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São Paulo – Pelo menos 20 candidatos que fariam o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) na Universidade Nove de Julho (Uninove), na Barra Funda, zona oeste da capital paulistana, chegaram atrasados e não puderam fazer as provas. Muitos ainda apelaram, por entre as grades, para que os responsáveis pela segurança dessem uma chance de fazer a prova.

Alguns deles, como Renata Nascimento, culpavam a falta de informações da organização do exame. Ela chegou faltando cinco minutos para às 13h, hora limite para entrada, mas se dirigiu ao edifício errado. Ainda tentou correr para a entrada certa, mas, mesmo assim, não conseguiu entrar. Segundo Renata, a indicação confundiu muita gente. “Tanto é que tem um monte de gente que foi lá [no prédio errado]. Aí falaram para a gente vir correndo que o portão estava fechando”, contou, visivelmente nervosa, a candidata de 27 anos que veio de Pirituba, zona norte da capital.

O trânsito ainda é, no entanto, o principal “culpado” por aqueles que não chegam na hora. As gêmeas Gheysa e Karen Oliveira saíram às 11h30 de casa, no Jaraguá, também na zona norte. As operadoras de telemarketing faltaram ao trabalho e vieram se maquiando dentro do carro para ganhar tempo. Gheysa acredita que a própria realização da prova piora o tráfego na cidade. “Em todas as faculdades que nós passávamos estava trânsito”, ressalta a jovem que presta o exame na expectativa de conseguir uma bolsa de estudos para o curso de administração.

Um atropelamento foi a causa do atraso das amigas Layla Sula e Gabriela Botelho. Elas contam que o ônibus que as transportava desde a Freguesia do Ó, na zona norte, atropelou um outro candidato do Enem. “O menino não queria ir para o hospital, queria fazer a prova”, relata Gabriela. Com o imprevisto, as duas acabaram chegando cinco minutos após o fechamento do portão.

O ambulante João Maria Cordeiro acha que muitos candidatos vêm “despreparados” para a prova.  Para comprovar sua teoria, ele aponta a centena de canetas pretas que consegue vender na porta do local de prova. Durante a semana, ele trabalha com a venda de capas de celular, meias e gorros. Em dia de Enem, João Maria complementa a renda com a comercialização do único material que, fora a documentação pessoal, é indispensável para a fazer o exame.

O casal Meire Miranda e Ricardo Moreira, vítimas de um atropelamento na Avenida Juscelino Kubitschek, no Itaim Bibi, zona sul de São Paulo, seguiam internados hoje, um dia após o acidente. O veículo que causou o acidente era dirigido pelo estudante Nacib Mohamed Orra, de 20 anos, que perdeu o controle. O rapaz não possuía carteira nacional de habilitação (CNH) e foi preso em flagrante por lesão corporal grave dolosa.

Segundo o delegado Noel Oliveira Júnior, do 14º Distrito Policial, ele negou-se a prestar depoimento, optando pelo direito de falar somente em juízo. No entanto, teria falado informalmente, de acordo com o delegado, que pegou o carro dos pais sem autorização e consumiu, momentos antes do acidente, três doses de uísque.

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O casal atingido tem estado de saúde estável. Meire teve fratura no fêmur e passou por cirurgia na tarde de ontem, mas já estava consciente e seguia internada na Santa Casa. Por causa de uma fratura exposta, Ricardo precisou colocar um fixador na perna direita e permanece na enfermaria do Hospital das Clínicas.

O atropelamento fez ainda outra vítima, que esperava junto com o casal no ponto de ônibus atingido. Felipe Fatore, de 20 anos, teve fratura exposta no pé e perdeu parte de um dedo. Ele foi liberado na manhã de ontem e prestou depoimento.

Hoje, o caso foi transferido para o 15º DP (Itaim). Por causa disso, Nacib Orra também será transferido e ficará detido no novo DP.

Adilson Batista não é mais o técnico do São Paulo. Após a equipe ser derrotada pelo Atlético-GO, por 3 a 0, na noite deste domingo, em Goiânia, a diretoria são-paulina optou pela demissão. Assim, o auxiliar Milton Cruz assume interinamente o comando até que um novo treinador seja contratado.

"O Adilson não é mais técnico do São Paulo na sequência da temporada. A partida contra o Atlético-GO era de suma importância e tivemos um resultado adverso. O trabalho se encerra no dia de hoje", disse o diretor de futebol do clube, Adalberto Baptista, ao anunciar a demissão do treinador.

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Depois de passagens curtas e frustrantes por Corinthians e Santos, Adilson Batista assumiu o comando do São Paulo em julho - estreou justamente contra o Atlético-GO, com um empate de Morumbi. Ao todo, ele ficou 22 jogos no cargo, conseguindo sete vitórias, nove empates e seis derrotas.

Mas nunca conquistou a confiança da torcida são-paulina. Agora, quando já soma seis jogos sem vitória, a pressão ficou insuportável - o time caiu para o sexto lugar no Brasileirão, com 48 pontos, e ficou longe da briga pelo título. Por isso tudo, a diretoria optou pela demissão de Adilson Batista.

Em um pronunciamento após a partida deste domingo, no vestiário do Serra Dourada, Adilson Batista se despediu pedindo desculpas ao torcedor são-paulino. "Futebol é resultado. Infelizmente, o nosso segundo turno não tem sido dos melhores", admitiu o treinador. "A bola comigo não está entrando."

"Peço desculpas ao torcedor são-paulino. Eu entendo a revolta deles", afirmou Adilson Batista, que também aproveitou o rápido pronunciamento para agradecer ao clube. "Gostaria de agradecer ao São Paulo pela oportunidade. Me dediquei ao máximo, mas infelizmente não foi possível."

