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O presidente Miguel Díaz-Canel foi escolhido nesta segunda-feira (19) como novo líder do Partido Comunista de Cuba (PCC), substituindo Raúl Castro, que vai se retirar da vida pública.

Díaz-Canel, que completa 61 anos nesta terça (20), foi designado primeiro-secretário do comitê central do PCC no oitavo congresso da única legenda política autorizada em Cuba. Com isso, Raúl Castro, 89, deixa definitivamente o poder.

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O irmão de Fidel Castro (1926-2016) já havia abdicado da presidência em abril de 2018, mas permanecia na liderança do PCC. O cargo de primeiro-secretário estava nas mãos dos irmãos Castro desde a fundação da sigla, em outubro de 1965, mas o castrismo vigora desde a Revolução Cubana, em 1959.

Ao anunciar sua retirada do PCC, na última sexta-feira (16), Raúl disse que entregaria a direção do país a "um grupo de pessoas preparadas e comprometidas com a ética e os valores da nação". Segundo ele, sua saída é uma maneira de "atualizar o socialismo" para torná-lo "mais eficiente e sustentável".

Díaz-Canel promete manter uma linha de continuidade do regime castrista, mas agora o comando do país estará concentrado nas mãos de dirigentes que não viveram a Revolução de 1959, em um cenário de crescente pressão por abertura devido ao aumento do alcance da internet.

O país também está em crise econômica por causa do prolongamento do embargo dos EUA e dos efeitos da pandemia do novo coronavírus, que atingiu em cheio o setor de turismo, um dos pilares da ilha.

Da Ansa

Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (26) sanções contra o cubano Raúl Castro e sua família, acusando o ex-presidente cubano de violações dos direitos humanos.

No Partido Comunista, "Raúl Castro supervisiona um sistema que detém arbitrariamente milhares de cubanos e atualmente mantém mais de 100 presos políticos", disse o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo.

As sanções implicam que o ex-presidente, irmão do falecido líder revolucionário Fidel Castro, não poderá viajar para os Estados Unidos.

Embora seja improvável que o ex-líder de 88 anos planeje uma viagem ao país, a medida também significa que sua família mais próxima ficará impedida de entrar nos Estados Unidos.

Entre as pessoas proibidas de viajar está a filha Mariela Castro Espin, que se tornou uma das principais defensoras dos direitos dos gays e conscientização sobre hiv/aids.

Ela visitou São Francisco e Nova York em 2012, provocando um protesto dos críticos de Castro nos Estados Unidos.

Pompeo explicou que essa decisão também foi tomada devido ao apoio de Raúl Castro ao presidente de esquerda da Venezuela, Nicolás Maduro, cujo país está imerso em uma grave crise econômica.

"Os Estados Unidos apoiam fortemente os direitos do povo cubano e venezuelano", afirmou Pompeo em comunicado.

"Continuaremos a procurar todas as ferramentas diplomáticas e econômicas para ajudar o povo venezuelano a alcançar a transição que merece", acrescentou.

O presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu livrar a América Latina do socialismo, uma posição que ecoa muitos exilados cubanos e venezuelanos na Flórida, um estado politicamente fundamental para as eleições de 2020 nas quais ele buscará a reeleição.

Suas medidas contrastam com as do ex-presidente Barack Obama, que conheceu Castro em uma viagem histórica a Cuba em 2016, enquanto tentava acabar com décadas de hostilidade entre os dois países.

O ex-presidente e líder do Partido Comunista de Cuba, Raúl Castro, recebeu 201 profissionais cubanos que integravam o programa Mais Médicos no Brasil e que chegaram a Havana. Acompanhado do segundo do partido, José Ramón Machado, e de um grupo de líderes políticos, Castro foi até o avião para cumprimentar os profissionais.

No último dia 14, o Ministério da Saúde de Cuba anunciou o rompimento do acordo com o Mais Médicos. O governo cubano informou discordar das exigências feitas pelo governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, e também sinalizou incômodo com as críticas feitas por ele. Desde então, profissionais cubanos deixam o Brasil.

