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A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) realiza neste sábado (15) um serviço em Boa Viagem e interdita uma faixa da via, situada entre a rua Dona Margina Pontual e a rua Marquês de Valença.

A intervenção que começou no início desta manhã é para implantar 100 metros de tubulação. O serviço, incluindo a reposição do pavimento, será concluído até às 12h do domingo (16). Nas duas ruas serão implantados tubos que irão formar a rede coletora de esgoto. 

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O trabalho está sendo realizado através do Programa Estruturador do Recife (Proest 1). O objetivo é ampliar a cobertura de saneamento em Boa Viagem, Imbiribeira e Porta Larga, um investimento de R$ 70 milhões. Já nessa sexta-feira (14), o mesmo trabalho foi feito em Porta Larga, entre Recife e Jaboatão dos Guararapes. 

 

 

Em 2011, apenas um terço (32,3%) das cidades do País tinha programa, projeto ou ação de coleta seletiva de lixo em atividade, revela pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), intitulada Perfil dos Municípios Brasileiros, divulgada nesta terça-feira.

É a primeira vez que o tema saneamento é abordado nesta pesquisa, que levanta informações junto às prefeituras. No entanto, o cruzamento de dados com a última Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), de 2008, indica que não houve avanço significativo no período em relação à coleta seletiva. A Região Sul tem a maior proporção de municípios com programas em atividade (55,8%), seguida pelo Sudeste, com 41,5%. Norte e Nordeste apresentaram as maiores proporções de municípios sem programas: 62,8% e 62,3%. Em Roraima, nenhum município tinha coleta seletiva em 2011.

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"Os municípios ainda não estão estruturados com ênfase na questão do saneamento. Em relação à PNSB 2008, os dados são semelhantes. Poderia ter havido um movimento melhor na questão da coleta seletiva", diz Daniela Santos Barreto, pesquisadora da coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE.

A pesquisa também mostra que a maioria (60,5%) dos municípios brasileiros não executa qualquer acompanhamento em relação ao abastecimento de água, esgotamento sanitário e/ou drenagem e manejo de águas pluviais urbanas. Também se verificou que em 47,8% dos municípios não há órgão responsável pela fiscalização da qualidade da água.

Também mostra que as políticas são fragmentadas e que poucos têm estrutura única de saneamento. Apesar de o plano nacional de saneamento básico prever que todos os municípios devem ter estrutura para cuidar desse serviço, apenas 28% possuem. "Em relação à lei de saneamento, ainda é preciso uma sensibilização dos municípios, para que cumpram suas responsabilidades de fiscalizar e normatizar a execução de serviços", acrescenta Daniela.

Após a polêmica criada em torno da Parceria Público-Privada (PPP) da Compesa no período de campanha eleitoral no Recife, o presidente da Companhia, Roberto Tavares, incentivo outros estados a analisarem a iniciativa pernambucana. Para ele, o projeto deve ser encarado como um modelo a ser estudado por outros estados brasileiros. “A Parceria Público-Privada na Prestação de Serviços no Setor de Saneamento Básico”, disse Tavares durante apresentação no 2º Seminário Fiesp de Saneamento Básico, em São Paulo. 

Tavares destacou, em seu discurso, que o projeto da Compesa tem a capacidade de articular, em uma única PPP, investimentos públicos e privados, além de destacar que a iniciativa significa inovação. “As PPP's tradicionais geralmente só utilizam contraprestação pecuniária e a nossa utiliza investimentos para acelerar o prazo da universalização”, comparou.

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O presidente da Compesa acrescentou que, a proposta de PPP é uma alternativa para recuperar o tempo perdido. Isto porque, apenas duas unidades da federação – São Paulo e Distrito Federal – contam com cobertura de esgoto acima de 70%, enquanto 18 Estados brasileiros têm cobertura inferior a 40%. 

“Temos que destacar o grande volume de investimentos desde 2003, mas temos que reconhecer que o atual modelo de financiamento está fracassado. A PPP vem como uma alternativa, mas não é a única. Precisamos nos aprofundar nesse tema”, disse. 

De acordo com Tavares, os investimentos aplicados pelo governador Eduardo Campos em obras de água e esgoto em Pernambuco é quatro vezes mais nos últimos cinco anos.