Toda a Grande São Paulo está em estado de atenção no início da tarde de hoje por causa da chuva que cai por toda a região, de acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE). Segundo a CGE, esse estado é acionado quando as chuvas têm potencial para causar alagamentos, o que já acontece em vários pontos da capital. Neste momento, há registro de seis pontos alagados em São Paulo, todos ainda transitáveis.

Na zona Oeste, a Praça Jorge de Lima, próximo à Avenida Vital Brasil, e a Avenida Engenheiro Billings, região da ponte do Jaguaré, possuem alagamento desde as 11h40. A Avenida Nações Unidas também tem trecho de alagamento nas imediações da Ponte Eusébio Matoso, nos dois sentidos.

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Na zona Sul da cidade, há alagamento na Avenida Pedro Álvares Cabral, na região da Vila Mariana. Em Perus, na zona norte, um alagamento começou na madrugada na Estrada de Taipas e durou até por volta das 9h desta manhã.

De acordo com a CGE, em boletim publicado às 12h35, a chuva começa a diminuir na Região Metropolitana de São Paulo e é mais forte nas zonas Norte (Jaçanã e Tremembé) e Leste (Penha), assim como nos municípios ao norte da cidade, como Mairiporã, Franco da Rocha e Francisco Morato. No extremo Sul da cidade, já não há registros significativos de chuvas. A chuva deve diminuir ainda mais durante a próxima hora.

Reunidos ontem na Câmara Municipal de São Paulo, jornalistas de diferentes veículos se uniram na defesa de um aumento no grau de transparência pública no Brasil.

Para o diretor de Conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour, a transparência precisa ser observada na sociedade por dois ângulos: o do poder público, que deve entendê-la como um dever, e o da imprensa, cuja tarefa é não só cobrar as autoridades como ter método e oferecer as informações com clareza.

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Ao lado de outros três jornalistas - Merval Pereira, de O Globo, Fernando Rodrigues, da Folha de S. Paulo, e Milton Jung, da rádio CBN -, ele debateu o tema "Como a Imprensa Vê a Transparência Pública", que teve como moderador o jornalista Carlos Marchi. O painel foi parte de um dia inteiro de discussões sobre "A Era dos Dados Abertos".

Gandour saudou os avanços que a internet possibilitou, em termos de transparência, mas lembrou que "ainda estamos longe de outros países". Quem decide optar pela função pública "tem de saber que deve sempre satisfação à sociedade", destacou. Mas do lado da imprensa há também um dever: o de "buscar apuração e interpretação corretas". E essa investigação, advertiu, "requer método".

Sigilo

A "cultura do sigilo, da opacidade", marca das relações políticas no País, foi apontada por Fernando Rodrigues. Ele relatou exemplos concretos da dificuldade de se obter certos dados e contou um caso em que juízes eleitorais "fizeram de tudo para não revelar uma simples lista de candidatos".

Merval Pereira comparou a estrutura do governo americano, que anota e guarda tudo o que faz e diz um presidente, com a do Brasil, onde muitas informações importantes se perdem. Em seguida, elogiou a Lei de Acesso à Informação, ainda a ser votada no Senado, como "das mais avançadas já feitas". Milton Jung falou sobre os avanços conseguidos pela ONG Adote um Vereador e disse que, na própria Câmara, "apenas alguns vereadores" trabalham com transparência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quem diria que o retranqueiro, adorador de volantes e vice-campeão pernambucano de 2011, Hélio dos Anjos seria cogitado para treinar o todo poderoso São Paulo Futebol Clube.

O treinador, que só dirigiu o Sport em seis rodadas do Campeonato Brasileiro da série B, está tendo o nome ventilado nos bastidores do Morumbi. Com um aproveitamento abaixo do esperado na Ilha do Retiro e no Vila Nova-GO, Hélio vem surpreendendo muita gente com a campanha que faz no Atlético-GO, tirando o time da zona de rebaixamento e colocando na nona colocação da série A.

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Como outro ex-rubro-negro, Adilson Batista, não vem agradando uma parte da cartolagem tricolor por não manter uma sequência de bons resultados a frente do São Paulo.

Acredito que dificilmente isso ocorra pelo modo de gestão trabalhado no Morumbi. Mas caso aconteça essa dança de técnicos, a situação seria inusitada e polêmica. Parte da torcida do Sport não quer ver Hélio dos Anjos de jeito nenhum, mas há quem queira ele no topo da tabela da série A.

Coisas do futebol que ninguém explica.
 

Foi uma longa espera para voltar a jogar. Mas, enfim, Luis Fabiano fará a sua reestreia com a camisa do São Paulo, neste domingo, às 16 horas, diante de um Morumbi lotado - os torcedores esgotaram os 63.939 ingressos colocados à venda. Do outro lado está o Flamengo, que ainda sonha com um papel de protagonista neste Campeonato Brasileiro e conta com o talento de Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves para estragar a festa.

Precavido, Adilson Batista não quer saber do clima de oba-oba antes do confronto e já conversou com seus jogadores para manter o foco. "A gente tem alertado e eles estão bem conscientes. Sabemos a dificuldade que é enfrentar um grande adversário como o Flamengo, com um grande treinador. E não vai ter empolgação, só a normal do jogo".

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Ele sabe que o adversário está animado. A vitória sobre o América-MG, na última rodada, pôs fim à série de dez jogos sem vitórias do Flamengo, mas o alívio vai servir de pouca coisa se o time de Vanderlei Luxemburgo não superar o São Paulo. O trabalho do técnico rubro-negro ainda está sob forte pressão e uma derrota o leva novamente à berlinda e aumentará bastante a pressão na Gávea.

