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Após mais de quatro meses de pandemia no País, 1% da população brasileira já está oficialmente infectada pelo novo coronavírus. Ontem o Brasil registrou 1.293 novas mortes e mais 65.339 casos confirmados de infecção em 24 horas, segundo dados do levantamento realizado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL. Nos últimos sete dias, o Brasil registrou uma média diária de 1.052 óbitos.

Da população de mais de 211 milhões, conforme o IBGE, 2.231.871 foram infectados pela Covid-19. Isso representa 1,05% de contaminação. Apesar disso, o País testa pouco a população, ou seja, os números podem ser muito maiores que os registrados. Como o Estadão já mostrou, o Brasil só atingiu 20% da capacidade de exames prevista para o período de pico.

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Além de distribuir menos testes do que o projetado, o governo Jair Bolsonaro também tem feito entregas de kits incompletos, sem um dos reagentes essenciais para processar as amostras.

Em alguns locais, como São Paulo e Rio, só faz o teste quem está internado com quadro mais grave e sintomas da doença.

Mesmo quem consegue fazer o teste precisa esperar dias, às vezes mais de uma semana, para saber se está com Covid-19.

Essa marca de ter 1% da população infectada não é exclusividade do Brasil. Nações como San Marino, Catar, Estados Unidos, Kuwait, Chile, Peru, Omã, Panamá, Bahrein, Armênia e Andorra também já registram mais de 1% de sua população contaminada pelo novo coronavírus, conforme as informações do site Worldometers. Isso sem contar Guiana Francesa e Mayotte, que são departamentos franceses.

Além de estar nesse pequeno grupo de alta incidência da Covid-19 em sua população, o Brasil é o segundo país com mais casos da doença no mundo. Só perde para os Estados Unidos, que somam 3.941.741 de contaminações confirmadas, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. O terceiro país mais afetado é a Índia, com 1.193.078 casos. Os três juntos são responsáveis por quase metade de todos os casos registrados no mundo. No dia 16 de julho, o País alcançou a marca de 2 milhões de casos de Covid-19 e em menos de 6 dias foram mais de 207 mil novas infecções.

O Estado de São Paulo, que desde o início da pandemia é o epicentro da doença, contribuiu para o alto número de casos ontem com mais 16.777 infecções registradas em 24 horas. Há 439.446 pessoas com a Covid-19 no Estado, que computou mais 361 mortes, chegando a um total 20.532 óbitos. Em números absolutos, São Paulo continua liderando o ranking nacional de mortes e casos confirmados da doença.

O Rio de Janeiro vem na sequência da lista de Estados mais afetados, com 150 mortes registradas por Covid-19 e 3.502 novos casos da doença no período de 24 horas. Agora são 12.443 mortes e 148.623 casos no total. Em todas as regiões brasileiras, exceto a Norte, houve recorde de casos ontem.

Consórcio

O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação, que uniram forças para coletar dados com as Secretarias Estaduais de Saúde e divulgar os números totais de mortos e contaminados. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia - e continua mesmo após recuo da gestão.

O órgão governamental informou, no início da noite desta quarta-feira, que contabilizou 1.284 óbitos e mais 67.860 pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Com isso, segundo o Ministério da Saúde, no total são 82.771 mortes e 2.227.514 casos confirmados pelo coronavírus. O número é diferente do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O município de Morterone, que tem menos de 30 habitantes e é o menos populoso da Itália, registrou nesta semana seu primeiro nascimento em oito anos.

O pequeno Denis veio ao mundo no último domingo (19), pesando 2,6 quilos, e é filho de Sara, jovem de 21 anos que reside na cidade, e de Matteo, 32, morador da vizinha Varenna, de 730 habitantes.

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Os avos maternos do 29º residente de Morterone administram um restaurante no vilarejo, que fica nos arredores do Lago de Como, 90 quilômetros ao norte de Milão. O último nascimento no município havia sido registrado em 2012.

"É uma verdadeira alegria comunitária", comemorou a prefeita Antonella Invernizzi, citada pelo jornal Corriere dela Sera. A cidade, assim como tantas outras na Itália, luta contra o esvaziamento populacional e viu seu número de habitantes se reduzir em quase 25% em cinco anos.

Além disso, perdeu dois moradores durante a pandemia do coronavírus Sars-CoV-2.

Da Ansa

A população mundial deve começar a encolher na segunda metade do século 21, atingindo 8,8 bilhões em 2100, cerca de 2 bilhões a menos do que as projeções da ONU, segundo um estudo que será publicado na quarta-feira (15) pela revista The Lancet.

Pesquisadores do Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME) preveem um pico populacional a partir de 2064, com 9,7 bilhões de pessoas, antes de começar a declinar até 2100.

São "boas notícias para o meio ambiente (menos pressão sobre os sistemas de produção de alimentos e menos emissões de CO2)", disse à AFP Christopher Murray, diretor do respeitado Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME) de Seattle, que realizou o estudo.

Isso será acompanhado por uma inversão da pirâmide etária que terá "profundas consequências" na economia e na organização de famílias, comunidades e sociedades, acrescenta.

Essas projeções, contudo, não são infalíveis e mudanças políticas podem modificar as trajetórias dos países.

De acordo com o último relatório das Nações Unidas sobre a população mundial, a Terra terá 9,7 bilhões de habitantes até 2050 e 10,9 bilhões em 2100, em comparação com os atuais 7,7 bilhões.

O novo estudo questiona esse crescimento contínuo ao longo do século XXI.

