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O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, chegou à Ucrânia nesta terça-feira (21) e visitou a cidade mártir de Bucha, nas proximidades de Kiev, símbolo das atrocidades da ocupação russa.

Kishida viajou para Bucha de trem, logo após sua chegada a Kiev pelo mesmo meio de transporte.

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O primeiro-ministro japonês também tem uma reunião programada com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky.

Kishida era o único líder do G7 que não havia viajado à capital da Ucrânia desde o início do conflito em fevereiro de 2022.

A Ucrânia celebrou a "visita histórica" de Kishida como um "gesto de solidariedade" do país asiático.

"Esta visita histórica é um gesto de solidariedade e de forte cooperação entre a Ucrânia e o Japão. Somos gratos ao Japão por seu sólido apoio e contribuição para nossa futura vitória", tuitou a primeira vice-ministra das Relações Exteriores, Emine Dzheppar.

A visita acontece no momento em que o presidente da China, Xi Jinping, está em Moscou e se reúne com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para abordar o conflito na Ucrânia.

O Japão anunciou em fevereiro uma oferta de ajuda de 5,5 bilhões de dólares à Ucrânia, depois de enviar assistência humanitária e emergência.

O governo japonês não ofereceu apoio militar até o momento porque a Constituição pacifista do país limita a ação de suas Forças Armadas a missões de defesa.

A baixa taxa de natalidade no Japão e o envelhecimento da população são um risco para o país – afirmou o primeiro-ministro, Fumio Kishida, nesta segunda-feira (23), prometendo criar uma agência estatal para ajudar a solucionar o problema.

A taxa de natalidade vem diminuindo em várias nações desenvolvidas. No caso do Japão, porém, a situação é ainda mais grave, ao se considerar que o país é o segundo com a maior proporção de pessoas com mais de 65 anos no mundo, depois de Mônaco, conforme dados do Banco Mundial.

"O número de nascimentos caiu para menos de 800 mil no ano passado, segundo estimativas", disse Kishida, no início de uma sessão parlamentar.

"O Japão está no limite de continuar funcionando como uma sociedade", afirmou o premiê, que prometeu "concentrar a atenção em políticas relativas às crianças e à infância como uma questão que não pode esperar e não pode ser adiada".

De acordo com o líder conservador, as políticas, que incluem a criação de uma Agência para a Infância e a Família em abril, serão direcionadas para dar suporte aos pais, visando a garantir a segurança da terceira maior economia do mundo. Ele também espera que o governo dobre os gastos em programas relacionados com a infância.

"Devemos construir uma economia social que priorize a infância para reverter a (baixa) taxa de natalidade", afirmou.

O Japão tem uma população de 125 milhões de pessoas e vem enfrentando problemas para administrar o crescente número de idosos no país.

A taxa de natalidade está se desacelerando em muitos países, devido a fatores como o alto custo de vida, a entrada das mulheres no mercado de trabalho e a decisão das pessoas de terem filho mais tarde.

Segundo dados oficiais, no ano passado, a população da China diminuiu pela primeira vez em seis décadas.

O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, anunciou nesta sexta-feira (3) que não será candidato a liderar seu partido nas eleições internas marcadas para o final de setembro, o que implica que também deixará o cargo de chefe de governo mais tarde.

"Quero me concentrar nos esforços para combater o coronavírus e é por isso que não vou concorrer às eleições" para liderar o Partido Liberal Democrata (LDP), declarou Suga à imprensa, após uma reunião com os líderes de sua legenda política, que detém o poder no país.

"Percebi que não poderia fazer as duas coisas": lutar contra a pandemia e pela reeleição no PLD, disse Suga. "Tive de escolher", explicou.

"Honestamente, estou surpreso", reagiu Toshihiro Nikai, número dois do partido. "É realmente lamentável, mas ele fez o que acreditava ser melhor, após uma longa reflexão", acrescentou.

O vencedor das eleições internas do PLD, marcadas para 29 de setembro, vai liderar o partido nas eleições legislativas previstas para este outono boreal (primavera no Brasil).

Como o PLD (direita nacionalista) não tem outra sigla que o ofusque no país, seu novo líder se tornará quase que automaticamente primeiro-ministro.

- Impopular -

Suga, de 72 anos, era considerado o favorito para liderar o partido, embora seu governo seja muito impopular de acordo com as últimas pesquisas.

No final de agosto, tinha apenas 26% de opiniões positivas, de acordo com sondagem do jornal Mainichi, um mínimo recorde.

A popularidade de Suga também despencou, em paralelo à de sua sigla, devido às decisões tomadas na gestão da pandemia da Covid-19, que continua a se espalhar pelo Japão. Desde junho, o país registrou números muito elevados de infecções, chegando a 20 mil novos casos por dia.

O governo demorou a implementar uma campanha geral de vacinação e decretou estado de emergência em várias ocasiões. Este dispositivo, que se baseia principalmente em recomendações, cujo cumprimento não é obrigatório, parece cada vez menos eficaz na contenção das infecções e começa a gerar enorme indignação na população.

Suga também é muito impopular por sua determinação em manter os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos deste ano a qualquer custo, apesar de a maioria da população se opor à sua realização.

"Para os representantes do PLD é um alívio não ter que fazer campanha nas legislaturas com um candidato tão impopular como primeiro-ministro", disse Tomoaki Iwai, professor de ciência política da Universidade Nihon, em Tóquio.

- Candidatos -

Fumio Kishida, ex-ministro das Relações Exteriores de 64 anos, que já havia demonstrado interesse em concorrer à liderança do partido, agora se tornou o "favorito", porque é "moderado e experiente", segundo Iwai.