O Brasil tem ocupado lugar de destaque no cenário mundial como potência econômica e a expectativa é que, até 2050, sejamos referência de economia global. Porém, a imagem internacional brasileira não é só “ordem e progresso”. Hoje, nos transformamos em um país tipicamente urbano, com aproximadamente 85% da população morando em cidades.

O resultado desse processo de urbanização desregrada não poderia ser diferente: caos no trânsito, aumento da violência, crescimento desordenado de favelas, desemprego e problemas na saúde. Todavia o acesso ao saneamento pede uma observação maior, visto que ele integra  boa parte dos problemas citados anteriormente.

Apesar da importância para saúde e meio ambiente, o saneamento básico no Brasil está longe de ser adequado. Em 2008, mais de 56% dos domicílios não possui qualquer ligação com a rede coletora de esgoto e 80% dos resíduos gerados são lançados diretamente nos rios, sem nenhum tipo de tratamento. A região Sudeste ainda se destaca como a área com os melhores serviços de saneamento. Em contrapartida, a região Norte apresenta os maiores problemas de falta de coleta e tratamento de esgoto, com apenas 6,2% de coleta de esgoto nas residências.

 Dentre as cidades brasileiras, Belo Horizonte é a que possui maior acesso à rede de esgoto, com 97,4%, seguido por São Paulo, com 89,5%. A pior situação entre as capitais está em Macapá, no Amapá, com 4,03%. Mas, por que questionarmos neste texto o saneamento e não outros serviços públicos, como a saúde, por exemplo?

A explicação é simples. Em números, 65% das internações hospitalares de crianças menores de 10 anos estão associadas à falta de saneamento básico. Ademais, a falta de saneamento básico ainda é uma das principais responsáveis pela morte por diarreia de menores de cinco anos no Brasil. Essas informações nos levam a concluir que a cobertura de rede de esgoto é uma condição necessária para a provisão de tratamento dos detritos, que é a condição suficiente para que os benefícios da coleta se materializem na sua integridade.

O tratamento eficiente da água pode reduzir, e muito, as infecções gastrointestinais, diminuindo, consideravelmente, o número de atendimentos nos postos e hospitais públicos. A coleta, o tratamento e a disposição ambiental adequada do esgoto sanitário são fundamentais para a melhoria do quadro de saúde da população como um todo. A ausência de investimentos nesses itens tem sérios impactos sobre a saúde da população e o meio ambiente.

Ao findar este texto, caro leitor, peço que avaliem as propostas dos candidatos aos cargos políticos, e verifiquem se melhorias na rede de saneamento básico estão inclusas em suas plataformas de governo. Não podemos chegar a altos níveis de desenvolvimento se não melhorarmos a qualidade de vida do nosso povo. E o saneamento é um dos principais elementos  que devem ser levados em consideração.  

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou nesta terça-feira empréstimos de cerca de R$ 415 milhões para investimentos em saneamento básico em quatro estados. Os recursos financiarão projetos das empresas de água e esgoto do Rio Grande do Sul, do Paraná, do Ceará e da Bahia. Todos os projetos fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O maior empréstimo será concedido à gaúcha Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), que receberá R$ 220,1 milhões. O projeto da Corsan prevê a ampliação dos sistemas de abastecimento de água nos municípios de Arroio do Sal, Capão da Canoa, Nova Prata, Torres e Xangri-lá, a expansão do sistema de esgotamento sanitário de Tramandaí e a implantação do sistema de esgoto em Carlos Barbosa, Horizontina, Imbé, Soledade, Três Coroas e Xangri-lá.

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Segundo o BNDES, serão beneficiadas 450 mil pessoas no total. Os investimentos incluem obras civis e aquisição de máquinas e equipamentos, gerando 70 empregos diretos definitivos e 2.320 temporários. Além disso, serão criados 5.630 empregos temporários indiretos.

Na Bahia, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) receberá financiamento de R$ 85,2 milhões para ampliação dos sistemas integrados de abastecimento de água das cidades de Amélia Rodrigues, Andorinha e Santo Estevão e implantação do sistema de esgotamento sanitário de Caravelas. O projeto atenderá 196 mil pessoas.