Pesquisadores do IHME, um organismo financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates, uma referência por seus estudos globais em saúde pública, preveem um pico a partir de 2064, para 9,7 bilhões de pessoas, antes de começar a diminuir para 8,8 bilhões em 2100.

- Queda na Europa -

O declínio dependerá em grande parte do desenvolvimento da educação das meninas e do acesso ao controle de natalidade, o que reduzirá a taxa de fertilidade para 1,66 filho por mulher em 2100, em comparação aos atuais 2,37, de acordo com o estudo. Essa queda na fertilidade é muito mais rápida do que a prevista pela ONU.

Em 183 dos 195 países estudados, esse índice cairá em 2100 abaixo de 2,1 filhos por mulher, permitindo manter a população sem contribuição migratória.

Mas a evolução demográfica, que também integra mortalidade e migrações, variará de acordo com a região e o país, segundo pesquisadores que antecipam uma possível redistribuição de mapas econômicos e geopolíticos, embora o poder de um Estado não se reduza apenas ao tamanho da sua população.

A China pode perder cerca de metade de seus habitantes (1,4 bilhão atualmente para 730 milhões em 2100), com um declínio no número de pessoas em idade ativa, o que pode "impedir" seu crescimento econômico.

Os Estados Unidos, com sua posição de principal potência econômica do mundo em risco, poderão ultrapassar a China até o final do século se a imigração continuar a aliviar o declínio da fertilidade, segundo o estudo.

Ásia e Europa vão perder população. Essas duas regiões abrigam os 23 países que terão sua população reduzida em pelo menos metade: Japão (de 128 a 60 milhões), Tailândia (71 a 35), Espanha (46 a 23), Itália (61 a 31), Portugal (11 a 4,5), Coreia do Sul (53 a 27). No entanto, outros países, como a França, escaparão dessa tendência (65 a 67 milhões).

- Direitos da mulher -

Por outro lado, a África subsaariana poderá triplicar sua população de 1 bilhão para 3 bilhões, principalmente na Nigéria (206 a 790 milhões de habitantes), tornando-se em 2100 o segundo país mais populoso do mundo, atrás da Índia e à frente da China.

"Este será realmente um mundo novo, um mundo para o qual devemos nos preparar agora", disse o editor-chefe da Lancet, Richard Horton.

Neste mundo em que a população em idade ativa terá diminuído e onde as pessoas com mais de 80 anos serão seis vezes mais numerosas do que agora (de 141 para 866 milhões), será necessário "reavaliar a estrutura atual dos sistemas de assistência social e dos serviços de saúde ", adverte Christopher Murray.

"Responder a esse declínio populacional pode se tornar uma das maiores preocupações políticas em muitos países", diz seu colega Stein Emil Vollset no comunicado.

"Mas isso não deve comprometer os esforços para melhorar a saúde reprodutiva das mulheres ou o avanço dos direitos das mulheres", insiste.

Para modificar a trajetória demográfica, eles sugerem "políticas sociais" para ajudar as mulheres a trabalharem ao mesmo tempo em que possam ter todos os filhos que desejarem.

Eles também apontam para as "políticas liberais de imigração". "Acreditamos que, no final do século, os países que precisarem de trabalhadores migrantes terão que competir para atraí-los", e esses, sem dúvida, virão da África e do mundo árabe, prevê Christophe Murray.

As prateleiras dos supermercados de Melbourne, a segunda maior cidade da Austrália, foram esvaziadas nesta quarta-feira (8), a poucas horas da entrada em vigor de novas medidas de confinamento.

Mais de cinco milhões de moradores foram obrigados a retomar o confinamento por seis semanas, começando à meia-noite desta quarta. A epidemia de coronavírus ressurgiu nos últimos dias em Melbourne, com uma média de mais de 100 casos adicionais por dia.

Nas últimas 24 horas, foram registradas 134 infecções, um número mínimo em comparação às dezenas de milhares de pessoas infectadas nos países mais atingidoss, como Estados Unidos, ou Brasil.

Para as autoridades australianas, porém, trata-se de um surto neste país que parecia ter conseguido conter a epidemia de Covid-19. A principal rede de supermercados da Austrália, Woolworth, decidiu racionar, mais uma vez, suas vendas de massas, legumes e açúcares.

Restaurantes e cafés poderão servir apenas comida para viagem, enquanto academias e cinemas são obrigados a fechar novamente. Os residentes deverão permanecer em casa, exceto por motivos profissionais, para se exercitar, ir a consultas médicas, ou comprar itens básicos.

As autoridades de saúde explicaram que haviam estabelecido um vínculo entre muitos casos de coronavírus em Melbourne e os hotéis onde os australianos, que voltavam do exterior, eram postos em quarentena.

A imprensa informou que os agentes de segurança violaram as normas em vigor para evitar a contaminação, em particular tento relações sexuais com pessoas em regime de isolamento.

Consequentemente, o governo substituiu essas pessoas, que trabalhavam para empresas privadas, por agentes penitenciários, e uma investigação foi aberta.

Até o momento, a Austrália registrou cerca de 9.000 casos de coronavírus e 106 mortes.

Depois que o Governo de Pernambuco passou a responsabilidade sobre a abertura de praias, praças e parques para os municípios, a Prefeitura de Ipojuca, no Litoral Sul do estado, decidiu liberar os balneários em fases.

A primeira abertura acontece neste sábado (20), com a liberação das práticas esportivas individuais, incluindo o banho de mar, com restrição de horário das 4h da manhã às 12h. A prefeitura acentua que, com exceção das práticas esportivas dentro do mar, o uso da máscara continua sendo obrigatório.

