobilizada: Corpo de Bombeiros, secretarias e demais órgãos do estado", afirmou o governador."Atuamos no resgate e salvamento de vítimas, desobstruindo estradas, atendendo pessoas que perderam seus bens, com medicamentos e remoções, entre outras ações."

O secretário de Estado de Defesa Civil, coronel Leandro Monteiro, falou sobre o trabalho de resgate. "Há uma grande equipe concentrada no Morro da Oficina, onde acreditamos ter o maior número de vítimas ainda soterradas", disse Monteiro. "Estamos com 400 militares mobilizados e atuando em 44 pontos atingidos pelo temporal. Montamos um hospital de campanha com 10 leitos onde as vítimas recebem o primeiro atendimento."

Bolsonaro pede auxílio imediato

O presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu aos ministros Paulo Guedes (Economia) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) "auxílio imediato" às vítimas das chuvas em Petrópolis (RJ).

"De Moscou tomei conhecimento sobre a tragédia que se abateu em Petrópolis/RJ. Fiz várias ligações para os Ministros @rogeriosmarinho e Paulo Guedes para auxílio imediato às vítimas, bem como conversei com o @DefesaGovBr General Braga Netto, que me acompanha na Rússia", publicou no Twitter o presidente, que está em visita oficial à Rússia.

De acordo com Bolsonaro, ele também conversou com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). "Retorno na próxima sexta-feira e, mesmo distante, continuamos empenhados em ajudar ao próximo. Deus conforte aos familiares das vítimas", finalizou o chefe do Executivo, na mesma rede social.

Região Serrana teve tragédia com mais de 900 mortos em 2011

Em 2011, a região serrana do Rio viveu outra catástrofe natural por causa de chuvas e deslizamentos de terra, considerada a maior catástrofe climática do Brasil. Na época, em poucas horas, um temporal na madrugada do dia 12 de janeiro matou mais de 900 pessoas em três municípios - 130 em Teresópolis; 97 em Nova Friburgo; e 18 em Petrópolis, cidade atinginda pelas chuvas desta vez. (Colaborou Eduardo Gayer)

Um grupo de torcedores do Fluminense, chamados de Tricolores da Ilha, resolveu aproveitar o jogo desta quarta-feira (16) pelo Campeonato Carioca para arrecadar doações que serão destinadas às vítimas da tragédia ocorrida em Petrópolis após fortes chuvas.

Com anúncio feito por meio do Instagram, o grupo pediu doações de alimentos, água mineral e roupas de cama em geral. A partir das 18h ele estará recebendo as doações em frente ao Bar do Kleber no portão principal do estádio Luso Brasileiro”. O Fluminense enfrenta o Nova Iguaçu às 21h30.

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As fortes chuvas na região serrana do Rio de Janeiro resultaram em diversos deslizamentos, desmoronamentos e mais de 40 vítimas fatais, além de centenas de famílias desabrigadas.

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