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A estimativa é que, de forma escalonada, até dezembro, os outros 8.332 profissionais de Cuba vinculados ao Mais Médicos regressem ao país de origem.

O diretor da Unidade Central de Colaboração Médica de Cuba, Jorge Delgado, reiterou que o processo de retirada dos profissionais da saúde do Brasil será "ordenado, seguro e digno".

"Os médicos estão muito dispersos, em mais de 2.500 municípios na grande extensão territorial do gigante sul-americano, razão pela qual há vários dias começaram a transferir-se de seus locais de residência até as cidades de onde partirão os voos para a Ilha", afirmou Delgado referindo-se ao retorno para Cuba.

O primeiro grupo de 205 colaboradores sanitários que retornou ao país foi recebido pelo presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, que ressaltou o "desinteresse, altruísmo e entrega plena" com que cumpriram sua missão nos lugares mais necessitados de assistência sanitária no Brasil.

Programa

O Mais Médicos foi criado em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff com o objetivo de garantir a assistência médica a comunidades desfavorecidas nas comunidades e regiões remotas do Brasil.

A presença cubana nessa iniciativa foi estipulada por meio de um convênio com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e representava mais da metade dos profissionais contratados pelo programa.

De acordo com levantamento do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), pelo menos 285 cidades e 36 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) ficaram sem médicos em equipes de prevenção com a saída de profissionais cubanos.

O Ministério da Saúde abriu nesta semana edital para seleção de profissionais que substituirão os cubanos que deixarão o Brasil. As inscrições ficam abertas até o dia 7 de dezembro.

O presidente de Cuba, Raúl Castro, ressaltou nessa quinta-feira (1º) que o país continuará sendo socialista, depois que o Parlamento aprovou um plano de reforma para permitir que empresas privadas desenvolvam negócios lá.

A Assembleia Nacional de Cuba analisou o andamento das reformas econômicas e sociais iniciadas em 2010, bem como o plano de desenvolvimento do país até 2030.

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Castro afirmou que os documentos, anteriormente aprovados pelo Comitê Central do Partido Comunista e agora apoiados pelo Parlamento, permitirão a "atualização" do modelo social e econômico. "Isso significa que vamos mudar tudo o que precisa ser mudado", acrescentou o líder cubano.

Ele também advertiu sobre a concentração da propriedade e da riqueza, mesmo que trabalhadores privados ou pequenas empresas sejam legais no país.

Até agora, as reformas de Castro permitiram trabalhadores autônomos e pequenas cooperativas, mas o setor estratégico da economia nacional permanecerá nas mãos das empresas governamentais.

O Papa Francisco enviou um telegrama ao presidente de Cuba, Raúl Castro, lamentando a morte de seu irmão mais velho e líder cubano, Fidel Castro. "Meu sentimento de tristeza para sua excelência e sua família", escreveu.

Em um sinal de estima pessoal, Francisco assinou o telegrama, quebrando o protocolo do Vaticano de que o Secretário de Estado é quem tradicionalmente envia este tipo de mensagem. Francisco e Castro se encontraram durante uma visita papal a Cuba em setembro de 2015. Fonte: Associated Press.

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O revolucionário Fidel Castro morreu, neste sábado (26), aos 90 anos. A informação foi divulgada pelo seu irmão Raúl Castro, em pronunciamento na TV estatal. Um dos líderes mais conhecidos e controversos do mundo, Fidel governou a ilha caribenha por quase meio século. Em comunicado oficial, Cuba declarou nove dias de luto oficial.

"Com profunda dor compareço para informar ao nosso povo, aos amigos da nossa América e do mundo que hoje, 25 de novembro do 2016, às 22h29, faleceu o comandante da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz", disse Raúl Castro. O atual presidente cubano concluiu seu discurso com o famoso slogan revolucionário. "Até a vitória!".