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Ainda não será desta vez que os comerciantes poderão trabalhar em suas barracas ou de forma ambulante nas praias da cidade, isso ainda deve ficar para as próximas fases.

As praças da cidade também continuam proibidas para o uso da população. "As demais fases serão anunciadas ao final de cada etapa, a medida em que a Prefeitura do Ipojuca verificar o comportamento da curva de contaminação no município, considerando os dados dos boletins epidemiológicos da Secretaria Municipal de Saúde", explica a assessoria.

Pessoas em situação de rua em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), vão fazer testes rápidos para Covid-19. A ação será realizada na próxima segunda-feira (15) a partir das 8h30.

 Profissionais do Consultório na Rua de Olinda (CR) vão visitar diversos bairros da cidade ofertando os testes para a população em situação de rua. A concentração da equipe será na sede da Secretaria de Saúde, na Avenida Ministro Marcos Freire, em Bairro Novo.

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 Caso o resultado do teste seja positivo para Covid-19, a pessoa será encaminhada para orientações e tratamento médico no Centro de Referência de Casos Leves de Covid-19. A unidade funciona no anexo da Policlínica João Barros Barreto, no Carmo.

Na Calábria, região localizada no Sul da Itália, uma comunidade conhecida como Cinquefrondi se autodeclara "livre de pandemia" e, com isso, tenta atrair novos moradores. A intenção é povoar a vila e anunciar as casas abandonadas, que estão sendo negociadas por apenas € 1 euro, equivalente a R$ 6.

A prefeita Michele Conia está disposta a atrair pessoas ao local e batizou a "missão" como 'Operação Beleza'. "Encontrar novos proprietários para as muitas casas abandonas que temos é uma parte essencial da missão que lancei para recuperar partes degradadas e perdidas da cidade", destacou em entrevista à CNN.

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"Muitas pessoas fugiram daqui ao longo das décadas, deixando para trás casas vazias. Não podemos sucumbir à renúncia", acrescentou a gestora. A maior parte das pessoas que abandonaram a vila são jovens que foram em busca de emprego.

Para morar em Cinquefrondi é preciso reformar o imóvel e pagar a apólice de seguro anual de 250 euros, em torno de R$ 1.416, até a conclusão das obras. Os novos moradores têm o prazo de três anos para revitalizar a casa adquirida por um euro.

"Subimos entre as colinas refrescantes e dois mares, um rio corre nas proximidades e as praias ficam a apenas 15 minutos de carro. Mas um bairro inteiro da minha cidade está abandonado, com casas vazias que também são instáveis ​​e arriscadas", descreveu Conia para atrair populares.

Em mais uma rodada de aferição, a InLoco, empresa de tecnologia que atua no segmento de geolocalização, divulgou dados referentes à quarentena e ao isolamento social no Estado. A taxa de pessoas que estão permanecendo em suas residências teve um incremento de 11,5% entre os dias 16 e 21 de maio, primeiros dias da quarentena. Os números são referentes às cidades do Recife, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe, São Lourenço da Mata e Olinda, locais onde estão em vigor as medidas mais rígidas da quarentena.

Na quinta-feira, dia 21, nas cinco cidades, a taxa média de isolamento social chegou aos 50,3%, contra 48,4% da quinta-feira da semana passada, antes do início da Operação Quarentena. Nos outros dias, os números seguem a tendência: 60,1% (dia 16), 63,8% (dia 17), 53,5% (18), 52,1% (19) e 52,1% (20). Percentuais que superam os dias anteriores, quando foram registrados, respectivamente, 48,1% (09), 52,4% (10), 49,4% (11) 50,1% (12), 49,3% (13) e 48,4% (14).

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Na quinta-feira, na Região Metropolitana a média foi de 55,3%, contra 49,6% da semana anterior. O levantamento apontou, no Recife, uma adesão média de isolamento social de 57,4% da população às medidas. Uma semana antes (14.05), a média foi de 51,5%. Em Olinda, no mesmo dia, as taxas subiram de 51,6% (14.05) para 57% (21.05) dos moradores colaborando com as regras da quarentena.

Em 21 de maio, Jaboatão dos Guararapes apareceu com 54,1% de isolamento social. No dia 14, o índice de isolamento estava bem abaixo, com 48,2% das pessoas se ajustando às medidas do decreto. Camaragibe passou de 49,0% para 55,5% no comparativo. A população de São Lourenço da Mata colaborou com as medidas, aumentando o percentual de 47,9% para 53,6%, na comparação do dia 14 com o dia 21 de maio.

COMPARATIVO – No dia 21 de maio, de acordo com levantamentos da InLoco, o Estado de Pernambuco atingiu uma taxa de isolamento social de 51,3%. Uma semana antes (Dia 14), esse índice era de 47,5% de moradores aderindo às regras vigentes na quarentena.

Da assessoria do Governo de Pernambuco

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A saga pela retirada do auxílio emergencial é travada embaixo de sol e uma longa fila em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR). Com o depósito da segunda parcela, nesta sexta-feira (22), beneficiários do Bolsa Família se dizem preocupados com o vírus, por isso garantem que estão atentos às recomendações sanitárias e ao distanciamento.

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Contra o tempo, a sede e o calor, duas filas extensas se formaram na agência da Caixa Econômica Federal. Desde às 10h enfrentando este cenário, a beneficiária Isabel Cristina conta que a fila anda com certa fluidez. “Até que a fila tá andando rápido. Cheguei aqui umas 10h para tentar resolver um problema no cartão, mas não faço ideia de quando vou sair”, avaliou.