No clube tricolor, os jogadores estão encarando esta partida como uma decisão, até porque o reforço de Luis Fabiano traz um ânimo novo ao elenco. E o próprio atacante sonha em balançar as redes para coroar a festa da sua reestreia. "Gostaria de fazer o primeiro gol de qualquer jeito. Ganhando, vai ser fundamental porque a vitória é o que importa. Mas fazer um golzinho contra o Flamengo e ainda ganhar, seria a estreia mais sonhada", revelou.

Luxemburgo conhece bem o talento do atacante são-paulino e está pensando em uma estratégia para evitar que o Flamengo seja muito pressionado. Ele acredita que o São Paulo carrega motivação adicional com Luis Fabiano em campo.

Nas duas últimas rodadas, o São Paulo não conseguiu os três pontos e justamente por isso a necessidade de uma vitória aumenta, para não possibilitar que o líder Vasco aumente a diferença na ponta da competição.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu alterar mais quatro partidas das próximas rodadas do Campeonato Brasileiro. O amistoso da seleção brasileira contra o México, no dia 11 de outubro, interfere diretamente em duas delas - as outras foram alteradas por consequência.

Anteriormente marcada para o dia 13 de outubro, o jogo entre São Paulo e Internacional foi antecipado para as 16h do dia anterior, feriado nacional. A partida será na Arena de Barueri, porque o Morumbi estará recebendo o show do guitarrista Eric Clapton. O pedido de mudança de datas foi feito pelo próprio São Paulo, que não vai mais poder contar com Lucas no jogo - o Internacional não terá Oscar. O motivo alegado foi a maior expectativa de público.

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No caminho contrário, o jogo entre Atlético-PR e Vasco, anteriormente marcado para a tarde do feriado, foi adiado para a noite de quinta-feira, às 20h30, na Arena da Baixada, por decisão da própria CBF. Com isso, o time carioca tem mais chances de poder escalar o zagueiro Dedé, convocado para a seleção.

Por consequência, também foram alteradas as datas de outras duas partidas, que trocaram de datas entre si. Botafogo x Atlético-PR, que não poderia mais ser no sábado dia 15, foi adiado para às 16h do dia 16, já Ceará x Flamengo acontecerá as 18h do sábado, dia 15.

O secretário municipal da Saúde de São Paulo, Januário Montone, pediu hoje a abertura de uma investigação interna para apurar um caso de omissão de socorro na emergência do Hospital Estadual de Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da capital.

Imagens exibidas ontem pela Rede Globo mostram um funcionário do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) cobrando explicações de um médico, que não responde. A pessoa que o Samu havia socorrido, um homem de 80 anos, não pôde passar da porta do hospital.

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O mesmo funcionário faz questionamentos semelhantes a uma enfermeira, que responde: "Quem determina isso não sou eu, da enfermagem. É o médico, né? Não sou eu." O paciente foi levado ao Pronto-Socorro de Santana, onde foi atendido e recebeu alta hospitalar.

A direção do hospital afirmou que havia avisado os serviços de emergência que a unidade estava lotada, e que não teria capacidade para receber mais pacientes. Segundo a secretaria de Saúde, a investigação é uma medida praxe nessas situações e poderá esclarecer as falhas que causaram o problema.

Não há mais impeditivos para a reestreia de Luis Fabiano pelo São Paulo. Nesta segunda-feira, o atacante realizou uma avaliação isocinética no Reffis do CT da Barra Funda como última etapa do processo da recuperação de uma lesão no joelho direito. "Ele foi submetido a uma avaliação nesta segunda, que demonstrou que o protocolo estabelecido pela fisioterapia foi atingido", afirmou Luiz Rosan, fisioterapeuta do São Paulo.

Assim, Luis Fabiano está liberado para enfrentar o Flamengo, domingo, no Morumbi, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. "O Luis ultrapassou a última etapa na fisioterapia. Passou pelas atividades funcionais avançadas com êxito. A partir de agora, ele está entregue ao Adilson e ao corpo técnico, ficando ao seu critério jogar ou não. Se tudo seguir correndo dentro do esperado, ele estará em campo no domingo", disse Rosan.

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Luis Fabiano foi contratado pelo São Paulo em março, sendo recebido com grande festa no Estádio do Morumbi. Desde então, porém, o atacante não entrou em campo porque precisou realizar duas cirurgias. Na semana passada, ele voltou a treinar com o restante do grupo e teve a sua estreia diante do Flamengo confirmada pelo técnico Adilson Batista após o empate por 2 a 2 com o Botafogo, no último domingo.

"É com muita felicidade que, se tudo ocorrer bem durante a semana, voltarei a jogar futebol no próximo domingo", disse Luis Fabiano. "Agradeço a Deus, minha família, todos os doutores, os fisioterapeutas, a diretoria do São Paulo, todos os funcionários...", completou. "Este jogo será o mais especial da minha vida. Peço a colaboração da nação são-paulina".

Além do atacante, o São Paulo deverá ter outros reforços diante do Flamengo. O zagueiro João Filipe e o volante Casemiro, que não enfrentaram o Botafogo, devem retornar ao time, assim como o atacante Fernandinho, recuperado de um trauma na perna direita. Já o também atacante Dagoberto, com dores no joelho direito, será reavaliado pelo departamento médico. De qualquer modo, Luis Fabiano será a principal atração do jogo que promete lotar o Morumbi.