Segundo o BNDES, a participação do financiamento no investimento total será de 85,6% (na intervenção de esgotamento sanitário) e de 90,4% (nas obras de abastecimento de água). Do total a ser financiado, 94% destinam-se a obras civis e aquisição de materiais hidráulicos. Os 6% restantes serão aplicados na execução de trabalho social, nas ações de preservação ambiental e no gerenciamento do empreendimento.

Por sua vez, a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) terá apoio financeiro de R$ 81,5 milhões. A participação do BNDES será de 93,3% dos itens financiáveis. O projeto da Sanepar visa a ampliar os sistemas de abastecimento de água dos municípios de Jacarezinho, Mandaguaçu e São João do Ivaí; expandir os sistemas de esgotamento sanitário de Bela Vista do Paraíso, Mandaguaçu, Marmeleiro, Paraíso do Norte, Rio Negro e Santa Terezinha do Itaipu; e implantar os sistemas de esgotamento sanitário de Centenário do Sul, Salto do Lontra, Tamarana e Terra Roxa.

Ao longo da execução das obras, serão criados 125 novos empregos diretos e serão contratados 1.728 trabalhadores indiretos. No quarto estado com financiamento aprovado nesta terça-feira, a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) receberá empréstimo de R$ 28,4 milhões para ampliar o ramal sul do sistema integrado de abastecimento de água da Serra do Ibiapaba. O financiamento do BNDES será de 90% do investimento total.

O projeto contempla obras para estações elevatórias, adução e armazenamento de água, atendendo os municípios de Carnaubal, Graça, Guaraciaba do Norte, Ibiapina, Mucambo, Pacujá, São Benedito e Ubajara.

Pelo menos 18,5 milhões de pessoas - quase a população de Minas Gerais - vivem em áreas urbanas com esgoto a céu aberto diante de suas moradias. Elas representam 12% da população pesquisada pelo IBGE no levantamento sobre o entorno dos domicílios. Os números do Censo 2010 mostram que 11% das moradias em áreas urbanas estão próximas a valas ou córregos onde o esgoto domiciliar é despejado diretamente. São 5,1 milhões de residências.

Um quarto (24,9%) dos domicílios pobres, com renda per capita mensal de até um quarto do salário mínimo, está diante de esgoto a céu aberto, proporção de cai para apenas 3,8% nas moradias com renda superior a dois salários mínimos por pessoa. Um terço (32,2%) das moradias da Região Norte tem esgoto a céu aberto no entorno. A menor proporção, de 2,9%, está no Centro-Oeste.

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Os resultados seriam ainda piores se o levantamento incluísse todos os domicílios de favelas, mas a pesquisa excluiu as "áreas sem ordenamento urbano regular", equivalente à maior parte do território das favelas. Segundo o IBGE, foram analisados apenas os domicílios que estão em quadras ou quarteirões.

Os recenseadores encontraram 2,3 milhões de domicílios (5% do total), onde vivem 8 milhões de pessoas, com lixo acumulado na parte externa, na data da coleta de dados.

Iluminação e pavimentação

A iluminação pública é o item com melhores resultados e está no entorno de 96,3% dos domicílios. Pavimentação chega a 81,7% das residências, ou seja, quase 20% dos domicílios urbanos brasileiros estão em ruas sem asfalto, paralelepípedo ou outro tipo de pavimentação.

Entre os itens pesquisados, o que teve pior resultado foi a acessibilidade de pessoas que usam cadeiras de rodas. Apenas 4,7% dos domicílios urbanos têm rampa na quadra onde estão localizados. No entorno dos domicílios pobres, de renda de até um quarto do salário mínimo per capita, a proporção é de apenas 1% e chega a 12% nos domicílios com mais de 2 salários mínimos per capita da renda. No Norte e no Nordeste, são apenas 1,6% de residências com rampa para cadeirantes no quarteirão. No Sul e Centro-Oeste, são 7,8%.

A Associação das Empresas de Saneamento Estaduais (AESBE) reivindicam a isenção do imposto para o setor de saneamento, destinando essa desoneração integralmente para investimentos. Anualmente, no Brasil, as companhias estaduais de saneamento pagam cerca de R$ 2 milhões em impostos do PIS/COFINS; já no caso de Pernambuco são R$ 60 milhões. O ocorrido aconteceu nesta quinta-feira (24) durante a sua a 2ª Reunião Ordinária daentidade, no Recife.

