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O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) terá R$ 65,5 bilhões para financiamentos na área de habitação em 2020, oriundo de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Outros R$ 4 bilhões do fundo serão disponibilizados para obras de saneamento.

A regulamentação dos recursos do FGTS foi aprovada pelo Conselho Curador do Fundo e publicadas nesta terça-feira (31), no Diário Oficial da União (DOU), por meio das Instruções Normativas nº 44 e nº 45.

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Para a área de habitação, do montante de R$ 65,5 bilhões, mais de 95% serão destinados para financiamentos de moradias populares a famílias com renda mensal de até R$ 7 mil – faixas 1,5, 2 e 3 do programa de habitação social do governo federal. Para os descontos, estão assegurados R$ 9 bilhões. Do total de R$ 65,5 bilhões, R$ 40,2 bilhões estão reservados para financiamentos, a pessoas físicas ou jurídicas, que beneficiem famílias com renda mensal bruta limitada a R$ 4 mil.

A estimativa do MDR é que sejam contratadas 526 mil unidades habitacionais em todo o país, com potencial para geração de 1,3 milhão de empregos. Em 2019, foram destinados R$ 73 bilhões do FGTS para a habitação popular.

Saneamento

O setor de saneamento básico terá R$ 4 bilhões do FGTS para a contratação de operações de financiamento, no âmbito do Programa Saneamento para Todos. Os recursos são para atendimento da categoria Mutuários Público e Privado. A previsão do governo é beneficiar 4,9 milhões de pessoas e gerar 92,4 mil empregos com esses créditos.

Segundo o MDR, os projetos podem ser voltados para a garantia de abastecimento de água, esgoto sanitário, manejo de resíduos sólidos e de águas pluviais, redução e controle de perdas de águas, drenagem urbana, preservação e recuperação de mananciais, além de estudos e projetos para o setor.

Ainda de acordo com o governo, os valores disponíveis para financiamentos em habitação e saneamento podem sofrer alterações de acordo com as demandas das regiões. Também pode haver emanejamento de fundos de outras áreas ou suplementações de créditos aprovados pelo Conselho Curador do FGTS, ao longo do ano.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, nesta sexta-feira (6), que o controle dos gastos públicos está por trás de tudo o que o governo federal está fazendo. O objetivo, disse o ministro, é controlar a expansão dos gastos e não reduzi-los efetivamente. "Os gastos tinham má qualidade. Gastamos muito e gastamos mal. Vamos controlar a expansão dos gastos, não estamos cortando nada, só não estamos deixando crescer o que é ruim", comentou.

Guedes fez a afirmação em discurso durante o seminário "BNDES com 'S' de Social e de Saneamento", na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDE), no Rio.

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Segundo o ministro, o primeiro "ato" para controlar os gastos públicos foi a reforma da Previdência, que se preocupou em reduzir "privilégios". O "último ato" foi o envio da proposta de emenda constitucional do "pacto federativo", que descentraliza recursos públicos obrigatórios e vinculados.

Guedes também chamou a reforma previdenciária de "primeiro ataque" ao excesso de gastos, que, segundo ele, chegou a 45% do Produto Interno Bruto (PIB).

O segundo ataque, disse o ministro, foi "ajudado pelo primeiro", que foi a queda nas taxas longas de juros no mercado.

Guedes lembrou que a taxa básica de juros (Selic) hoje está em 5,0% e está na "iminência" de cair "de novo", mas destacou uma diferença em relação a governos anteriores.

"Ao contrário do governo anterior, em que os juros longos não caíram, como fizemos a (reforma da) Previdência, que deu horizonte, os juros longos começaram a descer", afirmou o ministro.

Guedes citou contas do secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, para estimar que, em 2020, os gastos públicos com juros da dívida, por causa da redução das taxas, será menor em R$ 96 bilhões. Segundo o ministro, o valor equivale a três vezes o orçamento do programa Bolsa Família.

Conforme Guedes, o BNDES tem ajudado nesse processo, com a devolução dos recursos que "alavancaram" o banco. "Pedalaram o BNDES", disse o ministro, para então criticar o destino dos recursos aportados pelo Tesouro Nacional no banco de fomento, como "ajudar os campeões", numa referência à política que ficou conhecida como "campeões nacionais", em que o BNDES apoiou a internacionalização de grupos privados brasileiros.

"Sou a favor da iniciativa privada por sua conta. Ninguém pode virar campeão nacional com dinheiro público", afirmou Guedes.

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Para reforçar a importância dos serviços de saneamento básico, a BRK Ambiental, empresa privada do setor no país, apresenta o projeto Nave BRK, que vai oferecer uma experiência inovadora a população de Jaboatão dos Guararapes, nos dias 12 e 13 de novembro, no estacionamento do Shopping Guararapes, em Piedade. Os visitantes participarão de uma experiência de realidade virtual, onde será possível aprender sobre os benefícios do saneamento básico e a importância da prática de atitudes sustentáveis no dia a dia. 