Com a filha Leonora, de apenas 10 meses, nos braços, a doméstica Glauce Terno aproveitou que cadeiras foram disponibilizadas para população que aguardava atendimento. Ela explica que prefere retirar a quantia em uma lotérica, contudo não tinha com quem deixar a pequena e precisou acompanhar a mãe e a filha mais velha no saque. “É complicado, mas a gente tem que ir levando”, contou antes de revelar que levou um susto ao se deparar com a aglomeração. “Uma pandemia dessa e essa quantidade de gente na rua?”, questiona.

Em busca da primeira parcela, o autônomo José Rinaldo se diz impaciente por estar desde o dia 4 de março sem vender os assentos de madeira que confecciona. Ele comemorou a aprovação do auxílio e reforça que esta é sua única opção, por isso mantém o positivismo. “Estou torcendo pra sair daqui umas 12h”, finalizou.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) divulgou a listagem do índice de isolamento social dos municípios após a intensificação das medidas restritivas. Com a Operação Quarentena, o levantamento aponta que 58,9% dos pernambucanos permaneceram em casa nesse domingo (17).

Um dia após o início da fiscalização em vias públicas, Recife alcançou 66,1% de isolamento. Em seguida, três cidades inclusas na operação obtiveram os melhores resultado, são elas: Olinda (65,3%), Camaragibe e Jaboatão dos Guararapes com 63%.

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Embora seja o 5º município incluso no decreto, São Lourenço da Mata (61,4%) acabou superado por Paulista, que atingiu 62% do isolamento social. Igarassu assumiu a 10ª posição com 58,4%, seguida pelo Cabo de Santo Agostinho que registrou 57,9%.

Com o estudo dividido por região, foi informado que 57,8% da população do Grande Recife adotou as medidas. Seguida pela Zona da Mata (51,1%), Agreste (47,8%) e Sertão (46%), com destaque para a região do São Francisco que registrou 48%. 

Diante da meta de cumprir 70% do isolamento, o procurador-geral de Justiça de Pernambuco, Francisco Dirceu Barros, reforçou que "os especialistas sanitários mostram a necessidade de que seja realizado um isolamento mais restritivo para que seja possível conter e barrar o processo de contágio do novo coronavírus”.

Ele ainda alertou sobre a necessidade do pensamento conjunto para evitar mais contaminações. “[...] mas é preciso lembrar que o cidadão precisa ter essa consciência. Mude sua atitude, pense em sua família e pense no outro. Caso contrário teremos uma tragédia sem precedentes”, acrescentou.

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O cenário imposto pela crise da pandemia acentuou a carência das camadas sociais mais vulneráveis da Região Metropolitana do Recife (RMR). Diante das recomendações sanitárias para ficar em casa e reforçar a higiene, a população em situação de rua busca alternativas para permanecer de pé e evitar ser infectada pelo novo coronavírus. O LeiaJá colheu relatos de quem tem como única opção apoiar-se no assistencialismo para superar o vírus e o preconceito.

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A suspensão do comércio não essencial e a restrição da movimentação de pessoas limitou ainda mais as possibilidades de coexistir na agitação de Recife e Olinda. Sem muita informação sobre o novo coronavírus, desabrigados olham para uma multidão mascarada, em posse de tubos de álcool gel, e tentam entender a gravidade da doença que já matou mais de 1.300 pessoas em Pernambuco.

Para uma vida em bancos de praça e sob marquises, banho e alimentação digna são luxos. Porém, o burburinho sobre as mortes decorrentes da pandemia avança e o medo fez com que buscassem ajuda da gestão pública. Em Olinda, a Casa Três Marias, no Carmo, foi disponibilizada para oferecer higienização, instrução e um lanche aos desabrigados. O município já registrou 1.330 casos confirmados e 97 óbitos, aponta a prefeitura.

No ponto de apoio, cerca de 80 atendimentos são realizados diariamente, no entanto, cerca de 25 desses optam pelo banho, revela a educadora sanitária Laís Spínola. A proposta é evitar a contaminação, ainda que seja difícil permanecer livre em um ambiente tão frágil que é a rua.  

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Quem tem fome, tem pressa

Já no Recife – município com cerca de 507 óbitos -, o Restaurante Popular Josué de Castro, no bairro de São José, permite que a fome seja combatida com a entrega mais de mil quentinhas, das 11h às 14h. O almoço geralmente é uma das refeições adquiridas em uma peregrinação diária, que os necessitados fazem em busca de alimento. 

O ex-pedreiro Danúbio Alves, de 63 anos, relata que sai da comunidade do Bode, um trajeto da Zona Sul ao Centro, para quebrar jejum. O café da manhã é servido no Armazém do Campo, com ingredientes doados por agricultores de assentamentos ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Após almoçar no restaurante popular, ele segue para a Praça do Diário, onde conta com a empatia de grupos voluntários para voltar ao barraco de barriga cheia.

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Além do poder público

Para quem não passa por essa necessidade e se comove com a condição, “a satisfação de doar, de tirar a fome de uma pessoa naquele dia, ver os olhos das pessoas quando a gente chega e ouvir: ‘meu Deus, hoje eu não sabia o que ia comer’, e de repente chega uma marmita [...] não tem nada no mundo que pague”, garante a instrumentadora cirúrgica, Ana Vieira.

Junto a oito familiares, ela encabeça o projeto Almoço Solidário, que distribui a cada quinze dias 200 refeições para quatro comunidades do Janga, em Olinda. Ela se apoia na contribuição de amigos para tocar o projeto.