São Paulo e Botafogo tratavam o confronto deste domingo (24) como uma final de campeonato. E, no Engenhão, fizeram uma partida digna de tal definição. Num jogo com muitas alternativas, gols perdidos e bolas na trave, brilharam os grandes jogadores. Loco Abreu marcou duas vezes, colocou os donos da casa na frente, mas o São Paulo buscou o empate e deixou tudo igual em 2 a 2 nos acréscimos, num gol de Rivaldo, que completou falta batida com perfeição por Rogério Ceni. Aos 48, o meia teve a chance de virar o jogo, recebeu a bola na cara de Renan, mas, ao invés de encher o pé, tentou encobrir o goleiro e jogou fora a oportunidade de vitória.

O resultado fez o São Paulo ir a 46 pontos, a três do Vasco, mas agora na terceira posição. O Botafogo também caiu uma posição por conta da vitória do Corinthians (segundo) sobre o Bahia. O time carioca é o quarto, com 45 pontos, mas com um jogo a menos (a partida contra o Santos foi adiada).

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O empate buscado no fim faz o São Paulo ir cheio de moral ao jogo do próximo domingo, no Morumbi, contra o Flamengo, naquele que deve ter a aguardada reestreia de Luis Fabiano. Piris, suspenso, não joga. O Botafogo visita o Atlético-GO, também no domingo.

O JOGO - Sem Dagoberto, o técnico Adilson Batista apostou numa formação sem nenhum atacante, com Marlos e Lucas, que jogam afastados da área, sendo os homens mais ofensivos do time. Mesmo assim, o São Paulo foi melhor nos primeiros minutos, muito pela aproximação dos volantes e dos laterais, numa postura mais incisiva que a do Botafogo, dono da casa.

Mas quem teve a primeira boa chance foi o Botafogo. O zagueiro Fábio Ferreira cruzou e o lateral-direito Lucas, dando uma de centroavante, desviou de cabeça. A bola bateu na trave direita e voltou nas mãos de Rogério Ceni. O São Paulo também respondeu pelo alto. Juan cruzou, Cícero cabeceou e Renan fez ótima defesa.

A melhor chance do São Paulo abrir o placar foi aos 23 minutos. Num rápido contra-ataque, Lucas saiu na cara do goleiro, fez bem em tentar encobri-lo, mas mandou para fora. No lance seguinte, o Botafogo não perdoou. Maicossuel fez ótima jogada pela esquerda, passou pela marcação dos volantes Denilson e Wellington, que trombaram entre si. Cruzou na medida para Loco Abreu, que só escorou para dentro do gol.

Apesar da vantagem botafoguense, o jogo seguiu equilibrado, até que os donos da casa fizeram o segundo. Rogério Ceni fez excelente defesa em chute a queima-roupa de Loco Abreu, mas o rebote caiu com Elkeson. Ao tentar driblar Wellington, foi derrubado, na linha da grande área. Pênalti que Loco Abreu bateu muito bem, no canto esquerdo de Ceni, enquanto o goleiro pulou para o outro lado.

Na tentativa de reforçar o meio-campo tricolor, Adilson Batista trocou Juan por Rivaldo no intervalo. Carlinhos Paraíba foi para a lateral-esquerda, mas a modificação permitiu que o Botafogo passasse a mandar sozinho no jogo. Só não fez o terceiro porque Loco Abreu perdeu gol incrível, embaixo da trave, sem goleiro.

Outro erro botafoguense quando Marcelo Mattos dominou bola na sua própria área e Renan pegou com a mão. O árbitro marcou recuo de bola. Apesar de a regra mandar que todos os jogadores botafoguense ficassem no máximo sobre a linha do gol, Antônio Carlos e Renan ficaram bastante adiantados e o zagueiro evitou o gol no chute de Rivaldo. Depois, de ombro, salvou o rebote de Lucas.

Só aos 19 minutos é que Adilson Batista resolveu colocar um centroavante, trocando Marlos por Henrique. No minuto seguinte a escolha mostrou-se acertada. Cícero arriscou da entrada da área e Renan, que havia feito ótima defesa pouco antes num cabeceio de Xandão, desta vez não segurou. Henrique mostrou oportunismo e marcou no rebote.

Quatro minutos depois, o São Paulo teve chance clara de empatar. Wellington fez fila na defesa do Botafogo, ficou cara a cara com Renan e bateu rasteiro, no canto esquerdo, acertando a trave.

Com o Botafogo fechado, ficava claro que o São Paulo teria dificuldades de entrar na área pelo meio. Mesmo assim, Adilson Batista trocou Piris por Jean e deixou o time com dois volantes nas laterais. Sem opção pelos lados do campo, o time tricolor batida na parede alvinegra cada vez que tentava atacar.

Quando tudo parecia perdido, o São Paulo conseguiu uma falta no ataque. Rogério Ceni foi para o ataque e fez o que Rivaldo deveria ter feito ao fim do jogo contra o Corinthians, em lance muito parecido: cruzou na área. Colocou a bola na cabeça de Rivaldo, que empatou.

O Botafogo não se contentou com o empate, foi para cima e deu chance ao contra-ataque. Mesmo tropeçando, Lucas conseguiu tocar para Rivaldo, que saiu na cara do goleiro. O craque optou por tentar encobrir Renan, mandou por cima, e levou Adilson Batista à loucura. Era a chance da vitória, no último lance do jogo.

 

FICHA TÉCNICA:

Botafogo 2 x 2 São Paulo

Botafogo - Renan; Lucas, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Cortês; Marcelo Mattos, Renato, Elkeson e Maicossuel (Felipe Menezes) ; Herrera (Cidinho) e Loco Abreu (Lucas Zen). Técnico - Caio Júnior.

