A China religou um reator nuclear no sul do país que ficou fora de serviço por mais de um ano devido a um incidente, informou seu operador.
Parte da usina nuclear de Taishan, na província de Guangdong, foi fechada em julho de 2021 depois que as autoridades relataram um mau funcionamento relacionado ao combustível e um aumento nos gases radioativos na usina.
Operadores conectaram o reator danificado à rede elétrica após vários meses de "inspeção e manutenção", disse o China General Nuclear Power Group (CGN) em comunicado na terça-feira.
"Os resultados das análises de observação da central nuclear de Taishan e seus arredores são normais", informou, sem fornecer mais detalhes.
A usina é operada em colaboração com a empresa francesa EDF e usa um reator nuclear EPR de última geração, um projeto de água pressurizada que foi desenvolvido para reviver a energia nuclear na Europa após o desastre de Chernobyl em 1986.
Existem mais de 60.000 varetas de combustível no reator e a proporção de varetas danificadas era "menos de 0,01%", disseram o Ministério do Meio Ambiente chinês e o regulador nuclear do país antes do desligamento do reator.
A empresa francesa de energia EDF - principal acionista da Framatome - também havia dito que o aumento de gases radioativos na usina de Taishan se deveu ao mau revestimento de algumas barras de urânio.
Nesta quarta-feira, a EDF confirmou que o reator estava funcionando novamente.
"Após uma investigação completa, as autoridades de segurança [nuclear] chinesas deram o seu aval para que o reator EPR 1 de Taishan fosse reiniciado", disse uma porta-voz da EDF.
Análises oficiais no ano passado mostraram um pequeno aumento na radiação perto de Taishan em comparação com outras usinas nucleares na China, mas dentro das faixas normais de radiação ambiente em Guangdong.