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O presidente Donald Trump disse nesta segunda-feira (22) que está cada vez mais difícil negociar um acordo com o Irã, após a prisão de supostos espiões dos Estados Unidos por Teerã, em um momento de desacordos crescentes entre os dois países.

As autoridades da República Islâmica anunciaram a prisão de 17 iranianos e a sentença à morte de vários deles no contexto do desmantelamento de uma "rede de espiões" da CIA, uma declaração "totalmente falsa", segundo Trump.

"Está cada vez mais difícil para mim querer chegar a um acordo com o Irã, porque eles estão agindo muito mal", disse Trump na coletiva de imprensa junto ao primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, na Casa Branca.

O bilionário republicano, que retirou seu país do acordo internacional de 2015 para impedir o desenvolvimento de uma bomba atômica pelo Irã, por considerá-lo muito brando, não parou de endurecer as sanções contra o regime de Teerã.

Perguntado se Washington e Teerã estão mais próximos de um acordo do que de uma guerra, o presidente respondeu que os Estados Unidos estão preparados para o pior.

Estas palavras contrastam com a posição adotada até agora por Trump, que apesar da escalada das tensões com Teerã nas últimas semanas, havia dito que não queria uma nova guerra no Oriente Médio, insistindo em seus chamados por um diálogo com os dirigentes iranianos, uma posição contrária à linha dura defendida por alguns 'falcões' de sua administração.

Teerã até agora rejeitou qualquer proposta de negociar um novo acordo, dizendo que não quer negociações sob pressão.

As relações entre os dois países não parecem se encaminhar para uma melhora. Nesta segunda, Washington sancionou a empresa pública chinesa Zhuhai Zhenrong e seu diretor-executivo, Yumin Li, acusados pelo chefe da diplomacia, Mike Pompeo, de ter "violado a lei americana, ao aceitar petróleo" de Teerã.

Desde novembro passado, todos os países podem ser sancionados pelos Estados Unidos se comprarem petróleo iraniano.

Em meio ao conflito diplomático aberto entre a Turquia, a Alemanha e a Holanda, o ministro de Relações Exteriores turco, Mevlüt Cavusoglu, advertiu hoje (16) sobre a possibilidade de  "guerra religiosa" na Europa. Segundo a agência estatal de notícias turca Anadolu, ao mesmo tempo, o presidente turco, Recep Erdogan, voltou a denunciar um "novo nazismo" e acusou a Europa de voltar "aos dias anteriores à segunda guerra mundial". As informações são da DPA.

Falando para seguidores na cidade de Sakaria, no oeste do país, Erdogan criticou a decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia segundo a qual as empresas podem proibir, em determinadas circunstâncias, que suas empregadas usem o véu islâmico.

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“Entre a cruz e a meia lua”

"Meus queridos irmãos, começou uma batalha entre a cruz e a meia lua (símbolo do Islã). Não pode haver outra explicação", disse Erdogan. Além disso, ele acusou a Holanda pelo massacre de Srebrenica, na Bósnia. "Sua democracia é uma vergonha", disse o presidente turco. El e ressaltou que a Holanda "pagará" por proibir seus ministros de realizar atos em território holandês.

"Ei, Rutte, teu partido venceu as eleições, mas deves saber que perdeste um amigo como a Turquia", afirmou Erdogan, em referência à vitória do primeiro-ministro holandês Mark Rutte nas eleições ontem. O chefe de governo da Holanda já havia rechaçado as acusações turcas, que qualificou de inaceitáveis e de uma "deplorável falsificação da história".

Inaceitáveis

Do mesmo modo, a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente da França, François Hollande, rechaçaram hoje as acusações lançadas por membros do governo turco contra ambos os países. Merkel e Hollande mantiveram uma conversa telefônica em que concordaram que "as comparações com o nazismo e outras declarações contra a Alemanha e outros Estados são inaceitáveis", comunicou Steffen Seibero, porta-voz da chanceler alemã.

Da Agência DPA

O presidente chinês, Xi Jinping, prometeu neste sábado respeitar a liberdade para a navegação no Mar do Sul da China, embora seu governo reclame soberania sobre a região, que é alvo de intensa disputa entre os países asiáticos. Em discurso na Universidade Nacional de Cingapura, Xi disse que a China é a parte mais interessada em manter a passagem na região. "Temos absoluta confiança e capacidade para mantermos a paz e a estabilidade. Isso pode ser alcançado por meio de negociações e pelo estabelecimento de direitos marítimos razoáveis", declarou.

A China criticou a patrulha de um destroier norte-americano no arrecife de Subi na semana passada, uma das regiões que o país reivindica, apesar de objeções das Filipinas. Na ocasião, a Marinha dos Estados Unidos disse que pretendia apenas demonstrar o princípio de liberdade para navegar. O governo chinês, porém, classificou a atitude como uma "provocação deliberada" e enviou dois navios de guerra ao local. Embora a Chine caracterize a ação como ilegal, a lei internacional permite que embarcações de guerra transitem territórios de outros países sob o princípio de "passagem inocente".

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Em uma aparente referência aos Estados Unidos, Xi disse que a China considera bem-vindos países de fora de região que participem "na paz e desenvolvimento da Ásia e deixem uma influência positiva". O líder também diz que seu país "está comprometido em trabalhar com nações com participação direta na questão para resolver as disputas na base do respeito aos fatos históricos, segundo as leis internacionais e por meio de discussões e negociações". Fonte: Associated Press.

O ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maizière, disse em uma entrevista publicada neste domingo pela jornal Bild que espera uma resposta do governo dos Estados Unidos sobre o suposto caso de um agente de inteligência alemão que teria atuado como espião duplo. "Eu espero que todos ajudem a apurar essas acusações rapidamente, incluindo uma declaração rápida e clara dos EUA também", afirmou.

O Ministério de Relações Exteriores da Alemanha convocou esta semana o embaixador dos EUA no país a prestar esclarecimentos sobre o caso. Promotores públicos dizem que um alemão de 31 anos foi preso na semana passada suspeito de colaborar com os serviços de espionagem dos EUA. O assunto pode complicar novamente a relação entre os dois países, que ainda está estremecida após ser revelado no ano passado que a Agência Nacional de Segurança norte-americana espionou o celular da chanceler da Alemanha, Angela Merkel. Fonte: Associated Press.

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