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“Se isso já está congestionado agora, imagina na Copa do Mundo?”, desabafou o vendedor Aluísio Silva, de 44 anos, que passa pela Rua Imperial, no bairro de São José, Zona Oeste do Recife, diariamente. A via sempre foi considerada uma problemática para os motoristas que transitam nela todos os dias e, após a liberação da alça que liga o Viaduto Capitão Temudo à via, um volume extra de veículos passou a trafegar, complicando ainda mais a circulação no local.
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Com 450 metros de extensão e 7,5 de largura, as obras de extensão do Viaduto Capitão Temudo fazem parte do Projeto Via Mangue da Prefeitura do Recife, que concluiu as obras em outubro do ano passado, onde essas duas novas alças começaram a fazer ligação entre o viaduto a diversos bairros da cidade.
Elas possibilitam que os carros da Zona Sul ou da Zona Norte acessem a Rua Imperial, sem ter que entrar pelo bairro do Coque ou ir até o Cabanga para acessar a via com o intuito de viabilizar melhor o tráfego na área. “A alça não influencia em nada. Não melhorou o trânsito e o congestionamento continuou o mesmo”, afirmou Aluísio. O vendedor passa pelo local todo fim de tarde, por volta das 17h, e conta que o engarrafamento começa já às 16h.
A corretora de imóveis Mônica Leite, 48, explica que no início do dia o trânsito também fica muito intenso. “Eu cheguei a passar duas horas parada, é péssimo”, enfatiza. A motorista também contou que já foi assaltada no local, “eu estava com o carro praticamente parado, quando um garoto veio me assaltar, aqui além de ser congestionado é muito inseguro”, conclui.
Além de lidar com o trânsito intenso, os motoristas também lidam com as motocicletas que “costuram” a via entre os carros, deixando os condutores dos veículos mais impacientes e irritados. “Isso é inadmissível, ninguém tem paciência, todo mundo quer chegar primeiro no trabalho ou em casa, é nessas horas que um acidente pode acontecer”, conta Vânia Maria dos Santos, 53, que trabalha em uma Condução Particular responsável por transportar alunos de escolas particulares.
O taxista André Luiz da Silva, 40, além de lidar com o trânsito parado, ainda tem que driblar a falta de paciência dos passageiros. “Eles começam a reclamar que vão chegar atrasados nos compromissos, e de certa forma, estão certos. Não posso fazer nada, só esperar, ou pegar uma rota alternativa”, explica.
A equipe do Portal LeiaJá entrou em contato com a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) questionando se há algum método para a melhoria do trânsito no local, mas até o momento não tivemos uma resposta.