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O passeio pela nave se inicia ainda do lado de fora da atração (um ônibus adesivado e adaptado especialmente para a experiência), onde os visitantes são recebidos pela tripulação. Em uma tela externa, um ator conduz um jogo de verdadeiro ou falso em um diálogo com o público sobre a importância das ações sustentáveis. A conversa traz ainda dados sobre o saneamento no Brasil e na Região Metropolitana do Recife, com o objetivo de nivelar os conhecimentos a respeito do tema e facilitar a conexão dos visitantes com a temática.

Na sequência, o grupo é acomodado em poltronas instaladas no interior da nave e todos colocam os óculos de realidade virtual. A partir desse momento é iniciado um voo por um rio, onde as pessoas se deparam com uma série de situações que estimulam reflexões sobre a geração de água; o abastecimento das cidades; a destinação ideal do esgoto; a importância da reciclagem e da preservação ambiental; os perigos do acúmulo de água parada e do descarte incorreto de resíduos; além de provocações para estimular a adoção de atitudes de consumo consciente.

A nave da BRK Ambiental vai pousar no estacionamento do Shopping Guararapes, nos dias 12 e 13 de novembro, das 9h às 12h e das 14h às 19h. A iniciativa é uma forma educativa e ao mesmo tempo lúdica, capaz de sensibilizar a população a respeito de questões que são de extrema importância para o país. Por meio da tecnologia, queremos estimular o senso de responsabilidade”, explica a diretora de contrato da BRK Ambiental em Pernambuco, Carol Farias.

A realização é fruto da parceria firmada entre a BRK Ambiental e o Green Nation, um movimento que proporciona às pessoas experiências interativas, sensoriais e emocionais e tem como missão contribuir com mudanças positivas de atitude em relação à sustentabilidade, bem-estar, negócios e cidadania, através da arte, educação, cultura, inovação e experimentação. “Muito se fala sobre a importância da preservação da água e da adoção de novas atitudes em relação ao planeta. A nave permite, através do engajamento emocional dos visitantes, a compreensão sobre todos estes temas e o entendimento de que somos responsáveis e interdependentes, vivemos em um só planeta e, por isso, precisamos desenvolver um novo tipo de cidadania, a cidadania planetária”, afirma Marcos Didonet, diretor do Green Nation.

A Nave BRK é uma atração livre para todas as idades, porém crianças a partir de sete anos terão um maior aproveitamento da experiência. Os visitantes serão divididos em grupos de, no máximo, 18 pessoas e a duração estimada da visita é de 17 minutos. Além disso, para garantir a acessibilidade, o ônibus tem elevador para cadeira de rodas e a experiência com os óculos de realidade virtual conta com audiodescrição e tradução em libras.

Da assessoria

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) realiza a atualização do cadastro comercial dos clientes em Pernambuco. A partir desta quarta-feira (6), a cidade de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, receberá o recadastramento com ações nos bairros de Pau Amarelo, Nossa Senhora do Ó, Janga e Engenho Maranguape. De acordo com a companhia, a previsão é que, até o final de dezembro, os agentes cadastradores visitem mais de 7 mil imóveis nessas áreas.

A Compesa lembra que a abordagem será realizada por cadastradores uniformizados e com crachás de identificação, e serão solicitados apenas documentos (CPF, RG) e a conta de energia. Em nenhuma hipótese haverá solicitação de informações financeiras dos clientes. É possível que, em algumas situações, seja necessário que o agente cadastrador ingresse no imóvel para realizar o trabalho.

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O recadastramento é uma ação permanente da companhia em Pernambuco e, além de Paulista, o trabalho está sendo realizado simultaneamente nas cidades de Sertânia, no Sertão, e Caruaru, no Agreste. Também é possível atualizar o cadastro pela Agência Virtual da Compesa. Caso o cliente ainda tenha dúvidas, pode entrar em contato pelo 0800 0810195.

A proposta do novo marco legal do saneamento aprovada pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados facilita a divisão de empresas estaduais de saneamento para que uma parte da companhia permaneça pública e a outra, seja concedida ou privatizada.

A parte pública ficaria responsável pela captação de água e a segunda empresa poderia trabalhar na distribuição da água e tratamento e coleta de esgoto na localidade.

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Segundo fontes que acompanham as discussões do novo marco, pelo menos duas empresas estaduais consideram hoje optar por esse modelo. A previsão foi incluída no relatório do deputado Geninho Zuliani (DEM-SP) na última semana, um dia antes de sua aprovação na comissão. "Nós estamos autorizando a cisão da companhia para ter dois CNPJs, um para cuidar da adutora de água e o outro para poder fazer parcerias-público privadas, privatizações", comentou o relator sobre a inovação.