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O governo cubano anunciou que as cinzas de Fidel Castro serão enterradas no cemitério de Santa Ifigenia, em Santiago de Cuba, no dia 4 de dezembro. Apesar do estado de saúde frágil, a morte de Fidel pegou os cubanos de surpresa e repercute em todo o mundo. Diversos líderes mundiais compartilharam mensagens de condolências.

"O nome deste estadista é justamente considerado o símbolo de uma era na história do mundo moderno", disse o presidente russo, Vladimir Putin, em um telegrama a Raúl Castro, citado pelo Kremlin. "Fidel Castro era um amigo sincero e confiável da Rússia", completou.

François Hollande, presidente francês, também lamentou a perda. "Fidel Castro era uma figura imponente do século XX. Ele encarnou a revolução cubana, tanto em suas esperanças quanto em desilusões subsequentes", disse.

Rosto da rebelião socialista, Fidel Castro foi o herói histórico da esquerda moderna, o homem que mais desafiou os EUA. Mas, na opinião de líderes de centro-direita, Fidel era um ditador sanguinário e o culpado por isolar a ilha de Cuba por quase 60 anos de todo o mundo.

Fidel sempre teve uma saúde de ferro, até quando enfrentou uma hemorragia intestinal durante uma viagem à Argentina aos 80 anos de idade. Em 31 de julho de 2006, os problemas provocados pelo avanço da idade o fizeram delegar temporariamente o poder a seu irmão Raúl. 

O presidente de Cuba, Raúl castro, afirmou que seu país não voltará a ser membro da Organização dos Estados Americanos (OEA), após o secretário-geral da entidade, Luis Almagro, falar sobre a possibilidade de impor sanções contra a Venezuela.

Castro falou neste sábado (4), durante um encontro de países caribenhos realizado na ilha. Ele enviou "nossa mais firme solidariedade aos irmãos do povo venezuelano, ao legítimo governo do presidente Nicolás Maduro".

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O presidente cubano qualificou a OEA como "um instrumento de dominação imperialista", que nunca mudará e que "por isso que Cuba nunca retornará" a fazer parte do grupo.

Os Estados Unidos pressionaram pela saída de Cuba da OEA em 1962. Em 2009, a entidade revogou a suspensão imposta a Cuba durante o período da Guerra Fria, mas o retorno do país ainda dependeria de negociações.

Almagro citou preocupações com violações aos direitos humanos na Venezuela, ao pedir que os países da região apliquem a Carta Democrática da OEA contra a Venezuela. Isso poderia levar ao isolamento diplomático de Caracas e a sanções comerciais contra o país. A Venezuela criticou a postura do secretário-geral. Fonte: Associated Press.

Em seu segundo dia de visita a Cuba, o presidente dos EUA, Barack Obama, irá se encontrar com o presidente cubano, Raúl Castro, nesta segunda-feira (21)no Palácio da Revolução. Antes disso, Obama participará também de um fórum de negócios entre líderes empresariais norte-americanos e empreendedores cubanos.

O encontro entre Obama e Castro será o terceiro desde o anúncio do restabelecimento das relações, mas o primeiro que ocorre em território cubano. O encontro será durante um jantar de Estado.

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Em entrevista à rede ABC, Obama reconheceu que uma mudança nas relações não ocorrerá da noite para o dia. "Ainda temos diferenças significativas em torno dos direitos humanos e liberdades civis, mas fazer a viagem neste momento poderá maximizar a nossa capacidade para pedir mais mudanças", disse o presidente dos EUA.

Obama também revelou que planeja anunciar que o Google tem tomado medidas para melhorar o acesso à internet na ilha.

Durante o dia, como é de costume nessas visitas oficiais, Obama deixará uma coroa de flores na estátua do herói independentista José Martí, na emblemática Praça da Revolução, onde há também uma efígie de Ernesto Che Guevara, antes de se encontrar com Castro.