O governador do Estado de Pernambuco, Eduardo Campos, esteve presente na reunião. “Assim como no governo Lula, a presidente tem destinado muitos recursos para obras de saneamento. Ela tem sensibilidade e enxerga nessas ações a possibilidade de melhorar a vida de muitos brasileiros”, defendeu Campos, em relação à presidenta Dilma Rousseff.

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De acordo com o presidente da Compesa, Roberto Tavares, todos os recursos são destinados às obras de abastecimento de água e de esgotamento sanitário. Abelardo de Oliveira, presidente da AESBE ressaltou a luta das concessionárias pela desburocratização para a liberação de financiamentos. “Além da falta de recursos para a execução das obras, ainda enfrentamos outro entrave, que é a burocracia”, explicou.

De acordo com Abelardo, muitas mudanças precisam acontecer com urgência para que a execução dos projetos seja acelerada.

Bairros da zona sul do Recife, como Boa Viagem, Imbiribeira e Porta Larga (que fica na divisa entre Recife e Jaboatão dos Guararapes), terão seus sistemas de esgotamento implantados e ampliados. Estima-se que mais de 115 mil pessoas sejam favorecidas com o projeto que terá um investimento de R$ 70 milhões. As ações são do Programa Estruturador do Recife, PROEST 1, e contam com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, além de investimentos do Governo Estadual e da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa).

A companhia já trabalha em duas das seis bacias previstas no projeto. Estão sendo implantadas tubulações nas ruas Sargento Melo Júnior e Engenheiro Lauro Borba, em Boa Viagem, e na avenida Sul, na Imbiribeira. Cerca de 1.200 metros de rede já foram assentados e uma equipe da área social da Compesa já conscientizou a população sobre a importância da obra, que também irá beneficiar comunidades como Entrapulso, em Boa Viagem, e Borborema, em Porta Larga.

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O projeto consiste no assentamento de 130 quilômetros de tubulações e na construção de nove estações de bombeamento para coletar e transportar o esgoto das três localidades para a estação de tratamento Cabanga. A obra abrange o trecho que vai da avenida Mascarenhas de Morais, na Imbiribeira, até a avenida Armindo Moura, em Porta Larga. Em caso de intervenções que possam interferir o trânsito, a companhia garante que a população será avisa com antecedência. A previsão de conclusão dos trabalhos é até julho de 2014.

PROEST 2 – Outra obra de saneamento está prevista na zona sul do Recife, desta vez nos bairros do Ipsep e em outra parte da Imbiribeira. As obras, que devem ser concluídas em outubro deste ano, incluem a implantação de 28 quilômetros de rede coletora (95% já concluído), 70 quilômetros de ramais condominiais (90% já concluído) e cinco quilômetros de emissário. Está prevista ainda a construção de estações de bombeamento (quatro das sete unidades já foram construídas) e uma de tratamento (em fase final de acabamento). O investimento total é de R$ 53 milhões.

Uma reunião entre o governador Eduardo Campos e o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, em Washington, nesta quarta-feira (19) rendeu a liberação de US$ 200 milhões (cerca de R$ 355 milhões) do BID para as obras de saneamento da bacia do Rio Ipojuca. O Estado vai entrar com uma contrapartida de US$ 130 milhões. A ação vai melhorar a qualidade da água do manancial do rio, um dos mais poluídos do Estado.

Cerca de 80% dos recursos serão utilizados nas ações de saneamento para evitar que o esgoto das cidades vá para o rio. Os 20% restantes serão empregados em ações socioambientais, educadoras e de apoio na elaboração dos 13 planos municipais de saneamento das cidades contempladas pelo projeto.

"Vamos beneficiar cerca de 2,3 milhões pernambucanos que vivem em 13 cidades que margeiam o Rio Ipojuca. É uma grande intervenção, que visa evitar a degradação do nosso meio ambiente com obras definitivas e ações socioeducativas", afirmou Eduardo.

O projeto também prevê o fortalecimento institucional da Compesa através da implantação de um sistema de gestão ambiental da empresa. Com a medida espera-se reduzir e controlar os impactos de seus processos e serviços no meio ambiente.