Para o secretário de Desenvolvimento de Infraestrutura do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, a medida é menos "traumática" para as companhias que se reestruturarem e mais eficiente que as chamadas subdelegações. Nesse último modelo, a companhia delega parte do contrato fechado com o município para a iniciativa privada, numa espécie de terceirização. "É bem mais eficiente do que as subdelegações, pois o privado assina direto com o titular a parte que for privatizada. Você garante a eficiência das partes resultantes dessas operações", disse Mac Cord ao Estadão/Broadcast, integrante da pasta que tem participado ativamente da tramitação do novo marco no Congresso.

Sócio de Infraestrutura do escritório Machado Meyer, Rafael Vanzella avalia que o artigo veio para facilitar o processo de reestruturação societária das empresas estatais e desburocratizar as modelagens de concessões regionais. "O objetivo é muito válido, é um tema relativamente novo, não tinha aparecido nas outras discussões que ocorreram no Congresso, vai facilitar o processo de privatização", disse.

Ele pontua, no entanto, que a redação precisa ser aprimorada. Vanzella sugere, inclusive, que o trecho seja dividido em dois artigos que deem conta das leituras possíveis pelo texto atual. Uma delas é a da cisão da empresa estadual para a privatização de uma parte, que é uma novidade. Já a segunda é para o caso dessa empresa poder fechar contrato de compra e venda de água em região que será concedida à iniciativa privada. Isso já seria possível de realizar hoje, independentemente do novo marco, mas poderia trazer mais segurança jurídica à modelagem, avalia.

Na prática

Um exemplo desse segundo cenário será aplicado em Maceió (AL) e região metropolitana. Para esse bloco, o governo de Alagoas vai dividir a prestação dos serviços: a Casal, companhia de saneamento do Estado, ficará responsável pela captação e tratamento da água. A empresa privada que ganhar a concessão ficará com a distribuição da água, coleta e tratamento de esgoto.

O projeto foi estruturado com o auxílio do BNDES e a intenção é lançar o edital até no máximo janeiro do ano que vem. É o que explica o secretário de Infraestrutura do Estado de Alagoas, Maurício Quintella, que está otimista com o projeto. "Acho que essa receita aqui de Alagoas sem dúvida vai ser modelo para o restante do Brasil." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A instalação de um macromedidor, equipamento que controla a quantidade de água distribuída, no Espinheiro, Zona Norte do Recife, está deixando 13 bairros da capital sem água. As localidades atingidas são Boa Vista, Soledade, Coelhos, Derby, Espinheiro, Graças, Ilha do Leite, Ilha do Retiro, Paissandu, Recife Antigo, Santo Amaro, Santo Antônio e São José. 

A paralisação parcial do Sistema Tapacurá começou às 7h desta sexta-feira (1º) e vai durar por dez horas. Como os bairros atingidos pela paralisação têm abastecimento diário, o fornecimento de água será retomado após a conclusão dos serviços.  Dúvidas e mais informações podem ser obtidas pelo 0800 081 0195.

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A obra faz parte do projeto de setorização do Recife, contando com iniciativas como implantação de novas tubulações e equipamentos para controle de água produzida e distribuída. De acordo com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), a instalação do macromedidor é primordial para a setorização dos bairros do Rosarinho, Aflitos e Espinheiro. O Projeto foi iniciado em 2017 e deve ser finalizado em fevereiro de 2020. 

Os técnicos da Companhia vão executar outra intervenção na Avenida Conde da Boa Vista, na rede de abastecimento localizada entre as Ruas Gervásio Pires e do Hospício. Nesse trecho, a companhia desativará uma rede de distribuição antiga - sem prejuízos ao abastecimento de água da região - para permitir que o município possa construir uma nova Estação de BRT na área.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que vai tentar votar a Lei de Saneamento nos próximos 15 dias e devolver para apreciação do Senado. A fala foi feita em evento organizado pelo Banco BTG Pactual, em São Paulo.

Ele disse estar bastante otimista em relação a aprovação da Lei do Saneamento e com a reforma administrativa, que trará maior eficiência para a administração pública. Segundo o deputado o difícil da reforma administrativa será cortar os privilégios. "A AGU e a Receita (Federal) já conseguiram furar o teto dos gastos", criticou.

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O relator na Câmara da proposta que cria um novo marco do saneamento no Brasil, deputado Geninho Zuliani (DEM-SP), apresentou nesta quarta-feira (9) na Comissão Especial uma nova redação do projeto de lei, prevendo regras mais rígidas para a renovação dos contratos que estão em vigência no País, em comparação ao que foi aprovado em junho pelo Senado.

Os contratos atuais das companhias estaduais de saneamento precisarão definir metas de universalização que garantam o atendimento de 99% da população com água potável e de 90% da população com coleta e tratamento de esgoto até 31 de dezembro de 2033. Há um prazo estimado de um ano para essa adaptação. Segundo o deputado, se isso não for feito, o contrato poderá ser cancelado e, em seguido, ser aberta uma licitação para que a estatal e empresas privadas concorram pela prestação do serviço.