São Paulo - Rogério Ceni; Piris (Jean), Xandão, Rhodolfo e Juan (Rivaldo); Wellington, Denilson, Carlinhos, Lucas e Cícero; Marlos (Henrique). Técnico - Adilson Batista.

Gols - Loco Abreu, aos 24 e aos 39 (pênalti) minutos do primeiro tempo. Henrique, aos 20, e Rivaldo, aos 46 minutos do segundo tempo.

Árbitro - Sandro Meira Ricci (Fifa-DF).

Cartões amarelos - Piris, Wellington e Juan.

Renda e público - Não disponíveis.

Local - Estádio do Engenhão, no Rio.

Com repertório repleto de baladas, californianos mostraram que ainda têm a essência do funk em suas músicas. O Red Hot Chili Peppers mudou. Não é só o bigode de Anthony Kiedis que cresceu, claro. Os californianos passam longe do som pesado que colocou a banda no patamar mais alto da música, no início da década de 90.

Apesar da metamorfose sonora, Kiedis, Flea, Chad e o recém chegado Josh, mostraram na noite desta quarta-feira (21), na Arena Anhembi, zona norte de São Paulo, que, com boas baladas e uma pitada de clássicos, podem, sim, resgatar as origens do bom e velho Red Hot Chili Peppers.

Nem o mau tempo que parecia pairar sobre a cidade de São Paulo foi capaz de desanimar as mais de 30 mil pessoas que compareceram à Arena Anhembi. Com 20 minutos de atraso e uma apresentação não muito animada da banda inglesa Foals, os fãs do Red Hot estavam impacientes para rever o quarteto.

A última passagem da banda pelo Brasil foi em 2002, com a turnê "Bay the Way". No show não faltaram clássicos como "Higher Ground" (cover de Stevie Wonder), "Californication", "By the Way", "Give it Away", e a melancólica "Under The Bridge".

Um clássico sem gols, sem cartões vermelhos, sem lances polêmicos, mas mesmo assim bastante tenso. Assim foi o empate em 0 a 0 entre São Paulo e Corinthians, na noite desta quarta-feira, no Morumbi, perante 44 mil torcedores. O resultado deixou o time tricolor na liderança da competição, com 45 pontos, à frente do Vasco pelo saldo de gols. Os cariocas, porém, recebem o Atlético-GO, quinta, no Rio, e podem se distanciar na ponta em caso de vitória. Apesar da má fase, o Corinthians ainda é o terceiro, com 44.

A partida desta noite mostrou por que Adilson Batista e Tite são contestados por seus torcedores. No lado tricolor, a falta de um centroavante impediu que o time assustasse mais Julio Cesar. Já entre os corintianos, a defesa sem Chicão falhou grotescamente três vezes e quase deu a vitória de bandeja.

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Os dois times voltam a campo no domingo, às 16h, pela 26.ª rodada. O São Paulo tem confronto direto pelas primeiras posições contra o Botafogo, no Rio. O Corinthians joga mais uma vez na capital paulista, desta vez na sua casa, o Pacaembu, contra o Bahia. Casemiro e Paulinho, que receberam o terceiro amarelo nesta noite, desfalcam suas equipes.

O JOGO - Apesar da desentrosada formação defensiva, com Wallace e Paulo André na zaga e Leandro Castán improvisado na esquerda, o técnico Tite não teve receio de apostar nas linhas de impedimento. E elas deram certo em todo o primeiro tempo. Em 45 minutos, por oito vezes os são-paulinos ficaram em posição ilegal, matando diversos ataques dos donos da casa, principalmente pelo posicionamento errado de Dagoberto.

Mesmo com tantos ataques desperdiçados por impedimentos, o São Paulo foi mais perigoso no primeiro tempo, principalmente por erros da defesa corintiana. Logo aos 4 minutos, Alessandro saiu jogando errado e a bola sobrou para Dagoberto, que chutou rasteiro, para boa defesa de Julio Cesar. Aos 32, quem errou foi Wallace. Lucas fez o desarme, Dagoberto recebeu, devolveu para o meia, mas este chutou de primeira, fraco, sem assustar o goleiro.

Mais preocupado em marcar do que em atacar nos primeiros minutos, o Corinthians demorou a arriscar. Quando o fez, abusou dos cruzamentos na área. A melhor chance foi quando Rogério Ceni saiu caçando borboletas, falhou, e permitiu que Emerson recebesse na pequena área. O atacante, porém, não conseguiu pegar em cheio na bola e desperdiçou a oportunidade.

Por conta das muitas faltas feitas pelo Corinthians, o São Paulo também tentou bastante por meio da bola aérea. Numa cobrança de Dagoberto, aos 43, Casemiro cabeceou na trave. O rebote ficou com Piris, que chutou por cima. Praticamente no lance seguinte, o paraguaio teve outra oportunidade, após linda jogada de Wellington, mas carimbou a zaga.

Na segunda etapa, com o meio-campo amarrado e o Corinthians bem fechado, só sobrava ao São Paulo a opção de jogar pelas pontas, principalmente a esquerda, com Cícero e Juan. Apesar de o time alvinegro ter primeiro o improvisado Leandro Castán e depois Fábio Santos, fora de forma, no seu lado esquerdo da defesa, o São Paulo pouco atacava com Lucas e Piris. E o time da casa ainda sentia falta de um centroavante. Diversos cruzamentos atravessavam a área sem nenhum são-paulino chegar perto de desviar.

Por conta de lesões, os dois treinadores tiveram que mexer. No Corinthians, saiu Liedson para entrar Danilo. No São Paulo, Piris deixou o campo para a entrada do volante Rodrigo Caio - Wellington foi para a lateral. E foi nas costas dele que saiu melhor jogada dos visitantes no jogo. Fábio Santos botou a bola na cabeça de Emerson, mas o atacante, livre no meio da área, cabeceou por cima do travessão.