O contrato será assinado dentro de 60 dias. A ação vai beneficiar os municípios de Belo Jardim, Bezerros, Caruaru, Chã Grande, Escada, Gravatá, Ipojuca, Poção, Primavera, Sanharó, São Caetano, São Lourenço da Mata e Tacaimbó.

Em seu primeiro dia de agenda administrativa em Washington, o governador atendeu o convite do BID para mostrar o modelo de gestão implantado em Pernambuco e as mudanças em curso na economia do estado.

Foram duas palestras: uma para o presidente e para a diretoria-executiva e outra para os gerentes de gestão do Banco. Em quase duas horas, Eduardo discorreu sobre o Todos por PE, o Mapa da Estratégia e os resultados obtidos nos investimentos feitos em saúde, educação, segurança pública e outras áreas.

 

Brasília – A falta de abastecimento de água e de coleta de lixo está relacionada ao alto número de casos de dengue nas cidades. Dos 48 municípios com risco de surto da doença no verão, 62,5% têm menos da metade das casas com acesso a saneamento adequado. É o que mostra um levantamento feito pela Agência Brasil a partir da lista do Ministério da Saúde de cidades com risco de surto da doença e de dados sobre saneamento básico do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Uma casa tem saneamento adequado, segundo critérios do IBGE, quando dispõe de rede de água, esgoto ou fossa séptica e coleta de lixo direta ou indireta feita por uma empresa. De acordo com o levantamento, em somente 18 cidades com risco de surto, a maioria das casas encontra-se nessa situação. O restante dos municípios enquadra-se em saneamento semiadequado, quando dispõe de pelo menos um dos serviços, ou inadequado, quando não há nenhum dos serviços em pleno funcionamento.

Os municípios com os menores percentuais de saneamento adequado estão no Norte e Nordeste, as duas regiões com o maior grupo de cidades com chances de surto de dengue. Nas duas regiões, são 39 cidades. Em Buritis (RO), Espigão do Oeste (RO), Mucajaí (RR), Porto Acre (AC), São Raimundo Nonato (PI) e Água Branca (PI), menos de 5% das casas têm saneamento em condição adequada.

O Mapa da Dengue, do Ministério da Saúde, também mostra que a ausência de saneamento facilita o surgimento de criadouros do mosquito. No Norte, 44,4% dos focos de transmissão estão no lixo, no Nordeste, 72,1% são relacionados ao abastecimento de água.

Para o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa, o pior problema para o combate à dengue é o abastecimento irregular de água porque leva a população a usar caixas d'água, potes e barris. Mal tampados, esses pequenos reservatórios são ideais para o mosquito Aedes aegypti procriar devido à água parada, limpa e em pouca quantidade.

“Mesmo em muitas cidades com acesso [à rede de água], o fornecimento é intermitente”, disse o secretário. No lixo, o problema são as garrafas plásticas, tampinhas, pneus e outros recipientes onde a água da chuva se acumula com rapidez.

Apesar de admitir que o fornecimento irregular de água e a falta de recolhimento de lixo atrapalham as ações para enfrentamento da dengue, Barbosa defende que nos locais onde há ausência desses serviços é possível prevenir a doença com hábitos simples. As pessoas devem ser orientadas, por exemplo, a  tampar as caixas d`água, tirar água dos pratinhos das plantas, limpar os ralos, recolher folhas das calhas e a manter o lixo fechado.

“Não podemos esperar que todos os problemas sejam resolvidos para combater a dengue. Há problemas que podem ser resolvidos mais facilmente”, justificou o secretário.
 
Nos municípios com risco de surto de dengue, as equipes de saúde encontraram larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis visitados, índice considerado preocupante pelo ministério.  