Há outros pesos-pesados do partido, mais populares entre os eleitores, como o ministro da Reforma Administrativa e da Vacinação, Taro Kono, ou o ex-ministro da Defesa Shigeru Ishiba, que também podem ser candidatos.

Suga assumiu o cargo de primeiro-ministro em setembro de 2020, após a renúncia inesperada de Shinzo Abe por motivos de saúde.

Suga encarnava a experiência, o pragmatismo e a continuidade em relação ao seu antecessor, de quem era seu braço direito. Por isso, no início de seu mandato, sua popularidade era invejável.

Filho de um fruticultor e de uma professora, Suga foi criado na zona rural de Akita, no norte do Japão, e pagou seus estudos trabalhando em uma fábrica depois de se mudar para Tóquio.

Ganhou sua primeira eleição em 1987, quando se tornou membro do Câmara Municipal de Yokohama, nos arredores de Tóquio, e ingressou no Parlamento em 1996.

Em seus meses no poder, Suga manteve a política de impulso econômico de seu antecessor, quis ser mais ambicioso em questões ambientais e preservou as linhas de sua diplomacia, sempre baseada na estreita aliança com os Estados Unidos e na desconfiança em relação à China.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, advertiu, nesta segunda-feira (13), que um conflito militar com o Irã afetará a paz e a estabilidade no mundo, em declarações durante uma visita à Arábia Saudita para tentar reduzir as tensões regionais.

Depois de desembarcar no sábado em Riade, no âmbito de uma viagem por vários países do Golfo em meio à escalada de tensão entre Estados Unidos e Irã, Abe se reuniu com o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman, na província de Al-Ula (noroeste).

"Qualquer confrontação militar na região que inclua um país como o Irã terá um impacto não apenas na paz e na estabilidade regional, como na paz e na estabilidade do mundo inteiro", advertiu Abe, segundo o porta-voz do Ministério japonês das Relações Exteriores, Masato Ohtaka.

O general iraniano Qassem Soleimani morreu em um ataque com drone americano em 3 de janeiro, em Bagdá. Na quarta-feira, o Irã respondeu com o lançamento de vários mísseis contra alvos americanos no Iraque, sem deixar vítimas.

Um avião comercial ucraniano foi atingido por um míssil, porém, pouco depois de decolar de Teerã, rumo a Kiev. As 176 pessoas a bordo morreram.

O primeiro-ministro japonês pediu a "todos os países envolvidos que façam esforços diplomáticos para reduzir as tensões", completou o porta-voz.

Abe e o príncipe Salman estão de acordo quanto a trabalhar em estreita colaboração para a segurança marítima da região. No encontro, trataram da decisão de Tóquio de enviar um destróier para o Oriente Médio, para atividades de Inteligência, assim como dois aviões de patrulha P-3C, disse Ohtaka.

O Japão não participará, porém, de uma eventual coalizão dirigida pelos Estados Unidos na região. Aliado de Washington, Tóquio mantém boas relações com o Irã.

Abe também insistiu na importância de se garantir o abastecimento contínuo e estável de petróleo saudita para seu país.

Durante sua visita à Arábia Saudita, o chefe de governo japonês se reuniu com o rei Salman, relatou a agência oficial de notícias saudita SPA.

Segundo o órgão de imprensa, ambos conversaram sobre a segurança do transporte petroleiro por via marítima, sobre os meios para reforçar as relações bilaterais, assim como sobre a cooperação nos campos do turismo, Inteligência Artificial e energias renováveis.

Depois da Arábia Saudita, Abe segue viagem, rumo aos Emirados Árabes Unidos e a Omã.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, enfrenta novas dificuldades, em consequência de um segundo escândalo de favorecimento e com o descontentamento crescente da opinião pública.

Já enfraquecido por acusações sobre uma operação imobiliária que ressurgiram em março, Abe enfrenta agora a suspeita de que influenciou as decisões do governo a favor de um amigo na criação de uma nova faculdade de Veterinária. Um documento oficial de 2015 circulou esta semana e descreve o estabelecimento como um "caso que diz respeito ao primeiro-ministro".

A popularidade de Shinzo Abe caiu nas últimas semanas e chegou a apenas 31%, segundo uma pesquisa publicada pelo jornal Asahi. Outra pesquisa, da agência Kyodo, mostra uma redução de 5,4 pontos, a 37%, um dos piores índices desde que o primeiro-ministro voltou ao poder em 2012.

No sábado, milhares de manifestantes se reuniram diante do Parlamento e pediram a renúncia do primeiro-ministro, uma manifestação pouco habitual no Japão.

O outro escândalo envolve um lote que teria sido vendido por 10% do valor de mercado em 2016 ao administrador de uma creche nacionalista. Uma escola do ensino básico deveria ser construída no local e o diretor do estabelecimento decidiu transformar a esposa de Abe em diretora honorária.

O caso retornou às manchetes depois da revelação de que o ministério da Defesa falsificou os documentos relativos à operação.

Nos dois casos, Shinzo Abe nega qualquer envolvimento, mas esta série de problemas coloca em dúvidas suas possibilidades de vencer a eleição para a liderança de seu partido, prevista para setembro.

Uma vitória parece "difícil", afirmou seu ex-mentor Junichiro Koizumi, que dirigiu o governo de 2001 a 2006. Em um contexto complicado, Abe viaja na terça-feira aos Estados Unidos para uma reunião com o presidente americano Donald Trump.

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