Além do encontro com Castro, um dos principais eventos de hoje é a reunião entre líderes empresariais dos EUA com representantes de companhias estatais cubanas e do incipiente setor privado da ilha, cooperativas e os chamados "cuentapropistas", ou empreendedores. Fonte: Associated Press

O presidente dos Estado Unidos, Barack Obama, e o presidente de Cuba, Raúl Castro, vão realizar a primeira reunião formal, na próxima terça-feira, desde a reaproximação diplomática, em julho.

O encontro, que foi oficialmente anunciado neste domingo, terá todas as formalidades exigidas em uma reunião diplomática, incluindo o hasteamento das bandeiras de ambos os países.

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Obama e Castro anunciaram a reaproximação diplomática em dezembro do ano passado. Desde então, o presidente norte-americano vem tomando medidas para aliviar embargos comerciais e de viagens entre os dois países, incluindo a permissão para que empresas dos EUA abram escritórios na ilha.

O governo Obama ainda vai tomar medidas adicionais para afrouxar os embargos nos próximos meses, segundo informações oficiais. Ainda assim, o Congresso deve tomar medidas para suspender o embargo - o que é pouco provável que aconteça antes do fim do mandato de Obama, que vem enfrentando a resistência dos republicanos. Fonte: Dow Jones Newswires.

Três homens que cumpriram longas penas de prisão por espionagem nos EUA foram ovacionados no Parlamento de Cuba, enquanto sacudiam os punhos em sinal de vitória, ao mesmo tempo em que o presidente cubano, Raúl Castro, declarava que a aproximação com os EUA não irá mudar o sistema comunista do país.

Os últimos membros do grupo de espionagem "Los Cinco", como são conhecidos em Cuba, foram libertados nesta semana, em um acordo que envolvia também a liberação do americano Alan Gross e de um cubano que havia espionado para os EUA a partir de sua cela na prisão em Cuba. O acordo foi visto como um primeiro passo em direção à restauração de relações diplomáticas entre os dois países.

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O presidente americano Barack Obama disse que as mudanças devem incentivar a reforma no sistema de partido único de Cuba e na economia centralmente planificada.

Castro, porém, contestou essa ideia em seu discurso na Assembleia Nacional, dizendo que "não devemos esperar que, para que as relações com os Estados Unidos melhorem, Cuba abandone as ideias pelas quais tem lutado". Fonte: Associated Press

O presidente de Cuba, Raúl Castro, informou hoje que irá à Cúpula das Américas em abril, no Panamá, um encontro que marcará a primeira participação da ilha em um encontro desse tipo.

"Confirmo que assistirei para expressar nossas posições com sinceridade e respeito por todos os chefes de Estado e governos sem exceção", afirmou Castro em discurso na Assembleia Nacional.

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O presidente dos EUA, Barack Obama, também deverá estar presente no encontro.

A Cúpula das Américas é organizada pela Organização dos Estados Americanos (OEA), que suspendeu Cuba em 1962. A OEA anulou essa suspensão em 2009, mas o governo cubano não havia se pronunciado quanto à sua incorporação ao organismo. Fonte: Associated Press

Cuba assegurou hoje que sua reaproximação com os Estados Unidos não alterará as relações com aliados regionais que mantêm relações tensas com a nação norte-americana. O presidente cubano Raúl Castro afirmou que seu governo manterá seu apoio à Venezuela e aproveitou para criticar as sanções que os Estados Unidos impuseram a venezuelanos acusados de violar os direitos humanos.

Castro e o presidente americano Barack Obama anunciaram nesta semana o início da normalização das relações diplomáticas entre os dois países, rompidas há mais de 50 anos. Há dúvidas sobre como isso irá afetar a geopolítica latino-americana. Castro destacou que seguirá apoiando a Venezuela diante das "tentativas de desestabilizar o governo legítimo que encabeça o companheiro presidente Nicolás Maduro Moros e recusamos as pretensões de se impor sanções a essa nação irmã". Fonte: Associated Press

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O presidente de Cuba, Raúl Castro, disse neste sábado que seu país e os EUA deram um passo para normalizar suas relações, mas ainda está pendente o mais importante: o fim do embargo econômico.