Enquanto as mulheres ficam responsáveis pelo preparo, os homens dividem-se em dois carros e saem pelas ruas das comunidades fazendo a boa ação. ”A comida que faço na minha casa é a mesma que vai para a doação. É simples, mas é uma comida feita com muito amor e carinho”, assegura Ana. Para ajudar o grupo a manter o trabalho, basta entrar em contato com Freire através do contato 98324.2415.

Moradores do Sítio Histórico de Olinda denunciam que, desde o fim do ano passado, pessoas em situação de rua estão invadindo as instalações da unidade operacional da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e fazendo uso da água tratada. Diante do crescimento da população carente, a insatisfação pela falta de políticas públicas foi estimulada nesse sábado (18), quando dois jovens em condição vulnerável, de aproximadamente 20 anos, foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) no Mercado da Ribeira com sintomas do novo coronavírus.

A empreendedora Márcia Lessa conta que acionou o SAMU no último sábado (18) para atender aos jovens, ambos identificados como Felipe. Os dois apresentavam sintomas de Síndrome Respiratória Grave Aguda (SARS).

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Moradora do Sítio Histórico há 20 anos, ela alimenta cerca de 45 pessoas em situação de rua e lembra que, desde a última semana, começou a perceber que algumas estavam apresentando sintomas semelhantes ao do novo coronavírus.

“Quando voltei no sábado, Felipe não tinha forças, já estava complemente debilitado, convulsionando”, descreveu. Segundo Márcia, ele foi encaminhado para o Hospital Tricentenário, onde não realizou teste para a Covid-19. Conforme o relato, ele foi diagnósticado com dengue, mas foi-lhe receitado um remédio para piolho, antes de ser liberado. A assessoria da unidade de Saúde informou que o paciente não apresentava quadro grave e se recusou a tomar duas injeções.

Receituário do paciente solicitando a compra de remédio para parasitas   Foto: Cortesia

Sem apresentar melhora, o Samu foi acionado novamente no domingo (19). Porém, o jovem não quis prosseguir com o atendimento. “Ele disse que não ia porque para levar duas injeções e voltar do tricentenário queimando de febre a pé, era melhor ficar deitado, relatou a voluntária. Ainda em contato com Felipe Nascimento, ela descreveu seu atual quadro de saúde: “ele disse que não está sentindo cheiro, não está sentindo gosto e está com muitas dores no corpo, dor de cabeça e febre, mas continua na rua”, complementou. Márcia ainda indicou que o outro jovem segue hospitalizado, no entanto, o Hospital Tricentenário alega que não há nenhum paciente internado com este nome.

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A reportagem do LeiaJá entrou em contato com as secretarias de Saúde de Olinda e do Estado para confirmar o óbito, visto que o último boletim epidemiológico do município registrou 23 mortes e 253 pacientes confirmados com a infecção. A restrição de documentos e a dificuldade de identificação do paciente impediu a checagem por parte dos órgãos.

Nesse fim de semana, o Samu precisou visitar duas vezes o Mercado da Ribeira para atender aos populares   Foto: Cortesia

Diante do aumento gradativo da população carente, moradores da região perceberam que, no fim do ano passado, a unidade da Compesa localizada nos arredores do mercado foi invadida e as instalações tornaram-se abrigo. “Uma moradora relatou pra gente que desde novembro do ano passado, eles tão usando o prédio pra tomar banho, fazer necessidades fisiológicas, fizeram uma cozinha improvisada com fogão à lenha [...] é uma área que não deveria tá circulando pessoas que não tivessem autorização”, confirmou o coordenador da Sociedade de Defesa da Cidade Alta (Sodeca) Nathan Nigro.

Além do controle sanitário, os moradores pedem ações para garantir a segurança na região. Eles contam que episódios de violência e consumo de drogas aumentaram junto com o acúmulo de pessoas vivendo nas ruas da localidade. "Nem a Compesa, nem a prefeitura podem dizer que não sabiam", complementa Nigro ao reforçar que, desde o início de 2020, as duas entidades foram comunicadas sobre as condições enfrentadas na área turística.

A companhia de abastecimento garante que o grupo não tem acesso a àgua tratada  Foto: Reprodução/Facebook/Sodeca

A Compesa esclareceu que a água do Reservatório da Ribeira não passa por qualquer tipo de manuseio humano, pois ela entra e sai da unidade em tubulações. Em relação a invasão às dependências, a companhia informou que já fez contato com a prefeitura para que os identificados sejam levados para abrigos. Só nessa segunda-feira (20), um vigilante foi disponibilizado para controlar o acesso ao local. A nota ainda reitera que os padrões de qualidade estabelecidos Portaria de Consolidação nº 05/2017, Anexo XX, relacionada aos procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano, são atendidos.

A Secretaria de Desenvolvimento Social, Cidadania e Direitos Humanos de Olinda confirmou o contato feito pela Compesa e apontou que vai intensificar os cuidados com a população vulnerável da área a partir desta quarta-feira (22). Dois pontos de higienização, com capacidade para 40 atendimentos diários cada, serão disponibilizados pelo município. Um ficará localizado no Estádio Grito da República, no bairro de Rio Doce; e o outro na chamada casa das 3 Marias, no Carmo.

Após o cadastro, os populares vão receber kits de higiene e vão poder tomar banho. Em seguida, alimentação será fornecida. O Ponto de Cuidado à higienização de Rio Doce funciona já nesta quarta (22). Já o do Carmo aguarda a montagem da estrutura por parte do Governo do Estado e deverá iniciar os atendimentos só em abril.

