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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe nesta segunda-feira (26) o mandatário da Argentina, Alberto Fernández, que enfrenta uma grave crise econômica com altas taxas de inflação e escassez de reservas para pagar um empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Lula e Fernández se reunirão no Palácio do Planalto às 12h e posteriormente terão um almoço no Palácio Itamaraty.

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O líder argentino também deve ter encontros com autoridades do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Fernández tem expectativa de receber apoio financeiro brasileiro ou do Novo Banco de Desenvolvimento do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), chefiado pela ex-presidente Dilma Rousseff.

Na semana passada, durante evento na França, Lula criticou o FMI por ter emprestado US$ 44 bilhões ao governo argentino durante a presidência de Mauricio Macri e destacou a importância do banco dos Brics.

Da Ansa

O presidente argentino, Alberto Fernández, anunciou nesta quinta-feira (20) um confinamento total por nove dias, no momento em que o país "atravessa o pior momento da pandemia", com um registro diário de cerca de 35 mil casos e 450 mortos.

"A medida entrará em vigor da 0h de 22 de maio à meia-noite de 30 de maio", informou o presidente, em pronunciamento na TV. Apenas três são dias úteis, devido aos feriados de 24 e 25 de maio. A partir do dia 31, as restrições atuais serão retomadas, com um novo confinamento total no fim de semana de 5 e 6 de junho.

"Não devemos naturalizar tanta tragédia. Temos que assumir a gravidade. Não é o momento de especulações, ninguém tem o direito de querer tirar vantagem disso, devemos nos unir para superar esta catástrofe", declarou o presidente.

Durante o confinamento, estarão suspensas as atividades sociais, econômicas, educativas, religiosas e esportivas presenciais. Estarão autorizados apenas o comércio essencial e as entregas em domicílio. Os argentinos poderão circular somente pelos arredores de seus domicílios, entre as 6h e 18h. A proibição das atividades será semelhante à imposta por vários meses no começo da pandemia.

- Casos voltam a subir -

Ao contrário do que aconteceu em meados de abril, quando resistiu a aplicar as restrições em sua jurisdição, o prefeito opositor de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, afirmou que segue as medidas do governo central. "Os casos, que haviam começado a diminuir, voltaram a subir há uma semana. Isso nos preocupa muito. A ocupação dos leitos de UTI está em 83% no sistema público da cidade", afirmou em entrevista coletiva, após o pronunciamento do presidente.

A Argentina registrou hoje 35.884 novos casos de Covid-19 e 435 mortos, somando 3.447.044 casos e 72.699 mortos desde o começo da crise sanitária. Nos últimos sete dias, a média diária foi de 27.177 casos e 493 mortos.

Fernández afirmou que o governo continuará ajudando os setores menos favorecidos e as empresas, com subsídios que serão parcialmente financiados por um imposto extraordinário sobre as grandes fortunas. Ele disse que aguarda a chegada do México de 4 milhões de vacinas AstraZeneca produzidas em conjunto entre os dois países, além de 1 milhão de doses da russa Sputnik.

Quase 8,5 milhões de pessoas foram vacinadas com ao menos uma dose na Argentina, país de 45 milhões de habitantes. Outros 2,2 milhões receberam a imunização completa.

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