Em discurso na Assembleia Nacional, Castro reconheceu que a suspensão do embargo "será uma luta longa e difícil", que também necessitará da mobilização da comunidade internacional e da sociedade americana.

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Ele ainda destacou que a decisão de restabelecer relações diplomáticas com os EUA não significa que Cuba renunciará às ideias socialistas que marcaram o rumo da nação por mais de meio século.

"Não se deve pretender que para melhorar as relações com os EUA Cuba renuncie às ideias pelas quais lutou", afirmou Castro.

Cuba foi declarada uma nação socialista em abril de 1961, pouco mais de três meses depois que os EUA romperam relações com a ilha e fecharam sua embaixada.

"Foi dado um passo importante, mas ainda falta resolver o essencial, que é o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba, recrudescido nos últimos anos em particular no âmbito das transações financeira", enfatizou.

O presidente cubano disse estar disposto a falar sobre qualquer tema, mas isso significa que também se deve abordar a situação nos EUA. "Temos firmes convicções e muitas preocupações sobre o que ocorre nos EUA em matéria de democracia e direitos humanos." Fonte: Associated Press

Em requerimento encaminhado nesta quinta-feira, 17, ao Ministério das Relações Exteriores, a liderança do PPS na Câmara dos Deputados questiona o ministro Luiz Alberto Figueiredo se o convite para hospedagem na Granja do Torto ao presidente de Cuba, Raúl Castro, se estendeu também a outros chefes de Estado. Castro recebeu tal deferência do governo brasileiro e se encontrou na residência oficial de campo com o colega venezuelano Nicolás Maduro.

O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), autor do requerimento, avaliou que embora o governo federal tenha liberdade de escolher seus hóspedes, a oferta deveria ser estendida a outros chefes de Estado, já que um tratamento diferenciado poderia ter desdobramentos negativos nas relações com outras nações. "Com tantos chefes de Estado no País para reunião dos Brics e Unasul, causa estranheza o fato de somente Raúl Castro ter sido convidado para se hospedar em residência oficial brasileira. É bom lembrar que a diplomacia brasileira sempre trabalhou com a imparcialidade", concluiu o deputado.

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No documento encaminhado ao Itamaraty, o líder questiona se a estada na Granja do Torto previa despachos e troca de visitas das autoridades cubanas com representantes de outros países que não o Brasil. Bueno pergunta ainda se existem antecedentes nos últimos cinco anos de casos em que autoridades estrangeiras ficaram hospedadas em residências oficiais e se a oferta foi feita à comitiva de autoridades de outras nações.

A liderança do PSDB na Câmara dos Deputados deve protocolar nesta sexta-feira, 18, seu requerimento pedindo informações ao ministro. No documento com 10 questionamentos, o líder Antonio Imbassahy (BA) pergunta sobre o critério de disponibilização de hospedagem em residências oficiais, se o presidente Raúl Castro pediu a hospedagem para ele e sua comitiva, quem recebeu nos últimos quatro anos a mesma deferência do governo brasileiro, se a viagem de Castro foi custeada com recursos da União e se foram utilizados aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).

O líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (DEM), afirmou, nesta quinta-feira (17), que o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) "confere tratamento diferenciado a chefes de estado de ditaturas" ao hospedá-los na Granja do Torto. Para o líder democrata, a Granja do Torto está se tornando a Embaixada da Ditadura no Brasil. De acordo com informações da Agência Estado, o presidente cubano, Raul Castro, está hospedado na residência de campo da presidência do Brasil.

“Essa distinção por Cuba, depois de ter criado um programa de importação de médicos para financiar a ditatura cubana, garante a Raul Castro tratamento concedido apenas para outro ditador, o presidente da Venezuela e afilhado político de Hugo Chavez, Nicolás Maduro, nesses 12 anos de governo do PT. Essa simpatia por Cuba faz eco com o alinhamento do governo petista ao Foro de São de Paulo, união de países de cunho populista, autoritário e bolivariano, caso da Ilha dos Castro, da Venezuela e da Bolívia”, atestou Mendonça Filho.  