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Além disso, se as empresas quiserem prorrogar os chamados "contratos de programa" (sem concorrência) por um prazo de cinco anos, precisarão ter, quando a nova lei for publicada, uma cobertura de 90% do serviço de abastecimento de água e de 60% do serviço de coleta e tratamento de esgoto. Esse cenário também é diferente em relação ao que veio do Senado, já que lá não havia prazo máximo de cinco anos para essa prorrogação, muito menos condições para que os contratos pudessem ser renovados.

Hoje, a maior parte dos contratos de programa foram fechados entre municípios e Estados, com exceção de algumas prefeituras que já abriram esse mercado para a iniciativa privada. Dessa forma, as empresas que estiverem apresentando bons resultados na prestação de serviços ganharão um fôlego. Quando houver prorrogação, o prazo final do contrato, no entanto, não pode passar de 31 de dezembro de 2033.

Privatização

Geninho também colocou em seu relatório que, no caso de a companhia estatal ser privatizada, os contratos de programa poderão ser mantidos, e convertidos em contratos de concessão. Com as mudanças no texto, o projeto terá de voltar para análise dos senadores. A proposta permite que empresas privadas prestem serviços de saneamento básico por meio de contrato de concessão.

O projeto determina, ainda, a abertura de licitação, com a participação de empresas públicas e privadas, e acaba com o direito de preferência das companhias estaduais. O formato do contrato poderá ser, por exemplo, a Parceria Público-Privada (PPP), firmada entre empresa privada e o governo federal, estadual ou municipal.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, recebeu nesta terça-feira um prêmio da fundação Bill e Melinda Gates, por seu esforço para acabar com a difundida prática no país de se defecar ao ar livre, o que constitui um sério problema de saúde pública.

Ignorando os protestos de ativistas pelos direitos humanos e de três ganhadores do Nobel da Paz, que atribuem ao governo nacionalista de Modi o aumento dos ataques contra as minorias na Índia, o premier recebeu o prêmio em Nova York, onde está para a Assembleia Geral das Nações Unidas.

A Bill and Melinda Gates Foundation, criada pelo fundador da Microsoft Bill Gates e sua mulher, disse que respeita a opinião dos críticos, mas destacou que o tema da saúde é fundamental e que o programa da Índia poderá servir de modelo para outros países.

Na cerimônia, Modi dedicou o prêmio a todos os indianos que fizeram da limpeza "a maior prioridade de sua vida cotidiana".

O objetivo do programa, batizado "Clean India Mission" ("Missão Índia Limpa"), é atacar o problema da defecação ao ar livre, especialmente em áreas rurais.

Desde 2014, a Índia construiu mais de 100 milhões de banheiros, investindo 20 bilhões de dólares, segundo o próprio governo.

Os ganhadores do Prêmio Nobel da Paz Mairead Maguire, Tawakkol Abdel-Salam Karman e Shirin Ebadi pediram à Fundação Gates que revisasse sua decisão.

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e a Prefeitura de Guarulhos assinaram, na última segunda-feira (23), um acordo para melhorias no sistema de saneamento básico da cidade e que deve subir os níveis de esgoto tratado que eram de 12% para 40% até 2020.

No acordo, a Sabesp disponibilizará duas estações de tratamento, as ETEs Parque Novo Mundo e São Miguel, que irão receber os dejetos de Guarulhos, que já possui mais três ETEs (São João, Bonsucesso e Várzea do Palácio).

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De acordo com o governador de São Paulo, João Dória, a solução do tratamento do esgoto em Guarulhos deve permitir acelerar o projeto de despoluição do rio Tietê.

A meta do estado é despoluir o rio Tietê em dez anos.

por Thiago Apelbaum

A área de saneamento tem cerca de R$ 13,5 bilhões em contratos de obras que estão paralisadas pelo País, sendo R$ 12,6 bilhões relacionados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criado em 2007. São quase mil contratos de empreendimentos planejados com recursos públicos que não atendem a população - a maior fatia localizada no Nordeste.

Saneamento é importante por garantir abastecimento de água potável, coleta e tratamento de esgoto, limpeza urbana e redução e reciclagem do lixo. Enquanto as obras estão paradas, 103,2 milhões de brasileiros estão sem acesso a esgotamento sanitário e 40,8 milhões sem abastecimento de água, de acordo com dados oficiais

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Entre os motivos principais para a estagnação das obras do PAC estão problemas técnicos identificados em seus projetos base, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast. Auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) nos empreendimentos parados do PAC - não só de saneamento - também localizou essa falha. "O que identificamos é que dentro dos problemas técnicos o que surgia era deficiência no projeto base", diz o secretário de fiscalização de Infraestrutura Urbana do TCU, Bruno Martinello Lima.

O fato de companhias estaduais, empresas ou municípios que captavam o dinheiro não terem à disposição capacidade técnica para tocar projetos de qualidade foi apontado por técnicos como uma das grandes falhas.