Para tentar corrigir a dificuldade do São Paulo de trabalhar pelo meio-campo, Adilson Batista trocou Cícero por Rivaldo. Nada mudou. Voltou a trocar seis por meia dúzia, com Marlos na vaga de Dagoberto. Num lance do ponta pela esquerda, Wallace falhou e Wellington pegou em cheio na bola, mas mandou na rede, pelo lado de fora.

No finzinho, os dois times tiveram ótimas oportunidades de marcar. Num escorregão de Rodrigo Caio, Emerson puxou o contra-ataque, deixou William no mano a mano com a defesa, mas a zaga conseguiu fazer o corte. No último lance, numa falta quase que na linha lateral da área, Rivaldo tentou chutar direto para o gol e mandou por cima.

FICHA TÉCNICA:

São Paulo 0 x 0 Corinthians

São Paulo - Rogério Ceni; Piris (Rodrigo Caio), João Filipe, Rhodolfo e Juan; Casemiro, Carlinhos, Wellington e Cícero (Rivaldo); Lucas e Dagoberto (Marlos). Técnico - Adilson Batista.

Corinthians - Julio Cesar; Alessandro, Wallace, Paulo André e Leandro Castán (Fábio Santos); Paulinho, Ralf e Alex (Jorge Henrique); William, Liedson (Danilo) e Emerson. Técnico - Tite.

Árbitro - Wilson Luiz Seneme (Fifa-SP).

Cartões amarelos - Casemiro, Paulinho e Emerson.

Renda - R$ 1.282.520,00.

Público - 44.631 pagantes.

Local - Estádio do Morumbi, em São Paulo.

Seguindo o pensamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a coordenação da corrente petista Construindo um Novo Brasil (CNB) decidiu ontem apoiar a pré-candidatura do ministro Fernando Haddad (Educação) à prefeitura paulistana. Com isso, em eventuais prévias, o nome preferido de Lula subiria dos 6,5% que sua corrente, Mensagem ao Partido, obteve na última eleição do diretório municipal para mais de 30%.

Cerca de 60 dirigentes da CNB participaram da reunião que fechou questão em torno da pré-candidatura de Haddad. Estavam lá deputados como o ex-presidente nacional do PT Ricardo Berzoini e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha, réu no processo do mensalão.

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No início do encontro, Haddad pediu pessoalmente apoio dos dirigentes da CNB e, a exemplo de Lula, defendeu seu nome como uma novidade na política com reais condições de vencer em 2012. Além do ministro, disputam a candidatura os deputados Jilmar Tatto e Carlos Zarattini e os senadores Eduardo Suplicy e Marta Suplicy, que lidera as pesquisas eleitorais.

Pré-candidato à Prefeitura de Osasco, João Paulo foi um dos poucos presentes a se opor à declaração de apoio a Haddad neste momento - o parlamentar defendia postergar a decisão. "Mas todos os presentes garantiram que vão acatar a decisão da maioria e trabalhar pela candidatura do ministro", afirmou um dos participantes.

Embora majoritária no âmbito nacional, a corrente de Lula era a terceira força na capital, mas ganhou a adesão de dois vereadores - Alfredinho e Francisco Chagas -, do ex-vereador Paulo Fiorilo e do deputado estadual José Zico Prado. Como o jornal O Estado de S. Paulo revelou, o fortalecimento da CNB faz parte de uma tática para vencer as prévias, caso não seja possível obter consenso, como defende o ex-presidente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A reestreia de Luis Fabiano pelo São Paulo está cada vez mais próxima de acontecer. Nesta sexta-feira, o atacante revelou que foi liberado pelo departamento médico para treinar com o restante do grupo, o que deixa perto de encerrar uma longa espera da torcida para vê-lo em campo, iniciada em março, quando a sua contratação foi anunciada.

"Bom dia a todos ... Dia muito feliz.. Estou voltando aos treinos com meus companheiros ... Espero que seja o começo de uma nova etapa", escreveu no Twitter, rede de microblogs na internet. "Com muita calma as coisas vão dar certo .. Obrigado a todos que sempre acreditaram em meu trabalho", completou. "Ta chegando minha hora!", comemorou.

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Luis Fabiano foi contratado pelo São Paulo junto ao Sevilla por 7,6 milhões de euros e recebido com festa por 45 mil torcedores em apresentação realizada no Estádio do Morumbi em 29 de março. O atacante chegou em recuperação de uma lesão, sofrida em 6 de março. Por conta disso, o clube até enviou o fisiologista Ricardo Sasaki à Espanha para iniciar o tratamento. E o tempo para a estreia foi definido em 45 dias.

A expectativa era de que Luis Fabiano pudesse fazer a sua reestreia contra o Goiás, no dia 27 de abril, em jogo da Copa do Brasil, no Morumbi. Mas ele não jogou. O próprio atacante então agendou seu retorno para o duelo contra o Avaí, novamente pela Copa do Brasil. No dia da partida reclamou de dores e não jogou.

Assim, foram realizados exames e foi constatado que as dores eram causadas por uma fibrose no local de cicatrização da lesão. Sem alternativa para resolver o problema, o atacante passou por cirurgia para raspagem da fibrose em 20 de maio. A tão esperava reestreia estava sendo planejada para o final de agosto, mas foi adiada novamente porque um dos pontos da incisão feita na primeira operação não fechou e, após tentar alguns procedimentos, o clube optou pela cirurgia plástica. Agora, Luis Fabiano ficou mais próximo da reestreia pelo São Paulo, que deverá acontecer nas próximas rodadas do Campeonato Brasileiro.