Quem precisa ir às unidades da Caixa Econômica Federal tem enfrentando uma realidade difícil. Em meio a pandemia do novo coronavírus, em que a principal recomendação da Organização Mundial de Saúde é o isolamento social, filas quilométricas têm desafiado a quarentena e colocado em risco centenas de pessoas.

Na manhã desta terça-feira (14), as agências da região metropolitana do Recife, começaram seus expedientes lotadas e mesmo com medidas de segurança para conter aglomerações dentro dos prédios, do lado de fora da porta giratória o cenário era outro.

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A vista do entorno da agência da Caixa Econômica, localizada próxima à Praça do Rosário, no centro de Jaboatão dos Guararapes, chamou atenção dos transeuntes Para entrar na unidade era preciso enfrentar uma fila que dava a volta no quarteirão.

Das dezenas de pessoas que aguardavam do lado de fora, poucas respeitavam a distância mínima de um metro entre os corpos. Em Casa Amarela, Zona Norte da capital pernambucana, a situação se repetia, com clientes da casa bancária sem máscara, esperando a liberação da entrada na unidade. Apenas a fila do caixa eletrônico era menor, mas mesmo nela, as medidas de distanciamento não eram aplicadas pela população.

O que dizem os bancários

De acordo com Suzi Rodrigues, presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, a formação de aglomerações se dá por conta do pagamento do Auxílio Emergencial associado à desinformação sobre o calendário de recebimento do benefício.

"A gente sabe que a fome não espera, mas as pessoas vêm para cá sem saber se vão receber e não estão seguindo as orientações que estão no aplicativo". Ela ressalta que mesmo aqueles que não devem receber o benefício este mês, estão comparecendo às agências e isso aumenta as aglomerações em frente 

"A Polícia Militar hoje está dando um apoio, mas mesmo ela não está conseguindo controlar. No fundo, as pessoas querem responsabilizar o bancário pela fila que está enfrentando, mas muitos que estão aqui nem sabem se vão ter condições [de receber o benefício] ou atendem os critérios para recebê-lo", afirma. 

Em Jaboatão dos Guararapes

Em entrevista ao NETV, o prefeito Anderson Ferreira (PR), afirmou que tenta conscientizar a população, mas que o município sozinho não é capaz de conter as aglomerações. “A prefeitura tem feito campanhas educativas, carro de som percorrendo toda a cidade, nós temos colocado todos os servidores também fazendo essa fiscalização no comércio. Agora, essa situação é uma situação que ocorre no Recife, que ocorre em Abreu e Lima, em cidades com uma maior densidade habitacional”, disse. Para ele, o Governo do Estado precisa dar um suporte maior as cidades para ajudar a conter seus habitantes. 

“Não tem efetivo suficiente [da PM] para ajudar os municípios. Por mais que a guarda municipal e todo o nosso efetivo faça o trabalho de conscientização ele ainda é pequeno. [...] Cabe o Governo de Pernambuco dar suporte ao municípios para que essa fiscalização possa acontecer”, afirmou.

Quando receber o benefício

De acordo com a assessoria do Sindicato dos Bancários de Pernambuco a Caixa adiou o início do pagamento aos trabalhadores que usaram o aplicativo Caixa Auxílio Emergencial, ou o site auxilio.caixa.gov.br, para atualizar as informações no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico) do Governo Federal. Esse grupo só começará a receber o auxílio emergencial na próxima quinta-feira (16), mesma data em que terá início o pagamento dos beneficiários do Bolsa Família. Para saque em espécie das poupanças digitais Caixa o calendário segue as seguintes datas:

27 de abril – nascidos em janeiro e fevereiro

28 de abril – nascidos em março e abril

29 de abril – nascidos em maio e junho

30 de abril – nascidos julho e agosto

04 de maio – nascidos em setembro e outubro

05 de maio – nascidos em novembro e dezembro

Até o dia 27 de abril, esse recurso será creditado na poupança digital Caixa e não poderá ser sacado em dinheiro. O crédito digital só poderá ser usado para faturas em débito automático ou usando código de barras, e transferência para contas de outros bancos. Essa limitação do saque atinge as poupanças digitais. Para solucionar dúvidas a Caixa Econômica criou uma central de atendimento pelo número 111. Quem fez o cadastro pelo aplicativo deve acompanhar o resultado na plataforma.

Dados do Coronavírus no Estado

Em boletim divulgado nesta terça-feira, pela Secretaria de Saúde de Pernambuco, o número de casos da doença no estado subiu para 1.284. Nas últimas 24 horas foram identificados 130 novos infectados e 13 pessoas morreram, devido a Covid-19. Outros 11 pacientes se recuperaram da doença.

Os moscovitas ficarão sob rigoroso confinamento a partir de segunda-feira, anunciou o prefeito da capital russa neste domingo, à medida que crescem os casos do novo coronavírus.

Os moradores de Moscou só poderão sair de casa devido a uma emergência médica, trabalhar, se necessário, comprar mantimentos ou farmácias, disse o prefeito Sergéi Sobyanin em comunicado.

O anúncio de Sobyanin se soma às medidas já aplicadas em âmbito nacional. Desde quinta-feira os idosos são proibidos de sair de casa e desde sábado os restaurantes e lojas estão fechadas.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, também pediu aos russos que fiquem em casa na quarta-feira e decretou uma semana de folga remunerada aos trabalhadores.

Como parte de sua luta para impedir o Covid-19, a Rússia fechará completamente suas fronteiras a partir de segunda-feira.