Bruno Lima está envolvido no levantamento do TCU que identificou mais de 14 mil construções paralisadas no País através de cinco bancos de dados do governo federal, em um universo de 38 mil obras - material através do qual a reportagem levantou os empreendimentos de saneamento parados. De acordo com o tribunal, 47% dos motivos de paralisação das obras do PAC estão relacionados a problemas técnicos. Em seguida vem o abandono pela empresa, com 23%.

Além de informações do PAC, as demais construções de saneamento paralisadas foram localizadas no banco de dados da Caixa - R$ 102,9 milhões em contrato - e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) - R$ 821,7 milhões previstos.

Para a secretária de Obras Estratégicas e Fomento do PPI, Veronica Sánchez, há "incapacidade das empresas", sejam elas públicas ou privadas, de acessar recursos públicos e fazer investimentos adequados, apresentando projetos de qualidade. A declaração foi dada durante seminário realizado na Câmara na última semana. Nele, o secretário de Desenvolvimento da Infraestrutura, Diogo Mac Cord, disse que em 2018 apenas 51% dos recursos disponibilizados pelo governo federal para obras no setor foram acessados. Segundo Mac Cord, o problema está relacionado à capacidade técnica dos operadores atuais.

Ex-presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e professor da FGV, Gesner de Oliveira pontuou três problemas para as obras não terem caminhado: qualidade dos projetos, falha na supervisão das obras e dificuldade de recursos das empresas que tocaram os empreendimentos.

"Quando presidi a Sabesp, acompanhei centenas de obras do PAC. O que acontecia era uma chuva de oferta propagandista, e os municípios se enquadravam de qualquer jeito e não conseguiam fazer nada", lembrou.

Gesner acredita que a atualização do marco do saneamento, em discussão no Congresso, pode ser uma oportunidade para esses empreendimentos serem continuados. No seu entender, a nova regulação pode ajudar a encontrar soluções para essas situações de impasse

 

Universalização

A universalização do saneamento voltou a ter algum protagonismo em Brasília. O governo incluiu o tema na carteira de estudos do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Segundo apurou o Estadão/Broadcast, a área é vista como uma das prioridades da equipe econômica para o segundo semestre deste ano. De acordo com técnicos do governo, seriam necessários investimentos da ordem R$ 600 bilhões a R$ 700 bilhões para cumprir as metas de universalização propostas pelo Plano Nacional de Saneamento até 2033.

Para além do marco regulatório e do PPI, tramita no Senado um projeto de lei que tem como intuito dar continuidade a essas obras. De autoria da senadora Rose de Freitas, o PL dá preferência na alocação de recursos para obras de saneamento em andamento "cuja execução tiver ultrapassado 70% do respectivo orçamento".

O projeto está na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) e foi aprovado pela Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) em maio deste ano. Para a autora, a proposta tem tudo para tramitar rapidamente. "A discussão de saúde e saneamento está posta, tem que haver preferência na aprovação", disse.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, está negociando um empréstimo de US$ 500 milhões com o Novo Banco de Desenvolvimento do Brics (NDB, na sigla em inglês) para ser repassado a prefeituras do país para obras de saneamento, tratamento de resíduos e energias renováveis. O aporte deve ocorrer no começo do próximo ano.

“O trabalho agora é estudar a melhor forma de implementação imediata do recurso, se será o repasse a consórcios de municípios, municípios individualmente ou montagens de estruturas de destinação do lixo feitas pelo governo federal em parcerias com os municípios”, explicou o ministro.

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Salles participou de uma reunião, esta semana, em São Paulo, com ministros do Meio Ambiente do grupo de países emergentes formados por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics).

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O presidente Jair Bolsonaro enviou ao Congresso na última quinta-feira (1º) um novo projeto de lei que altera o marco regulatório do saneamento no País. O texto retira as mudanças que o Senado havia feito em outro projeto, que foi aprovado em junho, e que atendiam a pedidos de governadores, especialmente do Nordeste.

O projeto do governo prevê a substituição dos chamados contratos de programa, que permitem a operação do sistema apenas por empresas públicas, por contratos de concessão, que podem ser disputados pela iniciativa privada. O item recupera o conteúdo de uma medida provisória assinada pelo ex-presidente Michel Temer que perdeu a validade após não ser apreciada pelo Congresso.

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Se a proposta do governo for aprovada, abre caminho para as prefeituras privatizarem os serviços de saneamento (abastecimento de água potável, coleta e tratamento de esgoto, limpeza urbana e redução e reciclagem do lixo).

O projeto determina a abertura de licitação, com a participação de empresas públicas e privadas, e acaba com o direito de preferência das companhias estaduais. O formato do contrato poderá ser, por exemplo, a Parceria Público-Privada (PPP), firmada entre empresa privada e o governo federal, estadual ou municipal.