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O tratamento, segundo Mendonça, "diferenciado" só foi concedido a apenas outro chefe "de governo autoritário durante o governo do PT", Nicolas Maduro, presidente da Venezuela. Castro está em Brasília para o encontro da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac). 

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chegou à Granja do Torto, uma das residências oficiais do governo brasileiro, para um encontro com o presidente de Cuba, Raúl Castro, que está hospedado no local. Maduro chegou em carro blindado e acompanhado de batedores da Polícia Rodoviária Federal. A agenda do encontro ainda não foi divulgada pelas embaixadas dos dois países. Eles estão em Brasília para encontros de chefes de Estado em reuniões do grupo Brics, Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) e União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

Segundo apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, Castro é o único dos chefes de Estado a receber a deferência de se hospedar na casa de campo da Presidência brasileira. O fato está sendo tratado como segredo de Estado pelo governo brasileiro, mas foi confirmado ao Broadcast por duas fontes do governo. Não foi dada nenhuma explicação sobre o assunto.

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O presidente de Cuba, Raúl Castro, receberá nesta terça-feira (25), em Havana, o ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o Instituto Lula, Lula debaterá "energia e produção agrícola com lideranças cubanas" e visitará o porto de Mariel.

Em janeiro, a presidente Dilma Rousseff esteve em Cuba para inaugurar a primeira etapa do porto, resultado de um empréstimo de US$ 682 milhões, e para anunciar um financiamento de US$ 290 milhões para a implantação de uma Zona de Desenvolvimento Especial do Porto de Mariel. Lula deve voltar a São Bernardo do Campo na quinta (27).

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Após participar do Fórum Econômico Mundial na Suíça, a presidenta Dilma Rousseff viaja neste fim de semana a Cuba para agenda bilateral e evento com países da América do Sul, Central e do Caribe. Os compromissos marcados para segunda (27) e terça-feira na ilha antecedem o anúncio da reforma ministerial, a ser feito por ela quando retornar ao Brasil. Alguns ministros deixarão o governo para disputar as eleições deste ano.

Na segunda-feira (27), Dilma se encontra com o presidente cubano Raúl Castro e na terça (28) representa o Brasil na reunião da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). O evento tem programação também para quarta-feira, mas a participação da presidenta deve se restringir ao primeiro dia.

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Criada oficialmente em 2011, a Celac visa ao diálogo político e à cooperação de todos os 33 países da América Latina e do Caribe. Esta é a segunda cúpula do órgão, e vai tratar de temas como a luta contra a fome, a pobreza e as desigualdades na região. O Chile foi a sede do primeiro encontro da Celac no ano passado.

No último dia 9, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que vai propor o ingresso na Celac de Porto Rico, território associado aos Estados Unidos. A agenda do evento tem programação durante todo o dia 28, incluindo fotografia oficial dos chefes de Estado no Palácio da Revolução. Durante a cúpula, a presidência pro tempore da organização será repassada por Cuba à Costa Rica.

Dilma terá ainda, na segunda-feira, encontro particular com o presidente cubano, Raúl Castro. Ao lado dele, participa também da inauguração da primeira fase do Porto de Mariel. A obra, segundo o Itamaraty, conta com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Ao ser reeleito em 2013 para mais quatro anos à frente de Cuba, Raúl Castro assumiu a necessidade de transição política no país e de mudanças que consertem erros do passado. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o comércio entre o Brasil e Cuba aumentou quase sete vezes no período de 2003 a 2013, subindo de US$ 91,99 milhões para US$ 624,79 milhões. Os principais produtos brasileiros vendidos a Cuba são o óleo de soja, arroz e milho.