Com o objetivo de atender ao aumento da demanda por alimentos da população em situação de rua do centro do Recife, a Arquidiocese de Olinda e Recife e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) encabeçaram a ação permanente “marmita solidária”, que já distribui, no Armazém do Campo, no bairro de Santo Antônio, quase mil refeições do café da manhã e jantar por dia.

“A rua do Imperador tem uma população de rua considerável. Todas as noites já existia um processo solidário ali, mas, com a pandemia do coronavírus, as entidades pararam as distribuições com medo”, conta Paulo Mansan, membro da diretoria do MST Pernambuco. Assim, uma série de pedidos por alimentação chegaram ao movimento. “Houve um processo de sensibilização e nos propomos a fazer, a Arquidiocese abraçou a iniciativa. Nós estamos fazendo uma ação centralizada no Armazém do Campo, um espaço do MST que vende produtos orgânicos, aqui no centro”, completa Mansan. 

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Como contribuir?

A ação foi também abraçada por outros grupos, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Frente Brasil Popular o grupo Unificados pela População de Rua. Quem quiser contribuir com a iniciativa, pode ajudar sem sair de casa, realizando transferência bancária para a conta da Associação da Juventude Camponesa Nordestina Terra Livre: Banco do Brasil – Agência: 0697-1, Recife, conta corrente 58892-x. O CNPJ da associação é o 09.423.270/0001-80. Alimentos e produtos também podem ser entregues na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, na Estreita do Rosário, S/N, bairro de Santo Antônio, área central do Recife. O ponto de coleta de doação funciona de segunda a sexta, das 10h às 14h.

A ação também precisa de voluntários. Os interessados podem conseguir mais informações através de contato com Paulo Mansan, pelo telefone (81) 99855.3121 ou pelas contas no instagram @armazemdocamporecife e @unificadospsr.

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A pandemia do novo coronavírus evolui tão rápida quanto as informações que chegam à população. Só no Brasil, mais de 230 casos foram confirmados e uma morte foi registrada pelo Ministério de Saúde na manhã desta terça-feira (17). Tais números, modificaram a rotina dos brasileiros, que dividem-se entre a prevenção e o ceticismo diante da gravidade do Covid-19 e um iminente colapso do sistema de saúde.

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Com translado restrito, fronteiras e aeroportos já foram fechados e embarcações estão impedidas de atracar. Em Pernambuco, 18 pacientes foram confirmados e 81 seguem em investigação. Por isso, todo sistema de Educação foi paralisado e eventos com aglomeração de pessoas estão cancelados, dentre eles shows, a tradicional Paixão de Cristo e o campeonato estadual de futebol. 

Mesmo com a recomendação de isolamento, a quarentena ainda não foi oficializada e, a maioria dos pernambucanos, segue em uma rotina de exposição. Aos poucos, o álcool gel some das farmácias e as máscaras passam a tomar as ruas. Vale destacar que dois menores de idade do Grande Recife foram diagnosticados com o Covid-19, que também se espalhou pelo Agreste do Estado e fez um paciente no município de Belo Jardim.

Um simples aperto de mãos passa receio e tossir em ambiente público certamente atrairá olhares desconfiados. Enquanto a discussão sobre as formas eficazes para conter o Covid-19 invadem os debates, o LeiaJá visitou a praia de Itapuama, no Litoral Sul do Estado, para saber se o medo de infecção alterou a vida dos banhistas. Com menos visitantes que o habitual, o comércio local já sente os efeitos da pandemia.

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Diante da falta de remédio específico e de vacina para combater o novo coronavírus - além do risco de se sobrecarregar o sistema de saúde -, o esforço de cada indivíduo, em particular, e da comunidade, como um todo, passa a ser fundamental para conter a dispersão da covid-19. A mensagem que médicos e autoridades de saúde têm reforçado diariamente é que a população tem de fazer sua parte.

E o que isso significa? O princípio básico é não apenas se proteger, mas também evitar que outras pessoas possam se contaminar, principalmente as mais vulneráveis.

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Isso porque muitos casos da doença são leves ou até assintomáticos, de modo que é possível acabar transmitindo sem nem perceber. Um jovem com sintoma leve, que ache que só tem um resfriado, pode acabar contaminando um idoso mais fragilizado. O problema é que a covid-19 em pessoas com mais de 80 apresenta uma taxa de letalidade de mais de 20%.

As medidas mais básicas vêm sendo ditas à exaustão, mas não custa repetir: lavar as mãos constantemente, tossir ou espirrar tampando o rosto com a parte interna do cotovelo, evitar beijos e abraços e aglomerações. Mas, sempre que possível, o ideal é mesmo promover o distanciamento social.

A recomendação é cancelar reuniões, congressos, eventos que não sejam imprescindíveis. Evitar ambientes fechados e cheios, como cinemas, teatros e até mesmo os locais de trabalho, fazendo home office. E ficar muito atento ao próprio corpo. Quem tiver sintomas leves e puder, tem de ficar em casa.

Em vários países que já apresentam uma epidemia mais consistente, o início do problema foi rastreado a situações de aglomeração, como um culto religioso na cidade de Daegu, na Coreia do Sul, e uma conferência de uma multinacional na cidade de Cambridge, nos Estados Unidos.

"De um modo geral, quantas vezes as pessoas correm para o hospital quando ficam com uma gripe? Quase nunca, né? E muitas vezes ainda vão trabalhar. Agora têm de ficar em casa. Cada pessoa que tiver manifestação clínica tem responsabilidade de não propagar a doença, de não colocar ninguém em risco", afirma Rivaldo Cunha, coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz e professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.