O texto do governo não traz a possibilidade de os contratos atuais com as estatais permanecerem em vigor e ainda serem prorrogados para amortização dos investimentos necessários à universalização dos serviços, como aprovou o Senado. Com as mudanças feitas pelos senadores, a licitação dos serviços à iniciativa privada passou a ser, na prática, facultativa - o que foi retirado do texto do governo.

Na proposta enviada na quinta pelo governo também não há a opção de assinar contratos de concessão sem licitação com empresas públicas ou sociedades de economia mista. No projeto do Senado, havia a possibilidade para os casos de uma licitação não atrair interessados ou não existir "viabilidade econômica que justificasse a privatização".

A proposta do governo manteve a permissão para que Estados criem blocos de municípios para licitar serviços de cidades pouco atrativas para a iniciativa privada com grandes centros urbanos. O dispositivo foi incluído para evitar que empresas assumam contratos apenas em lugares considerados "filé mignon" para a iniciativa privada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, comemorou a aprovação no Senado do novo marco legal para o saneamento no País. Ele disse que o governo estava esperando o resultado, que classificou como "nota 10". "Muito boa essa lei, a gente estava esperando, porque permite que as empresas privadas entrem nesse processo", disse Mourão.

O texto, apresentado pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), facilita a abertura do setor para a iniciativa privada e a intenção de alguns Estados de privatizar ou capitalizar companhias estatais. A proposta ainda precisa passar pela análise da Câmara dos Deputados.

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"Vocês sabem que para os governos estaduais e municipais às vezes falta recurso para investir nessa área. É uma deficiência séria que nós temos no Brasil. Resolvendo essa questão do saneamento a gente resolve muita coisa ligada à saúde. São economias que serão feitas em outras áreas. Nota 10", declarou o presidente em exercício ao ser questionado sobre o resultado da votação.

De forma geral, o projeto aprovado pelos senadores acaba com os chamados contratos de programa, firmados entre municípios e Estados e que permitem a operação do sistema apenas por empresas públicas. Pelo texto, os serviços passam a ser prestados por meio de contratos de concessão, que podem ser disputados pela iniciativa privada.

O Senado marcou para quinta-feira (6), às 8 horas, a votação do projeto de lei que atualiza o marco legal do saneamento no País, retomando o conteúdo da medida provisória sobre o mesmo tema que perdeu a validade. O horário da sessão de votação é atípico, mas foi agendado após acordo de senadores para votar o texto ainda nesta semana. Às 10 horas do mesmo dia, o Senado deve realizar uma sessão solene para comemorar o Dia do Meio Ambiente.

A votação do projeto de lei que atualiza o marco legal do saneamento básico no País ficou para a próxima terça-feira, 11, no plenário do Senado, de acordo com lideres partidários. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), no entanto, afirmou que ainda vai tentar colocar a votação nesta quarta-feira, 5.

"Essa matéria está há um ano em tramitação. O projeto foi aperfeiçoado", disse Alcolumbre. O texto recupera o conteúdo da MP do Saneamento, que perdeu a validade, e foi aprovado na manhã desta terça-feira, 4, na Comissão de Infraestrutura da Casa. Senadores pediram mais tempo para consultar governadores sobre o conteúdo da proposta, protocolada na segunda-feira, 3.

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Na reunião de líderes partidário, o senador Esperidião Amim (PP-SC) questionou se era constitucional elaborar um projeto de lei após uma medida provisória com o mesmo conteúdo não ter sido aprovada no Congresso. Além disso, outros parlamentares afirmaram que é preciso analisar a versão do projeto. Na reunião, Jaques Wagner (PT-BA) manifestou preocupação com contratos de empresas estaduais vigentes.

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Um dos pontos polêmicos é o dispositivo que acaba com os chamados contratos de programa, firmados entre Estados e municípios e que permitem a operação do sistema apenas por empresas públicas. Pelo projeto, os serviços passam a ser prestados por meio de contratos de concessão, disputados também pela iniciativa privada.

Durante a discussão da medida provisória, um grupo de governadores se manifestou contra o item, alegando que as alterações inviabilizam as empresas estaduais de saneamento. Para atender os governadores, os prazos para adequação foram flexibilizados. O projeto de lei determina que os contratos existentes permanecerão em vigor e poderão ter seus prazos prorrogados, por uma única vez, para garantir a amortização dos investimentos necessários à universalização dos serviços.

Em caso de prorrogação ou migração para uma concessão, o texto estabelece a exigência de parcerias com a iniciativa privada para antecipar os investimentos necessários à universalização. O projeto dá quatro anos para os Estados encaminharem o modelo de parceria para o órgão regulador. Após a aprovação, o projeto concede mais um ano para a publicação do edital de licitação da parceria, que, se não for contratada, implica extinção do contrato de programa ou de concessão em dois anos.