Lista dos municípios com risco de surto de dengue:

Água Branca (PI)
Afogados da Ingazeira (PE)
Araripina (PE)
Arapiraca (AL)
Arcoverde (PE)
Bonfim (RR)
Brasileia (AC)
Buritis (RO)
Cajazeiras (PB)
Catolé do Rocha (PB)
Camaragibe (PE)
Currais Novos (RN)
Catanduva (SP)
Cuiabá (MT)
Dom Eliseu (PA)
Espigão do Oeste (RO)
Epitaciolândia (AC)
Floresta (PE)
Garanhuns (PE)
Governador Valadares (MG)
Guairá (PR)
Ilhéus (BA)
Itabuna (BA)
Itaboraí (RJ)
Jequié (BA)
Laranjeiras (SE)
Loanda (PR)
Maruim (SE)
Marabá (PA)
Mucajaí (RR)
Monteiro (PB)
Mossoró (RN)
Nova Londrina (PR)
Ouro Preto do Oeste (RO)
Piancó (PB)
Palmeira dos Índios (AL)
Parauapebas (PA)
Pacaraíma (RR)
Porto Acre (AC)
Porto Velho (RO)
Rio Branco (AC)
São Raimundo Nonato (PI)
Santa Cruz do Capibaribe (PE)
Simões Filho (BA)
Senador Guiomard (AC)
São Fidélis (RJ)
Sarandi (PR)
Tucuruí (PA)

Representantes do Governo de Pernambuco anunciaram na tarde desta quinta feira (15) a abertura para consulta pública do projeto de Parceria Público-Privadas (PPP) do Saneamento básico de 14 municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR) e da cidade de Goiana. O encontro aconteceu no Palácio do Campo das Princesas, situado na Praça da República, área central do Recife às 15h. Na ocasião, estavam presentes os secretários do Governo, Mauricio Rands, o de Recursos Hídricos, Almir Cirilo, e o Presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Roberto Tavares.

O objetivo do projeto com a PPP é universalizar o abastecimento hídrico nos 15 municípios em oitos anos. Já para o saneamento básico, a previsão de equalização das cidades citadas gira em torno de 12 anos. Segundo o Maurício Rands, essa é a maior parceria Público-Privada para o enfretamento dos problemas de fornecimento de água e de esgoto. “Serão investidos R$ 4,3 bilhões no projeto, desse montante o governo do Estado investirá R$ 1 bilhão. Com isso, nós vamos ter uma solução inovadora e moderna de gestão para a solução dos problemas”, falou o secretário.

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“Como a maior parte dos investimentos será da iniciativa privada, as empresas receberão parte da receita paga pelas famílias pelos serviços. É dessa forma que os investidores serão restituídos”, completou Maurício.

Segundo o Presidente da Compesa, as tarifas continuarão sendo cobradas pela compesa sem nenhuma interferência das empresas. “Um ponto importante em salientar é que não haverá alteração nas Tarifas Sociais, cobradas para pessoas de baixa renda no valor de R$ 5,25. Elas (população) vão receber os benefícios e continuarão pagando a mesma quantia”, informou o Roberto Tavares.  

A ação possibilitará uma melhoria na qualidade de vida de aproximadamente 4,5 milhões de habitantes no período de 12 anos. O lançamento do edital para a contratação das empresas acontecerá no dia 27 de fevereiro. A previsão é que o contrato de parceria seja assinado no dia 1° de Julho.

A população poderá dar sugestões relacionadas ao projeto através do site: www.ppp.segov.pe.gov.br onde estarão à disposição da sociedade os documentos relevantes da PPP. A consulta pública estará disponível a partir de amanhã (16).

 

O Comitê Gestor do Programa de Parceria Público-Privadas de Pernambuco anuncia a abertura de consulta pública do projeto de PPP do Saneamento, para colher sugestões da sociedade em relação à proposta. A meta da Compesa com a PPP, que tem investimento previsto de R$ 4,5 bilhões, é de universalizar o acesso ao esgotamento sanitário nos 14 municípios da Região Metropolitana do Recife e do município de Goiana.

Será assinada nesta quinta-feira (8) pela Prefeitura Municipal de Olinda e a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) a liberação de R$ 7 milhões para a realização de obras de saneamento no sítio histórico da cidade. Outros R$ 40 milhões serão em mais seis bairros do município.

O ato acontecerá no Palácio dos Governadores, sede da prefeitura de Olinda.