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Durante a última terça-feira (10), ocorreu na África uma das maiores homenagens para Mandela após à sua morte. Lembrando que um dos maiores legados de Nelson Mandela foi mostrar a importância da reconciliação, para construir uma paz sólida e duradoura. E nesse clima de reconciliação, o que mais chamou a atenção, foi o aperto de mão entre o presidente dos EUA Barack Obama e o presidente cubano  Raúl Castro. 

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Para entender a importância e a repercussão desse gesto aparentemente simples, é preciso lembrar que desde a revolução cubana, um presidente americano não cumprimentava um presidente cubano, pois, Cuba e EUA vivem um desacordo político, desde que o ex-presidente Fidel Castro chegou ao poder e instaurou um governo comunista. 

Durante o seu discurso, Raúl Castro disse que o diálogo é o caminho para solucionar as diferenças, e também lembrou da visita que Mandela fez a Cuba em 1991.

O governo cubano ordenou neste sábado o fechamento dos cinemas particulares e o fim da venda privada de roupas importadas, medidas que alguns intelectuais interpretaram como um "retrocesso" nas reformas do presidente Raúl Castro.

O Conselho de Ministros ordenou, em uma nota publicada na imprensa oficial, o fechamento imediato das salas particulares de cinemas improvisadas em casas e deu um prazo até 31 de dezembro para o fim dos negócios privados de roupas importadas, que haviam se proliferado na ilha.

O governo afirmou que estas são atividades que "nunca foram autorizadas" e que são exercidas a partir de licenças para outras cerca de 200 atividades econômicas legalizadas no âmbito das reformas.

As pequenas salas de cinema operadas por particulares, a maioria com tecnologia 3D - inexistente nas grandes salas estatais -, funcionam, por exemplo, com licenças para o ofício de operador de equipamentos para recreação infantil, enquanto que os vendedores de roupas importadas atuam com a permissão para o trabalho de alfaiates e costureiras.

Raúl Castro ampliou o trabalho privado, mas as atividades são bastante reguladas e é preciso ser licenciado para exercê-las, embora muitos comércios existam na informalidade.

Além disso, expira no fim do ano o prazo para o fechamento das pequenas empresas que vendem ferragens e encanamentos, que são importados ou comprados na rede estatal e revendidos no varejo.

Muitos desses negócios têm apenas uma mesa de vendas na rua, popularmente chamadas de "merolicos", algo como camelôs.

As roupas e os equipamentos audiovisuais geralmente são adquiridos nos Estados Unidos, na Espanha, no Equador e são enviados para a ilha por amigos ou parentes de cubanos, mas também podem entrar no país através de pessoas que atuam como "mulas".

Como parte de suas reformas para "atualizar" o esgotado modelo econômico de estilo soviético, Raul Castro tem incentivado o trabalho privado, que envolve mais de 440 mil pessoas. Há três anos eram apenas 157 mil pessoas envolvidas.

Alguns acadêmicos e escritores reprovaram a atitude do governo de acabar com negócios que têm sido bem acolhidos pela população e que têm estimulado o emprego e a economia da ilha.

"É um retrocesso", disse o professor universitário e blogueiro Harold Cardenas, em um artigo reproduzido em vários blogs.

"Em vez de criar licenças de trabalho ou adaptar as que já existem para que contemplem esta nova realidade, a resposta foi o fechamento desses estabelecimentos", lamentou Cardenas.

O governo, por sua vez, nega que as medidas representem um retrocesso.

"Não se trata, de maneira alguma, de um passo para trás. Pelo contrário, continuaremos avançando decisivamente na atualização do modelo econômico cubano" , afirmou o governo neste sábado.

O fechamento de cinemas e de lojas privadas de roupas buscam "combater a impunidade, cumprir a lei e proteger os trabalhadores por conta própria que, em sua maioria, cumprem os regulamentos estabelecidos", acrescentou.

Porém, o escritor Padura enfatizou que as medidas não afetam apenas os comerciantes, mas a todos os cubanos que encontravam nestes estabelecimentos privados artigos de alta qualidade e variedade, com um preço melhor do que é praticado no comércio estatal.

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