Acompanhada de perto pela equipe econômica pelo potencial de destravar até R$ 800 bilhões em investimentos nas próximas décadas, a Medida Provisória 868 que abre o mercado do saneamento básico no Brasil deve mesmo caducar, na avaliação da líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP). A equipe econômica ainda acredita na aprovação da medida, mas prepara um projeto de lei idêntico para enviar ao Parlamento como tentativa de salvar a proposta.

A medida altera o marco legal do setor - dominado por estatais estaduais em municipais - abrindo o mercado para investimentos privados. A proposta, porém, tem forte resistência de governadores e sofre pressão dos sindicatos das companhias de água e esgoto. Governadores de 24 Estados (São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais ficaram de fora) apelaram para que o texto não fosse aprovado.

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Por isso, na avaliação da líder do governo, dificilmente haverá acordo para a votação nos plenários da Câmara e do Senado até o dia 3 de junho, quando a sua validade expira. "Acho que 'pouco provavelmente' vamos aprovar a MP do Saneamento", declarou Joice.

Já o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), garantiu que a busca de uma solução legislativa para a questão do saneamento básico será uma prioridade da Casa. Ele se comprometeu a tentar fechar um acordo com os governadores para viabilizar a votação da MP. E, se isso não for possível, já adiantou o pedido para que o governo ou algum deputado encaminhe com urgência uma proposta para o setor.

"Não vamos passar mais de 15 dias sem uma solução da Casa para o saneamento. Se não tiver acordo, que cada um construa uma maioria para o seu texto", disse Maia, que defendeu uma maior concorrência privada no setor. "Acho que esse modelo estatal está falido, temos milhões de brasileiros vivendo sem rede de esgoto, pisando na lama, e nós temos a obrigação de dar uma solução", afirmou.

O Ministério da Economia também não desistiu ainda da MP. Apesar de Joice ter praticamente jogado a toalha sobre a votação da medida, o secretário de Desenvolvimento de Infraestrutura da pasta, Diogo Mac Cord de Faria, ainda acredita na possibilidade de aprovar a proposta na próxima semana.

Quase metade da população brasileira ainda não tem acesso a saneamento básico de qualidade. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada anteontem pelo IBGE, mostrou que há 72,4 milhões de brasileiros em residências que não estão ligadas às redes de esgoto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A falta de saneamento e de uma destinação adequada do lixo segue sendo o maior problema das moradias brasileiras, com impacto considerável na saúde da população. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada na manhã desta quarta-feira, 22, revela que as carências seguem praticamente inalteradas ao longo dos últimos anos. A situação é pior no Norte e no Nordeste do País.

De acordo com os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), mais de 90% das casas brasileiras têm um banheiro de uso exclusivo, mas um terço delas (33,7%) não têm escoamento do esgoto por rede geral ou mesmo fossa - um porcentual que permanece estável desde 2016. O número, no entanto, é muito mais alto no Norte (78,2%) e no Nordeste (55,4%) e bem mais baixo no Sudeste (11,4%).

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Os números de 2018 mostram que o porcentual de domicílios cujo lixo era coletado diariamente por um serviço de limpeza era de 83,0%. Em 7,5% das casas o lixo é queimado dentro da propriedade. No Norte e no Nordeste, mais uma vez, a situação é pior, ficando abaixo da média nacional: 70,8% e 69,6%.

"O lixo que é queimado na propriedade é um grande problema", diz Adriana Araujo Beringuy, analista do IBGE que apresentou os resultados. "Ele contamina o solo, afeta as crianças que brincam naquele terreno, seus resíduos vão parar nas valas ou nos rios."

Por outro lado, o porcentual de residências com abastecimento regular de água é alto: 97,5%. Em 85,8% dos casos, a principal fonte de abastecimento era a rede geral de distribuição. Variações regionais persistem, mas são menores. Mesmo no Nordeste, o porcentual chega a 92,8%. É mais frequente, no entanto, o abastecimento irregular.

A cobertura de energia elétrica no País também é alta. Em 2018 estimou-se que 99,7% das residências possuíam energia elétrica; praticamente todas em tempo integral.

Casas e apartamentos

A pesquisa mostrou que o Brasil tem hoje 71 milhões de domicílios contra 69,5 milhões em 2017 - um aumento de 2,2% ou 1,5 milhão de unidades domiciliares. O maior aumento ocorreu na região Norte (3,1%) e o menor no Nordeste (1,7%). A maioria dos domicílios (86,0% ou 60,1 milhões) é de casas. Apenas 13,8%, ou 9,8 milhões, são apartamentos - embora estes estejam em expansão.

Os domicílios próprios já pagos representam 66,7% (47,4 milhões) do total; e 5,9% (4,2 milhões) eram próprios mais ainda estavam sendo pagos. Domicílios alugados são 18,1% (12,9 milhões) e cedidos são 9,1% (6,4 milhões). Em relação a 2017 houve um aumento dos domicílios alugados de 5,3%

Na grande maioria dos domicílios, 88,2% ou 62,6 milhões, as paredes são de alvenaria com revestimento. A maioria, 77,6% (55,1 milhões), tem piso de cerâmica, lajota ou pedra.