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Treze poços tubulares da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), instalados nos bairros de Rio Doce, Caixa D’Água, Jardim Atlântico, Sítio Novo, Ouro Preto, Águas Compridas e Santa Rita, em Olinda, Região Metropolitana do Recife, passarão por obras de adequação e melhoria. As unidades receberão um investimento de R$ 2,4 milhão oriundos do Projeto de Sustentabilidade Hídrica de Pernambuco, desenvolvido pelo Governo de Pernambuco, com o objetivo de ampliar o acesso à água. O edital de licitação para a contratação da empresa que irá realizar as obras foi publicado no Diário Oficial do último dia 21.

Para permitir a adequação e melhoria da bateria de poços, a Compesa implantará um Sistema de Supervisão e Controle Automático (SSCA). O objetivo é aumentar a eficiência operacional das unidades. De acordo com o superintendente de Controle de Processos da companhia, Ronaldo Castro, a adequação dos poços trará uma série de vantagens, como a questão da eficientização energética e da redução de perdas. 

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“Farem0os o controle em tempo real da vazão, pressão e nível hidrostático dos poços, o que representará redução no consumo de energia e em um acompanhamento preciso dos processos operacionais das unidades", afirma Ronaldo. Ele destaca ainda que haverá melhorias na gestão de manutenção, com maior rapidez na identificação de anormalidades, no acompanhamento de indicadores operacionais em tempo real e no direcionamento de equipes técnicas especializadas.

"As instalações dos poços também serão reformadas e readequadas para permitir a instalação e operação dos dispositivos de automação remota, resultando positivamente na segurança e conservação patrimonial", conclui. As obras devem ser concluídas em um ano, a contar a partir da assinatura da ordem de serviço.

 

Na última sexta-feira (5), em Natal, aconteceu  a 3ª Reunião Ordinária da Associação de Empresas de Saneamento Básico Estaduais (Aesbe). Assuntos como, Plano Nacional de Saneamento, desoneração do PIS/COFINS para investimentos em obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário e a titularidade do saneamento em regiões metropolitanas, fizeram parte da pauta da reunião, que contou com a presença de representantes das companhias de todo Brasil.

O presidente da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caem), Walter Gasi, falou da importância do aperfeiçoamento do saneamento "Estamos aqui para discutir, aperfeiçoar e encontrar caminhos que fortaleçam o saneamento e as próprias companhias que são, na verdade, indústrias de saúde pública neste país" disse ele.  Já o Presidente da Compesa, Carlos Tavares, participou de discussões e acredita na união das Companhias para o avanço do saneamento no Brasil "Precisamos de um pacto nacional pelo saneamento que garanta recursos perenes para o setor e fortalecimento da governança corporativa das empresas, que estão a cada dia mais desafiadas a aumentar a cobertura e a eficiência", afirmou Tavares.

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O Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá entrar como patrocinador na realização de estudos econômicos, traçando quais são as reais necessidades de investimentos e alternativas para encontrar recursos que possam ajudar nas obras de águas e esgotos. Uma espécie de auxilio para as unidades da Federação para encontrar no mercado opções para melhoria do saneamento básico em todo País.

Durante a reunião, Élvio Lima Gaspar, diretor de Inclusão Social e de Crédito da instituição, traçou todo o caminho "Poderemos verificar, por exemplo, se é melhor para os municípios menores que possuem sistema autônomo, terem esses serviços prestados pelas companhias estaduais" Acrescentou, durante a apresentação da proposta.

Segundo os representantes do BNDES, para acelerar a universalização dos serviços de águas e esgotos é necessário ênfase na melhoria das gestões de companhias estaduais. Élvio Gaspar entende que essa companhias devem estar a frente das melhorias de cobertura de saneamento em todas as regiões brasileiras. 

O Governo Federal tem como meta, de acordo com o dirigente, a erradicação da pobreza com redução das desigualdades, mas isso só será possível com melhorias na qualidade de serviços fundamentais para população.

O programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, também foi assunto discutido na reunião da Aesbe, já que programas como esse impõem grandes desafios para as companhias estaduais de saneamento. "O Governo Lula trouxe uma realidade de um milhão de casas e no governo da presidenta Dilma Rousseff, a projeção é de 2 milhões de residências, que deverão ser construídas em locais mais distantes dos centros urbanos e que, obviamente, necessitam de infraestrutura de água e esgoto, que recairão sobre as companhias de saneamento na parte de água e esgotos",  Analisa Abelardo Oliveira, o presidente da entidade. 

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