Três operários ficaram feridos na manhã de hoje após a queda de um andaime, que estava no 15º andar do prédio, na Avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira, no Jabaquara, na zona sul de São Paulo, de acordo com o Corpo de Bombeiros.

O acidente aconteceu por volta das 9 horas. Dois feridos foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o terceiro pelos bombeiros. Todos foram levados para o Pronto-socorro Saboia. A Secretaria Municipal da Saúde diz que três homens deram entrada no Pronto-Socorro entre 10h30 e 10h45 e o estado de saúde deles era estável.

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Provável substituto do suspenso Dagoberto no setor ofensivo do São Paulo, o atacante Henrique ainda tenta conquistar o seu espaço na equipe e por isso sabe que precisa se destacar diante do Ceará, sábado, no Estádio do Morumbi, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro, caso seja escalado. Para isso, quer repetir as atuações que teve na seleção brasileira no Mundial Sub-20.

"O Mundial foi bom, mas já acabou. Agora tenho de provar dentro do São Paulo fazendo gols e bons jogos para ajudar o time. Estou à disposição do Adilson Batista e pronto para jogar", afirmou Henrique, campeão com o Brasil, artilheiro, com cinco gols, e eleito o melhor jogador do torneio.

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Revelação das categorias de base do São Paulo, Henrique está na equipe profissional desde 2009, com 26 jogos disputados e três gols feitos. Nesta temporada, o atacante foi titular em apenas duas partidas. "Espero jogar, quero conquistar meu espaço no São Paulo", disse.

A outra opção de Adílson Batista para substituir Dagoberto no ataque do São Paulo é William José. Henrique exaltou a concorrência do companheiro na conquista da seleção brasileira. "A gente é amigo fora de campo, jogamos juntos na seleção. Agora estamos aqui. É uma briga sadia, motiva ainda mais, a gente tem que se doar", comentou.

Enquanto o PT discute internamente quem será o candidato do partido à sucessão do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD), o ex-presidente Luiz Inácio Lula reforçará mais uma vez sua campanha pelo ministro da Educação Fernando Haddad. Na próxima sexta-feira, Lula estará ao lado de Haddad na comemoração dos cinco anos da Universidade Federal do ABC (UFABC), na Grande São Paulo.

Lula trabalha nos bastidores para que o PT evite as prévias e chegue a um consenso sobre o candidato petista. Além de Haddad, o escolhido de Lula, disputam a indicação do partido os deputados federais Carlos Zarattini e Jilmar Tatto e os senadores Eduardo e Marta Suplicy.

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Além de acompanhar o apadrinhado em evento público, o ex-presidente terá uma agenda agitada na sexta-feira. Pela manhã, Lula se reunirá com lideranças do PDT, PSB e PCdoB num hotel de São Paulo para discutir a proposta de reforma política em tramitação no Congresso Nacional.

O segundo encontro em menos de um mês entre a presidente Dilma Rousseff e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, não terá a bênção de um convidado ilustre: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Convidado pelo Palácio dos Bandeirantes para participar amanhã da assinatura do termo aditivo para construção do trecho norte do Rodoanel, Lula recusou o convite. Quando foi presidente, Lula autorizou o repasse de recursos para o projeto tucano.

O evento desta terça-feira deve reafirmar a boa relação entre o governador e a presidente. Além da assinatura do contrato para a construção do Rodoanel, Dilma e Alckmin estarão juntos em Araçatuba (no interior do Estado) para lançar a pedra fundamental do Estaleiro Rio Tietê.

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Reforma política

Embora tenha evitado os compromissos oficiais de governo para não "ofuscar" sua sucessora, nos bastidores da política o ex-presidente vem se mantendo ativo. Hoje, Lula se reuniu com líderes do PT em São Paulo para discutir o andamento da reforma política no Congresso. O encontro de uma hora e meia reuniu o relator do projeto na Câmara, o deputado federal Henrique Fontana (PT-RS), o líder da bancada petista Paulo Teixeira (SP), e os deputados Érika Kokay (PT-DF) e Ricardo Berzoini (SP). O secretário-geral do partido, Elói Pietá, o presidente da Fundação Perseu Abramo, Nilmário Miranda, e os diretores do Instituto Lula, Paulo Vannuchi e Luiz Dulci também participaram da reunião.

Na próxima sexta-feira, Lula vai se reunir com lideranças do PDT, PSB e PCdoB e deve conversar também com caciques do PMDB sobre o projeto. A proposta de reforma política em tramitação no Congresso deverá ser votada na comissão especial da Câmara dos Deputados no próximo dia 21.

Na festa do milésimo jogo de Rogério Ceni com a camisa do clube, o São Paulo não jogou o futebol que esperavam os mais de 60 mil torcedores presentes ao Morumbi nesta tarde de feriado. Mesmo assim venceu o Atlético-MG por 2 a 1, com gols de Lucas e Dagoberto, e pulou para a liderança momentânea do Campeonato Brasileiro, com 41 pontos. Pode perder este posto ao fim desta 22.ª rodada, se o Corinthians vencer ou mesmo empatar com o Flamengo, quinta, no Pacaembu.

O jogo teve três recordes: o maior público (60.514 pagantes), a maior renda (R$ 1.566.195,00), e o gol mais rápido do Brasileirão (de Lucas, aos 25 segundos). Sem mais ameaçar, o São Paulo levou o empate ainda no primeiro tempo e só chegou a vitória graças a um chute preciso de Dagoberto, aos 7 minutos da segunda etapa.