A Pnad investigou também a existência de alguns bens de consumo nessas. A geladeira foi encontrada em quase todos os domicílios brasileiros: 98%, sendo que, em todas as regiões, o porcentual é superior a 90%.

A posse de máquina de lavar apresenta maiores discrepâncias, com média nacional de 65,1%. Os menores porcentuais estão no Nordeste (36,2%) e Norte (42,8%) e os maiores no Sul (85,8%) e Sudeste (77,9%). No Brasil, 48,8% das casas possuem carro, 22,2% têm motocicleta e 11,1% ambos.

População jovem diminui

A Pnad fez ainda um levantamento sobre os moradores. Segue a tendência de queda da proporção de pessoas com menos de 30 anos: em 2012, elas eram 47,6% da população e, agora, 42,9%. A população acima dos 30 anos registrou crescimento, atingindo 57,1% no ano passado. A parcela de pessoas com mais de 65 anos representa 10,5% da população.

Outra tendência que se manteve estável foi o porcentual de homens (48,3%) e mulheres (51,7%) na população, que se mantém inalterado desde 2012.

Um fato chamou a atenção dos pesquisadores no quesito "cor ou raça" da população. O número de entrevistados que se declarou branco caiu, enquanto o porcentual de pardos e pretos aumentou. Para os especialistas, tal alteração estaria relacionada às políticas afirmativas.

Neste último levantamento, a população autodeclarada branca representava 43,1% da população, ao passo que a população de pardos correspondia a 46,6% e a de pretos, a 9,3%. Em 2012, esses porcentuais eram, respectivamente, 46,6%, 45,3% e 7,4%.

Um estudo mostra que, para atender às metas de universalização do Plano Nacional de Saneamento Básico até 2033, Pernambuco precisa investir R$ 15,24 bilhões no período (R$ 1,08 bilhão por ano). A região Sudeste, mais populosa, é a que mais demandará investimentos (R$ 175 bilhões para o período), seguida do Nordeste (R$ 135 bilhões).

Esse total de investimento que Pernambuco precisa investir inclui obras em ampliação de extensão de redes, adutoras, construção de estações de tratamento de água e esgoto, elevatórias, reservatórios, ligações de água, cisternas, poços artesianos, redes coletoras de esgoto, coletores- tronco, ligações de esgoto e tanques sépticos.

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Segundo a pesquisa da KPMG, o Brasil precisa de um investimento de R$ 497 bilhões para os próximos 14 anos para universalizar o saneamento no país, ou R$ 35,5 bilhões ao ano. Os valores são mais de três vezes o investimento realizado em 2017 (R$ 10,9 bilhões, segundo o SNIS, Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento).

Se forem considerados os custos para compensar a depreciação de ativos, o investimento total no saneamento chega a R$ 700 bilhões, ou cerca de R$ 50 bilhões/ano (cinco vezes a média investida por todo o setor nos últimos anos).

Outro estudo, realizado pelo Instituto Trata Brasil, mostra que o país deixa de gerar R$ 1,2 trilhão em benefícios econômicos e sociais ao deixar de investir o necessário na infraestrutura de água tratada e esgotamento sanitário.

A KPMG aponta que uma alternativa para expandir o investimento no setor é contar com mais recursos privados. “A Medida Provisória 868, que estabelece um novo marco legal para o saneamento e induz ao investimento no setor por meio de licitações e diretrizes federais de regulação, deve entrar em votação durante esta semana. O prazo máximo para a aprovação da MP 868 é o dia 3 de junho”, revela a empresa.

Será realizado no Recife, no próximo dia 28 de maio, o Encontro Lixo Zero Recife 2019 - Melhores Práticas. O evento busca dar visibilidade a agentes públicos, ativistas e empreendedores envolvidos com boas práticas rumo ao 'lixo zero' e estimular o descarte correto de materiais, através da correta gestão de resíduos.

Durante o encontro, serão realizados quatro painéis com a presença de especialistas e autoridades, além de associações e empresas que trarão casos locais de sucesso. "Exemplos inspiradores de pessoas, empresas, instituições que mudaram seu comportamento em relação aos resíduos, assumindo uma responsabilidade seja em seus serviços, produtos ou comportamentos", diz a organização.

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O evento contará ainda com espaço para expositores no hall externo auditório. No local, ficarão expostas alternativas para a forma de descarte dos resíduos em casas, empresas e bairros. O Lixo Zero Recife é uma realização do Instituto Lixo Zero Brasil, Recife Lixo Zero e Ecoe Sustentabilidade com parceria do Diretório de Gestão Ambiental da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Serviço

Data: 28/05/2019

Local: Auditório Professor Newton da Silva Maia - CTG/UFPE

Horário: 8h às 17h

Inscrições pelo link: https://forms.gle/HsjRF35wsfXfNigT7

Gratuito

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