A situação muda, claro, se a pessoa apresentar um quadro mais sério, como dificuldade de respiração, febre muito alta. Mas do contrário é melhor não ir para os hospitais.

Especialistas em modelagem matemática de epidemias indicam que quando a população adere às medidas de contenção de uma doença, a curva de novos casos pode sofrer um "achatamento". O princípio é que a dispersão do vírus em uma população que foi pega de surpresa é diferente do que ocorre quando todo mundo age a fim de evitar a doença - seguindo as recomendações das autoridades de saúde, o quadro pode mudar. A Organização Mundial da Saúde tem citado como exemplo positivo o caso da Coreia do Sul, que, apesar de ter chegado a cerca de 8 mil casos, conseguiu estabilizar a expansão da doença com medidas de contenção. A população aderiu às medidas de cuidados e controle.

Vacina da gripe

Isso vale até ao se precaver contra outras doenças que podem confundir o sistema, como a gripe comum. Por isso é importante que todo mundo tome a vacina contra a doença quando ela estiver disponível. Com isso, não só será mais fácil distinguir pessoas com coronavírus como vai evitar que pessoas contaminadas com gripe também necessitem de atendimento médico. 

Com os últimos casos de suspeita do Coronavírus no Recife, a procura por máscaras de proteção cresceu bastante e com isso a escassez do produto nas farmácias na cidade, situação que está deixando a população alarmada.

De acordo com Sérgio Mena Barreto, CEO da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), a falta do produto se dá pelo problema com a restrição mantida pela exportação chinesa.

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“Várias redes de farmácias informaram que estão com estoques de máscaras zerados ou dificuldade de conseguir o item para a venda. E ninguém se planejou pra essa demanda, até porque 30 dias atrás a demanda já tinha aumentado e os distribuidores não tinham para entrega. Como o insumo delas é chinês e o governo chinês restringiu a saída, está em falta. Mas o álcool em gel é uma falta pontual porque tem produção nacional”.

Na semana passada, a Abrafarma havia emitido a seguinte nota: “Em relação aos reflexos do coronavírus no país, a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), na condição de entidade representativa do varejo farmacêutico nacional, está atenta aos possíveis problemas de fornecimento de produtos como máscaras e gel antisséptico, por conta da elevação da procura. A indústria farmacêutica, que utiliza matéria-prima e princípios ativos importados da China, também pode ser influenciada por esse cenário. Porém, ainda não é possível mensurar um impacto efetivo”.

O LeiaJá procurou algumas farmácias e até uma distribuidora para buscar informações sobre a procura e a quantidade disponível para venda. Alguns modelos estão com valores majorados, como é o caso da máscara N95 que até a semana anterior ao período de carnaval custava cerca de R$ 24,90 a unidade, atualmente está custando R$ 49,99. Já a máscara cirúrgica, de uso comum, ainda custa R$ 23,90, mas segundo a empresa o valor pode sofrer aumento devido a grande procura.

Confira nossa reportagem:

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Neste sábado (1º), a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) emitiu um alerta de pancadas de chuvas com intensidade de moderada a forte nos municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR), Zona da Mata e Sertão.

Segundo informações divulgadas pela Apac, o alerta é válido até o domingo (2). Esse é o primeiro aviso da agência para a população pernambucana em 2020.

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Pontos de alagamento

Durante a madrugada, fortes chuvas alagaram alguns pontos da RMR. Os motoristas que passaram pela Avenida Mascarenhas de Morais, no bairro da Imbiribeira, e pela Avenida Dois Rios, no Ibura, Zona Sul do Recife, encontraram pontos de alagamento que dificultaram o trânsito pela manhã.

Segundo a Apac, entre as 19h dessa sexta-feira (31), até as 7h deste sábado, o monitor pluviométrico da Unidade Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, revelou que na região choveu 40,80 mm nas últimas 12 horas.

Outros pontos como o bairro de Areias, Zona Oeste do Recife, choveu 18,80 mm e no Alto Bela Vista, no Ibura, a precipitação indicou 18,78 mm.

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, apresentou nesta terça-feira (17) um plano para fornecer, até 2024, abrigo para todos os que vivem na rua, com camas temporárias e moradias permanentes.

A cidade calcula que quase 4.000 nova-iorquinos vivem nas ruas. Cerca de 60.000 pessoas, incluindo 21.640 crianças, ficam diariamente em um dos abrigos da maior cidade dos Estados Unidos, 10.000 a mais do que em 2013.

O Departamento de Habitação dos EUA (HUD) estimou o número de pessoas sem-teto em Nova York em 78.676, em um relatório publicado em 2018. O plano anunciado hoje faz parte do programa Municipal Home-Stat, lançado em 2016 para melhorar o atendimento aos sem-teto em Nova York.

O democrata De Blasio disse que as autoridades religiosas da cidade podem colocar cinco locais adicionais a serviço do programa, oferecendo mais 1.000 camas.

Esses são abrigos temporários, que devem ser instalados durante o próximo ano e serão adicionados aos 1.800 leitos já disponíveis no programa. O plano também prevê o fornecimento de 1.000 casas permanentes.

A prefeitura também reforçou as equipes responsáveis para contactar as pessoas em situação de rua. É um "plano para acabar com a vida nas ruas em Nova York de uma vez por todas", disse De Blasio em uma coletiva de imprensa.

Espera-se que o plano custe aproximadamente 100 milhões de dólares por ano, segundo o prefeito. De acordo com a prefeitura, 2.450 pessoas saíram das ruas, graças ao programa Home-Stat.

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