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A vitória fez a equipe encerrar um jejum de três jogos sem vencer no Morumbi. Foi só o segundo triunfo de Adilson em sete vezes que o São Paulo atuou como mandante, sob seu comando, no Brasileirão. Já o Atlético-MG, que vinha de dois resultados positivos, para nos 21 pontos e segue na zona de rebaixamento.

No domingo, o São Paulo vai a Porto Alegre para visitar o Grêmio, às 18h, no Olímpico. O Atlético-MG joga na Arena do Jacaré, no mesmo dia e horário, contra o Bahia, em briga direta contra o rebaixamento.

O JOGO - Ao subir ao gramado do Morumbi, Rogério Ceni, conforme previsto, foi ovacionado pelo estádio. Recebido por 60 mil torcedores nas arquibancadas e mil crianças à beira do campo, o homenageado da tarde ganhou uma placa e uma camisa comemorativa, entregues por Luis Fabiano, retribuindo a participação do goleiro na festa de apresentação do centroavante.

Quando o árbitro apitou o início da partida, a festa parecia que seria perfeita. Logo no primeiro lance do jogo, Lucas partiu com a bola dominada, tocou para Casemiro, recebeu de volta (se antecipando à zaga), invadiu a área e bateu rasteiro na saída do goleiro. Aos 25 segundos, saía o gol mais rápido do Brasileirão.

O futebol do São Paulo em todo o primeiro tempo, porém, acabou restrito a este primeiro minuto. Depois, mais um martírio para a torcida. Muitos passes errados no meio-campo e no ataque, sentindo, mais uma vez, a falta de um centroavante (Henrique e Willian José estavam no banco). Para piorar, a equipe demonstrava desorganização. Wellington foi improvisado na lateral-direita, Rodrigo Caio entrou no meio-campo, mas era o zagueiro João Filipe quem, desses, mais chegava ao ataque.

A apatia foi punida aos 10 minutos. Daniel Carvalho bateu escanteio da esquerda, Réver subiu muito mais que Casemiro e cabeceou firme, no contrapé de Rogério Ceni, que só ficou olhando. Era o empate mineiro.

Exceção aos dois gols, nenhuma outra emoção. Do Atlético-MG foram dois chutes a gol e duas defesas fáceis de Rogério. Do São Paulo, três chutes de fora da área, todos saindo para tiro de meta. O de Lucas e um dos dois de Juan, porém, passaram perto do gol atleticano. A torcida só se empolgou em comemorar o cartão amarelo recebido por Richarlyson e pedir a entrada de Rivaldo. No fim do primeiro tempo, merecidas vaias à equipe.

Apesar da atuação ruim, Adilson não mudou o time no vestiário. A sorte do São Paulo foi que Dagoberto acertou um chute preciso aos 7 minutos e voltou a pôr os donos da casa à frente do placar. Em sua jogada característica, ele arriscou de longe e mandou a bola no canto direito de Renan Ribeiro, que nada pôde fazer. Na comemoração, o atacante correu abraçar Adilson Batista, ignorando a festa de Rogério Ceni.

Tal qual na primeira etapa, o São Paulo se contentou com o gol e não conseguia mais chegar à área adversária. Em busca de maior criatividade no meio-campo, Adilson tirou Cícero, agora jogador de seleção, mas que foi muito discreto nesta tarde, e atendeu o pedido da torcida, colocando Rivaldo em campo.

Em dois passes do pentacampeão, o São Paulo voltou a assustar. Primeiro Dagoberto foi quem recebeu e arriscou. A bola bateu na zaga e passou pouco acima do travessão. Depois, foi Lucas quem dominou pela esquerda, fez jogada individual, invadiu a área, mas acabou desarmado. O Atlético-MG revidou com uma bela tabela entre Magno Alves e Guilherme, concluída por este, para fora.

Aos 35 minutos, Leonardo Silva deu uma tesoura em Carlinhos Paraíba no meio campo, levou o vermelho direto e deixou o Atlético-MG com um jogador a menos em campo. Réver, logo em seguida, fez falta parecida na intermediária, mas só levou o amarelo.

Com um a mais, o São Paulo passou a ter mais espaço nos contra-ataques e desperdiçou ótima chance de ampliar. Casemiro cruzou da direita e achou Dagoberto livre no segundo pau. O atacante nem chutou nem tocou para Juan, sozinho com o gol aberto. Tentou encobrir Renan Ribeiro e mandou para fora.

FICHA TÉCNICA:

São Paulo 2 x 1 Atlético-MG

São Paulo - Rogério Ceni; Wellington, João Filipe, Rhodolfo e Juan; Rodrigo Caio, Carlinhos, Casemiro (Jean) e Cícero (Rivaldo); Dagoberto e Lucas (Henrique). Técnico - Adilson Batista.

Atlético-MG - Renan Ribeiro; Mancini (Bernard), Réver, Leonardo Silva e Richarlyson; Fillipe Soutto, Pierre, Serginho e Daniel Carvalho; Neto Berola (Magno Alves) e André (Guilherme). Técnico - Cuca.

Gols - Lucas, aos 25 segundos, e Réver, aos 10 minutos do primeiro tempo. Dagoberto, aos 7 minutos do segundo tempo.

Árbitro - Péricles Bassols Pegado Cortez (Fifa-RJ).

Cartões amarelos - Henrique, Wellington, Rodrigo Caio, Réver, Guilherme, Pierre e Richarlyson.

Cartão vermelho - Leonardo Silva.

Renda - R$ 1.566.195,00.

Público -60.514 pagantes.

Local - Estádio do Morumbi, em São Paulo.

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